Lágrimas

Capítulo anterior:

 

“Nesse mesmo instante, o celular de Hermione toca e todos na sala se olham apreensivos.

- É ele – fala a castanha, vendo o nome do namorado no visor do seu celular – Rony?

- Boa tarde, aqui quem fala é o policial Becker. A senhorita se chama Hermione?

- Sim, mas o que o senhor está fazendo com o celular do Rony?

- Então, a senhorita conhece Ronald Billius Weasley?

- Sim, conheço.

- Sinto muito, senhorita, mas o senhor Weasley sofreu um acidente grave e está sendo levado pra Santa Casa Owen.

 - O quê? – falou Hermione, sentando numa poltrona mais próxima, com lágrimas já brotando em seus olhos.”

 

 

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- Vi seu número no celular do rapaz... Bem, estaremos no posto policial 143. Os pertences do Sr. Weasley estarão lá, assim como o veículo.

- Ok... – disse Hermione atordoada – Eu... já passo por aí.

- Mais uma vez, sinto muito, senhorita. Até mais.

- Até... Obrigada. – disse a garota, desligando o celular.

 

Hermione estava sem chão. Planos, a viagem, férias, a festa, tudo tinha virado fumaça naquele momento. As palavras do policial ainda estavam na sua cabeça e ela pedia pra que tudo aquilo não fosse verdade, mas infelizmente, era.

- O que houve Mione? Quem era? – perguntou Luna, se aproximando da castanha, preocupada por vê-la chorando.

- O Rony...

- O que aconteceu com ele? – perguntou Harry, parecendo nervoso com tudo aquilo.

- O Rony sofreu um acidente de carro e tá sendo levado a Santa Casa Owen. – disse a garota num só suspiro.

O que a garota havia acabado de falar tinha chocado a todos. Os jovens pareciam ter esquecido de tudo.

- Quem falou isso, Hermione? Não pode ser verdade – disse Gina, que chorava e assim como a castanha, também não queria acreditar no que estava acontecendo.

- Foi um policial que viu o meu número no celular do Rony. Ele disse que os pertences dele e o carro estariam no posto policial 143.

- Então vamos pra lá. – disse Neville.

- É melhor fazermos assim, eu deixo vocês dois no posto policial resolvendo tudo e vou com as meninas pro hospital – falou Luna.

- Temos que tratar da transferência do Rony para um hospital particular. – falou Gina.

- Vemos isso quando chegarmos lá. – disse Luna.

 

 

Saíram de casa, depois de ter explicado tudo, por alto, a Sra. Meg, e foram em direção ao posto policial. O trânsito estava um caos, e para Hermione, toda aquela demora era uma tortura. Enfim, chegaram ao posto policial, onde Neville e Harry ficaram para resolver as coisas, enquanto as garotas tinham seguido para o hospital. Já passava das seis da noite, quando elas chegaram.

- Boa noite – disse Hermione à recepcionista.

- Boa noite – respondeu a moça educadamente.

- Quem poderia nos informar sobre o Sr. Ronald Billius Weasley?

- É... com licença. – disse um senhor, que estava perto do balcão. – Pode deixar Mary, eu atendi o caso e falo com elas.

- O senhor é o médico que o atendeu? – perguntou Gina, ansiosa.

- Sim, sou o Dr. Jean e vocês são parentes do paciente?

- Sou Gina, irmã do Ronald, essa é Hermione, namorada dele e essa Luna, amiga.

- Bem, o acidente, infelizmente foi grave, foi um milagre ele estar salvo.

- E como ele está? Podemos vê-lo? – perguntou Hermione, com um tom preocupado.

- Bem... o Sr. Weasley está... em coma.

- Em coma? – perguntou Hermione chorosa. Mais uma vez, ela tinha perdido o chão diante daquela situação.

- Podemos transferi-lo para um hospital particular? – perguntou Luna, vendo o estado das amigas.

- Eu aconselho que façam isso. Quanto mais cuidado nesse caso, melhor.

- Eu quero vê-lo – disse Hermione, de repente.

- A senhorita pode vê-lo, só não vai poder entrar no quarto.

- Tudo bem – respondeu a castanha.

- Me acompanhe, por favor. – disse o médico, sendo seguido pelas três.

 

As garotas passaram por um corredor, acompanhando o médico. A cada passo, o coração de Hermione batia mais forte, ela não podia acreditar que aquele dia, que tinha tudo pra ser perfeito, acabaria daquele jeito.

- Aqui está. – disse o doutor, olhando através de um vidro.

Rony nem de longe lembrava aquele jovem extrovertido de sempre. Vê-lo deitado naquela cama de hospital e auxiliado por vários aparelhos foi bastante doloroso.

- Com licença – disse o médico, quando a enfermeira que estava dentro do quarto, fez um sinal de que queria falar com ele.

- Eu não acredito – disse Luna. – Como isso pode ter acontecido?

Hermione chorava calada, não prestava atenção em nada, só nele.

- Mi? – chamou Gina.

- Se acontecer alguma coisa com o Rony, eu não sei o que faço Gina – disse a castanha, após um suspiro.

- Ele é forte, Hermione – disse a cunhada, abraçando a amiga – O Rony vai sair dessa, com certeza.

- Eu deveria ter impedido que ele saísse, deveria ter insistido pra que ele demorasse mais – culpou-se Hermione.

- Não se culpe, Hermione. Ninguém queria que isso acontecesse. – disse Luna, também abraçando a amiga.

Naquele instante, o celular de Luna tocou.

- São os garotos, já devem ter chegado. – falou a loira – vou para a entrada do hospital, encontrá-los.

- Eu vou resolver a transferência do Rony para um hospital particular. Acho que os garotos conseguiram os documentos dele. – disse Gina, saindo junto a Luna.

Hermione permaneceu ali, olhando pra ele. Chorava e pedia pela sua recuperação. Tinha vontade de abraçá-lo, de olhar para ele e falar que estava ali, pra o que der e vier, mas ele não podia escutá-la, ela se quer, podia chegar junto dele.

- Eu sei, que deve ser um momento bastante difícil para todos, mas ele está reagindo bem – disse o médico, que tinha acabado de sair do quarto.

- E as seqüelas, doutor? Há vários casos em que o paciente acorda do coma com seqüelas, não é?

- Sim, existem. Mas pense positivo, no fim tudo dará certo.

 

 

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Hermione voltou à entrada principal do hospital, e logo encontrou os outros.

- E então? O que os policiais disseram? – perguntou, aflita.

- Bem... pelo que os policiais disseram, o acidente não foi culpa do Rony e, sim de um outro carro, mas o motorista acabou escapando. – falou Harry.

- O carro do Rony, infelizmente, não serve mais pra nada. Ficou num estado horrível, quem vê... pensa que aconteceu o pior. – disse Neville, que parecia muito abalado.

- E a Gina? Onde está?

- Está resolvendo a transferência, os documentos do Rony foram todos encontrados. – explicou Luna.

- Ainda bem.

Demoraram mais um pouco, até que Gina chegou dizendo que a transferência já iria ser realizada.

- Ele será levado para o Hope Hospital. – disse a ruiva, que tinha os olhos vermelhos – Pelo menos lá, ele ficará bem instalado.

Acompanharam todo o procedimento, e quando a ambulância já estava de partida, eles pegaram o carro e saíram logo em seguida.

- Nev – chamou Luna – vai dirigindo, por favor, tô sem cabeça pra pegar no volante.

- Tá, meu amor.

- Gina.

- Oi Mione.

- Você tem que ligar pros seus pais. Eles não estão sabendo de nada ainda. – concluiu Hermione.

- Claro, claro. Quando eu chegar ao hospital, eu ligo.

Na verdade, Gina estava tentando reunir forças para contar tudo aos seus pais, não sabia se conseguiria.

- É melhor eu e a Luna pegarmos algumas roupas, o que vocês acham? – perguntou Neville, quando chegaram ao hospital.

- É Neville, você tem razão – disse Gina – Hoje eu vou passar a noite aqui...

- Eu também Gina – falou Hermione, no mesmo instante – Não vou conseguir ficar no apartamento.

- Então, eu passo no apartamento e pego algumas roupas pra vocês. – disse Luna, saindo com o namorado.

Os outros jovens foram em direção à recepção resolver toda papelada para a entrada de Rony no hospital. Depois de alguns minutos, quando já estava tudo resolvido, Harry e Gina resolveram ir telefonar para os pais dela, e foram a um local mais reservado do hospital.

- Não vem com a gente, Mione? – perguntou Harry.

- Não, eu vou ficar, talvez alguém apareça para dar notícias.

- Ok, nós não demoramos.

Bastou eles saírem para a garota passar a lembrar de todos os momentos que passou junto do ruivo. Só tinham um mês de namoro, mas os dois tinham uma sintonia que pareciam se conhecer a anos. Afastou-se dos seus pensamentos, quando um senhor se aproximou dela.

- Com licença.

- Sim?

- A senhorita é parente do Sr. Weasley?

- Sim, sou a namorada dele. – disse, apertando a mão do médico.

- Sou o médico que o atendeu. Dr. Calloy.

- Aconteceu alguma coisa com ele? O seu estado piorou? Quando ele sai do coma?

- Calma senhorita – disse o médico sorrindo – Não aconteceu nada com o rapaz, ele está muito bem instalado e, melhorando cada vez mais.

- Então, eu já posso vê-lo? – disse, animada.

- Não. Se tudo ocorrer bem, amanhã pode ser que eu libere a sua entrada, senhorita.

- E quando ele sai desse coma, doutor?

- Infelizmente, não sabemos. Esse estado pode durar dias, semanas, ou em outros casos, um maior espaço de tempo. Mas como eu disse, o rapaz está reagindo bem... ele é forte.

Hermione soltou um sorriso triste.

- Lhe deixarei informada de tudo, com licença.

- Obrigada.

O Dr. Calloy já era a segunda pessoa naquela noite que falava para Hermione que Rony era forte, não que ela deixasse de acreditar nisso, mas o medo que a atingia era imenso. E ela não podia deixar de pensar no pior.

 

 

 

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- E então? Falou com seus pais? – perguntou Hermione, quando Gina e Harry vieram ao seu encontro.

- O Harry falou por mim, eu não conseguia dar essa notícia pra mamãe – disse a ruiva, que chorava abraçada ao namorado.

- Eu dei a notícia ao Sr. Weasley. Ele ficou bastante abalado, e disse que irá pegar, amanhã cedo, o primeiro vôo pra vir aqui. – disse Harry.

- O médico que atendeu o Rony, falou comigo. Disse que ele está reagindo bem e amanhã poderá receber visitas. – disse Hermione.

- Que bom. – disse Gina.

 

Ficaram por ali, até que Luna e Neville chegaram, trazendo algumas roupas para as garotas que iriam passar a noite no hospital. Os demais se despediram e foram embora. Aquela noite no hospital não foi nada fácil, as garotas não conseguiam pegar no sono e ficavam sempre vendo o rapaz deitado naquela cama através do vidro. No outro dia, a notícia do acidente espalhou-se com facilidade, muitos estudantes apareceram no hospital, ou telefonaram para saber do acontecido. Já passavam das nove da manhã quando Luna, Neville e Harry chegaram ao lugar.

- Bom dia – disse Luna, quando chegou, abraçando as amigas. – Alguma notícia?

- Não, tudo na mesma. – respondeu Hermione, que tinha um ar bastante cansado.

- Mamãe?

Gina tinha acabado de se levantar, quando viu seus pais saírem do elevador. Pareciam bastante nervosos. Cumprimentaram a todos, e foram logo perguntando sobre o filho.

- Onde está o Rony? Quero vê-lo, preciso vê-lo – disse a Sra. Weasley, que tinha o rosto coberto de lágrimas.

- Calma mãe, o Rony ainda não pode receber visitas, mas a senhora pode vê-lo através do vidro. Vem eu te levo lá. – disse Gina, sumindo pelo corredor com a sua mãe.

- Como isso pode ter acontecido? – perguntou o Sr. Weasley – Quem foi o culpado disso tudo?

- Infelizmente, a polícia não encontrou quem provocou o acidente, ele ou ela acabou fugindo – disse Neville.

- E os pertences do Rony foram encontrados? – continuou o Sr. Weasley.

A conversa continuou. Todos estavam abalados com o que havia acontecido. Gina e Hermione (depois de serem praticamente forçadas pela Sra. Weasley) foram ao apartamento descansar um pouco, mas à tarde já estavam de volta. Durante esse meio tempo, a mãe de Hermione tinha ligado para o celular da filha.

- Alô?

-Filha? Tudo bem? – falou a senhora que até agora não estava sabendo de nada.

- Oi mãe.

- O que houve meu amor? Você esteve chorando?

Hermione explicou tudo o que havia acontecido, tinha esquecido completamente, de ligar para a mãe e lhe falar sobre o acidente.

- E foi isso.

- Ô filha, eu sinto tanto. Tem certeza que não quer que eu vá pra ir?

- Não, mãe. Não precisa. Agora o que nós temos que fazer é torcer para dar tudo certo.

- Qualquer coisa filha, que você precisar pode contar com a sua mãe tá? Se por acaso, o médico falar algo que você não entenda bem, pode ligar pra mim, que eu te ajudo no que precisar.

- Brigada mãe.

- O que é isso, filha. Agora eu vou desligar, tchau meu anjo e se cuida.

- Tchau mãe.

Aquele telefonema foi uma ajuda imensa para a garota, que tinha desligado o celular e ia se dirigindo ao banheiro, quando viu uma loira, que usava uma roupa bastante extravagante, saindo do elevador.

- O que aconteceu com o Roniquinho? – perguntou com sua voz estridente a Luna, que estava ao lado do elevador.

- O Rony sofreu um acidente de carro e está em coma.

- EM COMA? – gritou a garota, chamando a atenção de algumas pessoas que passavam na hora.

- É, Lilá. E se você não quiser chamar a atenção de todos nesse hospital, é melhor abaixar o tom de voz.  – continuou Luna.

- Quero vê-lo. Onde ele está?

- Não pode receber visitas no momento.

- Quando ele puder, por favor, me avise. Quero muito dizer a ele que estou aqui, o apoiando.

- Está bem, eu aviso.

A loira saiu sem ao menos dizer um obrigada. Mas sem antes, lançar um olhar de ódio a Hermione, como se a castanha fosse culpada de tudo.

- Essa garota me tira do sério – disse Gina.

- E olhe que eu nem falei, que dava só pra ver o Rony – disse Luna – Era bem capaz, da garota quebrar o vidro com aquela voz estridente.

Hermione não pode deixar de sorrir, só em imaginar a cena, na verdade, por dentro estava ferida, chorando. Tudo tinha sido pesado demais. Naquele mesmo dia, os pais de Rony tinham dormido no hospital, mesmo em casa, Hermione não conseguiu pregar os olhos. Quando chegou ao hospital teve a boa notícia de que poderia entrar no quarto, e foi quando uma sensação que misturava medo e alívio tomava conta de si. Quando entrou naquele quarto, chegou perto, acariciou aqueles cabelos ruivos e chorou... chorou por tudo o que tinha acontecido, e também por imaginar o pior que poderia ter acontecido.

- Eu tô aqui, meu amor. – sussurrava em meio às lágrimas - Você vai sair dessa viu? E nós vamos lembrar disso tudo como um sonho ruim.

 

 

 

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Depois desse dia, os outros se passaram lentamente. Tudo ocorria sem nenhuma novidade. O estado de Rony não evoluía nem regredia, e todos já passaram a ficar ainda mais preocupados.

- Hermione querida – falou a Sra. Weasley, abraçando a garota quando a viu entrar no quarto onde o filho estava.

- Novidades Sra. Weasley? – perguntou ansiosamente.

- Não Hermione – falou a mulher tristonha e que tinha um semblante cansado, assim como a garota. – Está tudo na mesma, infelizmente.

- Vá tomar um café, Sra. Weasley. Comer alguma coisa – disse Hermione, preocupada – A Gina está lá fora, ela irá lhe fazer companhia.

- É, querida, você tem razão. Depois que Arthur voltou para Oxford para resolver uns probleminhas, eu não tenho me cuidado.

- E o Sr. Weasley volta?

- Sim... ele não quer ficar distante do nosso Rony.

- Então, a senhora tem que se cuidar, para recebê-lo bem, senão ele irá pensar que ninguém aqui está cuidando da senhora.

A Sra. soltou um sorriso e abraçou a garota mais uma vez.

- Eu sei que você também está sofrendo bastante, minha querida. Mas vai dar tudo certo.

Hermione concordou com a cabeça, e logo depois a senhora saiu. A castanha se aproximou de Rony, o beijou no rosto e sentou-se numa poltrona próxima a cama, pousando sua cabeça ali, com os dedos entrelaçados nos dele. Não sabia o porquê, mas naquela manhã, tinha um pressentimento de que algo bom iria acontecer. Apesar do cansaço e de como as coisas caminhavam, ela não desistia, fazia questão de estar presente o dia todo ali, com ele. E de alguma maneira, sabia que ele sentia a sua presença. Até que em meio aos seus pensamentos, ela sentiu uma força pressionar a sua mão. “Não pode ser...” pensou ela, quando levantando a cabeça para olhá-lo, viu aquele brilho azul surgir novamente.

- Rony?

 

 

 

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N.A//

 

Opass!!!

Tô chegando e vou logo querendo saber se vocês estão gostando??? Será que tem alguém acompanhando essa fic? Porque o número de comentários recentes é ZERO. Gente comenta aí... nem que seja pra pedir para autora mudar o rumo da estória, que por sinal tá ficando cada vez mais difícil pros personagens. Coitadinho do Rony, e do pessoal também. Próximo cap, tem mais novidades, quer dizer, uma novidade que vai mudar o rumo de vários personagens...

Continuem lendo e, novamente... COMENTEM!

Até a próxima.

 

Xoxo*

 

 

 

 

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