A Nova Gemialidades Weasley II

A Nova Gemialidades Weasley II



Triskellion


Capitulo 3


A Nova Gemialidades Weasley II




 


Tinha cansado de ficar olhando os casais apaixonados. Tonks havia saído para pegar bebidas ao que pareciam horas e ainda não havia retornado, portanto resolveu se levantar e ver se achava a amiga no bar e, quem sabe assim, veria alguma movimentação das meninas na pista. Estava quase alcançando o destino quando uma mão grande e forte se fechou sobre a sua.


 


Virou-se repentinamente para encarar a pessoa que havia segurado em sua mão com tamanha intimidade e bateu o nariz em alguém que se assemelhava a uma parede de tijolos.


 


- Ai! – Clara disse enquanto esfregava com a mão o nariz já vermelho.


 


- Se machucou? – perguntou uma voz grossa e profunda.


 


- Uma parede teria sido mais macia! – ela respondeu mal-humorada e sem encarar o homem. – Mas que idéia foi essa? – perguntou finalmente erguendo o olhar e dando de cara com um ruivo alto, forte e com profundos olhos azuis- escuros.


 


- Desculpe, não tive a intenção de te dar um encontrão – ele disse contendo um sorriso. – Posso lhe pagar uma bebida? Assim você me perdoa?


 


- A festa é open bar – respondeu a morena, divertida.


 


Ele encarou-a demoradamente, então, seus lábios curvaram-se devagar. E Clara definiu como irritante o que aquele meio-sorriso provocou no estômago dela.


 


- Certo... Então nós vamos ao bar e conversamos como se eu estivesse pagando as bebidas.  Meu nome é Willian Weasley, mas todos me chamam de Bill – falou tentando perceber alguma reação da morena.


 


- Você não se lembra de mim – disse Clara em desafio e com um sorriso irônico brincando nos lábios.


 


- Claro que lembro...


 


- Não. Não lembra, agora se me deixar passar... – disse olhando para a pista em busca de um rosto conhecido.


 


- Clara Warren.


 


- Alguém te disse o meu nome – falou dando de ombros e sem encarar o ruivo.


- Estudou com Charlie em Hogwarts e tem duas irmãs mais novas que também estão aqui na festa.


 


- Certo, você pesquisou – disse finalmente o encarando


 


- Então? Ganho o direito à bebida?


 


        Bill observou enquanto ela analisava a questão com uma sobrancelha erguida e um olhar incrédulo.


 


          Clara pensou em dizer não, afinal de contas, mesmo que fossem simples e inocentes, ainda não estava interessava nos flertes de homem algum. No entanto aquele era o irmão do seu melhor amigo de Hogwarts e, pedindo com tanta vontade, a fez oscilar e considerar o pedido.


 


- Só pelo seu empenho – respondeu agitando afirmativamente a cabeça. 


 


    Depois de pegarem as bebidas, Bill levou Clara para um lugar longe da aglomeração do bar. Antes que o rapaz falasse qualquer coisa, entretanto, ela atirou:


 


        - Charlie também está aqui? Eu não o vi.


 


        - Não – respondeu franzindo levemente a testa – Ele está na Romênia. Mas com certeza virá por esses dias para as festas de fim de ano.


 


        - Ah, que bom. Estou com saudades dele.


 


        Bill sorriu, embora aquele assunto não lhe fosse de seu inteiro agrado.


 


        - Então, o que você faz, Clara Warren? - perguntou, tentando mudar rapidamente para um assunto de seu interesse.


 


        - Isso você não pesquisou? - ela perguntou com um meio sorriso.


 


        - Não tive tempo - respondeu Bill, também sorrindo.


 


        - Então acho que está em desvantagem


 


        - Por quê?


 


        - Porque eu sei o que você faz e até conheço sua família


 


        - Quer dizer que podemos pular etapas – disse com um olhar sugestivo


 


       - Não. Quer dizer que você está em desvantagem e eu não tenho motivos para lhe dar informação alguma.


 


       - Eu posso descobrir...


 


       - Ótimo... Faça isso e me poupe o trabalho. – Dizendo isso, Clara fez menção de se levantar, mas foi impedida pela mão de Bill que a segurou de leve pelo braço.


 


       - Fica! – disse Bill para logo depois completar com a voz em um sussurro: – Por favor?


 


      A morena suspirou exasperadamente pela incapacidade de se ver livre daquela situação indesejada.


 


      - Por que você quer saber? – perguntou sem encará-lo.


 


      - Que mal pode fazer? - perguntou se levantando e se colocando de frente para ela. Esperou até que ela erguesse o olhar para encará-lo e completou: – Estamos só conversando, certo?


 


      Aguardou um momento de indecisão dela, até que a resposta veio.


 


      - Sou curandeira no Saint Mungus.


 


   Bill sorriu ao vê-la responder, mas sabia que a qualquer momento, ou com o mais simples comentário, o contato poderia ser quebrado, pois a morena não se sentia à vontade com a situação.


 


   - Viu – disse em tom de brincadeira. – Não foi tão doloroso assim.


 


 Clara revirou os olhos ao ouvir o comentário dele que lembrava uma curandeira falando com um paciente pouco cooperativo.


 


  - Você não sabe o que está pedindo, logo não sabe o que custa – disse a morena.


 


 - Em que especialização?


 


 - Pediatria. – De repente, a música agitada se tornou uma melodia calma e conhecida. – Nossa, não acredito que eles estão tocando essa música – falou  ela sorrindo de leve.


 


Com essa frase tão simples e natural, o ruivo se posicionou para dançarem a música lenta que começava a tocar. Pressionou a mão esquerda sobre as costas nuas da jovem, podendo, assim, sentir a maciez e o calor de sua pele. Com um movimento delicado a trouxe para mais perto dele.


 


Ao contato da mão de Bill, Clara sentiu a boca seca e o coração descompassado. Fechou os olhos enquanto sentia um arrepio subir pela coluna. Ele a tocava de uma maneira diferente, quase com reverência.


 


I am colorblind,

(Eu não enxergo cores)

Coffee black and egg white.

(Café preto e ovo branco)

Pull me out from inside.

(Arraste-me de dentro para fora)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am…

(Eu estou…)

 


- O que você pensa que está fazendo? – perguntou tentando conter a irritação por aquela atitude do ruivo.


 


- Dançando com você – respondeu simplista.


 


- Eu devia me afastar e largar você sozinho. Eu não queria nem conversar quanto mais dançar! – disse exasperada.


 


- Mas isso seria uma grosseria sem tamanho. E você não faria uma desfeita dessas ao irmão do seu melhor amigo – arriscou Bill


 


Clara virou o rosto para não fitá-lo e resmungou algo ininteligível, mas a dança continuou, como Bill rezava internamente para acontecer. Levantou o braço que estava livre para o ombro dele e se deixou guiar no ritmo da música.


 


- Você está linda! – tentou amenizar a tensão da morena. – E dança muito bem sabia?


 


- Obrigada – respondeu sem entusiasmo e sem encará-lo. - Você também dança muito bem.


 


Ele pensou por alguns instantes e resolveu tentar manter um diálogo sóbrio com Clara antes que ela tentasse sair de junto dele de novo.


 


– Então... O que está achando da festa?


 


- Boa – disse dando de ombros e tentando não encarar o ruivo. – E você? – perguntou por educação.


 


- Maravilhosa até agora. Pelo menos eles limitaram as peças aos convites.


 


- Você também abriu? – Clara esqueceu-se da determinação em não encará-lo e em não conversar, erguendo o rosto com um brilho de esperança nos olhos.


 


Taffy stuck, tongue tied,

(Imobilizado e com a língua travada)

Stutter shook and uptight.

(Gaguejo trêmulo e sem firmeza)

Pull me out from inside.

(Arraste-me de dentro para fora)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am... fine.

(Eu estou… bem)

 


- Não – Bill respondeu tentando reprimir um riso. – Você abriu, não foi? O que tinha dentro? Não parece ter sido vítima dos Gêmeos Weasley – falou enquanto soltava um pouco a jovem para analisá-la melhor.


 


- Oh! – disse virando os olhos - Ria se quiser. Foi terrível, mas extremamente criativo e admito que seria muito engraçado se não fosse o meu rosto que tivesse ficado verde e gosmento a manhã e parte da tarde de hoje. E se eu não tivesse tido que chegar muito atrasada ao plantão por causa disso. Talvez amanhã eu me lembre e ache engraçado!


 


- Sinto muito. Seria uma pena seu rosto ficar verde e gosmento... – Ele começava a incomodá-la com aquele jeito estranho de olhá-la. – Você é muito bonita – disse olhando profundamente nos olhos dela


 


- Obrigada. – Nesse momento, percebeu quando o olhar de Bill passou de seus olhos para seus lábios. No mesmo instante, soube que ele iria beijá-la. Espalmou as mãos no peito largo, para repeli-lo, mas ele não fez caso disso, inclinou-se e roçou os lábios nos seus.


 


No começo foi apensa isso: lábios insinuantes que roçavam nos seus numa carícia muda. Depois, à medida que aqueles lábios atiçavam os seus, ela perdeu-se em um redemoinho de sensações como nunca havia experimentado até então. Não era um beijo comum. As sensações se misturavam com a melodia e ela se sentiu livre e completa.


 


De súbito, retesou-se. Mas o que estava fazendo? Como seus braços foram parar ao redor do pescoço dele? Aquele não era o momento ideal, era muito cedo. Ainda mais depois de todo o ocorrido no “Caso Smith”.


 


Empurrou-o de leve encerrando o contato entre eles e endireitou-se abruptamente.


 


I am covered in skin.

(Eu estou envolto numa casca)

No one gets to come in.

(Ninguém pode entrar)

Pull me out from inside.

(Arraste-me de dentro para fora)

I am folded, and unfolded, and unfolding.

(Eu estou embrulhado, desembrulhando e desembrulhando)

I am colorblind,

(Eu não enxergo cores)

 


Bill podia ler claramente a confusão e o nervosismo nos olhos da jovem. Ele continuou a fitá-la em silêncio. Teve de reprimir um sorriso ante aquela visão. Clara não se dava conta o quanto estava atraente com os lábios rubros entreabertos e os grandes olhos azuis arregalados. Só pensava em beijá-la de novo.


 


Quando o olhar dele desceu novamente em direção aos seus lábios, entretanto, Clara se afastou dois passos e, em um gesto nervoso, levou a mão à correntinha que carregava no pescoço, apertando-a entre os dedos.


 


- Me desculpe – disse com a voz baixa e o olhar perdido. – Eu sinto muito! Eu não posso. Eu não estou pronta para isso ainda. – Deu as costas e saiu andando a passos largos entre a multidão que se encontrava na pista de dança.


 

Coffee black and egg white.

(Café preto e ovo branco)

Pull me out from inside.

(Araste-me de dentro para fora)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am ready.

(Eu estou pronto)

I am... fine.

(Eu estou… bem)

 

Bill estava petrificado de choque. Viu-a girar sobre os calcanhares e sair decidida e aturdida da pista de dança. E só conseguia se perguntar: “Que diabos tinha acontecido?”. Eles estavam se dando bem enquanto conversavam, ela tinha aceitado o beijo, ela tinha correspondido, não tinha? Tinha visto a surpresa e a confusão no olhar, achou que era porque ela não esperava algo assim dele, mas que tinha gostado. Que diabos tinha acontecido, afinal?


 


Tomando o controle de volta, começou a andar entre as pessoas da pista de dança na mesma direção em que Clara tinha ido alguns momentos antes, mas ela não estava em lugar nenhum.


 


I am.... fine

(Eu estou… bem)

I am fine.”

(Eu estou bem)

 


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 


            Voltava do bar quando avistou a irmã mais velha. Animada, Bruna começou a caminhar em direção a Clara, entretanto, à medida que se aproximava, notou que a morena parecia um tanto “transtornada”. Quem não conhecesse a curandeira não notaria os sinais, mas Bruna os lia claramente. O rosto dela estava sereno, porém o olhar perdido e distante delatava que algo havia acontecido. Interceptou a irmã antes de ela conseguir atingir o objetivo e se refugiar dentro do banheiro.


 


- Vai contar agora ou vai esperar chegarmos em casa? – Bruna perguntou imediatamente após encontrar a irmã mais velha.


 


Clara olhou para a irmã com uma expressão que era um misto de surpresa e vergonha. Sua face se tingiu de vermelho imediatamente.


 


Sempre foi assim: das três irmãs, Bruna sempre foi a mais perceptiva. Sabia quando Clara estava com raiva ou quando Diana iria aprontar alguma coisa, mas nunca comentava nada. Só revelava o que sabia quando Clara cansava de esconder os sentimentos ou quando Diana via que iria precisar de ajuda e pedia o auxilio da irmã do meio, mas nesse momento Clara estava amaldiçoando a boa percepção da irmã. Por Merlin! Era tão fácil perceber o quanto o beijo a afetou?


 


- E então? – a voz de Bruna a trouxe novamente a realidade.


 


Ela abria e fechava a boca sem emitir nenhum som. De repente suspirou alto e fechou os olhos, como se tirasse forças desse ato, e respondeu com a voz baixa.


 


- Em casa!


 


- Certo, mas não pense que você vai escapar dessa conversa, ouviu bem?! Eu me lembro muito bem da última vez que vi você desse jeito e quem foi o causador do ataque de nervos! Não vou deixar ele te afetar assim novamente. Eu não acredito que ele foi convidado! Afinal como ele conhece os Gêmeos? Hogwarts é claro! – respondeu a própria pergunta depois de dar um sonoro tapa na testa. – Mas ele teve a cara de pau de vir!


 


- Bruna! – Clara falou alto e autoritária o bastante para calar a irmã, embora sua cabeça ainda girava pelo que acontecera minutos atrás. – Ele não está aqui.


 


- Não? Mas... O que aconteceu para você ficar tão nervosa? – estranhou Bruna. – Vamos, desembuche, Caitlín – ordenou. – Com certeza deve ser algo grave ou...


 


- Oi – uma voz grave e conhecida soou atrás da loira fazendo ela se calar e se arrepiar imediatamente.


 


- Oi! – respondeu num fio de voz e se virando para encarar Fred. – Ahn... Ótima festa, parabéns!


 


- Obrigado, que bom que está gostando.


 


- Não poderia esperar menos dos gêmeos Weasley, certo? – Bruna disse em tom leve e piscando um olho em tom de conspiração.


 


- Certo – ele concordou sorrindo. - Vim cobrar minha dívida, uma dança completa e sem interrupções.


 


- Claro, afinal, promessa é dívida – Bruna disse, mas antes de sair se virou para a irmã, deu um beijo na bochecha dela e completou. – Você vai ficar bem?


 


- Claro, vai logo – disse Clara sorrindo


 


 - Me espere na mesa! Eu já volto!


 


- Tá bom, pode ir tranqüila – respondeu Clara com misto de alegria e preocupação.


 


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 


- Hey! – o cumprimento de Anis tirou Diana de sua divagação sobre a eminente festa de Natal da família Warren. – Como você está, Dan?


 


- Bem, obrigada. Você?


 


Elas se cumprimentaram com um rápido abraço e um beijo no rosto.


 


- Excelente, mas com problemas – respondeu num suspiro.


 


- O que ‘tá rolando?


 


- Meus pais. Eles não estão muito satisfeitos com Chrystian.


 


- Me lembre quem é Chrystian – Diana disse fazendo cara de culpada por não recordar.


 


- O cara que eu conheci no mês passado – Anis disse, ansiosa. – Eles acham que ele é velho demais para mim.


 


- Bem, como estão as coisas entre vocês dois?


 


- Ah, Dana, muito boas. Era de se esperar que ele fosse chato, ou piegas e rabugento, mas ele não é. Está sempre sorrindo, perguntando se estou feliz e propondo coisas interessantes. Ele é tão inteligente e fascinante. Eu gostaria de tê-lo conhecido antes.


 


Diana sorriu para a amiga.


 


- Então a implicância é só com a idade?


 


- É. Ele é vinte e um anos mais velho que eu, mas isso não justifica, certo?


 


- Claro que não. Você já conversou com seus pais? Explicou como se sente e como ele é?


 


- Já. Mas eles insistem em dizer que vai acabar mal. Que eu devia agir como uma garota normal e arrumar um namorado da minha idade. Mas eu não quero. Ele é maravilhoso como é.


 


- Bem, talvez você deva dar um tempo a eles – sugeriu Diana, sabendo que aquele era o conselho que ela mais ouviria e, no entanto, o melhor. – Seus pais só estão temerosos, eu suponho. Se Chrystian é bom para você, aproveite com cuidado.


 


- É, acho que sim.


 


- Ele tem filhos?


 


- Não. Mas já foi casado quando era mais novo. Ele se casou aos vinte e um anos, Dana. Durou nove anos. Eles não tiveram filhos porque ela não podia. Desde então ele está solteiro. Ele é perfeito! O homem dos meus sonhos. E minha família não quer que fiquemos juntos. É tão injusto!


 


Anis suspirou, colocando o cabelo muito castanho atrás da orelha e fazendo bico. Diana imaginou o que seu pai faria se ela anunciasse estar namorando Sirius e riu. Ele possivelmente esganaria o auror até a morte.


 


- Bem, eu tenho certeza de que eles vão acabar compreendendo – declarou. – Tem notícias das meninas? A Naty ainda está em turnê, não é? Recebi uma carta da Mandy...


 


- Sim, mas já deve estar voltando. Mandy está com os pais no Canadá, não é?


 


- É. Morrendo de saudades, segundo me disse. Disse que o primo Lee continua perguntando por você.


 


- Ah! Diga a ela que eu agora sou uma mulher comprometidíssima.


 


Diana sorriu.


 


- Vou dizer.


 


- Com licença – uma garota provavelmente da mesma idade de Diana e Anis, cabelos loiro-claros cacheados e olhos muito verdes parou ao lado delas parecendo meio ansiosa. – Você é Diana Warren?


 


- Sim, eu sou – ela respondeu, erguendo as sobrancelhas. – Por quê?


 


- Eu sou Andrea Foreman – apresentou-se. – Bem...


 


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 


Bruna sentiu sua mão ser entrelaçada pela do ruivo. Estranhou, mas não comentou nada, se deixou levar até a pista de dança


 


- Vai começar a seleção de músicas lentas. Escolhi uma especialmente para nós.


 


Sem saber o que dizer, sorriu. Estava pensando em qual música seria quando ouviu os primeiros acordes e sentiu Fred enlaçando sua cintura. Não acreditava que ele havia escolhido essa música, justo essa, para dançar com ela.


 


We were as one babe


(Nós éramos como um, 'queridinho')


For a moment in time


(Por um momento no tempo)


And it seemed everlasting


(E parecia ser para sempre)


That you would always be mine


(Que você seria sempre meu)


Now you want to be free


(Agora você quer ser livre)


So I'm letting you fly


(Então estou deixando você voar)


'Cause I know in my heart babe


(Porque eu sei que em meu coração 'queridinho')


Our love will never die


(Nosso amor nunca vai morrer)


 


  - Você gosta dessa música, né? – ele sussurrou ao seu ouvido


 


  - Sim. – Não conseguiria articular mais do que isso sentindo a respiração dele tão próxima e com tantas recordações invadindo sua mente


 


   - Pedi especialmente pra nós – e deu um breve beijo no espaço entre a boca e a bochecha.


 


You'll always be a part of me


(Você será sempre uma parte de mim)


Im part of you indefinitely


(Eu sou uma parte de você indefinidamente)


Boy dont you know you cant escape me


(Rapaz você sabe que não pode escapar)


Ooh darling 'cause youll always be my baby


(Ooh querido porque você sempre será meu 'queridinho')


And we'll linger on


(E nós permaneceremos)


Time can't erase a feeling this strong


(O tempo não pode apagar um sentimento tão forte)


No way you're ever gonna shake me


(Não tem jeito você sempre vai me abalar)


Oh darling 'cause youll always be my baby


(Oh querido porque você sempre será meu 'queridinho')


 


       Atônita com a atitude dele, Bruna não conseguia relaxar, estava tudo se repetindo na cabeça dela, a música, a voz em seu ouvido, as mãos dele em seus cabelos


 


- A cor dos seus cabelos sempre me fascinou, desde a primeira vez em que te vi – e puxou uma mexa que havia se soltado.


 


- Ah, Fred, você nem se lembra da primeira vez que nos vimos – disse tentando descontrair


 


- Quer apostar? – disse maroto


 


- Vamos lá, estou pagando pra ver...


 


  - Foi na fila da seleção das casas em nosso primeiro ano


 


    - Ah, claro... Weasley, Warren – disse brincalhona – Obviamente estávamos perto. Acho que agora você é quem tem uma dívida comigo.


 


   - Mas é sério, foi a primeira vez que nos vimos.


 


   - Não, Fred, a primeira vez que nos vimos foi na estação, meus pais foram cumprimentar os seus e estávamos todos lá, inclusive você e George. Ponto pra mim – respondeu rindo


 


  - Hum... Não me lembrava dessa.


 


  - Você não se lembra de muitas coisas – ela disse num sussurro


 


  - Isso é o que você acha – Fred respondeu em seu ouvido


 


 


I ain't gonna cry no


(Eu não vou chorar, não)


And I wont beg you to stay


(E não vou implorar para você ficar)


If you're determined to leave boy


(Se você está determinado a partir rapaz)


I will not stand in your way


(Eu não ficarei no seu caminho)


But inevitably you'll be back again


(Mas inevitavelmente você irá voltar)


'Cause you know in your heart babe


(Porque você sabe do seu coração 'queridinho')


Our love will never end


(Nosso amor nunca vai acabar)



    Não sabia o que pensar quanto à última declaração de Fred, era sempre assim, ele sempre conseguia desestabilizá-la, fazê-la querer algo que sabia que nunca mais teria. Por que ele não conseguia deixá-la em paz, serem realmente só amigos, sem as complicações do relacionamento amoroso? Ela aprendera a conviver com esse sentimento não-correspondido. Ele estava lá, mas adormecido, guardado, tentando ser esquecido, e quando ela achava que estava conseguindo, ele ressurgia com suas indiretas. Será que ele era o destino dela?


 


I know that you'll be back boy


(Eu sei que você voltará rapaz)


When your days and your nights get a


(Quando os seus dias e noites se tornarem)


Little bit colder


(Um pouco mais frios)


I know that youll be right back baby


(Eu sei que você voltará rápido 'queridinho')


Oh baby believe me it's only a matter


(Oh 'queridinho' acredite em mim é apenas uma questão)


Of time


(De tempo)


 


   Perdida em pensamentos, mal percebeu quando Fred colou os rostos, os passos calmos e lentos. Bruna se perguntava onde ele queria chegar com tudo aquilo, quando Fred abaixou o rosto e sua boca tocou o ombro nu da loira. Ela sentiu seu corpo se arrepiar de imediato e os olhos se fecharem, mas nada preparou para o que veio em seguida: Fred virou um pouco mais a face e beijou-lhe na curva entre o ombro e pescoço.


 


   Sentiu a mão dele que estava em sua cintura ir para sua nuca, seus rostos foram se aproximando, ela podia sentir a respiração dele em seu rosto. Será que era exatamente isso que ia acontecer? Fred Weasley iria beijá-la? Não era possível... Ou era?


 


   - Fred, eu... Não posso. Você sabe que estou saindo com Oliver.


 


Desvencilhou-se do ruivo e saiu furiosa da pista de dança, indo em direção à mesa onde a irmã a esperava. Quem ele pensava que era para brincar assim com ela? 


 


You'll always be a part of me


(Você será sempre uma parte de mim)


Im part of you indefinitely


(Eu sou uma parte de você indefinidamente)


Boy dont you know you cant escape me


(Rapaz você sabe que não pode escapar)


Ooh darling 'cause youll always be my baby


(Ooh querido porque você sempre será meu 'queridinho')


And we'll linger on


(E nós permaneceremos)


Time can't erase a feeling this strong


(O tempo não pode apagar um sentimento tão forte)


No way you're ever gonna shake me


(Não tem jeito você sempre vai me abalar)


Oh darling 'cause youll always be my baby


(Oh querido porque você sempre será meu 'queridinho')


 


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


 


   Viu a loira se aproximar da mesa, ofegante, com o rosto muito corado e um olhar tão perdido quanto o de Luna.


 


   - Bevin (1)? – chamou Clara tentando trazer a irmã de volta a realidade.


 


  - Já está pronta para ir embora? – perguntou um pouco afoita.


 


  Clara se assustou com o tom da irmã. Depois, compreendendo o que poderia ter acontecido, levantou uma sobrancelha e olhou para a irmã tentando conter o riso.


 


  - Devo perguntar agora ou você vai preferir esperar chegarmos em casa? – perguntou em tom jocoso usando as mesmas palavras que ela havia usado com ela momentos atrás.


 


  Bruna olhou para a irmã, num misto de indignação e surpresa. Soltou um suspiro resignado antes de falar de novo.


 


  - Em casa, Caitlín (2). Por hoje chega de festa, vamos embora!


 


   Nesse momento Diana chegou à mesa. Apesar de estar levemente corada, a morena estava transparecendo uma calma que não era própria dela. E foi isso que mais chamou a atenção das irmãs.


 


  - E o que foi que aconteceu com você? – perguntou Clara.


 


  - E quem disse que aconteceu alguma coisa comigo? Acho que já está na hora de irmos pra casa. Não era você que tinha plantão amanhã?


 


  - Pronto, agora eu tenho certeza! Dana (3) chamando alguém para ir embora de uma festa... Definitivamente aconteceu alguma coisa! – disse Bruna


 


  - Vamos logo! Ela só vai falar em casa mesmo.


 


  Dizendo isso, as três Warren se levantaram da mesa se despedindo dos presentes e se encaminharam para recolherem os casacos e irem para casa.


 


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 


Tinham acabado de aparatar perto de casa. Era tarde e todas as luzes das casas da rua se encontravam apagadas. As três irmãs caminhavam tranqüilamente pela calçada em direção aos portões metálicos que davam acesso ao jardim da mansão Warren.


 


Entraram na residência tentando fazer o mínimo barulho possível, a fim de não perturbar o sono, a essa altura, já pesado de seu pai. Cada uma se dirigiu ao seu quarto para tomarem um banho e depois se encontrarem no quarto da mais velha das irmãs. Era um acordo silencioso entre elas. Sempre que tinham que conversar algo era para o quarto de Clara que elas corriam.


 


Clara já havia tomado banho e vestido a camisola fina de seda e o robe que fazia jogo. Estava sentada na cama olhando a foto que tinha na mesinha de canto onde era possível ver toda a família Warren reunida e sorridente, quando Diana e Bruna entraram e imediatamente se sentaram confortavelmente na cama. 


 


- Bom, quem começa? – ela perguntou.


 


- Você sabe as regras! Quem pergunta primeiro, responde primeiro – disse Diana.


 


 


- Ah! Mas você vai adorar essa história, Di – Bruna disparou. - E tenho certeza que eu também, pois nossa irmã voltou incrivelmente afetada de algum lugar na hora da festa. Aposto que ela se encontrou com alguém e...


 


- Bruna... – Clara choramingou.


 


- Eu não acredito! – Diana irritou-se, precipitando-se como Bruna fizera na festa. – Aquele filho d...


 


- Diana... – a mais velha tentou novamente.


 


- Pois foi o que eu pensei logo de cara!


 


- Vocês vão me deixar contar ou vão ficar inventando apelidos amigáveis para Merlin sabe quem? – Clara se impacientou.


 


- Pode começar a falar – disse Diana para depois se virar para Bruna e completar. – Por um momento eu achei que ela iria falar daquele que não deve ser mencionado.


 


Clara soltou um suspiro e revirou os olhos. “Por Merlin!”.


 


- Ok! Foi o seguinte... – A morena seguiu contando a história do seu quase seqüestro para as irmãs, que, como prometido, não a interromperam.


 


Porém, no final da narrativa, Diana não se conteve e falou:


 


- Ok, agora me explica por que você está com essa cara de aflição – disse, impaciente.


 


- Eu... – Clara não sabia como explicar. Era simples para ela o que sentia, mas parecia-lhe que, à hora de por em palavras, tudo se tornava mais complicado. – Na sei dizer.


 


- Você ainda está insegura quanto a se envolver com alguém depois de toda aquela história do ano passado – arriscou Bruna brilhantemente.


 


- É... – murmurou incerta.


 


- Mas eles são completamente diferentes – argumentou Diana.


 


- Como você pode ter certeza? – perguntou Clara.


 


- Apenas tendo – disse a caçula como se isso resolvesse todas as questões. – William Weasley não tem nada a ver com ele.


 


Diana e Bruna trocaram um olhar de preocupação antes da mais velha voltar a revirar os olhos.


 


- Não adianta ficar tentando forçar as coisas, elas irão acontecer quando tiverem que acontecer – disse Clara. – Tenho certeza de que quando essa insegurança passar, eu vou encontrar alguém especial e o ano passado não vai passar de um pesadelo.


 


- Só espero estar jovem o bastante para ver isso – disse Diana em tom de brincadeira, para depois acrescentar, abraçando a irmã: – Vamos falar de algo que não envolva aquele idiota.


 


- Sim. Qual é a sua história, Bevin(1)? – Ao ouvir o seu nome, Bruna imediatamente ficou vermelha.


 


- Já vi que a historia é boa. Vamos, comece – apressou Diana.


 


- Então, eu estava conversando com a Clara quando... – A exemplo do que a irmã mais velha fez, relatou toda a conversa, os toques, a tentativa de beijo e “o toco”. – E foi isso.


 


- Não acredito que ele tentou te beijar – disse Clara. – Mesmo sabendo que você está com o Oliver.


 


- Ele é assim, Clara, sempre foi e nunca vai mudar – disse Bruna conformada. – Além do mais, eu nunca faria isso com Oliver.


 


- Realmente, ele não merece – completou Diana, parcialmente sincera. A caçula tinha um jeito de pensar diferenciado, mas não costumava partilhá-lo com as irmãs no quesito sentimentos, pois significaria ter de falar sobre si mesma e isso era, para ela, algo fora de questão.


 


- Agora – cantarolou Bruna. – O que fez você querer sair da festa tão rapidamente?


 


- É, essa pode ser a história que vai salvar a noite – Clara apontou, mudando de posição e colocando o travesseiro no colo.


 


- Na verdade eu acho que não – a caçula disse em tom de lamentação, pigarreando antes de começar a contar a mentira que planejara. – Não aconteceu nada de interessante essa noite para mim apesar de eu ter me divertido muito. Foi bom encontrar a Anis no meio das férias, mas ela não me contou uma boa história também. E... Quando eu cheguei ansiosa para ir embora, era porque tinha encontrado um cara de quem fujo com todas as minhas forças desde que entrei para a universidade. Foi só isso.


 


- Ah – Clara pareceu decepcionada.


 


Bruna lançou à irmã mais nova um olhar de análise. Não acreditava em praticamente nada do que ela dissera, vira muito mais que isso durante a noite, mas preferiu não dizer nada, afinal, o máximo que aconteceria era fazer Diana dormir irritada com ela e estragar o saudável fim de noite que estavam tendo.


 


- Bem – recomeçou Diana, deitando-se de bruços sobre uma almofada e sorrindo travessa. – Balanço da noite: Weasley, um, Warren, um. Obrigada por defender nosso time com tanta veemência, Bruna. Esforce-se mais da próxima vez, Caitlín – finalizou solenemente, gargalhando junto com as irmãs.


 


As risadas foram cessando, o sono tomando conta e elas se aconchegaram melhor na cama de Clara, adormecendo rapidamente.


 


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 


Thor ficou preocupado ao entrar no quarto das filhas mais novas, não encontrá-las e perceber as camas intocadas, afinal já era mais de dez horas da manhã e ele não as vira pela casa. Porém, algum tempo de preocupação depois, ele se lembrou de uma mania delas e se encaminhou para o quarto de Clara. 


 


Soltou um suspiro ao encontrar a cena que esperava. As três garotas dormindo profundamente na cama da mais velha. Com certeza ficaram até tarde conversando e depois se sentiram cansadas demais para irem para as próprias camas, pensou sorrindo. Aproximou-se mais da cama e cobriu melhor Bruna que tinha empurrado as cobertas.


 


Resolveu descer e tomar café. O dia seria cheio e logo as meninas também acordariam.


 


Ao chegar à mesa como de costume, encheu a xícara com café e pegou o Profeta Diário. Folheou o jornal lendo as manchetes e os últimos resultados do Campeonato Britânico de Quadribol. O patriarca passaria direto da página da coluna das futilidades, como ele e Diana chamavam a coluna social, se não tivesse visto ali, olhando para ele e sorrindo, as três filhas em meio aos amigos.


 

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 

(1)   Bruna

(2)   Clara

(3)   Diana 

 

N/B - Livinha: Ooooooooook! Finalmente capítulo novo! 
(embora eu tenha minha parcela de culpa também.. hehe..
Mas acho que não tenho culpa em demorar para betar, pois minha faculdade me reclamava! Enfim...)
Adorei a continuação da festa dos Weasley!
Eles sabem fazer uma festa, assim como também sabem colocar uma garota contra a parede!
(Liv se abana enquanto pensa nos próximos capítulos e em outros Weasley e..*hem,hem*).
Meninas, como sempre, estou adorando! E ver como as ideias de vocês melhoram com as conversas via MSN ou email!
Ah, sim, outra coisa: quem diabos é essa tal de Andrea Foreman que deixou a Dana tão abalada???
O.O Estou ansiosa pelos próximos capítulos, amores!! Beijos da Liv! Amocês!

 

N/B - Kelly: O povo bom de festa! Mas essas Warren... aff! 
Eu louca pra ver o desenrolar desses romances e elas dando sopa pro azar, deixando esse monte de ruivos soltos “Ah se fosse comigo *Assovia*”
Mas sou tão suspeita pra falar de ruivos que vou mudar de assunto...
Amores que delicia esse capitulo!
Não vejo a hora de poder ver mais da historia *finge que não sabe de mais nada*
Meninas me sinto honrada em poder estar participando disso tudo. Muito obrigada!
Esta sendo uma experiência deliciosa e divertida. Alem da vantagem de ler primeiro. Hehehe.
Espero pelos próximos e não demorem, sim? Amo vcs Bijos até mais.     

 

N/A Caitlín: Oi povo! Primeiramente, milhões de desculpas pela demora, mas uma eventos de acidentes levaram a isso... 
Mas espero que a espera tenha valido a pena e que todos tenham se divertido muito com mais esse pedacinho da historia dessas 3 irmãs!
Onde eu por fim APARECI!!!!
Hihi!!!! Muitas coisas novas apareceram agora então não deixem de acompanhar!!!
B-jus
Caitlín Warren


N/A Bevin:
Olá, queridos leitores, cá estou eu de volta... Desculpem pelo sumiço no último cap.
Bom, dessa vez nem demorou muito não é?!
Espero que gostem de mais um pedacinho da vida dessas 3 irmãs maravilhosas *hehe*.
É realmente um prazer escrevê-la.
Muitos Beijinhos e até o próximo.
Bevin Warren.

N/A Dana: Hey! Deu trabalho, se perdeu nos e-mails, mas esse cap apareceu!

E cheio de gente e coisas novas. Aproveitaram o descanso de mim?

Espero que sim, porque voltarei no quarto capítulo com tudo.

Um feliz Natal e uma família imensa e linda vem por aí.

Beijooos!

Dana Warren.


 

http://aswarren.multiply.com/

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.