Hogwarts Hogwarts, Hoggy Warty



Capítulo 2 – Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts!


 




Parecia que havia ondas de ansiedade percorrendo todos no caminho, era quase palpável. Minhas pernas pareciam de pedra, era um esforço enorme caminhar em direção ao salão barulhento. Eu parecia que estava sendo atacada Matraculhos, cujo sintoma da mordida era exatamente esse.


Entramos no salão e minha boca caiu. Não havia teto, havia o céu, do mesmo jeito que eu me lembrava que estava lá fora a diferença eram as velas penduradas por toda sua extensão. Ao total havia cinco mesas e todas estavam cheias de pratos e taças reluzindo, um dourado magnifico. Realmente, fiquei agradecida por papai não me mostrar certas coisas, acho que sem essa surpresa não seria a mesma coisa.


Atravessamos o salão e paramos exatamente de frente para as quatro mesas de estudantes do salão, e bem atras de nós estava a mesa dos professores. A professora Minerva colocou um banquinho a nossa frente e logo depois um chapéu de aparência muito antiga, remendado em alguns pontos. Por um momento imaginei o que teria que fazer com ele.


Houve um momento de silêncio total, em que cada pessoa no salão encarou o chapéu. Então um tipo de rasgo no chapéu se escancarou e uma voz rouca começou a seguinte música:




Não me julguem pela aparência!


Não vejam só o exterior!


Pois isso muito engana,


Já que não há chapéu mais bonito nesse salão.


Estou aqui pra decidir a casa,
 


Na qual vocês irão morar.


Em muitos anos nunca me enganei,


E não será agora que isso irá acontecer.


Se você é um amigo leal e honesto,


Irá para Lufa-Lufa.


Mas se sua maior qualidade é a coragem e nobreza,


Seu lugar é na Grifinória.


Se você se destacar pela inteligência,


Não há duvida que sua casa é Corvinal.


Mas se seu sangue é frio e é astuto,


É na Sonserina seu lugar.


Agora que vocês não agüentam,


Me coloquem em suas cabeças!


Posso ver o que há nelas


E decidir o seu lugar.


Venham, experimentem esse chapéu pensador,


Garanto que não vão se arrepender.


 


A essa música se seguiu uma estrondosa salva de palmas, a qual fiz parte. Nesse momento a professora pegou um pergaminho e começou a chamar os nomes.


- Alberts, Doug – Ela disse na sua voz grave e um garoto magricela, de cabelos arrepiados se encaminhou para o banquinho. Ele tremia da cabeça aos pés quando se sentou e a professora colocou o chapéu em sua cabeça, fazendo seus olhos sumirem. Ouve um momento de silêncio, então o chapéu anunciou:


- Corvinal! – A mesa a esquerda prorrompeu em palmas enquanto o garoto se encaminhava para lá, e eu também fiquei feliz, pois a voz do meu pai venho a minha mente, entoando aquela frase conhecida: “O espírito sem limites é o maior tesouro do homem”.


 


Quando voltei a sintonizar meus pensamentos na seleção, a professora já chamava uma tal de Anna, que foi selecionada para a Sonserina. Isso me mandou para outra sintonia de novo. Papai sempre me disse que bruxos ruins normalmente eram da Sonserina, como o próprio Voldemort. Por isso papai disse para eu não chegar perto de uma turma de Sonserinos, pois muitos acreditam que Voldemort iria voltar, e a primeira coisa que fariam era se juntar a ele. Me lembrei da história que papai me contou, a da fundação de Hogwarts e como...


 


- É a loira ali, a de cabelo sujo. – Essa voz chegou ao meu ouvido, pois estava muito alta e próxima. Comecei a virar a cabeça, mas a professora começou a falar:


- Senhorita, não temos a noite inteira. – McGonagall disse com a voz mais zangada que o normal. Então uma mão me deu um pequeno empurrão e eu entendi que havia sido chamada. Muitas pessoas no salão haviam começado a rir, mas eu não liguei, me encaminhei para aquele banquinho de três pernas e sentei-me. Vi um relance do salão e ouvi a voz de McGonagall baixinha, soando algo como “Francamente”, antes de eu começar a encarar o lado de dentro do chapéu.


- Hum, - uma voz disse em meu ouvido, - hum, - ela repetiu. – Difícil. Tem inteligência, tem coragem, é leal. Então, em qual casa colocar? – Sem que eu me desse conta, a frase que papai me ensinou desde criança veio a minha mente: “O espírito sem limites é o maior tesouro do homem”. – Realmente. – A voz do chapéu falou. – Um espírito, uma mente sem limites! Já sei o que você precisa! Corvinal!


 


A última palavra saiu bem alta, e eu escutei os vivas que se seguiram a ela. O chapéu foi retirado e me levantei para me encaminhar para a mesa da Corvinal. Estava tão feliz que fui saltitando. Ouvi alguns risos, mas isso não me afetou, aquele era meu momento especial. Me sentei ao lado de uma garota de uns treze anos, de cabelos pretos compridos. Ela apertou minha mão dizendo:


 


- Bem vinda a Corvinal. – Sua voz era muito bonita, assim como seu rosto. Dei uma olhada curiosa ao redor e me virei para olhar a seleção, agora que eu não estava lá parecia tudo muito mais fácil.


 


Vi uma garota se encaminhando para uma mesa em que o verde predominava. Sonserina. Me virei para ver quem era o próximo. A professora chamou: Roudy, Erick, e uns dez segundos depois o chapéu anunciou: Grifinória. Os Grifinórios aplaudiram, enquanto a professora chamava mais um nome: Sampaio, David, que alguns segundos mais tarde se encaminhava para a mesa da Lufa-Lufa. Alguns nomes se seguiram a esse observei atentamente quando a professora falou:


 


-  Weasley, Ginevra. – Gina se encaminhou um pouco tremula, com os olhos ainda vermelhos, mas com ar decidido. O chapéu mal acabara de tocar seus cabelos vermelhos quando anunciou: Grifinória! Muitas palmas foram dadas, e vi os irmãos dela ficando em pé para recebê-la na mesa da Grifinória.


 


Agora só faltava mais uma aluna: Welkeer, Pamela, que foi selecionada para a Corvinal. Aplaudi com os demais, reparando só agora quem seriam meus colegas de casa. Pelas conversas que entreouvi, a garota que me comprimentou se chamava Cho, e havia seis alunos novos. E um deles, para meu desgosto, era o garoto que insultara a revista do meu pai. Que saco!


 


Então o diretor da escola, Alvo Dumbledore, ficou de pé e sobreveio o silêncio. Mas ele disse poucas palavras:


 


- Bem vindos a mais um ano em Hogwarts! – Ele dizia com uma voz carinhosa e um pouco sonhadora. Ele parecia muito com um Papai Noel, com sua barba e cabelos brancos, a expressão na sua face transmitia alegria, como se não houvesse lugar melhor para se estar do que ali. – Teremos muito tempo para conversas, mas agora é hora do nosso glorioso banquete. Aproveitem!


 


E dizendo isso se sentou. Se eu não tivesse olhado para a mesa imediatamente, teria perdido aquele momento; As jarras se encheram de bebida e as travessas de comida. Eu olhei espantada enquanto os outros enchiam seus pratos, ainda não havia absorvido aquilo. As comidas pareciam deliciosas, e suco de abóbora convidativo. Comecei a colocar um pouco de cada coisa no meu prato e me servi do suco, estava tudo delicioso.


 


Enquanto comia uma coxa de frango, reparei na mesa dos professores. A Profª McGonagall conversava com o diretor. Ainda estava olhando quando um homem de cabelos negros chegou até eles e cochichou algo para os dois. McGonagall se levantou com uma cara azeda e seguiu o sujeito que estava radiante. Logo depois Dumbledore se retirou.


 


 Quando praticamente todos haviam comido, tudo sumiu, até os restos que estavam nos pratos. Mas um segundo depois tudo foi preenchido por sobremesas. Tortas de todos os sabores, feijõezinhos de tudo, muita coisa mesmo. Depois de olhar tudo com muito cuidado, enchi meu prato de pudim.


 


A conversa ao meu redor estava até animada, e quando terminei de comer comecei a observar as pessoas. Tinha uma fantasma bonita na mesa, mas não conversava com ninguém. Havia uma garota de cabelos cacheados e vastos que conversava animadamente com outra garota, que tinha cabelos loiros e olhos claros. Pelo que ouvi, a de cabelos castanhos se chamava Claudia e contava que esperava a aprovação de Dumbledore para trazer seu cachorro a Hogwarts. Já a outra, Megy, disse que achava até legal, mas nunca faria isso.


 


- Eu adoro animais. – Disse em voz alta. As duas me olharam, e pareceram me avaliar. Olharam desde meu cabelo até minhas roupas. Mas não conseguiram disfarçar o olhar em minha orelha, onde eu tinha um brinco que minha mãe havia feito com as Granhesis que havia em nosso quintal.


-  Você estava ouvindo nossa conversa? – A garota loira, Megy, perguntou.


- Sim. – Respondi simplesmente.


 


Elas me olharam por um momento, então trocaram um olhar estranho. A garota chamada Claudia me olhou e disse.


 


- Também gosto muito de animais, principalmente cachorros. Você deve ter escutado a parte do cachorro não? – Ela perguntou meio acusadora, mas mesmo assim eu assenti com a cabeça. – Ele é tão importante pra mim, que disse pra minha mãe que não viria sem ele. Ela disse que faria o possível, e esta tentando negociar com o Dumbledore.


- Ah, também gostaria de trazer o meu, mas Dumbledore não deixaria um Frestir entrar em Hogwarts. – Eu disse lembrando do meu peludão gigante. – Eles são enormes!


- E o que é um... – Claudia começou a perguntar, mas se calou ao ver o olhar que Megy lhe dirigia. Ao invés de disfarçar, acrescentou. – O meu cachorro é marrom.


 


Assenti sem dizer mais nada, estava morrendo de sono, mas também não daria para falar mais nada, pois o diretor, que eu nem tinha visto voltar, se levantou e pediu nossa atenção.


 


- Tenho somente alguns avisos de começo de ano para vocês. – Dumbledore disse naquela sua voz grave. – Gostaria de informar aos alunos novos que a Floresta Negra é terminantemente proibida, e reforçar o mesmo aos mais velhos. Existem vários produtos proibidos em Hogwarts, e todos estão em uma lista na sala do nosso zelador, o senhor Filch.


- Também não se pode andar pelos corredores durante a noite, outra coisa que os alunos mais velhos vivem esquecendo. – Dumbledore disse com um brilho no olhar, o que me fez pensar que ninguém esquecia realmente das regras, e ele sabia bem disso. - E para quem estiver interessado em entrar para o time de Quadribol da sua casa, entre em contato com Madame Hooch.


- Não poderíamos nos deitar, antes de cantarmos o hino da escola! Escolham sua melodia preferida e mãos a obra! – Dizendo isso ele se virou de costas para o salão e fez um gesto com a varinha, fazendo aparecer a letra, onde todos cantaram em altos brados.


 


Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts,


Nos ensine algo por favor,


Quer sejamos velhos e calvos


Quer moços de pernas raladas,


Temos as cabeças precisadas


De idéias interessantes


Pois estão ocas e cheias de ar,


Moscas mortas e fios de cotão.


Nos ensine o que vale a pena


Faça lembrar o que já esquecemos


Faça o melhor, faremos o resto,


Estudaremos até o cérebro se desmanchar.


 


Eu havia escolhido uma música rápida, por isso fui uma das primeiras a acabar, mas muitos escolheram músicas lentas, e na minha opinião chatas, por isso demorou um pouco.


- Como eu amo música! – Disse alto, bem na hora que as maioria na mesa tinha terminado, e todos me olharam. Sorri e olhei para Dumbledore.


- E agora, depois dessa deliciosa música, a cama de vocês está esperando, e vocês devem estar sonolentos demais para guardar mais informações. Boa Noite!


 


Levantei-me, mas não sabia para onde ir. De repente uma voz masculina dizendo “Alunos do primeiro ano, alunos da Corvinal” chegou aos meus ouvidos. Me encaminhei até ele e esperei os outros alunos se unirem a nós. Começamos a sair do salão junto com a multidão.


 


Subimos uma escadaria de mármore, e passamos por várias outras escadas e corredores. O monitor, chamado Kaven, nos disse que havia um caminho mais curto, mas nele as escadas mudavam de lugar, o que queria dizer que era perigoso se perder. Durante o caminho não conseguia desviar os olhos dos quadros, mas com isso tropecei várias vezes no caminho. Eram tantos e tão diversos uns dos outros que era impossível não se impressionar.


 


Quando chegamos a um determinado corredor, ele disse que era o sexto andar. Subimos uma escada em espiral, um atrás do outro. Enquanto isso eu me perguntava, não muito preocupada, como faria o mesmo caminho amanhã.


Como eu era a segunda da fila, pude ver tudo que ele fazia; ele estava parado em frente a uma porta lisa, em que havia somente uma aldraba de bronze em forma de águia. Então ele falou por cima do ombro, para todos poderem saber o que ele fazia.


 


- Vocês têm que bater na porta, como irei fazer agora. – Ele disse enquanto dava uma batida na porta. Imediatamente o bico da águia se abriu, e uma voz musical perguntou:


- Para onde vão os objetos desaparecidos?


- Como vêem, - Kaven disse – Ela fará uma pergunta, e só abrirá com a resposta correta. Alguém saberia responder?


 


Uma menina loira, a Megy se não me engano, levantou a mão. Kaven acenou com a cabeça incentivando-a e ela respondeu:


 


- Para o não-ser, ou seja, o todo. – Ela disse com uma voz superior, e a porta se abriu e seguimos em frente.


 


Entramos em uma sala circular em que havia alguns alunos mais velhos, com tetos altos e lindas janelas. Bem ao fundo da sala havia uma estatua de mármore de Rowena Ravenclaw, com o diadema, do qual papai tanto falara, em sua cabeça. Logo ao lado da estatua havia uma porta, que eu imaginei serem para os dormitórios. Em toda a sala se viam estantes, mesas e poltronas. O teto era abobadado e pintado com estrelas num amarelo muito vivo, que também eram vistas no carpete azul.


 


Enquanto o monitor dava algumas instruções gerais, eu encarava o teto. As estrelas pareciam reais, e me lembravam épocas tão felizes! Mamãe ainda estava viva, e as coisas eram mais simples. Ela costumava se deitar comigo no quintal, antes de papai chegar do trabalho, para simplesmente olharmos o céu. As vezes não havia tantas estrelas, mas só de ela estar perto, a cena ficava iluminada.


 


Todos os alunos pareciam conversar sobre a mesma coisa: Harry Potter e um amigo ruivo. Não entendi bem o motivo, mas o sono era maior que a curiosidade. Me encaminhei para as escadas e entrei no dormitório com a placa de “Primeiro Ano” e fui para a cama em que meu malão se encontrava. Me troquei e deitei. Minha cabeça estava cheia, mas estava com preguiça até de pensar. E com aquela imagem da minha mãe sob as estrelas adormeci.


 


N/A: Algumas explicações: Não consegui inventar uma pergunta melhor, por isso usei a da McGonagall do sétimo livro. A canção do Chapéu Seletor eu que fiz, por isso desculpem qualquer coisa ok?


Beeeijos


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Comentários (1)

  • Aline Carneiro

    Um olhar todo especial sobre um personagem muito incrivel. Está de parabens pela forma como captou o espírito da Luna!

    2012-11-06
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