Meu Imortal













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James trincou os dentes com a mesma força que cerrava os punhos. Sentiu as unhas causarem uma sensação incômoda nas palmas das mãos. Incômodo, não dor. Dor - dor de verdade - era o que ele sentia por dentro. Ergueu o punho fechado com tanto força que as veias e os tendões sobressaíam-se. Sua mão estava gelada e suada. E deu três batidas leves na porta.


Nos três segundos seguintes ocorreu a James que não havia nada que pudesse fazer. Que aquela atitude ia fazer doer mais. Ele tinha que sair dali. Mas não queria. Por mais que todo o seu sitema nervoso falasse - na verdade, gritasse - que ele ia sentir mais dor, ele o ignorava. Por que não podia deixar de ter algum tempo com ela.


A porta abriu. Lily olhou-o e abriu-a completamente, deixando que ele entrasse. Era como se eles houvessem marcado de se encontrar naquela noite. Como se fosse um compromisso. A luz estava apagada e o quarto vazio era iluminado apenas pelos dos abajures ao lado da cama de Lily, um dela e o outro de Mandy. Lily andou até a cama e sentou-se, indicando o espaço a seu lado para ele. James sentou-se.


- Dispensei o motorista. Disse a ele que precisava ficar na escola. - falou ele, sério


James examinou-a. O rosto de Lily estava pálido, contrastando com o nariz e os olhos que estavam vermelhos como se ela houvesse chorado o dia inteiro. Os cabelos lisos e muito finos estavam espalhados de modo selvagem por toda a cabeça, parecendo a versão ruiva e comprida do cabelo de James e usava também a camisola lilás que usara no dia em que eles foram trancados na sala de aula por Patrícia.


- São dez horas. Você devia estar bem-comportado no dormitório masculino. Está infringindo a regra do toque de recolher e a regra de não entrar nos dormitórios dos sexo oposto.


- Claro, por que é a primeira vez que eu quebro essas regras. - James deu a ela um sorriso irônico. - E são duas coisas negativas, não é? Se você multiplica uma coisa negativa com outro negativo, dá um positivo, certo?


- Você veio aqui me ensinar matemática? - Perguntou Lily, sinceramente divertida.


- Não. - ele respondeu rouco. - Eu vim ensinar outra coisa.


James inclinou-se minimamente e já a estava beijando, uma mão girando pelo cabelo já bagunçado e a outra no rosto de porcelana, levemente sardento. Precisava urgentemente memorizar cada centímetro dela. Ele afastou-se e a olhou nos olhos com intensidade.


- Está querendo dizer que eu não sei beijar? - ela perguntou, num tom falsamente ultrajado. James riu.


- Foi você que disse isso. Você disse há meses lá na biblioteca. Você falou "James, eu não sei bei..."


- Ah, mas isso foi há meses. Meu namorado acha que eu beijo mal!


James riu mais ainda quando Lily apanhou o travesseiro e cobriu o rosto.


- Ah, não faz isso! - ele pediu - Quero poder ver seu rosto.


- Não. - disse a voz abafada de Lily - Você acha que eu beijo mal.


- Eu nunca disse isso. Vamos, Lily... Você não pode continuar tentando se suicidar sempre que dá na telha. Devia saber desde aquele dia em que pulei primeiro da sala de aula e segurei você que eu não vou deixar você morrer fácil. - James puxou o travesseiro do rosto dela. Lily fez uma careta.


- Argh, como você se sentiria se seu namorado dissesse que você precisa de aulas de beijo?


- Primeiro que me perguntaria como eu acabei com um namora-DO. - James falou com uma careta. - Eu não tenho nada contra seu beijo pra ser sincero. Eu gosto. Muito. Não consigo mais viver sem ele. Está satisfeita agora?


- Você só está dizendo isso pra limpar sua barra...


- Que discussão idiota! - James começou a rir - Você quer uma prova? - E sem esperar respostas, James apenas a beijou novamente.


Nunca soube por quanto tempo ficou ali, beijando-a. Apenas sabia que era necessário guardar na memória tudo. Desde o sabor dos lábios até o perfume dos cabelos. Precisava por que estava completamente viciado nela. Como uma droga. O estoque da sua droga estava acabando e ele não sabia como conseguir mais. E isso era desesperador.


Vários minutos depois, James afastou-se dela com esforço. Sentou-se mais ereto, encostando as costas nas muitas almofadas espalhadas pela cama e abraçou Lily, trazendo-a para o colo, exatamente como no sonho da biblioteca a vários meses atrás. Lily não ofereceu resistência, abraçou-o de volta e permaneceu em silêncio.


- Lils... - ele começou, repentinamente sério.


- Sim?


- Não há nada que você possa fazer? Nada que EU possa fazer? - Perguntou sentindo o estômago apertar. Lily não precisou perguntar do que ele estava falando.


- Não, Jay. Não há nada.


- Não quero que você vá... - a voz dele quebrou. James, como acontecia tantas vezes perto de Lily, sentiu-se infantil ao extremo.


- E eu não quero ir. Mas não posso pedir a ela pra ficar, Jay, não posso! Ela é minha mãe, faria qualquer coisa por mim. Eu nunca seria capaz de forçá-la a sacrificar algo que ela não tem por mim. - Foi um dos maiores discursos que Lily já fizera na frente dele. James pode perceber um pouco da sua própria dor na voz dela.


- Eu sei que sim, Lily. Mas você é a garota mais inteligente da escola! Pode arranjar uma bolsa ou... Eu mesmo pagaria a sua escola, se você quisesse.


- Jay... - Lily ergueu o rosto para olhá-lo. Lá estava o sorriso frio apenas com os lábios que a tanto tempo não estivera presente. - Você sabe que eu nunca compactuaria com um absurdo deste tamanho. Mas obrigada.


- Eu te amo. Muito. - Admitiu James, num impulso.


Lily afastou-se dele e encarou-o nos olhos, incrédula. James apenas a encarou de volta, serenamente. Lily olhava-o como uma cega que via o sol pela primeira vez. Como se James fosse um tipo de aberração.


- O que?


- Amo você.


- Quem, eu?


James mordeu o lábio quando percebeu que ela não estava brincando. Ela esperou por alguns segundos até que James não resistiu e entregou-se a um acesso de riso. Lily ficou esperando que ele parasse, o rosto vazio.


- Lily... Você acaba com qualquer clima! Eu me declaro pra você e você me pergunta: "Quem, eu?" - James falou, entre os paroxismos do riso


- Argh! Não tem o menor sentido me amar, James. Você sabe disso. - Ele fez um muxoxo e por isso ela continuou: - Acorda, Jay. Você é gato, inteligente, rico, popular, joga basquete e desejado por todas as garotas da escola. Entre as quais uma psicopata que ameçou raspar a minha cabeça e por pouco não fez isso. - Lily pegou uma das mechas loiras, ainda muito vivas em seu cabelo.


- Ah, nossa, depois de um discurso elogioso desses, eu estou totalmente lisonjeado. Deixa eu pensar... Amo você por que... Por que você é linda, inteligente, canta bem, tem o melhor gosto musical e a única garota que aprecia de maneira correta a minha Stratocaster Fender.

- Hm... Sabia que a Stratocaster faz 55 anos em 2009? O primeiros modelos dela não tinham escudos de três câmaras como a sua. E também só tinham chaves de três posições. A sua tem chaves de cinco posições e por isso da pra fazer mais sons...

-Pra quem não sabe tocar, você até que entende de guitarras. - James riu




- Também amo você... - Lily murmurou.


James sorriu de puro prazer. Chegara a passar pela sua cabeça que Lily inventara aquela história de "Quem, eu?" apenas para não precisar responder. Apenas para não mentir dizendo que o amava.


- Quem, eu? - James perguntou. Lily gemeu.


- Não vai me deixar esquecer meu surto nunca, né?


- Não enquanto eu respirar. - James sorriu.


- Eu ainda acho que você está fazendo mal em quebrar as regras. Sabia que eu nunca tinha recebido uma detenção até aquela história do desenho?


- Ah, mas naquele dia foi culpa sua. Você falou comigo, saiu da sala e foi embora. Eu fui até atrás de você. Eu ia perguntar a você se não ia pra aula.


Lily olhou, levemente surpresa. James não precisou que ela falasse. Depois de meses junto de Lily, ele acostumara-se a saber o que ela estava pensando. Por que ela nunca falava o que era. Sabia que ela estava se perguntando por que ele não a lembrara que tinha que voltar para a aula.


- Foi a primeira vez que reparei nos seus olhos. Acho que isso me deixou meio sem fala. Vou sentir muita falta de olhar nos seus olhos. Quase tanto quanto vou sentir falta da sua voz. Sabia que você é bem egoísta? Devia falar mais. To achando quase estranho você estar falando tanto hoje... Você é sempre calada, a senhorita superior. Mas eu gosto de você estar falando muito hoje. É bom.


- Acho que eu sou tímida. - Ela falou, fazendo-o rir.


Sério outra vez, James a abraçou mais forte. Ela era sua ruiva. Seu lírio. E isso nunca mudaria. Um sorriso estonteante surgiu no rosto do rapaz quando ele percebeu algo. Lily ia embora. E continuaria sendo dele.


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Luh: Se vocês me matarem, eu não posto mais e vocês ficam sem saber o final. *cruza os braços* Não. Matem. A Luh. Beleza, comentários...


Mandy: Caracaaa! Eu concordo plenamente com a Istéfani! MINHA AMIGA NÃO PODE IIIR! Nhá, mas eu tenho que falar o que a autora mandou. E ela mandou eu falar que faz tudo parte de um plano maior. Unf. Morri'


Sirius: DIANA! A Luh vai ficar um bom tempo sem entrar no MSN... A anta perdeu a senha. Certo, eu não vou deixar a Mandy matar você por que você me ressucitou \o/' E EU já sei qual é o plano maior da autora... Mhuamhuamhuaaaa'


Patrícia: Oi, Nath. Como você concorda comigo, Luh_Lovegood tem sérios problemas mentais por que ela odeia a vida dela e desconta na gente.


Luh: Não. Eu gosto da minha vida. Eu desconto em vocês por que eu sou má.


Patrícia: Unf'. Bom, ALGUMA coisa tem que aconteceu no próximo capítulo. Por sinal, o ultimo.


Lily: Não fique de mal da minha mãe, Carol! Fique de mal da Luh. E vamos deixar a Lily onde ela tá mesmo! Quer dizer, minha mãe pode ganhar na mega sena, né? Se você se emocionou com o 11 nem quero pensar no que você pensou nesse capítulo aí de cima. Não se jogue da ponte, pelamorde! Mesmo sendo de um metro, vai machucar a sua comissão de trás. Não pule de coisas com mais de cinquenta centimetros. Sempre pode ter ALGUMA COISA lá embaixo pra você escorregar e lascar a bunda no chão \o/ Beijooo'


James: Miih. A Luh É maluca. A Luh TEM problemas mentais. Mas no fim do capítulo eu tive um insight brilhante. Meu plano maligno secreto vai ser revelado no ULTIMO capítulo da fic. =D Ah, não matem a autora, por favor. Ela precisa estar viva pelo menos até segunda feira por que segunda ela vai ganhar o MP4 dela.


Luh: Bom, agora eu. NÃO me matem, repito. Eu resolvi postar hoje o penultimo capítulo por que eu ganhei uma capa \o/ Priscila Alves Soares Tonks Potter Black - que ela diz que é o nome completo verdadeiro dela - ou Pritty, é uma amiga que vai SEMPRE estar no ventrículo direito do meu coração. Capítulo dedicado à Pritty em agradecimento pela capa e também à Diana W. Black por ressucitar o Sirius. Mas eu sou má e por isso eu NÃO DIGO quando eu vou postar o ultimo \o/




 

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