O grande jantar



         Ela abraçou o padrinho com mais força ainda, e (o que não era novidade) mais algumas lágrimas escorreram do seu rosto, molhando a camisa dele.


         Sentindo a camisa molhar, Sirius afastou a cabeça dela de seu peito e viu as lágrimas nos olhos dela.


         – Ei, o que houve?


         – Não liga, Padfoot. – Remus falou. – A Hannah provavelmente vai ficar bem sensível nos próximos meses.


         Sirius sorriu, incrédulo.


         – A Hannah? Por quê?


         – Conte pro seu padrinho, Hannah. – Remus disse, sem alterar a voz.


         – Porque... eu estou grávida, tio Sirius.


         – Você, Hannah? Grávida? GRÁVIDA? GRÁVIDA???


         Ela assentiu com a cabeça, e Sirius olhou dela pra Remus, com os olhos arregalados, esperando que o amigo confirmasse.


         – É verdade, Sirius. Hannah está grávida. Do rapaz dos Malfoy.


         – Aquele tal de Scorpius?


         – É, tio Sirius, eu estou grávida do Scorpius. A gente começou a namorar escondido no quarto ano, aí, esse ano, um pouco antes de as aulas acabarem, nós fomos até a Sala Precisa e... – Mas Remus a interrompeu.


         – OK, Hannah, eu não quero escutar como esse bebê foi feito!


         – Mais da metade das meninas de Hogwarts que engravidaram foram na Sala Precisa com o namorado. – Sirius comentou, e Hannah começou a rir sem parar. Remus olhou com um olhar fuzilador para o amigo.


         – E você acha engraçado? – Ele veio se aproximando lentamente de Sirius. Esse, pressentindo o perigo, transformou-se num enorme cão preto e começou a correr pelo jardim, seguido de perto por Remus, que berrava:


         – VOLTE AQUI, SEU VIRA-LATA PULGUENTO E INÚTIL!


         Hannah sentou-se, encostada em uma árvore, e riu até perder o fôlego, assistindo o pai tropeçar correndo atrás do cachorro preto, que corria com a língua de fora, e derrubou alguém que estava na porta, rasgando toda a sua blusa com as unhas afiadas.


         Tonks ficou vermelha de raiva até os cabelos, e levantou-se, virando para onde o cachorro estava sentado com uma carinha fofa.


         – SIRIUS PADFOOT BLACK, CONSIDERE-SE UM HOMEM – OU CACHORRO – MORTO!


         Remus, rindo também, levantou do lugar onde tinha tropeçado, e aproximou-se da esposa.


         – Oi, amor! – Ele deu um selinho nela, mas ela cruzou os braços e o olhou com um olhar intimidador.


         – Por acaso a idéia de trazer essa aberração a quem você chama de amigo até a minha imaculada casa foi sua?


         – Não, Dora, ele é tão folgado que ele vem aqui em casa sem convite.


         – Remus John Lupin, não me enrole e fale de uma vez: foi idéia sua?     


         Nesse momento, Sirius já tinha se transformado em humano, e estava tentando segurar o riso, junto com Hannah.


         – Não, não foi. – Remus disse, mas Tonks não mudou o olhar. –Quer dizer... mais ou menos. – Sem surtir efeito, ele apelou para a desculpa esfarrapada. – Você mesma disse que odiava essa blusa!


         – REMUS JOHN LUPIN, PODE LEVAR O SEU TRAVESSEIRO PARA O SOFÁ AGORA!


         – Eu volto mais tarde, Hannah. – Sirius cochichou para ela e aparatou.


         – Mãe! – Hannah interferiu na briga dos pais. – Eu lembro quando você disse que não gostava dessa blusa. Aliás, ela está mesmo meio fora de moda. Você tem outras bem mais bonitas.


         – Obrigada, Hannah. – O pai disse, beijando a testa da menina. – Além do mais, Dora, você não pode me mandar pro sofá hoje, ou eu vou contar pra todo mundo no jantar.


         – Jantar? Que jantar? – Perguntou Hannah, olhando do pai para a mãe.


         – Convidamos algumas pessoas para um jantar aqui em casa, pra você poder contar a novidade. – A mãe disse, como se fosse óbvio.


         – É sério? – Ela ficou muito surpresa. Não esperava que os pais fizessem nenhuma comemoração ou sequer que eles noticiassem o fato. Ela imaginou contar para os outros quando não pudesse mais esconder a barriga (porque, de qualquer jeito, ela não usaria seu dom para esconder a gravidez).


         – Claro que é sério, Hannah. – Disse o pai, olhando-a fundo nos olhos. – Achou que poderíamos ficar zangados com você pelos próximos nove meses?


         A menina sorriu, agradavelmente surpresa. Achou que os pais iam ficar durante toda a sua vida jogando na sua cara que ela tinha sido irresponsável, mas pelo jeito, subestimara-os.


         – Não estão nem um pouquinho zangados comigo?


         Tonks parou pra pensar um pouco e respondeu:


         – Um pouquinho, mas é pelo fato de você ter sido irresponsável, e também pelo fato de não ter contado para nós que estava namorando.


         – Eu não estou zangado com você, filha. Estou zangado com aquele moleque dos infernos que destruiu a sua inocência.


         Rindo, ela se atirou nos braços do pai, abraçando-o com toda a sua força. Tonks, sem demora, juntou-se ao abraço e logo eles ouviram a voz de Teddy:


         – OK, me deixem excluídos do abraço familiar, eu nem ligo.


         – Anda, Teddy. – A irmã gritou, e ele não precisou ouvir de novo para se juntar àquele abraço em família.


         Tonks foi a primeira a se soltar, e começou a distribuir ordens.


         – OK, vamos receber visitas, então temos que nos preparar. Hannah, vá se arrumar. Remus e Teddy, deixem a casa num estado aceitável, e depois vão trocar de roupa. Eu vou cozinhar e arranjar uma blusa decente.


         Os três começaram a ir para onde ela tinha mandado, e então ela gritou:


         – Remus, depois conversamos sobre você dormir na cama ou no sofá.


         Teddy e Hannah estavam subindo as escadas juntos, então ele perguntou:


         – Por que a mamãe mandou o papai pro sofá?


         – Digamos que envolve uma blusa da mamãe e o tio Sirius na forma animaga. Deu pra sacar?


         – Ah, sim, deu pra sacar. – Ele foi para o seu quarto e ela foi para o banheiro de sua suíte, tomar um banho quente e rápido.


         Ou ela pretendia ser rápida, porque o cheiro do seu shampoo e a água quente agindo como relaxante em seus músculos impediram-na de se apressar.


         Pousou a mão em cima da barriga, e parou pela primeira vez para pensar na magnitude do que havia acontecido. “Eu vou ser mãe. Tenho dezesseis anos e vou ser mãe. E isso me deixa feliz. Eu sou mesmo esquisita.”, ela pensou. De repente, uma batida na porta a fez parar com suas reflexões.


         – Hannah, querida, pode se apressar? Se eu me atrasar, a sua mãe me faz dormir no quintal.


         Ela desligou o chuveiro, rindo, e gritou para o pai:


         – Está bem, pai, já saí.


         – Obrigado. – Ela esperou a voz dele se afastar, e enrolou-se numa toalha. Usou a metamorfomagia para deixar os cabelos secos e saiu do banheiro, pensando no que vestir.


         Vasculhando seu guarda-roupa, achou uma calça que provavelmente não serviria mais, em algumas semanas. Resolvendo se despedir das roupas justas, colocou as mais justas que achou.        


         Olhou-se no espelho de corpo inteiro que ficava pendurado do lado da porta. Por enquanto, não aparecia barriga nenhuma, então se concentrou nos cabelos. Resolveu usa-los num tom de azul-claro, até o meio das costas, mesmo sabendo que sua avó a mandaria usar algo mais normal.


         Desceu as escadas e foi até a cozinha, onde Tonks estava empilhando alguns pratos, em cima da mesa.


         – Quer ajuda, mamãe? – Tonks levantou os olhos e encontrou Hannah parada na porta.


         – Não, Hannah, obrigada. A única coisa que falta é a mesa ser arrumada, mas a única pessoa dessa casa que pode levar esses pratos para a sala de jantar sem quebrar todos é o seu pai.


         Ela riu e entrou na cozinha, mas quando o cheiro da carne assada chegou até ela, ela saiu correndo para o banheiro. Tonks seguiu-a, e segurou os cabelos dela enquanto ela vomitava.


         Hannah levantou, trêmula, e lavou a boca.


         – Você está bem? – Tonks perguntou, insegura, ainda perto da filha.


         – Agora estou. – Ela respondeu, escovando os dentes. Tonks ia dizer algo, mas então a campainha tocou. Hannah sorriu, e saiu do banheiro, indo atender a porta.


         Era Harry, junto com toda a família.


         – Olá! – Ela os cumprimentou, sorrindo, e Harry sorriu em troca. Albus olhava-a, apreensivo, ainda curioso por ter visto ela chorando.


         – Oi, Hannah. – Harry respondeu, e ela abriu espaço pra eles entrarem.


         Albus entrou por último, e ele olhou preocupado para ela.


         – Seu pai não matou você, então... dá pra você explicar o que aconteceu?


         – É complicado, Al, eu...


         Ele esperava, paciente, e ela não conseguia arrumar as palavras certas para dizer. Foi salva pela campainha, que tocou novamente. Abriu a porta, e eram Andromeda e Ted.


         – Vovó! Vovô! – Ela os abraçou. – Entrem, por favor.


         – Hannah, querida, deveria usar um cabelo mais convencional, esse azul é muito chamativo. – A avó disse, pegando uma mecha do cabelo dela nas mãos.


         Ela revirou os olhos, enquanto os avós foram para a sala. Ela virou-se para Albus, que ainda esperava.


         – Você vai acabar sabendo, Al. Tenho certeza que vai. Não vou nem poder esconder isso por muito tempo.


         Ele a olhou, intrigado, mas seguiu-a até a sala, onde Andromeda, Ginny e Tonks conversavam animadamente, assim como Remus, Ted e Harry, enquanto James provocava Lilly.


         Um pouco depois, chegaram Ron e Hermione com os dois filhos. O sr. e a sra. Weasley também não demoraram. Por fim, chegou Sirius, e ele e Remus trocaram uma risada cúmplice, sob o olhar assassino de Tonks, que sussurrou:


         – Mesmo remendada, minha blusa ficou inutilizável, Padfoot. Mas relaxe. A vingança é um prato que se come frio.


         Durante o jantar, Hannah quase não tocou na comida, porque o próprio cheiro enjoava-a, então a avó e Molly insistiam com ela:


         – Hannah, você precisa se alimentar, querida. Você está tão magrinha.


         – Eu concordo.  – Disse Tonks. – Hannah precisa mesmo se alimentar. Comer por dois, na verdade, não é, filha? – Andromeda olhou as duas de uma forma intrigada, e Ted perguntou:


         – Comer por dois? Por que a minha netinha precisa comer por dois?


         Tonks olhou para Hannah com um olhar que dizia “Vá em frente.”.


         – Porque... eu estou grávida, vovô. – As conversas em volta da mesa silenciaram, exceto por Remus e Sirius, que só pararam de falar assim que notaram que todos haviam parado.


         Todos olharam para Hannah com os olhos arregalados, e as bochechas dela coraram.


         – Verdade? Você, Hannah? – Andromeda disse, incrédula, em nome de todos.


         – Sim, vovó, é verdade. – Parecia cada vez mais fácil admitir. – E estou grávida de Scorpius Malfoy.


         – De Scorpius? – Rose gritou. – E desde quando vocês estão juntos? Dormimos no mesmo dormitório, e você nem pra me contar que estava namorando Scorpius Malfoy?


         Hermione virou-se para a filha, e então ela percebeu que era melhor ter ficado quieta.


         – Espere. – Disse Andromeda. – Scorpius é neto de Narcisa? Da minha irmã, Narcisa?


         Hannah assentiu com a cabeça, e então Andromeda ficou mais surpresa ainda.


         – Então, vocês dois são quase primos!


         – Eu sei, vovó. Somos quase primos, e sabíamos disso quando começamos a namorar escondidos, no quarto ano. Agora, eu estou grávida, o filho é dele e ele assumiu. – Ela falou, como se fosse a coisa mais simples do mundo.


         – Então, era isso que não queria me contar? – Perguntou Albus, e ela confirmou lentamente com a cabeça.


         O jantar seguiu-se sem que se tocasse mais no assunto, mas quando os Weasley já haviam ido embora e Tonks serviu o chá, Ted voltou ao assunto:


         – Então, Hannah, você pretende usar a metamorfomagia pra continuar com esse corpinho tão bonito?


         – De jeito nenhum, vovô. Quero mostrar a minha gravidez pra todo mundo.


         – Precisamos pensar no enxoval, querida. – Disse Andromeda, entrando também na conversa. – Que cor você pensou?


         – Nenhuma por enquanto, vovó. Quero esperar descobrir o sexo para escolher.


         Servindo o chá, Tonks entrou na conversa também.


         – Por que não escolhe amarelo, querida? É uma cor neutra.


         – Não, não é. – Disse Sirius. – Não sei que mania é essa de achar que amarelo é uma cor neutra.


         – Isso aí. – Apoiou Teddy. – Nenhum macho tem enxoval amarelo. O meu sobrinho também não vai ter.


          – Mas, agora que tocamos no assunto, porque não um enxoval amarelo e vermelho? – Perguntou Remus.


         – Pai! – Disse Hannah. – Não vou fazer um enxoval da Grifinória. Scorpius é da Sonserina.


         – E daí? É você quem vai carregar esse bebê por nove meses, quem tem o direito de escolher o enxoval é você.


         Hannah lançou para ele um olhar parecido com o da mãe quando ficava zangada, e ele ficou quieto.


         – Então, eu vou ser bisavô. – Disse Ted, num tom de voz inconsolável. – Eu já me senti um velho quando Dora engravidou, e agora Hannah está engravidando? Isso quer dizer que eu já sou um velho.


         Hannah sentou-se perto do avô, consolando-o.


         – Não é, vovô. Além do mais, o que importa é a juventude de espírito.


         – Vai ter que usar cabelos mais comuns agora, Hannah. – Disse Andromeda, com uma voz de triunfo. Há anos vinha tentando fazer com que a neta não tivesse o mesmo gosto para cabelos coloridos que a mãe.


         – Não vou não, vovó. Mamãe usava cabelos coloridos quando estava grávida, eu também vou usar.


         – Andy, a garota gosta dos cabelos coloridos. Deixe-a usar.


         – Eu não me lembro de ter pedido sua opinião, Sirius.


         Sirius corou e ficou quieto, enquanto os outros riam. Ted consultou o relógio.


         – Minha nossa, Andromeda, é melhor nós irmos embora. Já passa da meia-noite.


         Os dois levantaram, e Sirius também.


         – Acho que vou aproveitar a deixa e ir também.  – Ele virou-se para Tonks. – Eu compro uma blusa nova, priminha.


         – É bom mesmo. – Ela cruzou os braços. Enquanto isso, Ted e Andromeda despediam-se de Hannah.


         – Não esqueça de alimentar-se direito agora, Hannah.


         – Não vou esquecer. vovó. – A menina abraçou os avós e virou-se para abraçar Sirius, mas ela desmaiou antes que fizesse isso.


         Remus segurou-a antes que ela caísse no chão, e colocou-a no sofá.


         – O que aconteceu? – Teddy perguntou, colocando a mão na testa de Hannah.


         – Além de ela não ter comido nada no jantar, desmaios são comuns no começo da gravidez. – Tonks respondeu, e Andromeda confirmou com a cabeça.


         Depois que eles saíram e Teddy subiu, Tonks trancou a porta da casa, e virou-se para Remus.


         – É melhor você levar Hannah lá pra cima, Remus. Ela pode demorar a acordar, e eu sei que você não quer demorar pra dormir.


         – Dora, você vai mesmo me fazer dormir no sofá? Ah, querida, não seja malvada. Foi o Sirius que rasgou sua blusa, não eu.


         – Leve Hannah para o quarto dela, e depois conversamos.               Ele suspirou e pegou Hannah no colo, levando-a para o seu quarto, e voltou para a sala.


         – Dora, pelo amor de Deus, não me faça dormir no sofá. Já faz uns oito anos que você não faz isso, não vai fazer agora, vai?


         Ele olhou para ela, com uma cara que convenceria qualquer um, e ela riu antes de dizer:


         – Aproveite que estou de bom humor, Remus, e que esse clima de gravidez me deixa sensível. – Ele a beijou, antes de falar:


         – Já que gravidez te deixa sensível, não quer dar um tio para o filho da Hannah?


         – Eu não estou com um humor tão bom assim, Remus. – Ela tentou sair séria, mas tropeçou num vaso que ficava ao pé da escada. Segurando o riso, ele comentou:


         – Alguém devia tirar esse vaso daí. Você, Hannah e Teddy tropeçam nele pelo menos três vezes ao dia.


         – É. – Ela concordou, subindo as escadas. – Vou pedir pro meu próximo marido fazer isso.


         Remus subiu atrás dela, e a abraçou por trás.


         – Próximo marido, é? Você vai ver o próximo marido.


         A luz do sol invadiu os olhos de Hannah, e ela acordou. Sentou-se na cama, passando a mão nos cabelos, e viu que ainda estava com as roupas que havia colocado para o jantar da noite anterior.


         Enquanto tentava se lembrar, uma coruja entrou no seu quarto, e ela correu pegar a carta no bico dela. Viu o emblema de Hogwarts. “Essa não!”, pensou, “Nem pensei o que vou fazer a respeito de Hogwarts.”. Ela abriu a carta, mas ela não continha o aviso habitual para pegar o trem no dia 1º de setembro. Intrigada, ela sentou na cama e leu.


         Prezada srta. Hannah Lupin


        


         Ao contrário do normal, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts não começará suas aulas no dia 1º de setembro, porque o governo trouxa quer efetuar uma construção no terreno da escola.


         Temos, é claro, o controle da situação, mas por medida de segurança, as aulas estão suspensas até segunda ordem. O conteúdo que deveria aprender este ano será aprendido no próximo ano.


                                               Fazemos votos que esteja bem,                                                         Minerva McGonaggal, vice-diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.


 


         Hannah suspirou, aliviada. Não seria fácil ter aulas estando grávida, e ainda haveria o problema de quando o bebê nascesse. Desceu as escadas correndo para contar aos pais, mas eles não haviam acordado ainda. Consultou o relógio. Ainda eram sete e meia. Não sabia por que tinha acordado tão cedo. Mesmo assim, escutou alguém a chamando.


         – Hannah! – Reconhecendo a voz de Scorpius (N/A: ah, acharam que ele não ia aparecer, né?), foi para a sala e ajoelhou-se na lareira.


         – Scorp! Recebeu a carta de Hogwarts?


         – Sim, foi por isso que resolvi falar com você. Temos mesmo muita sorte, não é?


         – Com certeza. – Ela sorriu, mas logo o sorriso transformou-se numa careta, e o rosto dele tornou-se preocupado.


         – O que foi? É alguma coisa com o bebê? Você e ele estão bem? Você está com dor? Quer que eu vá até aí?


         Hannah riu com a preocupação dele.


         – Estou bem, Scorpius, só estou um pouco enjoada, mas não se preocupe. Minha mãe falou que é comum.


         Ele suspirou, aliviado.


         – Ainda bem. Pensei que havia acontecido algo. E como foi sua noite?


         – Ótima. Minha mãe fez um jantar para que eu contasse para todo mundo, você acredita?


         – Claro que acredito. Minha avó disse que iria comprar um enxoval verde e prata para o bebê.


         – Meu pai disse que iria comprar um amarelo e vermelho. Eu acho melhor escolhermos cores mais comuns, ou eles vão brigar muito na hora de decidir esse enxoval.


         – É... também acho, Hannah.


         Os dois ficaram em silêncio por algum tempo, mas logo ela comentou:


         – Mas eu quero dar um leãozinho de pelúcia pra ele.


         – Ótimo, e eu dou uma cobra.


         – Não! Cobras são esquisitas. Leões são bonitinhos.


         – OK, não vamos mais falar disso.


         Ela concordou, e eles ficaram mais um tempo em silêncio, que ele logo quebrou.


         – Mas um enxoval verde e prata ficaria lindo.


         – Scorpius!


 


N/A: é, galera, terminei mais um capítulo! Achei que ele ficou legalzinho até! Não percam no próximo capítulo: o primeiro desejo da Hannah + o primeiro ultra-som. Beijos! Respondendo os comments:


 


         Leh_Lovegood: oiii amor! Bem-vinda a fic! Não tem importância ter lido só o prólogo, espero que você goste de todos os outros caps! E fico feliz que você também não se conforme com a morte do Sirius!


 


         Ivy Potter: oii, Ivy! Bom ver você de novo! É, a Narcisa foi esquisita mesmo! A intenção era essa! Beijos!


 


         Hermione: oiii! Primeiramente, bem-vinda, amor! Estou continuando! Tomara que você curta!


 


         Carol: obrigada pela seqüência de “maras” no seu comment! É, a reação do povo tem sido boa mesmo!! Ahh, amore, desculpe, não sabia que você gostava do Draco! Na próxima fic, não mato ele, juro!


 


         Nath Krein: OMG, extremamente perfeito? Amei isso! A fic irá se manter, juro! E o povo tá falando pra caramba da Cissy! Sabia que isso ia dar o que falar!!


 


         Jeh Halle: bem-vinda, querida! Vou continuar postando sim!


 


         Isso aí, gente, o 4 está a caminho! Riam muito e, principalmente, comentem, tá? Beijoss!

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Comentários (1)

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