Reencontro



O meteoro negro e ameaçador, voltou ás sete horas em ponto, com os braços carregados de comestíveis. Mas com o rosto cinzento de cansaço.

Hermione por outro lado, repousada, com os cabelos arrumados, estava sentada diante da tv.

- trouxe algumas garrafas de bom vinho, carne, e outras coisas mais.- disse indicando as sacolas no chão.

- Você... você gostaria de ficar para jantar? – ela fez a pergunta inevitável, mas com esforço.

- Claro! – Harry respondeu imediatamente. Hermione concluiu que não podia se queixar. Se tivesse aceitado ficar com o primeiro apartamento, Harry estaria agora na Inglaterra. Portanto a culpa era apenas suas por ele ter dito “ sim “ ao convite.

- Vou abrir o vinho, ok?- Harry disse, procurando o abridor.

- E o motorista, não vai dizer nada a ele? – indagou curiosa.

- Vim de táxi.- falou dando de ombros.

- Que sorte então eu tê-lo convidado para ficar. – ela sorriu com ironia.

- Acreditei na sua compaixão. – outra vez o sorriso infalível. – Onde está o abridor?.
- Aqui. – ela abriu uma gaveta e encontrou um abridor.- Mas será apenas um jantar, Harry, estou tão cansada quanto você, e preciso muito de uma cama.

- E eu preciso da sua cama, Hermione! – exclmou com cara safada com intenção de faze-la rir. E conseguiu.

Hermione revirou os olhos, sorrindo, mas veio logo a voz interna,previnindo-a. “ Não se esqueça, ele nunca é tão perigoso como quando se faz atraente e charmoso, tal qual agora. Você não possui defesa contra esse homem, porém ele não sabe disso. Fique calma e tudo sairá bem “

O vinho tinto era delicioso. E devia ter custado uma pequena fortuna. Com Harry observando-a o tempo todo enquanto ela preparava a salada, Hermione consumiu dois copos sem se dar conta do fato. Quando ficou um pouco alta, ria de qualquer coisa que ele dizia.

- Acho que preciso comer. – disse, pegando alguns cogumelos crus e pondo-os na boca.- O que tem neste vinho?- perguntou lentamente.

- Apenas uvas, açúcar e...

- Sabe o que eu quis dizer, Harry. Não está tentando me embebedar, está?- disse fitando-o.

- Eu?- ele tinha a expressão muito inocente por sinal.

Num rápido movimento ele tirou a saladeira das mãos dela, colocando no balcão, e em seguida prendeu-a entre a bancada e o seu corpo. Ela o encarou atordoada.

- Harry o que é que voc...

- Quieta!, você não sabe o que está fazendo comigo Hermione, você simplesmente não sabe...- ele murmurou com os lábios roçando os dela.

O erro de Hermione foi abrir a boca para protestar, Harry a apertou mais contra seu corpo e lhe tomou a boca num beijo voraz, que a atirou para fora da realidade. Só voltaram a si quando sentiram um cheiro de queimado.

Com o corpo ainda colado ao dele, ela de repente gritou:
- Os bifes! Não posso queimar os bifes na minha primeira noite aqui! O que vai pensar madame Lemoine!- Hermione se desvencilhou de Harry e correu para o fogão para examinar o estrago.

- Maldita madame Lemoine! – Harry praguejou. Mas deixou ela ir ver o jantar, e serviu outros dois copos de vinho, embora Hermione tivesse jurado que não beberia mais antes de pôr um pouco de comida na boca.

Ambos jantaram na pequena mesa onde mal cabiam duas pessoas. E Hermione cuidou para que o terceiro copo durasse até a sobremesa.

- Você parece uma gatinha feliz. Tenho até a impressão de que ouço seu ronronar.- comentou com um sorriso.

- Adoro mousse de chocolate. – ela confessou um pouco sem jeito.

- Eu sei... Bom eu vou me por a caminho já está tarde, e você precisa descansar.- disse se levantando da cadeira e apanhando seu paletó no encosto da cadeira, e seguindo para a porta.

Hermione o acompanhou, quando chegou na soleira, ele se virou e lhe deu um beijo rápido na boca e foi embora. Hermione ficou parada ali na porta abobalhada, depois entrou resmungando que Harry estava brincando com o perigo.

*****
Hermione não sabia se ficava aliviada ou desapontada, nove horas mais tarde quando Harry telefonou, às sete da manhã, a fim de lhe comunicar que estava de partida para os EUA com a finalidade de cuidar de um caso de emergência surgido em uma das subsidiárias. Disse que lhe desejava sucesso no novo trabalho, insistindo que entraria em contato com ela de quando em quando para saber como as coisas caminhavam.

Depois do telefonema, Hermione refletiu. Por que não haveria ele de partir? Harry era apenas seu empregador e nada mais. Quando chegou no escritório a adrenalina correu solta pelo seu corpo, os funcionários quase na totalidade correram para fornecer-lhe informações acerca da gerência de Ralf. E não seria necessário dizer que muitos não apreciaram nada ter o próprio mundo sacudido em seus alicerces. Incluindo-se nesse grupo Antoinette.

A um dado momento Hermione ergueu a cabeça e viu um homem atraente parado à porta, os olhos cinzentos fixo nela.

- Malfoy?- perguntou incrédula.

- E quem mais poderia ser? Só existe um loiro espetacular como eu na face da terra!- disse com seu habitual sorrisinho de canto de boca, mas sem o ar de desprezo de antigamente. – Como é não vai me cumprimentar? Alias faz um bom tempo que não nos vemos não é mesmo?.

Hermione se levantou e correu para lhe dar um abraço. Draco a apertou mais contra si e murmurou em seu ouvido:

- Esperei cinco longos anos para tê-la novamente em meus braços, não te largo mais!- disse brincalhão.

- Argh! Você continua o mesmo conquistador barato!.- ela exclamou lhe dando um beijo no rosto.- Vamos sente-se, o que o traz de volta?

- Negócios... E claro, você!.- respondeu charmoso. Hermione sorriu debochada e replicou ainda mais debochada:

- Se à alguns anos atrás te ouvissem falando assim... E comigo, você seria queimado na fogueira.- falou maldosa. Draco a olhou irônico e rebateu.

- È verdade, mas como não estamos no passado,vamos falar do presente. Porquê você sumiu? Eu tive muito trabalho para acha-la sabia? E não adianta se desculpar é imperdoável a sua falta de consideração com a minha pessoa. Depois que foi embora dos EUA, poucas cartas você me mandou, e nem me avisou que tinha se mudado da Inglaterra.- acusou emburrado.

- Nem vem! Quando me mudei dos EUA, eu mandava regularmente cartas a você. E quanto a mudança de Londres eu admito, foi um deslize desculpe-me. Mas... Pera-ai como conseguiu meu endereço?- indagou desconfiada.

- Saiba que isso me deu trabalho conseguir?, aquela besta ruiva que você chama de amigo não quis me dar nenhuma informação, tive que usar meios escusos para conseguir acha-la.

- Quão escusos?- Hermione estreitou os olhos desconfiada.
- Bom na verdade... Foi mais sorte que qualquer outra coisa sabe...- ele respondeu achando graça de Hermione, que parecia não acreditar. Então acrescentou. – Os meus negócios se ligam a você!.

- Como assim se ligam a mim?- indagou confusa.

- Sou sócio marjoritário das empresas Black, e tudo o mas que se liga a ela. Portanto eu sou um de seus superiores.- Hermione estava boquiaberta, como tinha se esquecido disso. Prontamente se rebelou.

- Há não!!! Eu vou ter de aturar também? Não! Eu vou me jogar pela janela, pode me dar licença, por favor?- Draco deu uma gargalhada.- Do que você ta rindo? Eu falei sério!.

- Creio que essa sua reação, deve ter sido melhor do que a que teve quando veio trabalhar para o Potter, não é?- alfinetou bastante sério agora.- Como acabou vindo trabalhar para ele Hermione, depois de tudo o que passou?.

Hermione baixou a cabeça e disse:

- Acreditaria seu disse-se que eu mesma não sei? Foi tudo muito de repente, quando voltei das minhas férias na Europa, fiquei sabendo que a empresa do Sr. Weasley, agora tinha novo dono, e que esse dono era o Harry. Imediatamente pedi minha demissão, não estava pronta para reencontra-lo.Daí ele me procurou e me ofereceu este cargo, conversei com o Sr. Weasley, e ele me disse que o que esta no passado deve permanecer lá. Foi quando tomei minha decisão e aqui estou.- Terminou, e abriu os braços abrangendo a sala.

- E ele? Não tentou nada?- perguntou incisivo.Hermione desviou o olhos dos de Draco, e afirmou positivamente com a cabeça. Malfoy se levantou da cadeira irado.- Aquele canalha, cicatriz, babaca. E você cedeu a ele?.- perguntou se apoiando com as mãos no tampo da mesa dela, e a encarando severamente.

- Não!- mas por pouco, pensou, mirando aqueles olhos cinzentos que pareciam mais escuros devido sua raiva mal contida. Por um lado Hermione achava engraçado, quem diria que um dia Draco Malfoy, mauricinho bad boy da Sonserina, se importaria com ela,a ajudando num momento tão difícil de sua vida nos EUA?.- Tenho medo Draco, essa situação se tornou uma bomba relógio, e sei que é por minha culpa...
- Não! Para Hermione, pare de se culpar. Você não teve culpa quando brigou com o Potter, não teve culpa pela morte de seus pais e muito menos pela perda de...

- Chega Draco! – Hermione tinha os olhos marejados, e o loiro se compadeceu de sua imagem.

- Desculpe-me não quis te chatear, mas por favor pare de remoer coisas do passado!- ele suspirou e voltou a se sentar na cadeira.- Hermione eu compreendo que ainda tem uma questão importante a tratar com o Potter, agora que trabalha para ele você sabe disso, não pode esconder dele o que aconteceu nos EUA, ele tem o direito de saber!.

- Eu sei... Mas é complicado, eu jamais pensei que voltaria a encontra-lo novamente. Tudo o que passei, a dor a perda... Independente de tudo, porque acha que não cedo as investidas dele? – indagou seriamente ao loiro.

Draco a olhou compreensivo, realmente era uma situação complicada. Com remorso por ter entrado naquele assunto, resolveu amenizar.

- Bom eu acho que você não cedeu as investidas, porque simplesmente não esqueceu esse deus grego aqui na sua frente!- falou convencido, e continuou.- Também pudera, eu fico bonito a cada dez minutos, sabe que eu tenho parentesco com veela?.

Hermione riu com gosto, e em meio aos risos disse:

- Bom sem dúvida que você tem parentesco com uma veela! Branco desse jeito, me lembre quando sair com você, de levar óculos escuros, por que o primeiro raio de sol que refletir em você pode causar cegueira nos outros... HÁ HÁ HÁ HÁ.

Draco ofendido, rebate:

- Você ta e com inveja da minha pele alva e macia, mas mais resistente que couro de Dragão!- Hermione em resposta só fez se debruçar na mesa e rir mais ainda, passou um bom tempo até que se recupera-se do ataque, Malfoy muito carrancudo cruzou os braços no peito e esperou ela terminar de rir descaradamente da sua cara.

- Como é terminou? Eu quero leva-la para almoçar!- Hermione limpou algumas lágrimas e se ajeitou para sair. Vendo que Draco ainda estava carrancudo fala inocente:

- Não fique assim! Se não cedo, vai ter a cara enrugada.- Draco nem deu bola, e a esperava na porta, com os casacos na mão.

Hermione antes de apanhar o casaco, ficou na ponta dos pés e beijou a bochecha dele, e murmurou um obrigado. Enquanto iam em direção a saída, muitas cabeças se viravam para vê-los, algumas secretárias, simplesmente babavam. Lógico que Draco Malfoy estava ciente de que era alvo de olhares cobiçosos, mas não dispensava nenhum tipo de encorajamento, pois quem lhe interessava estava ao seu lado agora, mesmo que ela o tenha por um bom amigo apenas.

- Isso vai mudar...- ele murmurou.

- O quê vai mudar?- ela perguntou, Draco apenas lhe sorriu, e abriu a porta do carro. – Algumas coisinhas Mione!.

Hermione ficou desconfiada, mas não perguntou mais nada, pois ele não falaria, ele tinha esse irritante hábito de resmungar sozinho, e quando lhe perguntavam, ele se fazia de desentendido. Ela achava que ele era doido.

**************
As semanas que se seguiram foram um constante desafio, frustração, cansaço às vezes carregado de desapontamento; mas, apesar de serem longas as horas de exaustão física e mental, ela abençoou-as. Ficava tão exaurida no fim do dia que, ao chegar em casa, caía na cama e dormia até o dia seguinte, sem jantar. Assim, seus pensamentos ficavam longe de Harry, bom não era muito difícil já que Draco a policiava sempre que podia, isso significava toda hora, as vezes ele era tão ou mais implicante que Harry, e ela tinha vontade de joga-lo na frente do primeiro ônibus que passasse. Ela se perguntava como será, quando ele e Harry se encontrarem. Draco nem ligava, estava bastante tranqüilo. Hermione ria sozinha ao imaginar a cena, LOIRO X MORENO, CINZA X VERDE. È a coisa prometia. ( MENINAS IMAGINEM SÓ UM LOIRO ESPETACULAR E UM MORENO IGUALMENTE ESPETACULAR NAS SUAS VIDAS! EU COM TODA A CERTEZA, NÃO DEIXAVA NEM A CASCA DELES PARA AS OUTRAS HAHAHAHAHA. Acho que to ficando senil, isso é preocupante... Bom voltando a história.)
Então em meados de novembro, numa sexta-feira, quando a chuva martelava as janelas do escritório e nada saíra certo naquele dia, um fantasma apareceu à porta de sua sala. Estaria ela sonhando? Estaria com a mente perturbada? Não! Não estava.

- Ocupada?- Hermione apertou as pálpebras e concluiu que se tratava de Harry em pessoa, cuja presença física a fez parar de respirar. Lá estava ele, alto, moreno, vestindo um paletó de couro e calça preta. Quis dizer alguma coisa, e sussurrou:

- Eu não sabia que você viria.

- Eu só soube esta manhã. – ele não se moveu nem sorriu.

- È bom vê-lo, Harry. Veio por algum motivo especial?

- Não me tente, Mione. – O olhar de Harry estava tão carregado de desejo que ela corou ao lhe estender a mão.- Teve saudade de mim? – perguntou-lhe arrogante, e Hermione tentou imaginar o porquê dele estar irritado, será que já se encontrou com Malfoy?

- Claro que não!- mentira morria de saudade dele, mas juraria de pé junto o contrário.

- Mentirosa!

- Harry, estou aqui para trabalhar, e tenho trabalhado muito. O que o faz pensar que eu morro de saudade de você?

- Porque é impossível eu me sentir como me sinto sem que você sinta o mesmo. – respondeu perspicaz.

- Harry...

- Sofro... Céus como sofro... Não saio do chuveiro frio a noite toda.

- Você está falando em atração sexual...

- Eu sei, acredite-me, eu sei. – ele concordou com um sarcástico erguer de sombrancelhas.
- Tenho certeza de que um homem de sua experiência pode facilmente encontrar um numero em seu catálogo preto e resolver o problema.- acrescentou irônica.

- Talvez eu não tenha esse catalogo preto a que você se refere.

- Não sei por quê, mais não acredito nisso Harry.- ela replicou porem amavelmente.

- Eu também não!.- os dois se viraram na direção da porta.- Que desprazer vê-lo Potter.

- Digo o mesmo Malfoy! – Harry o olhava mais frio, que um bloco de gelo. – O que faz aqui?

- Trabalhando! E cuidando de Hermione!- o loiro respondeu friamente para Harry e depois gentil para ela.

Harry se virou e encarou Hermione.

- Explique-se!- o tom dele foi baixo, mais fez um arrepio descer desagradável pelo corpo de Hermione.

*******
CONTINUA... .

(N/A: Primeiro quero me desculpar pela demora absurda do cap. Segundo AGRADECER DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO! A quem teve a paciência de querer postar algum comentário nesta fic!. MUITO OBRIGADO!!! E prometo que cada cap. Não vai demorar mais que duas semanas para ir on-line! E mais uma vez me desculpem. Há mais um coisinha, no cap “festa de despedida” Harry e Hermione não transaram, era o Harry que estava foguento mesmo! ^^. E ai gostaram da aparição do lindo do Malfoy?. E outra coisa, quero expressar o meu mais profundo desapontamento com jk, eu chorei de ódio quando soube que Harry namorou a Gina. SOU H&H 4EVER. ATÉ O PRÓXIMO CAP!. Que não está tão longe assim HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!! COMENTÁRIOS MENINAS E MENINOS. EU SEI QUE TEM UM POR AQUI! BEIJOS ^^)

NÃO ME XINGUEM HEHEHEHE

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