Nova Apanhadora?



Nova Apanhadora?


– Vamos, Black! Chega! Você e o Potter já voaram bastante por hoje. Está tarde e vocês precisam dormir! – gritava o capitão do time da Grifinória.


– Ah! Qual é, Benson! Só mais uma voltinha antes da nossa vitória em cima da Sonserina! – Quem falava agora era um garoto moreno, de cabelos longos e ondulados, olhos muito azuis, montado em uma vassoura.


– Black! Pare de achar que já ganhamos este jogo! O time da Sonserina está muito bem preparado e renovado neste ano. Vocês vão ter que jogar de verdade, sem espaço pra brincadeiras. – Disse novamente o capitão, enfatizando o fim.


O garoto que discutia com Benson foi baixando o voo com outro menino a seu lado. Ambos desceram das vassouras e se aproximaram de Klaus, o capitão. A testa de Black estava enrugada, e o outro garoto, que aparentava a mesma idade, mas era mais baixo e tinha cabelos curtos, falou.


– Como assim, os sonserinos têm um time renovado? O único que saiu do time foi aquele batedor o... Novak, não é isso? Ele saiu de Hogwarts ano passado, mas era o mais velho do time. Não mudou mais ninguém, Klaus. –  Disse com veemência o menino de cabelos arrepiados.


– Mudou, Tiago. – Ele colocou as mãos em torno da cabeça, como se estivesse com raiva de si mesmo por ter esquecido de algo: – Nossa! Não acredito que me esqueci de falar pra vocês! Droga! Eles têm uma nova apanhadora... A garota é muito boa, pelo que ouvi dizer.


Ouviu-se uma risada rouca e canina.


– Ah! E você acha que há alguma garota nesse colégio que possa bater o nosso Pontas aqui, Benson? Se isso acontecer, eu não me chamo mais Sirius Black. – Disse o moreno rindo e apoiando uma das mãos no ombro do amigo Tiago, o Pontas.


– Ah! Benson! Achei que você confiasse em mim. Estou decepcionado... – disse o mais baixo, balançando a cabeça, fingindo desapontamento e rindo depois.


Os outros dois riram da brincadeira de Tiago e voltaram para o castelo, andando lentamente com as vassouras nos ombros. Quando chegaram ao Salão Comunal, a maioria dos alunos já havia subido para o dormitório. Sirius e Tiago conversavam animadamente com o capitão quando se lembraram do dever de transfiguração que deviam ter feito. Despediram-se rapidamente de Klaus e já estavam subindo para o dormitório quando Sirius se lembrou de fazer uma pergunta.


– Ei, Benson! Qual é o nome da garota, a sonserina apanhadora? – perguntou ao pé da escada.


– Hummm... Não me lembro. Acho que é Claire. Claire Debussy. Do sexto ano.


Os garotos deram de ombros. Nem Tiago nem Sirius davam-se o trabalho de conhecer os sonserinos. Só aqueles que faziam questão de atormentar. Acenaram para Klaus e subiram a escada novamente. No dormitório, os dois encontraram o amigo Remo Lupin ainda acordado. Lupin era alto como os amigos, mas tinha cabelo castanho bem claro, e olhos da mesma cor, além do ar intelectual, ausente nos morenos.


– E aí, Aluado! O que aconteceu de novo, durante a nossa pequena saída? – perguntou Sirius, jogando-se em sua cama, enquanto Tiago ia tomar banho.


– Nada de interessante. E o treino? Novidades? – perguntou Remo, deixando de lado, na cama, o livro que estava estudando.


– Nada importante. Só que a Sonserina trocou de apanhador por uma menina. Uma tal de Claire Debussy. Conhece? – Sirius perguntou, fazendo pouco caso.


– Ah! Conheço. A Claire é legal. Ela é monitora. – O amigo sorriu brandamente.


– Ah! Tá explicado. Tinha que ser monitora pra você conhecer né, Remo? – disse Sirius balançando a cabeça, fingindo censura. Depois olhou para o amigo, e ambos riram. – Aluado! Você está manchando o nome dos Marotos! Como assim, uma sonserina é legal? Tá enlouquecendo?


– Não, Almofadinhas. Ela é mesmo muito legal. Sério. Não sei como foi para a Sonserina. Ela não parece com os outros alunos de lá. É bem mais amigável, e não é arrogante.


Sirius soltou um muxoxo de desprezo, mas logo depois pareceu lembrar-se de algo.


– Ei! Espera! Eu acho que já ouvi esse sobrenome... Debussy... Debussy... Alfred Debussy! É isso. – Disse sentando-se na cama – Esse cara é amigo dos meus pais. – completou dizendo a última palavra com desgosto. – Iam lá em casa de vez em quando, mas eu nunca os vi, porque não saía do meu quarto. Acho que ele trabalha no Ministério, ou algo assim...


– Claire deve ser parente dele. Debussy não é um sobrenome muito comum.


– Que seja... – disse Sirius sem dar importância. Ele não gostava de sonserinos. Ponto. Mesmo que toda a sua família tenha ido para a casa verde e prata, ele tinha asco dos alunos de lá. Levantou-se da cama e foi para o armário pegar o pijama.


Tiago saiu do banheiro e Sirius passou por ele sem falar. O amigo percebeu que havia algo errado, mas não precisava nem perguntar. Aquela expressão no rosto de Sirius era denunciadora, pois eles eram quase irmãos. Aquilo só acontecia quando um assunto surgia. Perguntou a Lupin sobre o que eles conversavam, mas já sabia a resposta.


– Então, Remo. Quem foi a criatura incrivelmente esperta que falou da família do Sirius? – perguntou Tiago, muito irritado e irônico.


– Ele falou, Tiago. Não olhe para mim com essa cara. Eu não tenho culpa! Estávamos falando da nova apanhadora da Sonserina, então ele disse que os pais dele eram amigos de alguém com o mesmo sobrenome que Claire, Debussy. Só isso. – Depois disso, o garoto de olhos castanho-esverdeados abrandou a expressão, pois Remo não tinha mesmo culpa. Só Tiago sabia o quanto Sirius se irritava de ter que se lembrar de sua família. Só ele o compreendia em sua totalidade.


Remo emprestou o dever de Transfiguração que Tiago copiou fazendo pequenas alterações. Logo, Sirius surgiu na porta do banheiro, parecendo o mesmo de antes. Não estava mais irritado. Geralmente era assim. Ele melhorava rapidamente e voltava a ser o mesmo Almofadinhas divertido e convencido de sempre.


Sirius também copiou o dever de Remo e, quando acabou, já era mais de meia-noite. Os garotos foram dormir, esperando ansiosamente pelo jogo de quadribol, que seria dali a apenas dois dias, no sábado de manhã.


Como sempre acontecia, Remo levantou-se primeiro, tomou banho, aprontou-se e foi acordar os amigos Sirius e Tiago.


– Tiago! Acorda Tiago! – chamava enquanto balançava o amigo, imóvel. Então teve uma ideia. – Oi Lílian! O que faz aqui tão cedo? – perguntou, segurando o riso.


Imediatamente, Tiago abriu os olhos e levantou-se assustado, com um sorriso maior que o rosto.


– Cadê a Lily, Aluado? – perguntou, desarrumando ainda mais os cabelos com as mãos.


Na cama ao lado, Remo dobrava-se de tanto rir. Tiago entendeu a brincadeira e jogou um travesseiro na cabeça do amigo. Em pouco tempo, os dois estavam rindo. O barulho acordou Sirius, que abriu as cortinas da cama resmungando e xingando os amigos.


– Posso saber o motivo de me acordarem? Tá de madrugada ainda... – esbravejou Sirius, com a voz embargada de sono, e puxando um travesseiro para cima da cabeça.


– O motivo é que temos aula, inteligente! – disse Tiago, tirando a proteção do travesseiro e dando um tapa na cabeça de Sirius. Achou graça de ele não revidar por causa dos reflexos lentos de quem está com sono.


– Ok Tiago, ok Sirius. Vou esperar lá em baixo, tá? Não demorem, por favor, porque eu estou morto de fome. – Disse Remo, saindo do dormitório e descendo as escadas.


Tiago e Sirius terminaram de se arrumar e desceram para o salão comunal da Grifinória, para encontrar Remo e Lílian, a (finalmente) namorada de Tiago. Seguiram dali para o salão principal, apinhado de estudantes sonolentos, servindo-se nas mesas de suas respectivas casas. Os garotos e a ruiva sentaram-se mais ou menos no meio da grande mesa, à esquerda do salão e repleta de estudantes grifinórios.


Tiago já havia acabado de tomar café, e Sirius bebia o último gole de seu suco, quando irromperam, no grande salão, duas meninas da Sonserina, que pareciam ser um pouco mais novas que os Marotos. Uma delas, morena, longos cabelos negros, lisos e de pontas cacheadas. A outra, cabelos curtos e loiros, quase brancos. Ao lado da morena, a loira parecia mais baixa que o normal, sendo, aem dúvida, ofuscada pela exuberância da mais alta, de olhos tão verdes que eram visíveis a distância.


Virou-se para ver o que tinha chamado a atenção dos dois amigos, Lupin voltou-se para eles novamente e soltou uma risadinha marota.


– Vejo que acabam de conhecer a nova apanhadora da Sonserina, Claire Debussy.


Abobados, Sirius e Tiago encararam Remo. Nenhum dos dois era capaz de formar uma frase que fizesse sentido. Primeiro, porque ambos se perguntavam como, em seis anos, não haviam notado a presença daquela garota em Hogwarts e, depois, porque era incomensurável o choque de ter uma adversária bonita como Claire.


– Tiago Potter! – exclamou Lilian, vendo o namorado com o olhar abobalhado para a outra garota. A ruiva deu um tapa no braço do Maroto e virou o rosto, enquanto ele tentava, de todas as formas, amansar a fera. O que não demorou muito tempo, pois logo Lily já ria das brincadeiras do moreno.


Lupin continuava rindo da expressão de Sirius, que ainda não havia tirado os olhos de Claire nem para ver a discussão do casal ao lado. Nesse instante, Black viu que Claire havia assentado perto de suas primas, Bellatrix e Narcisa, e de seu irmão, Regulus. Instantaneamente, suas feições mudaram de espanto para desdém, interrompendo o riso de Remo para ver do que o amigo falava.


– Uma sonserina como todos os outros. – Murmurou Sirius.


Quando Lupin acabou de comer, os três amigos levantaram e foram para a sala da professora McGonagall, enquanto Lily seguia para as masmorras, para a aula de Poções. A professora fez uma careta de impaciência em virtude do atraso de dois minutos dos meninos. Sentaram em silêncio, e a senhora começou a recolher os trabalhos. Remo, Sirius e Tiago compartilharam de um olhar cúmplice que a professora não notou, para o bem dos garotos.


A professora Minerva não aceitava nem uma respiração mais alta em suas aulas, por isso Sirius e Tiago sempre eram obrigados a se comunicar através de bilhetes. Almofadinhas estava copiando uma anotação que a professora passava no quadro, quando viu, em cima de seu pergaminho, um papel com a caligrafia de Tiago.


“O que você achou da Debussy?”


Sirius olhou discretamente para o amigo e, com um pequeno sorriso, revirou os olhos antes de responder.


“Olha que a tua ruiva fica com ciúmes, hein, Pontas...”


Tiago riu da resposta do amigo, fazendo com que McGonagall olhasse, desconfiada, para a mesa deles. Lupin estava tão absorto na aula que só percebeu o que os amigos faziam quando a professora censurou. Ele olhou para os dois e riu, depois de entender o teor da conversa. Tiago já havia acrescentado duas frases ao pergaminho, e agora Sirius respondia com um pouco de irritação que só fazia o outro rir.


“Você não respondeu à pergunta, Almofadinhas... Não fuja.”


“O que quer que eu responda, Tiago? Eu estava a 15 metros de distância dela!!!”


Lupin meneou a cabeça, com um sorriso de lado. Tiago continuou.


“Ela é bonita, não? Pena que é sonserina... E o senhor, trate de não ter pena de mandar um balaço na cabeça daquela menina amanhã, ouviu bem? Sem cavalheirismos, Sirius!”


Desta vez foi Sirius quem riu. Como ele sabia muito bem separar quadribol e garotas, respondeu apenas à primeira pergunta de Tiago. As outras considerações do amigo eram absurdas demais para merecer atenção.


“Parece ser linda. Mas eu a vi de longe. Só mais uma coisa, Pontas: como eu não percebi a menina antes?!?! Eu pensei que conhecesse todas as garotas dessa escola. Principalmente as bonitas.”


A professora, dessa vez, pigarreou bem alto e olhou severamente para os meninos, que perceberam a hora de parar. Tiago só teve tempo de ler o recado do amigo, riu, revirando os olhos e negando com a cabeça, assim como Remo, que assistia, de fora, à conversa silenciosa dos dois Marotos. O que ninguém podia imaginar é que Claire Debussy, sorrateiramente, passou a ocupar a mente de Sirius Black.


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N/A: Hello, everybody!


Espero realmente que curtam essa fic! É muito especial pra mim!!!


E PLEASE comentem!!!!


s2


 


 


 


 


 


 


 

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