O jantar e a proposta



Harry chegou exatamente às oito horas. Parecia muito seguro de si.

- Sr. Potter, eu não conseguiria imaginar o que era tão importante que não pudesse esperar até a hora normal do expediente. E não acho esse jantar uma boa idéia. Tentei contatá-lo esta tarde ...

- Você já falou isso. – ele tinha um ar de caçoada.

- Mas não recebeu meus recados.

- Oh, recebi, recebi, sim, ambos os recados. Porém preferi ignora-los. – ele respondeu, a voz tão natural como se estivesse discutindo Quadribol.

- Você o quê? – ela não estava acreditando no que estava ouvindo.

- Ignorei-os. – Harry se divertia com o nervosismo de Hermione. – Suspeito isso, não? Esperava que eu lhe mentisse? Porém acontece que eu nunca minto, não para você claro! E apenas quando a situação nos obriga a tal, como você bem me conhece.. já sabe disso. Claro que se você quiser me conhecer mais a fundo ... – disse com uma ponta de malícia na voz.

Conhece-lo mais a fundo? Nem se lhe lançassem um Crucio! – pensou Hermione irritada, ela se sentiria mais segura se estivesse lidando com o antigo Harry, aquele que era um pouco tímido, gentil, um pouco desajeitado... E não com esse poço de segurança e autoridade, além de sexy e sedutor... NÃOOOOOO VOCÊ NÃO PODE SE DEIXAR LEVAR POR ELE!!


- Nós não estamos atrasados? – perguntou irritada.

- Não, reservei uma mesa no Maltese Inn para as nove. Se já estiver pronta podemos ir. – respondeu ele.

- Só vou apanhar minha bolsa, espere um instante. – disse ela indo para seu quarto.

No momento que ela foi, Harry suspirou, ela estava espetacular naquele vestido longo tomara que caia de seda vermelho, usava os cabelos presos no alto com algumas madeixas escapando em pequenos cachos sedosos, a maquiagem era leve apenas realçando seus traços delicados. Harry respirou fundo tinha que se controlar, não podia perder a oportunidade que o destino lhe deu, com sorte mataria dois coelhos com uma só cajadada.

- Vamos? – perguntou ela.

- Sim, claro!.

A Maltese Inn era uma pequena boate, exclusiva, da qual ela ouvira falar mas onde nunca tinha entrado, o refúgio das pessoas ricas e famosas.

Hermione mal podia acreditar que estava sentada num carro que só se via em filmes, sendo conduzida para uma das mais elegantes boates de Londres, e por um acompanhante bastante atraente, não atraente é um adjetivo fraco de mais para descrever este Harry Potter ; além de atraente ele tinha penetrantes olhos verdes, um corpo atlético e uma boca de rito sensual, em pensar que já saboreou essa boca... Más agora é passado, e faria questão de lembrar Harry disso caso ele queira persuadi-la com o seu charme.

Entraram no perímetro da boate.

- Olhe Hermione, não pode fazer de conta que voltamos a ser amigos por uma hora ou duas, ao menos até terminarmos de jantar? Boa comida é o segundo grande prazer da vida.... – Hermione corou ao pensar no primeiro prazer de acordo com Harry – e prefiro usufruir a refeição desta noite sem sofrer uma indigestão no final e a propósito volte a me chamar apenas de Harry sim? .

- Em primeiro lugar, está nesta situação por que quer, e segundo, por uma hora ou duas eu posso fingir que somos amigos Harry – respondeu sarcástica e enfatizando o nome dele.

- Você gosta de seu trabalho? – perguntou Harry ignorando a resposta dela.

Hermione ponderou um instante, se deveria lhe responder, por fim deu a resposta. – Sim, era interessante, emocionante até, mas porque a pergunta?

- De acordo com o Sr Weasley, você foi sempre uma assistente de absoluta confiança, a segundo no comando. É engraçado pois eu imaginava você no ministério da magia em vez de uma Editora que diga-se de passagem uma das mais bem conceituadas no mercado, tanto Trouxa quanto Bruxo.- ele respondeu amavelmente.

- O mesmo digo sobre você, eu o imaginava como um Auror, e não um magnata! – ponderou Hermione.

- È... o destino é cheio de surpresas... – disse ele enigmático.

Hermione observava Harry ao volante do carro. Ele definitivamente estava diferente, o mesmo podia-se se dizer dela. Quem um dia iria dizer que eles tomariam caminhos tão diferentes do que haviam planejado quando jovens?.

Tão logo pararam à porta do Maltese Inn, ele esgueirou-se do carro e foi abrir-lhe a porta do lado oposto. Entregou as chaves ao manobrista, dizendo:

- Bob, as chaves. Cuide bem do meu carro.

- Como sempre, Sr Potter. Boa noite, senhorita.

- Boa noite. – Hermione respondeu.

Outro funcionário abriu a porta de vidro para eles e um terceiro conduziu-os ao hall de recepção.
Assim que tiraram o sobre tudo e o entregaram a um jovem funcionário, Hermione ficou muito consciente dos olhares de que eram alvos. Mulheres bem trajadas, cheias de jóias, diamantes nos pulsos, pescoço e orelhas.
Não passou despercebido a Hermione o olhar que a maioria das mulheres, inclusive as acompanhadas lançava em Harry. Para ele também não lhe passou despercebido esses olhares, principalmente os dos homens, parecia que queriam despi-la com os olhos. Ficou muito aborrecido, e numa atitude um pouco possessiva enlaçou a cintura de Hermione, e a conduziu para a parte mais reservada da boate.
Hermione não entendeu o motivo do aborrecimento de Harry, e ficou nervosa com a proximidade dele, só que ele interpretou errado o seu nervosismo.

- Não se preocupe, elas são iguais a todo mundo. Com a diferença de que dinheiro demais e tempo disponível de mais gera maldade.

- Você parece ter opinião bem desfavorável a respeito do sexo feminino. Estou errada?

- Não posso lhe responder, pois poderia me incriminar – Disse maroto.

- Entendo. – Hermione ia falar mais, porém o maître, com um sorriso do tamanho da ponte de Londres, surgiu para anotar os pedidos. Hermione notou que a mesa que ficava na parte reservada, era perto da pista de dança. Mau sinal.

O coquetel de champanhe estava delicioso. Mas Hermione reparou que apesar de Harry ter encomendado mais um para ela, não aceitou o segundo. Tomou apenas água mineral.

- Estou dirigindo – ele disse, ao notar o olhar interrogativo de Hermione. – Um é bastante.

- Bem controlado – ela comentou.

O garçom apareceu trazendo as refeições. Em seguida se seguiu uma conversa leve.
A comida estava deliciosa, mas Hermione quase não sentia o sabor, em especial porque à medida que as pessoas acabavam de jantar iam para a pista de dança. E Hermione imaginava o momento de Harry convida-la para dançar estava iminente, e ela desejava fervorosamente que ele ainda detesta-se dançar.

Harry parecia não ter pressa de lhe explicar por que desejara vê-la naquela noite. Cada vez que tentava entrar no assunto ele mudava o tema da conversa com uma firmeza desanimadora. Enfim chegou a sobremesa e o temido momento se aproximava.

Ele levantou-se, e fazendo Hermione ficar de pé também, sussurrou com um sorriso irônico como se tivesse adivinhado o pensamento dela:
- Ninguém pode vir a uma boate sem dançar.

- Não me importo com o que é adequado se fazer ou não – Hermione protestou, com o corpo rígido, mas já nos braços dele.

- Eu sei que neste momento para você, não seja, mas para mim é importante. Meu ego tem de sobreviver. E não sobreviverá se você confirmar um de meus piores temores.

- Qual? – ela perguntou, com o corpo grudado no dele e sentindo a deliciosa fragrância masculina. Ai Merlim isso é tortura.

- Que não gosta mais de mim.- disse dramático.

- E deveria continuar a gostar?- O momento arrogante de Harry aumentou mais a agitação e irritabilidade dela.

- Naturalmente. – ele respondeu presunçoso, apenas para irrita-la mais. Mas depois ficou sério - Hermione , não há um instante sequer que não me arrependa das palavras que disse a você, se pudesse me daria uma grande surra por tela feito sofrer. E no momento que mais precisou, eu lhe virei as costas, e quando lhe procurei para implorar seu perdão, você já tinha ido embora da minha vida.

Hermione ficou consternada com as palavras de Harry. Mas não ia dar o braço a torcer e decidiu desviar-se do assunto. – Então eu naturalmente tenho que gostar de você?.

Harry detectou a tentativa dela de mudar de assunto, por hora aceitaria a vontade dela, e respondeu provocativo:

- Claro! Toda mulher que conheço se interessa por mim, incluindo-se aí o peso de minha fama e dinheiro é claro.

- Acha que elas estão apenas atrás de sua fama e dinheiro? – Que absurdo! Até um rochedo se encantaria com Harry Potter, Hermione pensou.

- Acho que ajuda bastante – ele respondeu.

- Isso é ser... é ser...

- Realista.

- Que horrível! Você não pode julgar todas as mulheres baseando-se em uma minoria.

- Não posso?! – ele exclamou. – Por que não?.

- Porque cada pessoa é diferente. Cada uma tem valores diferentes, perspectivas diferentes. Oh, você sabe por que não pode!

- No seu prontuário consta que nunca se casou. Está certo?

Ele fez mais uma afirmação do que uma pergunta.- Está! - Hermione se preocupou, imaginando o que viria a seguir.

- Morou com alguém? – perguntou com os olhos fixos nos dela.

- Não é da sua conta se morei ou não.- ela respondeu sustentando o olhar interrogador dele.

Hermione se ressentira da pergunta, mas a única coisa que Harry fez foi aperta-la mais junto a si, beijando a massa compacta dos cabelos sedosos.

- Você já morou com alguém? – ele insistiu, com voz suave, mais decidido a ter uma resposta.

- Não! – era inútil lutar contra Harry, mas o fato foi que Hermione não gostou do interrogatório.

- De acordo com o Sr Weasley, você raramente se diverte.

- Arthur disse isso?

-Não. Mas tenho muita prática em ler nas entre linhas e sei como perguntar a fim de obter a resposta que desejo.

- Que esperto! – ela disse com ironia.

- Não é mesmo? Agora, como posso dizer, eu apostaria que você conseguiu aglomerar todos os membros do sexo masculino num só, com muito sucesso.Estou errado?

- Completamente errado.

- Oh, mione, mione, mione... – ele sacudiu a cabeça. – E dizer-se que aqui estou eu falando com você, uma pessoa honesta, que nunca ment...

- Está insinuando que menti?

- Não de forma alguma...

E ele sorriu, deixando-a impressionada com a diferença que o primeiro verdadeiro sorriso fizera na face dele. Harry era um homem muito atraente e Hermione pedia aos céus que ele parasse de provoca-la. Não podia se sentir atraída por ele novamente, será que não tinha aprendido?.

- Mas eu perdôo você, mione. – Harry segurou-a mais perto. Ela não protestou porque tinha as pernas bambas. Mas ela disse com sarcasmo:

- Que amável!

Continuaram a dançar em silêncio. Mas até a orquestra estava contra ela. A música agora era lenta, romântica, e embora tentasse se manter imune ao que o corpo de Harry fazia com o seu, sentia-se trêmu-la nos braços dele.

- Não fique temerosa de contatos físicos! Não vou machuca-la, confie em mim.

- Confiar em você? Nós já não tivemos uma experiência que provou o contrário? Mas olhe, o café chegou. Vamos?

- Se você insiste. – O tom de voz dele foi mais seco que o deserto.

- Então poderá me contar o motivo de nossa vinda a este lugar. E depois...

- Vamos para casa? –ele terminou a frase. – Sinto muito, mas há ainda o show. Você tem de ficar comigo um pouco mais.

Hermione segurou a vontade de amaldiçoa-lo, então sorriu, um sorriso estudado. E voltaram à mesa, Harry com o braço em suas costas. Hermione sentia a pele queimar sob a seda do tecido. Seus pensamentos perderam-se quando sentiu os lábios dele em sua nuca, a boca quente e vibrante contra a suavidade da pele.

- Não faça isso.- falou com a voz um pouco trêmula.

- O quê? Não faça o quê?

- Você sabe o quê.

- Beija-la? É assim tão difícil dizer?

- Não foi o beijo, foi...

- O que quer que tenha sido para você, para mim foi apenas um beijo. Quer me enganar que não penteou seus cabelos assim, no alto da cabeça, a fim de me tentar?

Ela respirou fundo, para se controlar. Aquilo era ridículo; de qualquer maneira tudo saíra fora do esperado, e ela não tinha certeza de como acontecera. Mas de uma coisa sabia, Harry Potter estava fazendo o jogo do gato e do rato.

- Agora, ouça bem – disse. – Você me garantiu que nosso encontro de hoje tinha uma finalidade, mas nada a ver com...

- Namoro? – completou ele.

- É. Pois bem, jantamos, dançamos, conversamos socialmente, e agora eu gostaria de saber por que me trouxe aqui esta noite.

- Não acha que foi por desejar vela novamente?

- Harry James Potter, quer por favor, me explicar a razão de nossa vinda aqui? Se não se importar, claro.

Ele fitou-a por um longo tempo, e depois respondeu:

- Vamos aos negócios. Não preciso de seu trabalho na Concise publications.- o coração dela deu um salto – Mas por tudo o que ouvi, li e vi, você seria um patrimônio maravilhoso à Black Books. Pretendo contratar um novo diretor-gerente para a Concise publications. Já contatei o homem, ele aceitou minha oferta e trará seu próprio assistente consigo; trabalham juntos há muitos anos.

Hermione sacudiu a cabeça vagarosamente. Então, ele nunca pretendera segura-la no emprego para sempre? Devia ter adivinhado. A concise publications era apenas um pequeno dente na vasta máquina do império Black.

- Está interessada na continuação da história? – A voz dele era fria. De súbito lá estava o homem de negócios, o milionário. O charmoso companheiro do jantar evaporara como a bruma da manhã.

Estaria ela interessada? Hermione sacudiu a cabeça mais uma vez e disse;

- Sim, por favor.

Os olhos verdes cintilaram, apenas por segundos, e ela teria dado o mundo para voltara saber o que se passava naquela mente.

- Há seis meses a Black Corporation açanbarcou uma editora na França, agora parte da Black Books, você sabia disso? Mas meu padrinho não dispensou o antigo dono. Essa atitude dele não era costumeira, isto é, a de conservar o antigo Proprietário. Você conhece o Sírios e entende o Por que digo isso.Ele agora é antes e acima de tudo um homem de negócios, e a idade não abrandou isso nem um pouco.

Harry deixou transparecer um fio de afeição na voz, afeição essa que procurava esconder. Hermione fito-u intencionalmente. E Harry proseguiu:

- O proprietário era o tio de Sírius , que morreu há poucos anos. Na verdade ele ajudou Sírius financeiramente quando ele decidiu sair de casa, coisa que ele nunca esquecerá. Contudo, o filho perdeu milhões, se não centenas de milhões na última década, conseqüência de mau gerenciamento, e a firma ficou em frangalhos. Meu padrinho quis que o nome da família do tio continuasse honrado, e decidiu conservar o filho na gerência. Erro gravíssimo. – Agora os olhos verdes estavam duros como aço, Hermione notou. – O adjetivo mais caridoso que se pode dar a esse rapaz é o de azarado. E foi o que disse a Sirius. Mas a verdade é que o rapaz vinha subtraindo dinheiro da firma durante anos. Ele é a antítese do pai. Sirius está muito doente agora. – Os olho de Harry encheram-se de lágrimas. – Terminal, mas eu apreciaria se você não conta-se nada a ninguém.

- O que você vai fazer? – ela perguntou num tom de voz suave.

- O que vou fazer? – Harry repetiu. – Já fiz. Ralf é chefe apenas no nome; é bem pago e aparece muito contente com isso. Tem uma série de amantes alem da família e de hábitos caros. A firma não passa de uma inconveniência na vida dele. Agora quero resolver este assunto, em consideração a Sirius e ao tio dele, um homem honesto. E é aí que você entra, Hermione.

- Eu? – ela não podia imaginar onde.

- Você deve ter trabalhado com publicidade desde que saiu de Hogwarts, não possui compromissos que a prendam, e não se importa de trabalhar até que a tarefa fique pronta. Além disso, Arthur me contou que sua contribuição, nos últimos três ou quatro anos, foi o que trouxe dinheiro para a firma. Ele já havia perdido a perspicácia, a intuição nos negócios...

- Não! – Hermione protestou com veemência.

- Foi o que ele mesmo me contou, Hermione – Harry disse com firmeza. – Mais uma coisa, sua ficha diz que você fala Francês, correto?

- O que com exatidão está me oferecendo? – ela indagou – Vou ser assistente de publicidade de quem? – Hermione adivinhava que seria dele, mas tinha de perguntar e, se fosse, seria o fim do que soara como a melhor oferta de sua vida na indústria conhecida como a mais competitiva, talvez também a mais desumana do planeta.

- assistente de publicidade? – Harry fitou-a sacudindo a cabeça, os olhos penetrantes. – Não estou lhe oferecendo o cargo de assistente de publicidade, Hermione. Quero que você dirija a firma para mim, que a reforme, que a faça funcionar.
- Eu? – Hermione reconheceu que estava sendo repetitiva mas aquilo não era possível... Harry devia estar caçoando dela, e da maneira mais cruel imaginável.

- Isso significa desistir de seu apartamento e se mudar para a França – ele explicou. – O período de treinamento será de seis meses. Todas as suas despesas serão pagas naturalmente, e seu salário o mesmo de Ralf. – ele mencionou uma cifra que a deixou boquiaberta. – A firma já faz parte da Black Books , portanto você não irá mudar de ramo. Terá uma lista de contatos, terá segurança, traduzindo em palavras mais simples. Então... – ele inclinou o corpo para a frente, a expressão do rosto gelada.- Está interessada?

Hermione fitou-o, encantada. Mas não conseguiu dizer uma só palavra. Simplismente não conseguiu.

- Se estiver interessada, podemos conversar sobre alguns detalhes e começar o trabalho. Quero que o novo gerente se instale em semanas, e , considerando-se que você é livre como um pássaro, não haverá necessidade de nenhum aviso prévio ou coisa parecida, o que traria algum atraso. Se não estiver interssada... – o olhar penetrante a atingiu como uma arma – Então receberá doze meses de salário como um gesto de apreciação por tudo o que fez para a firma de Arthur no passado, e será o fim.

Harry relaxou na cadeira e sorriu, putz que sorriso.

- O que resolve, Hermione?.

( n/a: nossa o Harry não está para brincadeira, será que a mione aceita?, qual será a dualidade da proposta de Harry?. Bom só saberemos no decorrer da História, bom comentem o que vcs estão achando. E FAÇAM ESSA HUMILDE AUTORA FELIZZZZZZZZZZZZ ^^)


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