Revelações



   Eles se olharam por um bom tempo até que foram interrompidos por alguém que entrou na sala. Harry precisou de apenas um segundo para concluir que era o medico.


   -Olá, eu sou o Dr. Willian. Imagino que sejam o Sr. Potter e a Srta. Granger, não?


   -Sim, somos nós. – respondeu Harry – Poderia, por favor, nos dar uma idéia do que está havendo aqui?


   -Mais é claro – disse o doutor – Os exames indicaram que a Srta. Granger está sofrendo de leucemia.


   -Leucemia?! – disse Harry, incapaz de entender. Hermione apertou sua Mao com mais força.


   -Sim, leucemia. No caso, Leucemia linfocítica crônica. Apesar de ser mais comum em idosos, foi contraída pela senhorita aqui.


   - E qual é o tratamento? – perguntou Harry, totalmente abalado.


   - Esse tipo de leucemia infelizmente não tem cura – desta vez foi a Mao de Harry que apertou a da mulher que tanto amava. Quer dizer que ela terá desmaios e cansaço para sempre? Ou algo pior? – Essa doença é uma forma de câncer generalizado, caracterizada por uma expansão incontrolável de linfócitos anormais, no sangue, e na medula óssea. Pode ser tratado com quimeoterapia, porem as chances não são muito boas.


     Harry estava totalmente derrotado. Deixou-se cair sentado no chão mesmo, incapaz de acreditar naquelas palavras. Hermione ainda segurava sua mão, e Harry podia ouvi-la chorar. O medico, percebendo a situação, perguntou:


     - Vocês querem tentar o tratamento quimeoterapitco?


    - Sim – Harry respondeu, com firmeza.


    - Com certeza isso é recomendado, porem os preços são bem altos....


    -Isso não é problema – Harry o interrompeu – Se possível, gostaria que o tratamento tivesse inicio imediatamente.


    - Claro...vou buscar a maquina. – ele então saiu.


    -Harry, socorro! Eu...eu vou morrer, não vou? – ela perguntou, com uma certa expressão facial que deixou Harry completamente comovido.


    - Eu já te disse, Mione – disse, agora chorando também – Não vou deixar nada de ruim te acontecer, vou te proteger, para sempre, Mione – e a abraçou. E permaneceram assim, até que uma enfermeira adentrou no quarto trazendo uma maquina que foi colocada ao lado de Hermione. Em seguida, uma agulha foi inserida na veia e um liquido branco e espesso começou a circular. A enfermeira então ameaçou sair pela porta, porem parou no meio do caminho e olhou com uma profunda expressão de pena o casal.


     - Olhe, eu sei que não é consolo, mas... – ela começou – conheço varias pessoas que escaparam dessa doença sem nenhum tipo de seqüela.


     - Claro – disse Harry – Obrigado.


     Depois que a enfermeira saiu, Harry olhou para Hermione, em busca de algum sinal dela ter percebido o tom inseguro da mulher, que poderia indicar que ela estava mentindo. Mas Harry percebeu, no fundo de seus olhos, uma chama de esperança se acender, dando aos seus olhos o conhecido brilho determinado. Um brilho que Harry não teve coragem de retirar.


     


 

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