A Nova Relíquia Marota



    Apertando firme a varinha, Harry subiu a passos largos,
até o dormitório masculino e se jogou na cama. Algum tempo depois, Rony,
Hermione e Sara apareceram.

    – Não esquente tanto a cabeça por causa de sonserinos, Harry
– disse Hermione.

    – Temos uma detenção – disse Rony desanimado – com Filch
hoje, as sete. E você tem a semana inteira... Falamos com Dumbledore e ele pode
apenas lhe tirar uma semana, pois disse que você tem que se controlar.

    – Ótimo – retrucou Harry tentando se animar.

    – Fim de semana, tem testes para os novos artilheiros, e Cátia Bell é a capitã.

    – Claro que é – falou sarcasticamente –, Dumbledore nunca me
escolheria com todo esse inferno que eu tenho que enfrentar. Provavelmente serei
o mais velho do time, ano que vem, se eu estiver vivo, e ele ainda assim nunca
me escolheria.

    – Porquê?

    – "Você já tem responsabilidades demais, Harry" – disse Harry
imitando uma voz asmática. – Vou me preparar para essas responsabilidades, com
licença – disse pegando um livro e saindo bruscamente do dormitório.

    Harry ficou até por volta de seis e meia, treinando com
Feitiços fura Dragão
. Era coisas muito fortes, que já não eram consideradas
simples azarções. Harry desenvolveu o seu ataque e retornou para o dormitório,
para cumprir a detenção. Ao chegar na sala de Filch, encontrou seus três amigos,
já o esperando. Voltou um pouco mais feliz, pois havia aproveitado seu
desempenho no lado exterior do castelo.

    – Pensei que não viria – disse Sara.

    – Vocês é que não deveriam vir, isso foi culpa minha – disse
com veemência.

    – Ahh... como era bom o tempo que a Dona Umbridge estava aqui
– disse o velho carrancudo e asmático. – Eu poderia açoitá-los em vez de lhes
fazer limpar as salas. Entreguem as suas varinhas – todos o olharam com
desconfiança. – eu as devolverei mais tarde, vocês devem limpar sem magia. Tomem
– disse a Harry e Rony, entregando dois baldes de água a cada um. – Agora
vejamos... vocês dois vivem brigando, não é? – perguntou a Rony e Hermione. –
É... então vai ficar juntos para ver se aprendem, vão para a sala do fim do
corredor e não se esqueçam que não quero ver nenhuma teia de aranha! – ralhou
Filch enquanto os dois se distanciavam. – E vocês dois... tenho uma sala
especial... – disse os levando para a sala que Harry esteve naquela manhã. Era
enorme. – Voltarei daqui a três horas. Limpem bem, tudo. Tem uma torneira aqui –
disse carrancudo, batendo a porta.

    Harry depositou os baldes no chão e olhou para Sara que
exibia uma expressão de "Fazer o quê?". Harry olhou para a água dos baldes 
e as fez se remexer, apenas com o pensamento, então uma idéia brotou em sua
mente.

    – Sara, sobe em uma carteira – disse empolgado.

    – Quê? – perguntou incrédula, pois já havia se abaixado para
pegar o pano.

    – Sobe... eu tive uma idéia! – ela permaneceu o olhando com
as sobrancelhas erguidas. – Por favor Sarinha querida.

    – O.k., só não me chame de Sarinha.

    – Obrigado Sarinha, você não irá se arrepender – Harry pegou
os dois baldes e jogou todo o seu conteúdo no chão. Foi até o outro lado do
corredor e manteve a porta aberta, juntamente com a torneira escorrendo.

    – O que você pretende? – perguntou preocupada.

    – Usar o cérebro – disse com simplicidade. – Literalmente.

    Harry se posicionou no meio do chão molhado e fez uma pose de
concentração, patética. Sara o ficou olhando incrédula quase rindo, até que a
luz se fez. Harry começou a movimentar a água da sala, com seus poderes
elementais, toda ela se juntou num conglomerado e começou a varrer o chão
ferozmente, enquanto a torneira do corredor aumentava o nível dela. Em menos de
trinta minutos a sala estava encharcada, mas limpa. Harry pegou a água restante
com o seus poderes e a enviou ralo abaixo. Depois se posicionou no meio da sala
novamente e um furacão leve se formou no meio da sala, mas leve o suficiente
para que Sara tivesse que segurar sua saia, para que não aparecesse,
Você-Sabe-O-Quê.

    – Pronto! – comemorou com a sala livre da poeira e das teias.

    – Até que você pensa – disse Sara desamassando as roupas.
Harry deu a volta pela sala, checando se o serviço estava feito e quando se
voltou para Sara, que agora tirara a capa e tentava arrumar a camisa, para
dentro da sai ele viu uma marca na base da coluna dela. Parecia um pequeno sol,
muito familiar.

    – O que é isso? – perguntou incrédulo.

    – Do que você está falando? – Sara agora se tocou que tinha
sua cintura exposta, para Harry. – Marca de nascença – disse envergonhada,
enquanto arrumava a roupa.

    – Estranho...

    – O quê é estranho? – perguntou enquanto colocava a capa.

    – Já a vi em algum lugar... É um sol... marca estranha essa,
hein...

    – É... muito estranha.

    – Mas é extremamente sexy – disse Harry maroto, Porque eu
a elogio e só levo patada?
. Sara revirou os olhos.

    – O que vamos fazer aqui, durante... duas horas e quinze
minutos? – depois disso, percebeu que fez a pergunta errada.

    – E você ainda me pergunta – disse Harry se aproximando de
braços abertos para Sara. Ela arregalou os olhos e ele sorriu.

    – Pode parar Harry.

    – Com quem você vai ao baile? – perguntou sem preocupação.

    – Isso não lhe interessa.

    – Mas você já tem um par? – perguntou interessado.

    – Não...

    – Hummm...

    – Você sabia que como um elemental da água, você tem poder
sobre o frio? – mudou de assunto Sara, antes que Harry a convidasse.

    – Ah... não – disse desinteressado. – Ainda tenho muito o que
aprender...

    – É, tem mesmo – Harry olhou para os lados, então conjurou
uma bolha de água na mão. – Mas você, até que aprende rápido.

    – Oho! Um elogio – comemorou Harry, olhando para a bolha de
água conjurada, que flutuava. Era uma esfera perfeita. Harry fechou os olhos e a
bolha explodiu, se dividindo em milhares de gotinhas d'água, que ficaram
flutuando por toda a atmosfera da sala. Harry pensou tentou congelá-las e
conseguiu. Agora a sala estava banhada por pequenos cristais flutuantes. –
Romântico não? – as luzes das velas, na parede iluminavam as pequenas esferas,
dando-lhes um ar espetacular.

    – Nossa Harry – espantou-se Sara. Até Harry se espantara
também, com a sua imaginação. – Que inspiração...

    – Você me inspira – disse Harry mais romântico ainda. O
que eu estou fazendo? Ela foi muito idiota comigo todo esse tempo... será que eu
quero a convidar?

    – Com quem você vai ao baile? – perguntou Sara. – Com
Marry? – nesse momento Harry gelou, ao mesmo tempo que a porta da sala se abria
e uma voz francesa ecoava pelas paredes.

    – Ah... Harry meu amor... que romântico – Harry arregalou os
olhos, havia se esquecido completamente do encontro com Marry. E estava
justamente na sala que marcaram. Sara olhou incrédula de Harry para Marry que
ainda não notara a sua presença.

    Ela usava um vestido com alcinha extremamente sexy e azul
turquesa, que destacavam ainda mais suas belas e acentuadas curvas. Os seus
lábios carnudos estava com um batom bonito e tentador. Harry se mordeu inteiro,
para o que Sara iria pensar dele. Depois de Marry se atirar no pescoço de Harry
e tascar-lhe um beijo meio rápido a contragosto de Harry ela notou a presença de
Sara.

    – O que ela está fazendo aqui? – perguntaram
totalmente incrédulas as duas garotas ao mesmo tempo.

    – Ah... é... – começou Harry.

    Ao mesmo tempo que Sara falava "Detenção com Harry", Marry
falava "Encontro com Harry".

    – Ah... é... – Harry teve um tranco no seu cérebro.

    – Harry a mande embora – disseram juntas. Esse seria o
momento de uma pane total no raciocínio lógico de Harry, mas ele estava
acostumado a pensar sobre pressão. Engoliu em seco e disse.

    – Desculpe Marry, eu me esqueci... – a francesa parecia que
ia pular em Harry e arrancar todas as suas vísceras com as mãos. – Estou em
detenção com Sara – Harry estava com medo da reação da garota. As gotículas de
gelo, ainda flutuavam na sala. Marry apenas meteu lhe uma joelhada escrucitante
nas partes baixas de Harry, e nesse momento os globinhos de gelo despencaram
como numa chuva de granizo. Sara fez uma cara de dor. E Marry estava vermelha de
raiva, saía batendo o pé firme.

    – Ah... não é com Marry que você vai ao baile, você feriu o
ego dela – concluiu Sara, enquanto Harry se contorcia de dor no chão.

    – Franceses – resmungou ainda deitado. – Acho que não
foi a melhor escolha... tenho que aprender a mentir as vezes.

    – Você sabia que Philip ainda está na ala hospitalar, com os
tímpanos se recompondo? – perguntou Sara.

    – A que bom – disse se levantando –, assim você não pode
perguntar a ele se quer ir ao baile.

    – Eu nunca iria com ele – Harry a olhou incrédulo. – Claro se
ele fosse mais modesto e tal.

    – Eu já perdi as garotas mais cobiçadas dessa escola...

    – E mais interesseiras – completou Sara sentando numa
carteira.

    – ...e ainda não descobri porquê.

    – Tem certeza?

    – Tenho uma vaga consciência – disse pensando que em todas as
vezes Sara havia arruinado o seus intuitos. – Quer dizer o motivo eu acho que
sei, mas não sei porque me afeta – disse abobadamente, pensando porque Sara o
afetava.

    – Ãh? – indagou incrédula. Harry então decidiu testar as suas
teorias. Se aproximou com um leve sorriso maroto, Sara o olhava preocupada.
Harry se postou em sua frente.

    – Não sei por que, mas você afeta minhas decisões – disse com
um leve sorriso. Será que estou apaixonado por uma garota, que conheço a três
ou quatro dias?

    – O-o que você quer dizer com isso? – indagou preocupada.

    – Não sei ao certo – disse se aproximando. – Estou tentando
testar uma coisa.

    – Que coisa? – disse se distanciando, com a cabeça. Ela olhou
fundo nos olhos verde-claros de Harry, que tinham um brilho estranho. Harry se
aproximou com os seus lábios, na direção dos de Sara, que estava paralisada.
Harry colocou as mãos na cintura da garota e quando foi dar o beijo desviou e
murmurou nos ouvidos de Sara.

    – Não sei se devo... – disse com as bochechas encostadas, ele
podia sentir a sua pele macia e sua respiração e corações descompassados. –
Acredite, você é importante para mim, por mais que eu pouco a conheça, você se
tornou importante.

    Com Harry segurando a sua cintura e murmurando palavras que
soavam como chocolate para seus ouvidos, Sara praticamente derreteu por dentro,
nunca pensou que iria sentir isso pelo Potter. Ou ele era muito sacana,
ou sentia o mesmo.

    – Tente... – murmurou numa voz quase inaudível. Harry deu um
sorriso e pensou "Ela está gostando". Se afastou e olhou nos olhos
castanho-esverdeados de Sara. Se perdeu em devaneios por algum tempo e ficou
apenas a observando, sentindo o desejo perpassar pelos dois, com a troca de ar,
pela respiração. Sem perceber Harry fizera todos os caquinhos de gelo,
retornarem a flutuar, mas estes agora derretiam rapidamente, como que se o casal
emanasse calor. Harry sentia como Sara era quente em seus braço e agora seus
lábios se aproximavam. Quando se tocaram, num breve e solene momento, os dois
fecharam os olhos e começaram vagarosamente a aprofundar o beijo. Sara colocou
os braços em torno do pescoço de Harry.

    Harry não sabia, mas a marquinha das costas de Sara, em forma
de sol, agora se iluminava, emitindo luz dourada e seus olhos estavam igualmente
dourados, como os de Harry e sua cicatriz, que também começaram a ficar,
pareciam estar aprovando o momento.

    Aquele beijo pareceu não querer mais parar, Harry nunca se
imaginaria com uma garota tão arrogante com ele, mas ao mesmo tempo tão
reconfortante, nem sempre meiga, mas as vezes era gentil. E pela cabeça de Sara,
não passavam sentimentos nem pensamentos diferentes dos de Harry. Pensava em
como era bom tê-lo em seus braços, em como sentia-se protegida e ao mesmo tempo
aventurada. Eram coisas que as vezes controvertidas, que na mesma intensidade
lhes proporcionavam prazer.

    Quando o beijo foi interrompido, eles tornaram a se olhar,
como que tentando entender o momento que tiveram. Sara estava colada ao corpo de
Harry e estavam quase ofegantes.

    – Confirmado – balbuciou Harry. Ele estava abobado.

    De repente um sentimento péssimo, passou pela cabeça de
Harry. O medo de amar. Sempre, todas as pessoas que chegou a amar de uma
maneira diferente, acabavam num fim trágico.  Mas estaria amando
Sara? Não, ainda não chegava a tanto, mas quem sabe... E se começasse a
realmente gostar daquela garota? Voldemort certamente iria usá-la ou ameaçá-la
de alguma forma. Esse era um pensamento que atormentava Harry. Não poderia se
culpar por mais uma morte.

    – O que foi? – perguntou sara, ao notar o novo brilho nos
olhos de Harry. Harry abaixou a cabeça e soltou a cintura de Sara, se afastando
entre as gotículas que ainda flutuavam.

    – Eu não posso... – disse amargurado.

    – O que você não pode?

    – Te envolver no meu destino – disse ainda mais amargurado,
sem pensar que falava a verdade. Sara o olhou como que ainda tentasse entender o
que havia transcorrido entre ele e agora preocupada com os pensamentos que
passavam pela cabeça do garoto.

    – Como assim me envolver em seu destino? – perguntou
preocupada, se aproximando dele. Harry desviou o olhar.

    – Você não entenderia – Sara levantou as sobrancelhas.
Percebeu que Harry não queria que ela entrasse na vida de lutas e quem sabe um
triste fim. O fim de sua profecia. Ele era nobre, mas não tinha nada que se
preocupar com tal tolice.

    – Estamos todos envolvidos no seu destino, Harry – disse Sara
comovida com simplicidade.

    – É que... – disse levantando o rosto para fitar o sorriso de
Sara.

    – Você é muito mais do que eu pensei, Harry – tornou a dizer.
– Nunca pensei que se importasse mais com os outros do que consigo mesmo.
Realmente, você me surpreende a cada dia – Harry deu um sorriso torto e a olhou
de esguelha. – Então...

    – Então? – perguntou ainda meio preocupado, mas as
palavras de Sara o acertaram em cheio.

    – Ainda não acabou, acabou? – perguntou marota. Harry se
aproximou e aprofundou outro beijo com carinho, com os corpos colados era como
se tivessem desejado isso a vida inteira.

    – Quer ir ao baile comigo? – perguntou Harry, por fim.

    – Vou pensar – respondeu superior.

    – Pensar? – perguntou incrédulo.

    – É... Tem tantos garotos por ai, não sei se você está a
minha altura – Harry ergueu as sobrancelhas mas estava sorrindo.

    – Ninguém te merece – disse balançando a cabeça.

    – É o que você acha, é? – perguntou falsamente ameaçadora.

    – Poxa, que desfeita você me deu... – resmungou.

    – Depois eu te respondo a sua pergunta – disse sorrindo a
indignação do garoto.

    – Só para me deixar com insônia – resmungou. – Olha que eu
não sou de ferro, se aparecer mais uma gostosa por ai, me convidando, semi-nua,
eu não sei se agüento.

    – Pois se quiser que eu pense, vai ter que agüentar – impôs. 


    – Quanto tempo?

    – Não sei – disse olhando marotamente para as próprias unhas.

    – Você é má! – disse se lamentando.

    – As vezes.

    – A maior parte do tempo – disse Harry. – Na verdade, sempre
que tem o poder nas mãos.

    – Ou seja, a maior parte do tempo – disse sorrindo.

    – Ah... fala sério, você não vai me responder hoje? –
perguntou incrédulo.

    – Sério. Não vou te responder hoje – impôs. – Você vai ter
que provar, que me merece.

    – Humpft – resmungou. – O que tenho que fazer, vossa
senhoria?

    – Me provar, oras, use a sua imaginação – Sara, queria ver
Harry Potter aos seus pés, queria vê-lo subjugar a fama por ela.

    – Perversa – concluiu balançando a cabeça.

    – Agora abaixe essa água toda, antes que Filch veja que usou
magia – disse se sentando na mesma carteira.

    Harry juntou toda a água e formou um coração, com ela. Depois
congelou ele e sinalizou para Sara.

    – Igualsinho ao seu – disse com veemência. – Na mesma
temperatura também – Sara riu gostosa. Harry a olhou a desconformado e deu um
toque no coração de gelo, fazendo com que trincasse ao meio.

    – Ohh... parti seu coração?

    – É... Tenho que pensar em algo agora – disse coçando o
queixo. – Algo a sua altura.

    – Então diminuiu em muito as suas opções – Harry a olhou
estranhando-a.

    – Que ego o seu, hein? – Sara apenas riu. Harry mandou
o coração de gelo, pela janela e logo depois disso Filch chegou.

    – Já acabaram? – indagou asmático. – A sala dos outros dois é
menor e eles ainda não acabaram! – nesse momento Harry se sentiu um pouco
culpado por se esquecer dos amigos.

    – Podemos ir ajudar os outros dois? – perguntou Harry. –
Assim nós ficamos mais tempo e a minha detenção se torna pior – Filch
resmungou e permitiu que Harry e Sara fossem até os outros dois.

    – Não sei se devemos interferir – disse Sara preocupada.

    – Só vou limpar a bagunça, para que eles possam ter o mesmo
tempo que nós tivemos – disse Harry maroto.

    – E daí? Aonde vamos?

    – Limpar outra sala – disse piscando.

    – Que convencido, você – concluiu o olhando desdenhosa.

    – Diga que não gostou – Sara ficou quieta. – Quem cala
consente – Sara sorriu e balançou a cabeça.

    Ao chegarem silenciosamente na porta em que Rony e Hermione
estavam, trabalhando, os dois prenderam a respiração. Rony e Hermione estava
muito, muito próximos, com as mãos entrelaçadas. Harry segurou a mão de Sara e a
puxou para o lado, se encostando na parede.

    – Pelo menos a primeira vez, deixa eles ficarem sozinhos –
sussurrou. Sara sorriu. – Vem... depois nós os ajudamos a limpar.

    Harry andou por uns corredores e viu que a sala de Filch
estava vazia e aberta. De longe viu a gaveta no arquivo, escrito Confiscado e
perigoso
. Será que havia mais algo maroto lá? Harry olhou para os dois lados
e disse a Sara:

    – Me avise se Filch aparecer – disse Harry. – Assobie ou
coisa parecida.

    – O que você vai fazer?

    – Ver se os marotos, não deixaram mais nenhuma relíquia
ali... que é minha por direito.

    – Marotos?

    – Depois te explico – disse Harry.

    Harry se adiantou nas pontas dos pés e abriu a gaveta. Não
haviam muitas coisas e nem era muito organizada. Espichou o pescoço um pouco
mais e viu uma curiosa chave, com um brasão, dois "MM", feito em algum metal.
Ele pegou a chave e a examinou. M... marotos? – Sara começou a assobiar
distraída – Harry guardou a chave no bolso e saiu de encontro a Sara.

    – Desculpe – pediu Sara. – Filch passou só por um corredor e
depois sumiu.

    – Não faz mal – disse tirando a chave a analisando-a. –
Peguei alguma coisa...

    – Vamos ver como Rony e Hermione estão? – Harry sorriu
marotamente.

    – Preferia estar na mesma, mas você decidiu "pensar" –
resmungou.

    – Não me pressione – retrucou.

    – Claro... vou fazer alguma coisa que vai fazer você "pensar"
– disse maroto.

    – Vamos logo – ao chegarem Rony parecia não querer mais
terminar a limpeza, estava muito próximo de Hermione que o olhava constrangida e
limpava os quadros.

    – Ajuda? – perguntou Harry, com um sorriso maroto.

    – Ah! – exclamou Hermione, vermelha. – Claro...

    – O que houve? – perguntou Sara incomodamente subindo numa
carteira.

    – N-nada – disse Rony.

    – Hummm... Hermione, sobe numa carteira, se não quiser ficar
encharcada – ela ergueu as sobrancelhas e depois compreendeu. Harry chutou os
baldes e Rony o olhou incrédulo. Toda a água ganhou vida, através dos poderes de
Harry e varreu a sala, a livrando do pó e sujeira. Uma magia limpar,
seria muito útil, mas na falta de varinhas...

    – Porque demoraram tanto? – perguntou Hermione a Harry.

    – Eu é que pergunto – disse olhando desconfiado. – O que
vocês estavam fazendo... não tem nada pronto aqui, tava quase no zero.

    – Ah... é... – gaguejou Rony.

    – Tudo bem – salvou-o Sara, mas logo depois executando-o –
Nós sabemos – Harry riu.

    – Que noite, hein – disse Harry a vermelhidão dos dois.

    – Como assim que noite – perguntou Hermione olhando de Harry
para Sara. – Tudo bem... nós admitimos. Mas e vocês?

    – Digamos que nós descobrimos uma coisa e agora Sara quer que
eu me humilhe, para que isso aconteça –disse Harry impaciente.

    – Mais ou menos isso – corrigiu Sara.

    – Ãh? – perguntaram Rony e Hermione.

    – Vocês deveriam ter visto – mudou de assunto Sara – a cara
da Marry, quando Harry disse que se esqueceu do encontro deles, e estava em
detenção comigo. Pensei que Harry nunca mais teria herdeiros.

    – Você se preocupou com isso, foi? – indagou sorrindo maroto
e erguendo a sobrancelha direita.

    – Não viaje, Harry – Rony e Hermione riram.

    Depois de algumas conversas, Filch chegou e entregou-lhes as
varinhas, mandando que voltassem direto para os dormitórios, onde todos dormiram
pesadamente, menos Harry que estava com uma dor abaixo da virilha, analisou um
pouco a chave recém adquirida e não conseguia parar de pensar em que iria fazer
para que Sara dissesse "SIM!". Porém antes das meninas dormirem, Hermione
perguntou a Sara, baixinho para não acordar Lilá ou Parvati.

    – O que o Harry te fez? Ele te beijou?

    – Você é esperta Mione – concluiu Sara. Hermione soltou uma
exclamação – Mas não vou deixar barato...

    – O que você quer dizer com isso? – perguntou preocupada.

    – Você verá... você verá...

   



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