Feelings of Darkness T/P.O







Autor: Katiniss


Título: Feelings of Darkness


Shipper: Shaw/Tom Riddle


Resumo: Se amar é para os fracos... Então eu sou fraco.


 


 Feelings of Darkness ,


por Tom Riddle


 


 


 


Shaw,


 


Não sei por que diabos, estou lhe escrevendo essa carta. Não devo–lhe satisfações, mas quero deixar claro, que considere esse pedaço de papel inútil, como pagamento pela aquela divida que tenho com você.



Ainda me pergunto o porque de você ter chegado e mudado muitas das minhas opiniões. Uma garota vinda de uma escola francesa, desastrada e ousada, mas também misteriosa. Uma das poucas que já ousaram me enfrentar. Mostrando que podia ser superior a mim, na maioria das vezes, deixando–me irado e furioso.



Lembro–me perfeitamente do dia em que Dippet, te apresentou a Hogwarts, como se estivesse orgulhoso de ter uma aluna transferida para sua escola. Enquanto você, tentava achar um lugar para fitar, sem ser o rosto dos vários alunos que ali te observavam; Sendo escolhida para Sonserina, para minha surpresa; Sentando–se a mesa e pegando várias coisas dentro de seu prato. Sem se quer, notar que era encarada por toda a mesa sonserina.


 


Também lembro–me da primeira vez em que nós falamos, naquela mesma noite.



~ Flashback ~



– Ei, hm! – Chamou-me sorrindo como se o mundo fosse o lugar mais belo com uma cerveja amanteigada entre as mãos. Nada fiz a não ser descer um degrau da escada, e encara-la friamente. – Hã, oie. Você o monitor–chefe, né? – Continuei a fitando apaticamente.



– Considerando que eu estou usando o distintivo escrito “monitor–chefe”, deve se concluir isso não? – A respondi com uma sobrancelha erguida levemente.


– Sou Déborah. Déborah Shaw. – Se apresentou com uma voz meio esganiçada. Ainda sorrindo idiotamente.



Maldita.



Pare de sorrir.



– Eu sei. – Repliquei seco. – Dippet te anunciou umas duas vezes no salão principal.



Fiquei a encarando atentamente, enquanto você parecia estar perdida entre seus pensamentos. A observei minimamente, como muitas pessoas haviam feito há pouco tempo. Cabelos castanhos, rosto fino e olhos verdes, extremamente verdes.



~ Fim do Flashback ~



A partir daquele dia, fui atraído pelo seu jeito se ser, enquanto o ódio também me consumia. Eu, o futuro Lorde das Trevas, não poderia deixar uma garota hipócrita, malcriada e patética, estregar meus planos. Toda vez que eu colocava meus olhos vem você, a primeira coisa que pensava era: Você não pode ser desse mundo, Shaw!



Eu comecei parar de aparecer para o almoço, mas vezes do que antes. Meus motivos, por mais que eu mesmo não quisesse admitir, eram você.



As coisas pioraram quando você se tornou monitora-júnior – coisa que eu achei muito patética para ser uma atitude de Dippet –, Você veio para o mesmo aposento em que eu dormia. Eu iria ter que aguentar as suas piadinhas medíocres, e ofensoras, que para você pareciam inofensivas.



Tive que guardar minhas emoções a mais fundo, do que já estavam.



Já pensei, milhares e milhares de vezes em matar–te enquanto dormia. Seria fácil. Você estava deitada no quarto ao lado do meu, em um sono profundo que eu poderia deixar navegar entre as nuvens para sempre, com somente um raio verde saindo de minha varinha.



Mas não.



Algo me impedia de fazer isso á você. Duas coisas na verdade:



Eu queria arduamente, desvendar o mistério que te rondava, que me fazia corroer–se de vontade de entrar em sua mente. Não pense que eu já não tinha feito isso, mas tudo que eu via, na maioria das vezes, eram pensamentos confusos, imagens de pessoas que pareciam ser queridas para você, e também resmungos, de como eram: “É um saco viver com o Riddle! Pff.”



Cada vez mais essa obsessão por você aumentava, e eu sabia que isso era ruim, muito ruim. Pegava–me fitando–te; Teus cabelos castanhos que ficavam extremamente atraentes, perante as luzes da lua e sol; Teus lábios carnudos, levemente rosados, que na maioria das vezes, estavam curvados em um sorriso; A pele de porcelana, que podia ser comparada a um trabalho digno dos deuses, que eu queria tanto tocar.



Mas eu não podia tocar em você. Porque meu próprio egoísmo não dava permissão.



Meus planos e artimanhas tinham que vir em primeiro.



Você era um fruto proibido pra mim.



Um fruto que parecia ser deliciosamente saboroso, mas que, mesmo assim, era proibido para mim.



Porque, se eu me entrega–se a tudo isso que eu sentia, os planos que antes estavam em minha cabeça, sumiriam.



Puff.


 


Eu sentia que a cada passo que você dava, chegava mais perto de me descobrir, e então eu tentava me afastar. Mas não, você não tinha medo de mim, não se afetava quando lhe tratava de forma rude.



Você me trazia dois sentimentos, ódio e atração, não podia ser amor.



Lord Voldemort não amou.



Nem poderia amar.



~ FlashBack ~



– Está com algum problema, Riddle? – Perguntou–me com sua voz naturalmente calma. Mas eu sabia que ela estava nervosa, só era olhar dentro de seus olhos – Virei furioso em sua direção.



– O quê? – perguntei, voraz.



– "O que", o quê? – Dawn Copper da grifinória perguntou. Por uma razão desconhecida, esses imundos não tinham medo de mim quando a Shaw estava por perto.



– Talvez você pudesse começar com "nossa atividade" e partir daí – Falei, devagar e articuladamente, tentando controlar a raiva em minha voz.



– Ué, quer dizer que você não ficou sabendo da festa, Riddle? – ele perguntou–me, incrédulo. Virei novamente furioso na direção da Shaw, que por sua vez, empalideceu.



– Eu deveria ter 'ficado sabendo', Copper? – Indaguei, vermelho de raiva. Tendo mais uma vez, perto da Shaw, liberado minhas emoções – Copper deu os ombros, voltando ao seu lugar.



– Você sabia disso? – Perguntei, virando–me em direção a Shaw, irado. Fazendo ela se encolher na cadeira.



– Se ela sabia?! Foi ela que começou tudo! – Green Parker, monitor da sonserina exclamou, fazendo minha mandíbula se sobressaltar.



– Saiam todos. – Ordenei passando meus olhos por cada pessoa ali presente, e o parando em Déborah Shaw. – AGORA! – O amontoado de monitores sumiu em segundos. – Precisamos conversar, Shaw. – Falei friamente.



– Porque não fala aqui. Com testemunhas. – Disse, mas eu ignorei, indo fechar a porta. Voltando depois, a ficar de frente a frente com ela. Juntei todas as emoções que estava sentindo e as mandei para dentro, logo depois comecei:



– Há quanto tempo isso tem se arrastado sem meu conhecimento? – Continuei com o tom frio.



– Bem... – Começou, parecendo tentar encontrar as palavras certas – Eu tive a ideia há umas duas semanas.



Senti minha mandíbula se apertar novamente, fazendo ela desviar o olhar.



– E agora que você já sabe, Riddle, por que não vem, hã... dar uma conferida. – Deu uma pausa. – As pessoas parecem realmente se divertir em festas, e, pelo que percebo, este é um conceito um pouquinho inexistente na sua vi...



– O ponto NÃO é ESSE, Shaw! – Gritei brutamente, sentindo todas as emoções se pondo pra fora, por conta própria. – O ponto não é esse – Repeti em uma voz mais calma, tentando novamente colocar tudo para dentro, de novo. – O ponto é que, só porque eu sou maldito mestiço não quer dizer que eu não tenha os exatos mesmos direitos que você de saber o que está acontecendo nesta escola!



Vi a boca dela, descer alguns centímetros.



– Mon dieu! "Só porque você é mestiço"? – ecoou, me encarando incrédula. – Você acha que é por isso que eu não te falei nada? – Indagou, deixando me pouco confuso com sua resposta.



– E não é?



– Não! – Exclamou com um tom de repulsa – Quando eu dei alguma indicação que eu ligava se você era ou não sangue puro? Bem, se de algum modo você acha que eu ligo, tenho novidades: eu NÃO ligo!



– Bem, mesmo que não seja – Eu estava me controlando para não gritar. – Droga, Shaw, eu sou o maldito Monitor Chefe!



– E eu sou a Monitora Júnior! – exclamou, usando esse argumento patético – E talvez eu tivesse te contado, se você não tivesse fugido de mim desde que organizamos os horários das monitorias há quase um mês atrás!



– Fugido de você? – Repeti, tentando não demostrar meu desconcerto. – Isso é absolutamente ridículo, Shaw. Nós temos as mesmas aulas, os mesmos compromissos de monitoria e o mesmo aposento. Como exatamente, como foi tão refinadamente colocado, eu estaria 'fugindo' de você? – Ela simplesmente rolou os olhos.



– Por favor, Riddle, se vamos discutir, pelo menos sejamos sinceros! Talvez você não tenha se visto muito ultimamente, eu certamente não tenho, mas se eu fosse obrigada a chutar, eu diria que você estava com medo! – Cruzou os braços e começou a me encarar firmemente.



– Com medo? – Repeti desdenhoso, se virando em sua direção. Ri logo depois, ri sem humor, ri de um jeito sarcástico – Com medo, Shaw? Com medo de quê? De você?



Observei que ela começa a tremer levemente.



– Não de mim – balbuciou, se escorando na poltrona – Mas do que eu posso fazer. – Deu um passo para frente, e eu um para trás. – Você tem medo que eu toque em você e veja algo que você não quer que ninguém veja!



Um sentimento de rancor passou–se por mim, mas logo sendo substituído por um ódio maior do que o que eu antes sentia.



 – Shaw, por favor, só porque você afirma ser algum tipo de vidente não é razão para eu ter medo de você – Franzi o cenho. – Ou de qualquer outra pessoa.



– Se você não está com medo, Riddle, por que não me deixa descobrir?



Dei mais um passo para trás, antes de perguntar:



– Por que você tem tanto interesse em 'ver' partes da minha vida, Shaw?



– Bem, primeiro você me acusa de estúpida, depois de superficial e agora de preconceituosa. Acho que a pergunta certa seria por que você tem tanto interesse em fazer piada da minha.



Virei em sua direção. A fitando com os olhos em brasa.



– Você realmente não sabe de nada, Shaw, você percebe isso? Você não sabe. Você veio de onde quer que seja e imediatamente assumiu que eu sou algum tipo de trapo simplesmente porque não aprecio manter a incessante e animada conversinha que você e seus amigos parecem gostar tanto.



Ela deu um grunhido de indignação.



– Você só pode estar tirando uma com a minha cara!– Exclamou me fazendo franzir um pouco o cenho, não entendo muito bem a linguagem usada. – Eu assumi que você fosse um trapo? Há! Engraçado Riddle, realmente engraçado. Hm, talvez eu esteja errada, mas eu acho que quem é o rei de assumir coisas de todo mundo por aqui é você. – Eu abri a boca para retrucar, sem sucesso, pois ela continuou com seu discurso medíocre:  – Quero dizer, ALÔ! "Oi, sou Tom Riddle, não me toque porque sou perfeito demais". "Oi, sou Tom Riddle, você está atrasada, você é um pé no meu saco, você não merece minha atenção porque é estúpida" – Parecendo não satisfeita, prosseguiu – "Oi, sou Tom Riddle e não tenho amigos porque ninguém é bom o suficiente para mim". – Senti meu rosto vermelho de ódio, a vontade de mata-la era tão grande. Tão tentadora, mas infelizmente, eu não conseguia.



MALDITA SHAW!



– Vou te contar, a vida com você não é nenhum piquenique, mas pelo menos eu me esforço para tentar alguma aproximação amigável! Você trata todo mundo como capacho e depois reclama que as pessoas se afastam de você, e bota a culpa no fato de ser mestiço! Cresce!



Ofeguei de raiva, estava quase a ponto de lhe mandar um Avada Kedrava. Mas não.



Eu não conseguia matar Déborah Shaw.



Mas ao contrario de mim, ela sempre conseguia alguma coisa de mim, mesmo sem querer:



– Já que você é tão esperta, Shaw, me responda isso: você já foi odiada? Já? – Respondi com a voz rancorosa – Você já foi renegada pelo seu próprio maldito pai, antes mesmo que ele te conhecesse? Você já foi amaldiçoada pela sua própria mãe, antes que pudesse ao menos engatinhar? Fale agora, Shaw – Continuei furioso – Porque eu ficarei absolutamente encantado de ouvir sua opinião sobre isso.



Segundos depois, notando o que havia falado, arregalei os olhos minimamente, saindo batendo na porta com uma força anormal, deixando uma Shaw, também surpresa com minhas palavras.



~ Fim do FlashBack ~



Independente do momento, você, cara Déborah, sempre tirava algo de mim. Um sentimento ruim ou bom. Palavras rudes ou gentis. Nunca se sabia o que esperar quando estava em sua companhia.



Também lembro–me uma vez quando fui falar com você, foi a parti desse dialogo que tirei algumas das minhas conclusões.



Pelo resto do ano, fui tentado a esquecer de quem eu sou, para ficar com você.



Mas acontece que eu não poderia ficar com você.



Mas, por mais difícil seja, tenho que admitir que sou fraco.



Se amar é para os fracos.



Então eu sou fraco.



Não me peça pra repetir isso outra vez, porque eu não vou. Sei que se eu não fosse ganancioso por poder, poderíamos ter dado certo. Mas eu sou.



Você não pode me mudar, Shaw. Assim como eu não posso mudar você.



Só queria que soubesse que o quê eu fiz, foi para te poupar sofrimento.



E por fim, termino essa carta dizendo:



Você foi à única que foi capaz de fazer o grandioso Lord Voldemort amar.



Se sou chamado de mostro, de ser que não tem coração.



Admito que eles estão certos. Eu não tenho coração.


 


Por que o meu coração esta com você,


 


Ele é você.



Espero que saiba disso.



Do único, e unicamente seu,


 


 Tom Riddle.


 

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Comentários (2)

  • Looouiss

    Demais, adoro fics c o Tom!

    2012-11-22
  • Milena Lovegood

    Wow adoreei a cartaa !!!Esse Tom reaalmente me convenceel !!! Conseguii veer o joveem Voldemoort na sua fiic adoreii mesmo !!! 

    2012-11-18
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