Aniversário regado a whisky!



       Quinta – feira à noite. Ela estava em meio a números, projeções, cálculos e muita paciência, quando o celular toca pela décima quarta vez. Assim como nas outras vezes, a moça não atendeu a ligação, já sabia de quem e do quê se tratava.


- Você não vai atender mesmo esse celular? – perguntou Gina, que estava bastante concentrada no seu notebook, e não agüentava mais ouvir o toque do celular de Hermione.


- Não.


- Mione, eu não quero me meter nessa discussão sua com o Krum, mas não seria o caso de... – falou Luna, mas foi interrompida pela castanha.


- Ele está se comportando de maneira infantil, desconfiando de mim, e depois liga pra se desculpar.


- Ou manda quase a floricultura inteira, como aconteceu semana passada – disse Gina, revirando os olhos.


- Dessa vez, eu só falo com ele amanhã, e se ele tiver mudado o humor, porque senão, eu não vou querer nem escutar as desculpas dele.


- Ciúmes as vezes, até que é bom – disse Luna risonha.


- Naquela vez, que o Harry teve uma crise de ciúmes bem no meio da viagem, eu fiquei bem p*t* com ele, mas depois, a hora das pazes foi ótima – riu Gina.


- Só que quando o ciúme é excessivo, não há paciência que agüente – disse a castanha.


- Porque você não dá um fim nisso, Mione? – perguntou Gina – Que eu saiba, o seu namoro com o Rony, acabou por causa dos ciúmes dele, ou não foi?


Hermione olhou a amiga de um modo irritado, afinal, a ruiva nunca perdia a oportunidade de voltar ao assunto do seu namoro com Rony.


- Existem muitas diferenças entre o Krum e o Rony, Gina. Diferente do seu irmão. O Krum nunca acreditaria nas palavras de uma outra pessoa, sem antes falar comigo – disse ela, recolhendo seus livros e saindo da sala.


- Gina – repreendeu Luna - Deixa de ser sem noção, tinha que falar nesse assunto de novo?


- Dois orgulhosos, ela e o meu irmão. O Rony fica lá, remoendo de um canto, por não tá com ela,e além disso, engatou um namoro com aquela chata da Brown só pra mostrar que tá por cima, já a Mione, arrasta esse namoro sem pé nem cabeça com o Vítor, depois eu é que sou a sem noção? Ah... por favor, né Luna.


 


 


 


Hermione tinha ido pro seu quarto. Debruçou-se na janela, o que já era de costume toda vez que estava preocupada. Aqueles últimos dias foram bastante estressantes para a moça. Estavam no início de setembro, e desde que voltou da viagem, não teve momentos de paz. Sua correria estava aumentando cada vez mais, com os trabalhos finais da universidade e, além disso, no momento em que mais precisa de alguém pra lhe incentivar, Krum resolve marcar cerrado com Rony. É certo que o ruivo, estava dando bandeira até demais, todos podiam perceber até mesmo Lilá, mas essa desconfiança estava detonando a relação deles. Em meio aquelas dúvidas, o celular dela tocou mais uma vez, nem ia conferir se era o namorado, mas percebeu que era sua mãe.


- Oi mãe.


- Olá querida, como você tá?


- É... tô bem – disfarçou – Morrendo de saudades.


- Eu também filha. Liguei pra saber sobre o seu aniversário, vai fazer alguma comemoração?


Hermione nem acreditou que tinha se esquecido do seu aniversário, logo ela que adorava essa data.


- Nossa mãe, eu nem tava lembrada, acredita?


- Você não me parece tão animada, querida.


- Não, mãe... quer dizer, são tantas as coisas que estão acontecendo por aqui, que eu acabei não me lembrando muito bem.


- Porém filha, infelizmente, eu nem seu pai iremos poder lhe visitar nessa data.


- Tá ok, mãe... eu sei muito bem, que vocês estão bastante atarefados por aí, eu entendo.


- Mas e então, o que você vai querer de presente?


- Ah mãe... eu cofio no seu gosto – sorriu a moça.


- Tudo bem... tinha certeza que sua resposta seria essa.


Hermione sorriu, sua mãe, com certeza, lhe conhecia muito bem.


- Agora vou ter que desligar, querida.


- Certo mãe.


- Tchau meu amor.


- Tchau.


Aquele telefonema revigorou a garota. “De presente de aniversário, eu queria sossego, só isso” pensou ela.


 


 


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- Bom dia meninas! – cumprimentou Hermione, sentando-se na mesa da sala, para tomar o habitual café da manhã.


- Bom dia – responderam.


- Dia 19 tá chegando, né Mi? – disse Gina.


- Vai ter festa amiga? – perguntou Luna animada.


- Ah não – disse ela, com um sorriso de lado.


- Não acredito Mi? Não vai ter nem sequer uma balada? – perguntou a ruiva.


- Bem, pode ser que no dia eu combine alguma comemoração em alguma boate.


- Ah bom, agora sim – riu Luna – Isso é que é aniversário de verdade!


- E o Krum?


- O que tem ele, Gina?


- Você falou com ele?


- Não... quando eu chegar na Bristion, essa conversa vai ser inevitável.


 


E foi.


 


Organizava seu armário tranquilamente, quando percebeu a chegada de alguém. Sabia que ele lhe procuraria assim que chegasse a universidade.


- Bom dia – disse ela, mas não com o sorriso de sempre, e sim, de maneira séria.


Ele a encarou.


- Desculpa – foi a única coisa que saiu da boca de Krum, naquele momento.


- Vai ser sempre assim? Você diz o que quer na hora da raiva e depois vem pedindo desculpas?


- Mi...


- E o pior, é que toda vez eu te perdôo, te dando um voto de confiança, esperando que isso não aconteça mais, porém acontece tudo do mesmo jeito, sempre – terminou ela, desabafando.


- Eu sei que eu tô pisando na bola com você, Mione, mas tenta entender meu lado. Aquele idiota do Ronald, não larga do seu pé, e isso me tira do sério!


- Eu acho que se você parasse de se preocupar tanto com o Ronald, poderia ver o meu lado da história.


O rapaz ficou sério, na verdade queria argumentar e tentar convencer Hermione de que estava arrependido, mas a verdade é que a moça estava certa no que dizia.


- Me dá uma chance?


- Promete que pára com isso?


- Prometo.


Hermione abriu um sorriso de lado. A verdade é que não sabia o porquê rendia aquele namoro. Gostava do Vítor, mas não seria hipócrita em dizer que a relação continuava a mesma do início.


 


 


 


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Os dias passaram voando, e logo o dia do aniversário da castanha havia chegado. Durante as últimas semanas, as coisas pareciam estar voltando aos eixos. Krum não tinha mais protagonizado nenhuma cena de ciúmes. Sim, ele havia mudado, mas também, porque Rony andava meio indiferente a Hermione. A moça percebeu, e mesmo sabendo que era errado, sofria calada essa indiferença.


 


- Luna, cuidado pra não estourar essas bexigas! – alertava Gina.


As duas, auxiliadas pela Sra. Meg, haviam organizado uma surpresa para Hermione. Aproveitaram que a garota havia dormido um pouco mais naquela manhã, e foram arrumar a sala que estava repleta de bexigas coloridas, além de um painel onde se lia: FELIZ ANIVERSÁRIO MIONE!


- Acho que está tudo pronto – disse Gina, observando a sala.


- Vamos pra cozinha, acho que escutei algum barulho vindo do quarto dela – falou Luna, que foi se esconder acompanhadas das outras.


De fato, Hermione tinha terminado de se arrumar e já estava indo em direção a sala. Abriu um enorme sorriso enquanto lia o painel, e foi surpreendida pelas amigas e a Sra. Meg que segurava um lindo bolo, preparado pela mulher.


- SURPRESA! – gritaram as três.


- Não acredito!


- Pensava que não iríamos fazer nada pra você no seu aniversário? – perguntou Gina, abraçando a amiga – Feliz aniversário, Mi!


- Sai Gina, que agora é minha vez – riu Luna – Parabéns Mione, tudo de bom!


- Feliz aniversário, querida – desejou a Sra. Meg.


- Obrigada, brigada a todas.


- Não pense que acabou – falou Luna, enquanto a Sra. Meg, levava o bolo para a mesa da sala – Ainda tem os presentes!


- Primeiro o meu – disse Gina, entregando uma enorme embalagem a aniversariante.


- Gina... é lindo! – agradecia a castanha ao presente da amiga, que se tratava de um enorme sapo de pelúcia – Adoro bichos de pelúcia.


- Achei a sua cara.


- Calma, que agora é o meu. – disse Luna, entregando uma embalagem menor.


- Nossa Luna... é perfeito – disse, se referindo a um lindo par de sapatos – Obrigada. Vou usá-los hoje à noite!


- Então você resolveu sair hoje? – perguntou Gina, animando-se.


- É, o Krum me convenceu e resolvi comemorar. Mas é claro, que vocês estão convidadíssimas a comemorar comigo, tá?


- Com certeza! – riu Luna.


- Agora vamos ao café da manhã que tá super caprichado?


- Vamos Gina – riu Hermione.


 


O café rolava animado. Realmente, a Sra. Meg tinha caprichado na refeição, que foi interrompida quando ouviram a campainha tocar.


- Quem é Meg? – perguntou Luna.


- O namorado da Hermione está na sala.


- O Krum tá aí?


- Vai Mione, não deixa ele esperando – disse Luna.


 


 


- Vítor?


Ao ouvir aquela voz, o rapaz virou-se e trazia um sorriso no rosto. Trazia também, um lindo ramalhete de girassóis, além de uma caixa, que Hermione desconfiou ser seu presente.


- Feliz aniversário, meu amor – disse ele, entregando o ramalhete a garota, e a puxando para um beijo lento e doce.


- Brigada.


- Olha... ainda tem isso – falou ele, entregando a caixa que trazia.


- Hum, deixa eu ver do que se trata essa bela embalagem – sorriu ela, sentando-se e abrindo a caixa, vendo que se tratava de um ótimo e famoso perfume.


- Nossa Vítor... é ótimo – disse ela, borrifando um pouco do líquido no seu pulso.


- Que bom que você gostou – sorriu ele – Você vai pra Bristion hoje?


- Vou.


- Então, eu te levo.


 


 


 


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Olhava aquela caixinha, desde quando tinha acordado. Lembrava do dia em que tinha entregado a ela, o colar que tinha a letra inicial de seu nome. O lugar não tinha sido muito propício, já que se tratava de um hospital, mas foi muito bom, lembrar de como ela sorria quando chegava perto dele, diferente de agora, quando ela só o recebia com patadas.


- Rony... vai logo cara, olha a hora – gritava Neville, batendo na porta do quarto do ruivo.


- Já vai, já tô saindo – disse ele, que fechou a caixinha e saiu do quarto.


 


 


Os rapazes estavam no elevador, quando Rony teve a idéia de despistá-los e ir ao apartamento de Luna. Iria entregar o presente a Hermione de manhã mesmo, até porque a noite ela poderia estar com o namorado.


- Droga, esqueci as chaves.


- Mas você não voltou pro seu quarto só pra pegá-las? – perguntou Harry, desconfiado.


- É... só que, peguei a chave errada – disfarçou o ruivo – Sabe como é, o carro é novo, e eu ainda me atrapalho com as chaves dele.


Harry e Neville não entenderam muito bem o que o rapaz havia dito. Rony tinha ganho um novo carro do pai, já que seu antigo tinha sido destruído no acidente, e nunca tinha se atrapalhado com as chaves.


- Me esperem lá embaixo, que eu desço rápido, é só pegar outro elevador.


- Tá – respondeu Neville, enquanto Rony saía do elevador.


 


 


Luna e Gina já estavam de saída, quando a campainha tocou.


- Quem será? – perguntou a loira.


- Será que é a Mione, que esqueceu alguma coisa? – perguntou Gina, enquanto abria a porta – Rony? O que você tá fazendo aqui?


- Obrigado pela recepção maninha. Bem calorosa – riu o rapaz.


- Nós já estamos indo pra Bristion, e cadê os outros? – perguntou Luna.


- É... estão lá embaixo... Cadê a Mione?


- Ela já saiu.


- Ela foi de táxi, Gina?


- Não, ela foi com o Krum.


Uma onda de desapontamento tomou conta do rapaz.


- Tá legal – falou ele, com um risinho forçado.


- Você já vai descer? – perguntou a loira.


- Não... vou pegar a chave do carro, que deixei no apartamento – disfarçou ele.


 


 


 


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Naquele dia, as aulas tinham passado mais devagar para Hermione. Tinha recebido felicitações de vários colegas da universidade, além de seus amigos de Oxford, dos pais, além de outros familiares. Naquele dia, voltaria para o prédio sozinha, pois as amigas tinham que ficar na Bristion. Caminhava pelo estacionamento da universidade, para pegar um táxi, quando uma voz a chamou. Instantaneamente, a garota virou.


 


- Estava te procurando.


- Diga.


Era Rony. Que trazia as mãos escondidas nos bolsos da calça, e se aproximava da moça com um sorriso estampado no rosto.


- Lembrei do seu aniversário, e queria te dar os parabéns.


- Obrigada – falou, desviando o olhar.


- Você tá indo pro prédio? – perguntou ele, ao observar que ela não olhava pro seu rosto, o motivo não sabia – Eu já tô livre, só vou esperar Harry e Neville, se você quiser ir comigo, quer dizer...


- Não Rony, obrigada, mas eu pego um táxi. Até mais – disse, virando-se.


- Lembra da primeira vez que eu te dei carona? – perguntou ele, fazendo com que ela parasse ainda de costas – Você não gostava de mim, aliás, me odiava.


“Porque ele tem que se lembrar disso? Porque ele tem que tocar nesse assunto?” pensou ela, virando- se e encarando o ruivo.


- Lembro – disse, com um fraco sorriso.


- Eu sinto saudades daquele tempo – falou, se aproximando dela.


A distância entre os dois diminuía, na mesma proporção que o coração de ambos acelerava. Aquela respiração marcada era a evidência de que ambos sentiam saudades um do outro.


- Porque tudo aconteceu tão rápido? E porque acabou tão rápido?


- Você sabe a resposta – disse ela.


Estava na cara, que Rony ia beijá-la, mas antes que isso acontecesse, uma voz nada agradável, rompeu a ligação entre eles.


- Mione – gritou Krum.


Hermione parecia ter saído do transe e visualizado aquela cena, que não era nada agradável para o namorado. Rony tinha se afastado e já ia se explicar, mas não houve tempo. Krum socou o ruivo que bateu de costas com um dos carros do estacionamento. Porém não houve demora, para que ele revidasse. Em poucos minutos os dois estavam ali, batendo um no outro como se daquilo dependesse a vida.


- Parem! Parem! – gritou Hermione que, desesperada, tentava fazer com que os rapazes se separassem.


Harry e Neville que já se aproximavam, pois marcaram de se encontrar com ruivo para irem juntos pra casa.


- Cara, larga ele – falou Harry, segurando Rony, enquanto Neville segurava Vítor.


- Vocês dois enlouqueceram? – falou Neville – Se alguém vê essa briga, vocês dois serão expulsos... alguém aqui tem consciência disso? Ser expulso no fim do curso.


- Eu já falei pra não se aproximara dela – gritou Vítor, que estava alheio para o que Neville dizia.


- Porque você não quer que ninguém se aproxime dela? Não confia em você, Krum? – desafiou Rony.


- Chega – gritou Hermione, que a essas alturas já tinha lágrimas nos olhos – Rony, por favor, vai embora.


O ruivo ainda encarou Vítor, e saiu furioso, acompanhado dos amigos, em direção ao carro.


- Que cara idiota – falou Krum.


- O que foi isso? Não... me explica o que aconteceu aqui.


- Mione, eu não suporto olhar pra vocês dois juntos, será que você não entende isso?


- Sabe o que eu não entendo Vítor? – perguntou ela – Eu não enetendo o porque de tanto ciúme, aliás, isso já passou de ciúme, já virou orgulho.


- Orgulho?


-Orgulho sim. Porque eu tenho certeza que eu podia estar conversando com qualquer pessoa que você não ligaria, mas se tratando de Ronald Weasley, você perde a cabeça, e isso me magoa. Poxa, hoje é meu aniversário, e ele só veio me dar os parabéns.


- Então pra quê aquela aproximação toda?


- Vítor sinceramente, você tá se tornando igualzinho ao Rony.


- Eu?


- Sim... você. E lembra como foi o destino do meu namoro com ele?


- Sim.


- Sinto muito, mas o nosso vai ter o mesmo.


- Mione... – chamou ele, mas não teve jeito. A garota estava decidida, pegou um táxi mais próximo, sob os pedidos de desculpa do (ex)namorado e mandou o taxista seguir em frente.


 


 


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- Chegamos Meg – falou Luna, entrando na cozinha para beber água.


- Olá queridas – respondeu a senhora – Como foi o dia hoje?


- Normal. Só a noite que promete ser bem animada.


- Vamos sair pra comemorar o aniversário da Mi – explicou Gina – Por falar nela, cadê a nossa aniversariante?


- Ainda não chegou – disse a empregada.


- Ainda não? – espantou-se Luna – Mas ela disse que as aulas iriam acabar mais cedo hoje.


- Sem contar que ela não deixou nenhuma mensagem para nos avisar.


- Será que aconteceu alguma coisa? – perguntou Meg.


- Não, não... acho que ela deve estar com o Krum – disse Luna – Se quiser já pode ir Meg.


- Tudo bem, vou arrumar minhas coisas e já vou. Até amanhã.


- Até – responderam.


 


 


 


- Mais uma, por favor – pediu a moça.


Hermione estava desde a hora que saiu da Bristion, em um bar que ficava próximo do prédio. Tinha chegado com o rosto banhado em lágrimas, afinal, ainda estava bastante magoada, com tudo o que havia acontecido.


- Aqui está senhorita – disse o garçom do lugar, que trazia mais uma dose de whisky para a moça. Ela já ia na quinta dose.


- Obrigada – agradeceu ela, pegando o copo e bebendo rapidamente.


O lugar estava um pouco vazio, ficava perto de um semáforo, e ali, sentada, ela ficava a observar os carros parados, o som das buzinas cortando o ar, como se aquilo fosse um meio de esquecer os seus problemas.


 


 


 


- Luna.


- Oi Gi.


- Você não tá achando estranho esse sumiço da Mione? – perguntou a ruiva, que estava assistindo TV com a amiga.


- Eu acho que ela tinha avisado se por acaso fosse atrasar, afinal, estamos falando de Hermione Granger.


- Eu também acho... Quer saber, eu vou ligar pra ela, assim eu fico mais tranqüila.


- Tá.


Gina pegou o celular e ligou para a amiga. Estranhou quando percebeu que o celular da castanha esta desligado.


- Tá desligado.


- Sério? Será que ela não quer ser incomodada, ou que desligou por bateria fraca?


- Não sei... mas eu não to com um pressentimento muito bom.


- Eu não tenho o numero do Krum... Você tem?


- Não.


- Fazemos assim, vamos esperar mais um pouco, e se ela não aparecer, nós saímos pra procurá-la, tá ok?


- Tudo bem – disse Gina.


 


 


 


Rony estava agitado naquela noite. Não conseguiu ficar em casa, e por isso, logo depois do almoço, pegou o carro e saiu pela cidade. Acabou desligando o celular para não ser incomodado por ninguém, ou melhor, por Lilá, que não largava do seu pé, nem por um minuto. Já não agüentava a loira, e tinha decidido dar um fim com aquele namoro. O trânsito naquela hora não estava tão terrível assim, porém não era totalmente tranqüilo. Ligou o som do carro e uma música lenta tomou conta do ambiente. Sorriu ao lembrar que só gostava de música barulhenta e alta, enquanto uma certa jovem adorava um som baixo e calmo. “Tantas diferenças” sorriu ele, ao pensar. Tinha parado no sinal, e tranqüilo esperava, quando de repente, o rapaz olha pro lado e uma cabeleira castanha chama sua atenção.


 


 


 


- Infelizmente, não temos a bebida que a senhorita pede, mas podemos pegar outra do seu gosto – tentava explicar o garçom.


Que Hermione estava bêbada, isso todos sabiam, mas ela queria formar uma verdadeira confusão naquele lugar.


- Mas eu... eu já disse – falou ela com a voz embargada – Eu quero essa marca de whisky e vocês deveriam ter, afinal isso... isso é um bar... ou uma espelunca?


O garçom já estava perdendo a paciência com a castanha, já pensava em pedir pra ela se retirar do estabelecimento, quando um rapaz se aproxima da mesa.


- O que está acontecendo?


- Voc... você? – apontou ela.


- Mione, você está bêbada? – perguntou Rony.


- Eu? Bêbada? – disse a garota, soltando uma alta e escandalosa gargalhada.


- Traz a conta dela, por favor – disse Rony ao garçom, sentando-se na mesa junto à moça.


- Sai daqui, eu não quero você sentado na mesma mesa que eu.


- Não, Mione, eu não vou sair.


- Ah é? – disse ela, levantando-se – SOCORRO, SOCORRO, ELE QUER ME SEQUESTRAR.


- Hermione, senta aí – falou Rony, enquanto as pessoas do bar olhavam para os dois com um olhar de repreensão.


- Aqui está – disse o garçom, voltando com a conta.


Rony pagou o que ela havia consumido e levantou-se.


- Vem, você vai comigo.


- Não... eu não vou não... quem é você pra mandar em mim?


- Hermione, eu não estou brincando.


- Eu odeio quando voce me chama de Hermione, sabia?


- Não, não sabia, mas deixa de enrolar e vamos comigo.


- Tá... tá... mais com uma condição.


- Fala.


- Você não vai me agarrar, porque senão eu grito... eu grito de novo – disse ela, com a voz ainda mais embargada.


- Tá Mione, vamos.


O ruivo ajudou Hermione a se levantar e foi segurando no seu braço até chegar perto do carro.


- Me solta! Eu sei andar... sozinha.


- Entra logo no carro então – disse ele.


Ele ligou o carro, e quando partiram, ela teve mais um surto de gente bêbeda (N.A.// Essa foi ótima surto de gente bêbada ¬¬)


- Me leva pra outro lugar, eu não quero ir pro apartamento.


- E voce quer ir pra onde?


- Sei lá... pro... pro shopping.


- Shopping, Mione? Você vai é pra casa.


- Não... eu... não... quero... ir – falava ela, intercalando as palavras com tapas no braço do ruivo.


- Pára de me bater Mione.


Só que ela não parava e aquilo tava atrapalhando o rapaz em dirigir. Rony acabou parando o carro no canto da rua. Hermione não parava, enquanto batia dizia palavras sem nexo, como se estivesse descontando toda a raiva que acumulou durante todo esse tempo. A única saída que ele achou pra fazer ela parar foi beijá-la. O beijo foi forte, marcante, como se aquilo fosse um reencontro. Definitivamente, o efeito do álcool não fez bem a Hermione, pois a moça aprofundou o beijo, mexendo nos cabelos ruivos de Rony, enquanto ele acariciava a nuca dela. De repente, Rony parecia ter levado um choque de realidade e a afastou devagar. “Não, ela tá bêbada” pensou ele, fazendo esforço para se afastar dela. Ambos ficaram em silêncio. Rony ligou o carro novamente, enquanto Hermione ficou a observar os carros que passavam ao lado.


 


 


 


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- Mione, chegamos.


A garota não tinha escutado. Tinha pegado no sono e parecia tranqüila. Rony a observou, não quis acordá-la. O único jeito que achou, foi levá-la nos braços até o apartamento.


- Rony... – balbuciou ela.


- Shh... continua dormindo.


O rapaz agradeceu por não ter ninguém no elevador, uma explicação naquele momento não era bem vinda. Enfim, chegou ao apartamento de Luna e chamou pela irmã, já que não tinha como bater na porta. Segundos depois, a porta abriu e o ruivo deparou-se como uma Gina surpresa.


- O que aconteceu?


- Shhh... ela tá dormindo – sussurrou ele.


- Ela tá bem? – perguntou Luna, tão surpresa quanto Gina.


- Tá, quer dizer, amanhã ela explica tudo a vocês.


- Vem – chamou Luna – Coloca ela no quarto.


Rony deitou a castanha na cama, vagarosamente para que ela não despertasse. A cobriu com o edredom, e quando ia se afastando, lembrou-se de uma certa caixinha, a qual depositou, cuidadosamente, na mesa de cabeceira dela, antes de sair, mas sem antes admirá-la pela última vez.


 


 


 


 


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N.A//


 


Oi meu povo!


 


Mil desculpas, sei que pisei na bola com vocês, mas é que nesse feriado eu viajei e não deu pra fazer a prévia desse cap. Mas me digam? Gostaram? Nossa, eu tô com essa parte da fic, montada há muito tempo. A Mione bêbada atacando o Rony... Nossa!


Amei vê-los empolgados com a fic : COMENTÁRIOS FAZ MUITO BEM A SAÚDE DE QUALQUER AUTOR!


Por isso, mais uma vez.... comentem, e se não tiverem gostando, podem falar, pra eu poder melhorar nas minha falhas, ok?!


Próximo cap vai ter ressaca da Mi, vai ter briga, beijo... chega que eu tô falando demais, até parece que quem bebeu fui eu [OFF]


 


Até a próxima meus amores!


 


 


XOXO*


 


 


 


 


 


 


 


 


 

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