Mentiras da Lilá



Capítulo anterior:


 


“... E de alguma maneira, sabia que ele sentia a sua presença. Até que em meio aos seus pensamentos, ela sentiu uma força pressionar a sua mão. ‘Não pode ser... ’ pensou ela, quando levantando a cabeça para olhá-lo, viu aquele brilho azul surgir novamente.


- Rony?”


 


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            Hermione não pôde acreditar no que via. Depois de dias, Rony tinha finalmente acordado. A garota foi de imediato, chamar alguém do hospital. Saiu do quarto e viu uma enfermeira que ia passando no momento.


- Moça – chamou Hermione. – O paciente acordou...


- Calma senhorita, vou chamar o médico. – disse a funcionária, saindo apressadamente.


Enquanto isso, a castanha voltou ao quarto. Sentia-se feliz e preocupada ao mesmo tempo. Rony tinha os olhos abertos, mas era como se sua visão estivesse embaçada.


- O que houve senhorita? – perguntou o Dr. Calloy, entrando no quarto.


- Eu estava aqui, sentada, quando ele abriu os olhos. E...


- Calma, vamos realizar alguns exames, vê como ele reage, depois informaremos tudo. – disse o médico, bondosamente – Agora, a senhorita terá que sair do quarto.


- Ok... certo – falou atordoada – Mas, por favor doutor, nos deixe informados de tudo.


- Pode deixar senhorita.


 



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            Saiu pelo hospital procurando pelos outros. Não se agüentava de tanta felicidade, agora sim, poderia respirar aliviada. Enfim, os encontrou. Harry, Gina e a Sra. Weasley eram os que estavam no hospital naquele dia. Luna e Neville tinham voltado ao apartamento para descansar um pouco, afinal, eles foram os que passaram a noite anterior no lugar.


- O Rony... – falou a garota, que já tinha o rosto banhado por lágrimas.


- O que aconteceu Hermione? – falou a Sra. Weasley, espantada.


- Ele acordou – disse a garota num só suspiro, chocando a todos.


- E ele está bem? Como isso aconteceu? – perguntou Gina, bastante feliz com a notícia.


Hermione explicou tudo o que sabia. E ficaram a esperar por mais notícias. Foi quando Luna e Neville apareceram e, ficaram logo sabendo da boa nova.


 - Cadê esse médico que não aparece logo hein? – falou Gina, que andava de um lado pro outro.


- Calma Gina, daqui a pouco ele aparece por aí – falou Harry, abraçando a ruiva.


- Olha ele aí – disse Hermione, levantando-se.


- E então doutor? Como está o meu filho? – perguntou a Sra. Weasley.


- Bem... depois que o paciente acordou, nós realizamos vários exames para verificar se estava tudo bem com ele, e...


- Doutor, fale logo, por favor. – falou a Sra. Weasley – Meu filho está ou não está bem?


- Nós realizamos testes para verificar os movimentos do paciente. Se a coordenação dele estava perfeita. – o médico deu uma pausa e continuou – E quando verificamos os movimentos dos seus membros inferiores, o paciente não obteve resultado.


- Como assim? O Rony não está sentindo... – falou Hermione, diminuindo o seu tom de voz, quando percebeu do que se tratava.


- O Sr. Weasley não recuperou o movimento das pernas.


- O meu irmão não vai mais andar? – disse Gina, levando as mãos à boca – Não, isso não é possível.


- Porém, nesse caso, a perda dos movimentos do Sr. Weasley é bastante reversível... ele poderá sim, voltar a andar. Com algumas sessões de fisioterapia ou, se a família achar melhor, existe um tratamento nos EUA, e dentro de um mês ele poderá recuperar os movimentos.


- E ele já sabe doutor? – perguntou Harry.


- Sim, me desculpem, mas tive que lhe contar. O rapaz é bastante esperto e percebeu logo que havia algo acontecendo. – falou o médico – Agora, se me dão licença, tenho que ver outros pacientes.


- Podemos vê-lo? – perguntou Hermione aflita.


- Sim, podem. O rapaz só não pode falar muito, tem que manter repouso.


Hermione queria vê-lo, precisava. Quando o médico saiu, todos pareciam não acreditar. Até quando aquele pesadelo iria continuar?


- É inacreditável... – falou Neville.


- Eu vou vê-lo. – foi a única coisa que Hermione conseguiu falar, saindo dali.


 


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Caminhou lentamente até o quarto em que ele estava, tentando se acalmar a cada passo, o que era quase impossível. Suspirou antes de girar a maçaneta da porta e o que viu machucou seu coração.


- Rony? – falou ela.


O rapaz estava recostado na cama e tinha o olhar fixo na janela que havia no quarto. Hermione achou que ele estivesse chorando. Quando a garota o chamou, ele olhou em sua direção, e ela pôde confirmar o que achava. Em um segundo, a castanha já estava abraçada a ele.


- Eu vou tá com você sempre, Rony. Nós vamos enfrentar esse problema juntos e, tenho certeza, que você vai conseguir voltar a... – Hermione não conseguiu completar o que dizia, foi interrompida pelo choro.


Ficaram ali, sem noção do tempo. Até que alguém bateu na porta.


- Com licença – disse Gina.


- Entra Gi. – disse Hermione, separando-se do namorado.


- Meu irmão, como você está?


- Preso numa cama, sem poder andar.


As garotas se entreolharam.


- Rony – repreendeu Hermione – não fale assim.


- Mi, a mamãe tá lá fora, esperando o papai que acabou de ligar, falando que já estava no aeroporto. Fica fazendo companhia a ela, por favor – disse Gina.


- Claro Gina.


Hermione saiu, após beijar o rosto do rapaz. Sabia que a ruiva tinha outras idéias na cabeça, só não sabia quais. Afastou os pensamentos, e saiu, até que encontrou os amigos.


- Onde está a Sra. Weasley?


- Foi com o Sr. Weasley procurar o médico que atendeu o Rony, para saber um pouco mais sobre esse tal tratamento – disse Harry.


- Então eles irão mesmo levar o Rony pros EUA? – perguntou a castanha.


- Tudo indica que sim. – disse Luna.


- Uma vez eu li sobre esse tratamento, e parece ser realmente, muito bom – disse Neville.


- Pena ser tão distante – disse Hermione, mais pra si mesma do que para os outros.


A garota queria sim a recuperação do namorado, mas será que a distância poderia afetar algo entre os dois?


- Mi – chamou Gina, que tinha acabado de sair do quarto de Rony.


- Oi.


- O Rony quer falar com você.


 


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- Oi Rony, o que houve? – disse Hermione, entrando no quarto.


Quando ela se aproximou da cama, Rony estendeu a mão, onde estava uma caixinha de veludo preta.


- O que é isso? – perguntou ela, sem entender o que acontecia.


- Toma... é seu.


Hermione pegou a caixa, percebendo que ele observava cada movimento seu. Quando a abriu, viu uma linda corrente prata, e que tinha como pingente a letra “R”.


- Rony... é lindo.


- Que bom que você gostou – disse ele, com um sorriso no rosto.


- Mas como... ? – perguntou ela, sem entender como aquilo tinha parado ali.


- Bem... naquele dia que eu saí do apartamento, eu fui direto ao shopping, comprar esse presente pra você. Foi quando... tudo aconteceu. – disse perdendo o sorriso do rosto – Enfim, a polícia achou no meu carro, e ele veio junto com os meus pertences. A Gina viu e guardou. Ela achou melhor, eu te dar.


Hermione não fez outra coisa, senão beijar o rapaz. Expressava naquele beijo toda a saudade, a angústia que sentia naqueles dias, a gratidão, o que realmente sentia por ele.


- Posso colocar em você?


- Claro. – disse a garota, virando-se e afastando o cabelo para que ele colocasse a corrente no seu pescoço.


- A Gina sabia disso? – perguntou Hermione, após se virar novamente.


- Digamos que sim.


- E ela nem me falou nada – falou, fingindo indignação.


- Eu praticamente implorei pra ela não falar nada – riu Rony.


- Com licença. – disse o Sr. Weasley, abrindo a porta do quarto, acompanhado da Sra. Weasley.


- Entra pai.


- Sinto muito meu filho – disse a Sra. Weasley que tinha lágrimas nos olhos, abraçando o garoto.


- E como você está Rony? – perguntou o pai.


- Tô indo pai... tô indo.


- Conversamos com o médico que lhe atendeu, e resolvemos que você irá para os EUA na próxima semana.


- Espera aí, pai. E a minha opinião? Não conta?


- Rony, o que mais queremos é a sua recuperação, o mais rápido possível. Ou você quer se submeter à sessões de fisioterapia e esperar meses pra sair da cadeira de rodas?


O silêncio tomou conta do quarto. Rony ainda não tinha pensado em cadeira de rodas.


- Desculpa filho – disse o Sr. Weasley, vendo que tinha sido muito rude com o ruivo. – Eu estou muito abalado com tudo isso. Eu só quero o melhor pra você.


- Tá pai. Eu posso entender. – disse Rony.


Ficaram ainda mais um pouco no quarto com o filho, depois saíram, deixando ele e Hermione a sós.


- Tudo vai dar certo, Rony. – disse Hermione – Pode ter certeza.


A única resposta do ruivo foi abraçá-la, afinal, ele não tinha muita confiança na sua recuperação.


 


 


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Depois de dois dias, Rony saiu do hospital. Os primeiros dias no apartamento foram bastante difíceis, o garoto ainda não estava habituado à cadeira de rodas. A Sra. Weasley, que iria com o filho para os EUA, tinha ficado na cidade para ajudá-lo sempre que possível. Hermione o ajudava de todas as maneiras, deixava tudo para fazer companhia ao namorado, que recebia visitas freqüentes de amigos da Bristion.


 


- Rony... eu esqueci até de te dizer – falou Hermione, que naquela tarde havia chegado cedo ao apartamento e conversava com o namorado há um bom tempo – o Cris, sabe aquele cara lá da Bristion?


- Sei... o que é que tem ele?


- Vai dar uma festa hoje.


- É... os garotos estavam até comentando.


- Então... eu pensei que, como você vai viajar amanhã, seria uma boa, porque serviria como uma despedida não acha?


- Mione – disse Rony, entristecendo – já conversamos sobre isso. Vocês queriam fazer uma festa de despedida pra mim, e eu não concordei. E agora, eu ir à festa do Cris? Não vou me sentir legal, neste estado.


- Rony você não pode se isolar do mundo. Você tem o direito de se divertir.


- Mione, eu não quero despedidas, e outra coisa, se eu voltar recuperado...


- Se você voltar não, você vai voltar recuperado. – corrigiu a garota.


- ...eu prometo ir a todas as festas do mundo, ok?


- Não exagera Rony – sorriu a garota. – Eu não faço questão por mim, mas por você. Você me entende não é?


- Claro. Eu entendo que a ‘minha’ namorada só quer o ‘meu’ bem – falou o ruivo intercalando as palavras com beijos na castanha.


- Espera Rony. Que horas são essas? – disse se afastando do garoto.


- Mi, quem disse que eu quero saber de horas.


- Não, seu engraçadinho, eu tenho que ir ao dentista sabia? – disse Hermione, vendo que horas eram no seu relógio – Nossa, eu tenho que ir. Depois eu volto tá?


- É, né. Fazer o quê? – fingindo desapontamento.


- Deixa de drama, Rony. Tchau. – disse, despedindo-se.


 


 


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A noite na turbulenta Londres ia se aproximando. Harry tinha ido ver Gina, e Neville dormia, enquanto Rony assistia a um programa qualquer na TV, mas sem prestar bastante atenção. A campainha tinha tocado e a Sra. Rose foi atender.


- O Rony está? – perguntou uma voz que o ruivo, infelizmente conhecia.


- Olá Lilá – disse Rony, antes mesmo da Sra. Rose responder.


- Com licença – disse a empregada, saindo.


- Oi Roniquinho.  – disse Lilá, beijando o rosto do rapaz – Como você está?


- Olá Lilá. Estou bem.


- Soube que você está indo aos EUA amanhã, e por isso vim aqui me despedir de você.


- Senta. – disse o garoto – É... vou amanhã e volto no fim do mês, próximo a volta das aulas na Bristion.


- Tá sendo bastante difícil pra você, não é? – perguntou a loira com uma voz melosa.


- É... mas tem muita gente me dando força, os meus pais, meus amigos, a Hermione...


- Hermione – disse a loira encarando o garoto. – Você deve confiar bastante nela não é?


- Sim... ela nunca me deu motivos para o contrário.


- Hum... – disse a loira levantando-se e indo em direção a janela.


Pronto. Ela tinha conseguido o que queria: aguçar a curiosidade de Rony.


- Porque você diz isso Lilá?


- Rony... eu não sei se sou a melhor pessoa pra te dizer isso, mas...


- Dizer o quê?


- A Hermione não é essa flor de pessoa que você pensa.


- Ah – disse o garoto, entendendo onde Lilá queria chegar – Não adianta Lilá. Eu e Hermione estamos juntos, não venha inventar coisas a respeito dela.


- Não, Rony... eu nunca inventaria algo desse tipo. Eu não sou esse tipo de pessoa.


- Então fala o que você tem pra falar. – disse Rony, já sem paciência.


- Eu escutei a própria Hermione dizendo que estava cansada por causa de tudo o que aconteceu e que não tinha mais confiança na sua recuperação.


- Como? Eu não acredito nisso.


- Tudo bem... só achava que deveria te contar. O Krum poderia confirmar isso, mas já que vocês não se falam...


- O que o Krum tem haver com essa história? – disse, nervoso.


- Eu escutei a Hermione falando tudo isso, justamente para o Vítor – disse a loira – Numa tarde dessas lá no shopping.


- A Mione se encontra com o Krum?


- Isso eu não sei. Só sei que nesse dia eles estavam sentados na praça de alimentação do shopping, e eu, que estava perto, sem querer escutei a conversa.


- Você tem certeza que escutou isso?


- Tenho Roniquinho. Embora, eu não vá com a cara da Granger, tenho que confessar que vejo você feliz ao lado dela. E tudo o que eu mais quero é ver você feliz.


Rony ficou pensativo. Não sabia se acreditava ou não naquela conversa. A Hermione com o Krum no shopping? Só em pensar, o ruivo se contorcia de ciúmes.


- Bem, tá chegando minha hora. Só vim aqui pra te ver e desejar boa sorte – disse Lilá, se aproximando de Rony e beijando novamente o seu rosto – Tchauzinho Rony.


 


 


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            Já havia passado meia hora que Lilá tinha saído do apartamento. Harry já tinha acordado e Rony não quis tocar no assunto com ele. O moreno tinha saído com sua irmã e Neville, que tinha chegado para o jantar, também havia saído com a namorada. O ruivo achava tudo aquilo muito estranho, Hermione desabafando com o Krum? Não seria possível. Só sabia de uma coisa: tinha que conversar com a namorada para assim, tomar a decisão certa.


 


- Oi amor! – falou Hermione, que havia acabado de chegar ao apartamento. A garota havia beijado o ruivo, que não tinha correspondido – O que houve?


- Onde você estava? – perguntou ele diretamente.


- No dentista, Rony. – falou sem entender o que acontecia.


- Até agora?


- Não, saí tarde de lá, ainda peguei um trânsito infernal, depois passei no apartamento, tomei um banho, jantei e por isso, só agora que eu cheguei aqui. Por quê? Tô estranhando esse seu comportamento.


- Hermione eu vou te perguntar uma coisa. E eu quero que você me responda sinceramente.


- Fala – disse em tom preocupado, já que ele não tinha o hábito de chamá-la de Hermione.


- Voce tem encontrado o Krum?


- Ah... é isso? – sorriu aliviada, e quando ia beijar o namorado, este virou o rosto.


- Me responde.


- Rony, eu tenho encontrado várias pessoas da Bristion, inclusive ele...


As dúvidas de Rony tinham se concretizado. Hermione tinha encontrado com o Krum, como tinha dito Lilá, e com certeza, teria dito alguma coisa sobre o tal cansaço. Já tinha pensado em tudo o que iria fazer, caso essa fosse a resposta de Hermione, e mesmo sabendo que iria machucá-la, foi até o fim.


- Por que você tá me perguntando isso? – continuou ela, sem entender nada.


- Hermione olha pra mim – falou em um tom um pouco exaltado – Eu estou aqui preso numa cadeira de rodas, eu não sou o cara ideal pra ninguém.


- O que é isso, Rony? Eu gosto de você do jeito que você é. E além do mais, você vai fazer esse tratamento e vai se recuperar.


- Você não acredita na minha recuperação. Isso está estampado no seu rosto.


- Quem te disse isso – falou ofendida.


- A cada dia, você se torna mais distante, e... eu acho que tudo que sentíamos no início... acabou  – disse, resolvendo jogar duro.


- Você tá dizendo que... – falou a garota, que já tinha lágrimas nos olhos.


- Eu tô dizendo Hermione, que o nosso namoro já deu o que tinha que dar. Acabou...


- Eu ainda gosto de você... sempre que posso estou aqui, do seu lado, te apoiando.


- Tá vendo. Eu já virei uma obrigação na sua vida e, eu não quero isso.


- Não... – disse a garota que já tinha o rosto banhado em lágrimas, se aproximando do ruivo – Eu não quis dizer isso.


- Já não importa. – falou se afastando da garota – Acho que namorar você foi um engano. 


- Engano? – Hermione agora tinha raiva do rapaz.


- É... e eu acho melhor que tudo acabe por aqui, pra que ninguém se machuque mais.


- Machucar mais do que você me machucou agora Rony? Sabe... eu pensava que te conhecia, mas agora eu vejo que você não passa dessa pessoa chata e arrogante, que pensa que pode ter o controle de tudo. Sua máscara enfim caiu Rony. – falou, tentando segurar o choro.


- Então, se é isso que você pensa... – falou o rapaz apontando para a porta.


Hermione não pensou duas vezes, foi logo em direção à porta. Ainda virou-se, mas nenhuma palavra conseguia sair da sua boca e saiu. Pela primeira vez na vida, Rony sentia-se sujo... tinha magoado a sua garota. Mas, para ele, essa era a única alternativa para que ela segui-se o seu caminho, para esquecê-lo e pudesse ser feliz com outra pessoa, mesmo que essa pessoa não fosse ele. Ele não tinha esperanças na sua recuperação e não queria vê-la presa, perdendo sua juventude por causa dele.


 


 


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Hermione estava inconsolável. Não acreditava no que tinha se passado, como Rony poderia ter mudado tanto? Não era possível que aquele cara gentil, tivesse se transformado em um monstro. Entrou no apartamento aos prantos. Estava sozinha, a Sra. Meg já havia ido embora e, Gina e Luna haviam saído com Harry e Neville. Deitou-se no sofá, pedindo em silêncio por uma resposta para tudo aquilo. Depois de algum tempo, escutou a porta abrir, as garotas haviam chegado.


- Nossa, perdemos mesmo a noção da hora. – disse Luna, entrando no apartamento.


- É, e temos que acordar cedo amanhã. – falou a ruiva.


- Amanhã é a viagem do Rony não é?


- É... por falar em Rony cadê a Mione hein?


- Deve tá com ele, aproveitando os últimos momentos juntos – riu Luna.


- Eu tô aqui – falou Hermione, que ainda permanecia deitada no sofá.


- Mi... que susto, pensei que voc... espera aí – falou Gina, vendo o estado da amiga – Você esteve chorando?


- O que aconteceu amiga? – perguntou Luna, sentando ao lado da castanha. 


- O Rony terminou tudo comigo. – falou com a voz embargada.


- Como assim? – perguntou a cunhada.


Hermione explicou tudo o que tinha acontecido naquela noite. Às vezes parava pra tomar fôlego, ou por alguma pergunta feita pelas garotas, que assim como ela, não tinham entendido muito bem aquela situação.


- O Rony é um idiota, cego e burro – falou Gina, exaltada.


- Como é que ele fala tudo isso pra você, sem motivo, sem nada? – perguntou a loira.


- Não sei. Eu só queria uma explicação sabe... mas agora já era. Agora eu não quero ver o Rony nem pintado de ouro. Ele não pensou em mim, agora sou eu que não devo pensar nele. – falou Hermione segura do que falava.


- Ô Mi – disse Luna, abraçando a amiga – não fica assim.


 


Ficaram um bom tempo conversando, só depois é que foram dormir. Hermione não dormiu direito naquela noite, a voz de Rony ainda ecoava na sua cabeça. Queria esquecê-lo, mas isso não era nada fácil, ainda sofria muito. Acabou levantado cedo, Gina e Luna acordaram logo depois, tinham que ir ao aeroporto.


- Você vai com a gente, Mi? – perguntou Gina, com cuidado, enquanto tomavam o café da manhã.


- Não. – disse secamente.


- Então – falou Luna, olhando para a ruiva – nós já vamos, né Gina?


- É... você vai ficar bem, não é?


- Vou Gi. – disse Hermione, com um sorriso de lado – Brigada viu. A vocês duas.


- Que é isso? Conta sempre com a gente. – disse Luna, sorrindo.


- É isso mesmo, Mione. – continuou Gina – Agora nós já vamos, ok?


- Ok, tchau.


 


 


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As meninas não passaram no apartamento de Rony, porque ainda tinham que buscar a Sra. Weasley no hotel. A matriarca logo sentiu falta de Hermione.


- E a Hermione, por que não veio?


- Bem mamãe... ela e o cabeça-dura do Rony brigaram – explicou Gina.


- Como brigaram? Eles estavam tão bem.


- Pergunte ao seu filho, nós todas também queremos muito entender o que deu nele. – continuou a ruiva.


Quando chegaram ao aeroporto, Rony e os garotos já estavam esperando por elas. O ruivo tinha cara de poucos amigos, e Neville e Harry já estavam sabendo de toda a história.


- Então Rony, vamos? – chamou a Sra. Weasley.


- Vamos. – respondeu o rapaz, que começou a se despedir de todos. Todos lhe desejavam boa sorte, afinal o que mais queriam era a recuperação do amigo. Por último se despediu de Gina.


- E a Hermione? – perguntou o ruivo, enquanto abraçava a irmã.


- Está mal, Rony. Como você queria que ela estivesse? – falava Gina, sem que os outros escutassem.


- Cuida dela Gina. Não a deixa ficar triste.


- Eu juro que não te entendo, sabia? – disse Gina, encarando o irmão.


- É melhor assim.


- Se você diz. – falou a ruiva - Boa sorte tá?


- Valeu. – falou Rony, se afastando e saindo acompanhado da mãe.


- Sabe Luna – falou Gina, quando a mãe e o irmão já iam distante – O Rony fez o que fez, mas de uma coisa eu tenho certeza.


- O quê? – perguntou a loira.


- Ele também está sofrendo muito.


 


 


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N.A//


 


Oiee!!!


Cap pesado esse hein? Essa loira oxigenada tinha que atrapalhar tudo, já não bastava o fato do casal ter que se separar por conta do tratamento do Rony. Será que mais gente vai entrar nessa confusão?



  • Assisti HP6 e tá ótimo, apesar de muita gente não ter gostado, eu achei o filme incrível!


 


COMENTA AÍ!


 


Até a próxima...


 


Xoxo*


 


 


 

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