Sala Precisa



N/A: Fiz essa fic com a intenção de preencher o buraco que o sexto filme da serie Harry Potter nos deixou por conta de beijo H/G. Quem não ficou curioso para saber o que aconteceu depois daquele “roçar de lábios” que eles deram?


 


Na minha fic vocês poderão ler o que o nosso querido roterista “esqueceu” de colocar em Harry Potter e o Enigma do Príncipe (:


 


Espero que gostem.


 


Ariana Weasley


 


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Eu ainda não acredito que ele foi burro o suficiente para fazer isso! O que ele tem na cabeça para usar um feitiço que está escrito a mão em um livro idiota e que nem mesmo Hermione Granger tem conhecimento sobre o mesmo? Será que o acontecimento de anos atrás não serviu de experiência? Porque eu tenho que gostar de alguém tão idiota como o Harry...




Nós quatro: Ron, Hermione, Harry e eu estávamos sentados em um canto vazio da sala Comunal da Grifinória. Harry acabará de chegar, estava com as vestes molhadas e em seu rosto transparecia o medo, ele provavelmente aprontará e possivelmente se daria muito mal. Em minutos Harry nos contou que ele e Draco Malfoy travaram um duelo no banheiro do primeiro andar, e para se defender de uma maldição da morte Harry usou o Sectusempra - um feitiço escrito a mão no livro do Príncipe Mestiço - e acabou machucando Malfoy gravemente.


Meu Merlin, o que ele tem na cabeça?!


Malfoy pode até ter ser um completo Mané, mas isso foi incabível.



Meu irmão, minha melhor amiga e eu ficamos olhando Harry, que estava prestes a arrancar os cabelos de tão nervoso que estava, entretanto cada um de nós o olhava de uma forma diferente: Hermione estava com a típica cara de ‘Eu falei, não foi?’ e Ronald estava com a cara tão apavorada quanto a de Harry. E eu tentava não transparecer nada. (Era muito estranho que nessa altura do campeonato eu estivesse me juntando ao “Trio Maravilha”.)



Harry também olhava para nós, e seu olhar nos pedia ajuda. Ele precisava de ajuda para sair dessa enrascada que ele acabara de se meter. Quando nossos olhos se encontraram eu percebi que deveria fazer algo por ele, eu tinha que ajudá-lo. Harry precisava de mim neste momento e eu não negaria ajuda. Então me com impulso incomum me levantei e sente ao seu lado.



- Você precisa livrar-se disto – eu disse decidida – Precisa se livrar deste livro hoje.



Ele me olhou, sabia o que eu queria dizer. Tudo que aconteceu era culpa do livro. Precisávamos nos livrar dele primeiramente. Ron e Hermione também concordaram.



- Você tem alguma idéia de onde esconder isso? – Harry perguntou a todos, mas fui eu que respondi primeiro.



- Na Sala Precisa. – sussurrei.



- O que estamos fazendo aqui? Vamos logo! – Ron falou já se levantando, mas Hermione o impediu colocando sua mão em torno à cintura de meu irmão.



- Não Ron! É perigoso ir todos nós juntos.



- Então eu irei sozinho então. – Harry disse enquanto se levantava mais Hermione também o impediu da mesma forma. Era tão típico dele querer fazer tudo sozinho.



- Você não está em condições de ir sozinho, olhe seu estado – ela apontou para ele, e vi de relance que ela olhou para mim – acho que Gina deveria ir com você.



- Mas porque a minha irmã? Nós é que somos amigos do Harry – Rony se levantou e olhou para Hermione.



- Ela é amiga dele sim –ela ralhou – E também, porque, diferente de você, ela teve uma idéia para ajudar o Harry – Ela se levantou também e o encarou com olhos mortais que apenas ela conseguia fazer.



- Argh, se é assim... – ele murmurou de contra gosto e voltou a se sentar. Era tão engraçado ver que no final Ron sempre fazia as coisas do jeito que Hermione queria. A cada dia que se passava eu tinha plena certeza que a única pessoa que daria um jeito no meu irmão seria ela.



- Hey, vão logo! Vocês não podem perder tempo – Hermione nos apressou.



Harry foi pegar o livro e a capa da invisibilidade no dormitório, enquanto eu o esperava próximo ao buraco que nos levava para fora da Torre da Grifinória. Cobrimo-nos com a capa e fomos em direção a Sala Vai-e-Vem.



 ***


Enquanto andávamos apressadamente para a Sala Precisa, percebi que nossos corpos estavam mais próximos do que o de costume. Uma das mãos de Harry segurava o livro e a outra estava entorno de minha cintura. Senti meu coração bater mais alto e meus joelhos amolecerem ao seu toque, estávamos tão próximos que eu até conseguia sentir seu cheiro extremamente bom - muito melhor do que daquelas peças de roupas que eu ‘pegava emprestada’ enquanto estávamos nA’Toca. Senti uma vontade louca de parar o que estávamos fazendo, prensá-lo na parede e fazer algo que sonho desde quando tinha 11 anos de idade: beijá-lo. Porém eu não podia pensar nisso agora, tínhamos algo para fazer. Precisava tirar isso de minha mente. Eu estava com o Dino agora, eu não poderia o traí-lo.



Estávamos bem próximos da Sala Precisa, então verifiquei se não tinha ninguém por perto para tirar a capa que nos cobria. Olhei para a parede lisa a minha frente e depois olhei para Harry.



- Segure minha mão – estendi minha mão para ele e entrelaçamos nossos dedos.



- Tem alguma idéia de como podemos entrar ai Gina? – eu virei meus olhos, nem parecia que passamos quase um ano tendo freqüentes reuniões da AD nessa sala;



- É só pensarmos que precisamos de um lugar para esconder o livro Harry.



Harry fechou os olhos, e eu o acompanhei. Sua mão suada apertava de forma suave a minha, enquanto pensávamos em um lugar para esconder o livro. "Preciso de um lugar para esconder o livro... Preciso de um lugar para esconder o livro... Preciso de um lugar para esconder o livro.”


Quando abri os olhos, no lugar da parede lisa estava a porta para entrarmos Sala Precisa. Sem trocarmos algumas palavras entramos.



A sala era muito grande, tinha praticamente o tamanho do Salão Principal, e todo este espaço estava ocupado por milhares e milhares de objetos que foram escondidos por gerações de habitantes que passavam por Hogwarts. Havia móveis gastos e partidos; alguns milhares de livros rabiscados, proibidos ou roubados. Também havia frascos lascados com poções congeladas, chapéus, espelhos, jóias, capas, uma harpa, uma vitrola gaga e lá no fundo um grande armário sombrio.



Ainda de mãos dadas avançamos pela sala, e paramos a alguns metros do grande armário. Virei-me e olhei para ele.



- Vamos esconder o livro do Príncipe Mestiço – eu disse olhando para Harry – Em um lugar onde ninguém poderá encontrar – dei uma pausa - e inclusive você. - Andamos entres as pilhas de objeto até que ouvirmos um barulho estranho.



- O que foi isso? – Falamos nós dois juntos.



Ele sorriu para mim, e eu lhe retribuí o sorriso. O barulho vinha do armário que ficava no fim da sala. Harry foi caminhando com cuidado até ele e o abriu com cuidado. De dentro dele saiu voando um pequeno passarinho.



- Viu? – falei caminhando em sua direção – Você nunca sabe no que vai encontrar aqui.



Aproximei-me bem dele, e com uma lentidão proposital tirei o livro do Príncipe Mestiço de suas mãos. (Nota mental: tenho que parar com minha pseudo-tentativa de ser sexy)



- Muito bem, feche seus olhos para você não me ver – dei alguns passos para trás – feche seus olhos – sussurrei.



Dei mais alguns passos para trás olhando-o para me verificar se ele estava mesmo com os olhos fechados. Quando vi que ele não iria contrariar minha palavra voltei a olhar para frente. Eu precisava de um bom lugar para esconder esse livro, um lugar onde ninguém – a não ser eu – o encontraria.



Depois de um momento achei o lugar perfeito para esconder o livro: um armário que dava a impressão de ter recebido acido em sua superfície cheia de bolhas. Abri uma das portas com dificuldade – ela estava emperrada -, enfiei o livro atrás de uma gaiola e fechei a porta. Parei por um instante – meu coração estava acelerado demais -, e olhei em minha volta. Talvez Harry precisasse desse livro algum dia – minha intuição dizia isso -, será que eu o encontraria no meio desse lixo? Peguei um busto lascado de um bruxo velho e feio que tinha uma estranha tiara oxidada sobre a cabeça e o coloquei em cima do armário, onde acabará de esconder o livro. Olhei bem para ele e as coisas ao redor para reconhecer o lugar, caso eu precise do livro no futuro.



Então voltei para onde Harry estava. Ele ainda estava lá de olhos fechados como eu tinha pedido. Impressionei-me com isso, não era algo do feitio dele.



Aqueles poucos momentos que tínhamos passado juntos, fez com que meu coração batesse mais forte e eu me lembrasse de tudo que eu senti e nutri por ele ao longo desses anos. Me fez lembrar os dias em que eu passava olhando para suas fotos, e das noites que eu passava abraçada em uma de suas peças de roupa para sentir seu aroma. Harry Potter foi meu primeiro amor - na verdade ele foi meu único amor, nunca senti nada pelos caras que eu já tinha me envolvido. O único motivo para me envolver com eles era tentar esquecer Harry – sim tentar o esquecer. Mas tudo isso foi em vão, nesses poucos minutos que passamos juntos tudo que eu sentia por ele voltou à tona. Eu amava Harry James Potter mais do que tudo em minha vida. Naquele momento nada mais importava a não ser ele.



Aproximei-me mais ainda de Harry, eu conseguia sentir sua respiração – e ele provavelmente sentia a minha também. E sem pensar no que ele acharia de mim após isso eu o beijei, e com uma surpresa enorme senti meu beijo ser retribuído. Meus braços contornaram seus ombros e eu segurei sua nuca puxando-o para mim, instantaneamente eu percebi que seus braços contornaram minha cintura e me apertava para mais perto dele. Eu gostava disso, e por incrível que pareça ele também parecia gostar.




Ficamos ali por longos minutos nos beijando intensamente até que o ar faltou e eu precisei parar. Suas mãos ainda continuavam em minha cintura, entretanto seus olhos estavam abertos. Ele olhava para mim de uma forma tão intensa e sonhadora. Em todos esses anos eu nunca o vi olhar assim para mim, em seus olhos eu via o sol radiante de verão e algo que me pareceu como primavera. Depois disso senti certeza do que sentia por ele, e que tudo isso não era apenas uma bobagem como antigamente.



- Feche seus olhos – eu falei novamente e então rocei meus lábios nos seus pela ultima – Isso também fica escondido aqui se quiser – falei por fim com um sorriso maroto no rosto.



Aquele fora o melhor momento de minha vida até agora, eu amava Harry incondicionalmente e queria ficar com ele ali, na Sala Precisa eternamente. Mas eu já tinha feito muito, se Harry gostasse mesmo de mim ele iria me procurar.

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N/A:  Acho que muitos de vocês tambem não engoliram aquele beijo do filme, como eu. Espero que gostem :D

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Comentários (2)

  • Dih Potter

    Vou te contar.. essa cena do 6º filme deveria msm ter ocorrido assim ... foi incrivel a forma com que vc escreveuu...Como toda HPMANIACA fiquei frustadérrima com a cena original do filme, Aff... foi muita falta de consideração pra conosco, fãs da saga... mas nos contentamos msm assim, afinal, no 7º livro só houve 1 bjo já no 7º filme foram 2...\o/... rsrsrs Bjoss, adorei do fundo do s2 

    2012-06-20
  • Gigi prv

    eu esperava bem mais daquele beijo,fiquei frustada com aquele "beijo"

    2011-03-21
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