Tato



Suas mãos estavam tremendo.

Estava novamente no Quartel General, junto ao seu ex-professor Severo Snape ela tinha acabado de preparar um poção que seria similar em seu aspecto principal à poção usada pelos Comensais para combinarem feitiços. Agora a poção seria estada, qualquer mínima evidência que estavam no caminho certo poderia representar uma descoberta enorme.

Dumbledore mergulhou sua varinha calmamente na poção, deixando-a ali por alguns segundos, em seguida Snape fez o mesmo.

-Pronto, Severo?

-Pronto.

Ambos empunharam suas varinhas, mirando numa chaleira em cima da mesa.

-Vingardim Leviosa!

-Engorgio!

Os dois feitiços assim que pronunciados e expelidos da varinha sofreram um processo de atração, onde viu-se rapidamente um feixe ligeiramente translúcido misturar-se a um feixe fracamente rosado, e ambos atingirem o objeto. A chaleira levitou alguns centímetros acima da mesa e então voltou despencada em direção a esta, por causa do imenso peso de seu bico, que aumentara consideravelmente. Mas Gina não viu isso, só ouviu o barulho metálico da chaleira caindo de volta na mesa e então aquele silêncio profundo.

-O que aconteceu? –perguntou ela.

A resposta ainda demorou alguns segundos, mas por fim veio.

-A chaleira levitou um pouco –disse a voz calma de Dumbledore- mas não pôde se sustentar no ar por muito e nem mesmo flutuar muito acima da mesa devido ao desequilíbrio que foi gerado pelo fato do bico ter se alargado.

Ela sorriu timidamente.

-Então funcionou? É isso?

-Talvez. A poção usada por nossos inimigos pode ser mais ou até menos elaborada que esta, é preciso agora entrar em contato com St. Mungus e alguns laboratórios de exame e pesquisa, temos que saber os efeitos colaterais de pessoas que podem ter sido atingidas por dois feitiços ao mesmo tempo. Só assim vamos descobrir até que ponto eles estão ou não na nossa frente nessa área.

Ela concordou instantaneamente, mas não conseguia controlar seu êxtase. Apertava forte a mão de Carlinhos, que estava com a outra mão em seu ombro direito. Ao seu lado ouvia Tonks sussurrar algo animadoramente com outra pessoa. Aliás, podia ouvir várias pessoas sussurrando, num tom de aprovação.

-Bom, a vida vai muito bem, mas se quiserem jantar vão ter que colaborar –falou uma alegre Sra. Weasley.

Tonks levantou-se animada, para o desespero de Molly, e os gêmeos também se animaram e foram para a cozinha, as outras pessoas foram arranjando algo para fazer enquanto o jantar não ficava pronto.

Ela se largou no sofá, exausta de tanta ansiedade que tivera. Assim que descobrira o princípio ativo da poção mil coisas passaram por sua cabeça: ia ser ridicularizada, nada ia dar certo, ia descobrir a cura de várias doenças, todos iam rir dela e ela fugiria do país. Sentia-se incrivelmente esgotada, sem forças para levantar uma colher, aquele era o seu momento de glória.

E ela não podia vê-lo.

Agora quieta sem ninguém ao seu lado e com a euforia indo embora ela sentiu-se repentinamente triste. Acabara de viver a descoberta da sua vida e nem sequer pôde vê-la, o máximo de recordação que teria desse momento era o barulho fraco do metal se chocando com a madeira.

Ela sentiu quando alguém se sentou ao seu lado.

-Não há motivos para essa cara triste, Gina –ouviu a voz de Harry.

Gina forçou um sorriso amarelo.

-Claro que não.

Ele suspirou alto e deu dois tapinhas no seu ombro.

-Você vai ficar boa logo, e vai ver coisas até que você não quiser. Aproveite enquanto você pode se refugiar dessa guerra.

-Não quero me refugiar dessa guerra.

-Sei que não, nenhum de nós quer. Mas assim que você ver alguém cair morto ao seu lado ou ouvir os gritos de aflição de alguma criança que perdeu os pais, a primeira coisa que você vai querer é estar escondida debaixo das cobertas.

Um silêncio incomodo se instalou por alguns segundos, até que ele voltou a falar.

-Você só tem 17 anos, e levando em consideração o rumo estranho que esta guerra está tomando, pode não chegar aos 20. Aproveite o tempo que você tem e pare de se martirizar por não poder ver, porque você sabe que isso vai passar, o que é um consolo. Pior é sofrer de um mal que não se cura.

-Você sofre de algum mal que não se cura?

-De vários.

-Ainda não melhorou nem um pouco?

-Melhorei, só não o bastante. Mas ontem eu consegui dormir tranqüilamente a noite inteira.

-Harry, você tem o péssimo dom de me dar lição de moral, e o pior é que funciona.

Ele riu serenamente.

-Sério, você faz parecer que não ver é como ter uma dor de dente. Você me deixa constrangida por causa desse seu tom de homem maduro. Seu nunca tivesse te visto na minha vida poderia jurar que você tem uns 50 anos.

Os dois riram.

-Agora você está me deixando constrangido por parecer muito sério.

-Mas você é.

O tom risonho da conversa de repente sumiu.

-Sou?

-É. Você não era, mas ficou.

-Desde quando?

-Desde que você deixou de acreditar nas pessoas que estão à sua volta. Nem todo mundo é frágil como você imagina, Harry. Eu sei que você não faz por mal, a questão é que você já enfrentou coisas que muitos de nós aqui nem sonharíamos, mas nem por isso você precisa sair protegendo a todos. Além de não proteger ninguém, você se desprotege.

O barulho de algo caindo e quebrando na cozinha cortou o silêncio. Em seguida alguém tocou a campainha e a Sra. Black começou a gritar a plenos pulmões.

...ESCÓRIA! SEUS IMUNDOS VERMES, SAIAM DA MINHA CASA!...

A Sra. Weasley veio e começou a gritar com o quadro, tornando o barulho insuportável, Mundungo Fletcher apareceu encolhido, sabendo a que Sra. Weasley brigaria também com ele, o que realmente aconteceu.

Gina se levantou do sofá e já ia procurar pela parede quando Harry a tomou pelo braço e a conduziu pela escada.

-Por que ainda insistem em tocar a campainha?

Harry não respondeu nada, nem tampouco a largou.

-Gina...

-Olhe Harry, eu sei que provavelmente falei algo que você nem queria ouvir, então... Me desculpa. Eu estou jogando nos outros as minhas frustrações.

Ele encontrou na parede e sentou-se no chão.

-Pode ficar tranqüila, não falou nada que eu já não sabia.

Ela apoiou no ombro dele e sentou ao seu lado. Abriu a boca para falar algo, mas a fechou em seguida, ao invés de falar algo ela apoiou sua cabeça no ombro dele. Ele estranhou a princípio, mas em seguida passou seu braço pelo ombro dela.

Ela inspirou profundamente, há mais de um ano que não sentia aquele perfume dele, há mais de um ano que não se encostava a ele e ouvia seu coração bater, mais de um ano que não sentia os braços dele se fecharem em torno dela.

Seus sentidos aguçados pela falta de visão estavam naquele momento desregulados. Seu ouvido ouvia a respiração rápida e inconstante que ele tinha no momento, sua pele se arrepiou toda no momento em que ele se aproximou e começou a roçar os lábios em seu pescoço, o cheiro forte dele invadia suas narinas.

-Gina...

Ele a empurrou contra o chão e seus rostos estavam muito próximos quando passos na escada se fizeram ouvir e a figura de Lupin apareceu na escada. Gina não podia ver, mas pelo jeito que Harry paralisou totalmente ela pôde imaginar a cara do professor.

-Her, bom... hum, o jantar está pronto.

Lupin desceu as escadas rapidamente e num pulo Harry e Gina se levantaram. Ela estava mais vermelha do que podia imaginar e não sabia o que dizer. Ele também estava bastante desconsertado.

-Acho bom, nós descermos...

Ela acenou com a cabeça, e os dois desceram sem trocar uma palavra. E ao sentarem-se à mesa, fizeram questão de não se sentarem perto.

O jantar foi animado, todos conversavam animadamente, e Lupin pediu a Gina que lhe contasse como descobrira a possível fórmula da poção, aparentando nem se lembrar da cena que havia visto.

-... aí eu senti aquele cheiro estranho no meio do sangue, e aquilo me deixou intrigada, afinal, não era uma coisa muito normal um cheiro forte daquele...

Assim como Lupin, também Mundungo, Tonks e o Sr. Weasley pediram que ela repetisse a história tantas vezes que ela chegou a cansar. Do outro lado da mesa Harry não conseguia prestar muita atenção na conversa que tinha com Rony.

Ao fim do jantar ela ajudou nas poucas coisas que pôde, e já ia subir para o seu quarto quando Hermione a segurou pelo braço.

-Gina, eu preciso falar com você.

-Claro, o que foi?

-Bom, é sobre o Harry...

A reação de Gina não poderia ter sido mais suspeita, primeiro soltou um gritinho, em seguida ficou vermelha e então derrubou o copo d’água que estava na sua mão. Hermione levantou uma sobrancelha. Gina tentou se manter normal como se só tivesse tido um descuido, mas sem muito sucesso.

-Então, o que você queria falar sobre o Harry?

-Bom... é que não sei se você se lembra, mas amanhã é aniversário dele.

Gina ficou realmente surpresa, tinha se esquecido disso.

-... e eu e o Rony estamos programando uma festa surpresa...



Ela acordou no outro dia e se troucou com cuidado. Hoje iria ao St. Mungus, não que tivesse algo, mas Hermione havia marcado dezenas de exames para ela naquele dia, e faria Harry acompanhá-la, para que assim ele passasse o dia fora, e pudessem organizar uma festa decente para ele.

Ela teve mais trabalho que o normal para poder se arrumar, pois não conseguia ver as combinações de roupas que fazia, só podia visualizá-las na sua mente, através das lembranças que tinha de cada peça de roupa, mas sempre ficava insegura e acabava trocando de roupa.

-Gina, você não vai à uma festa, sabe? Aliás, você vai, mas é só à noite... –disse Hermione num tom monótono que não escondia uma insinuação.

-Ah, é que faz algum tempo que não saio de casa, você sabe...

-Aham, claro, sei... Não há nada que você queira me contar?

Gina engasgou e deixou o cabide cair de sua mão, mas se recompôs.

-Não, o que haveria para contar.

Hermione se levantou da cama e ajudou Gina a ajeitar a roupa.

-Pronto, você está ótima.

-Bom, imagino que sim.

-O seu encontro será perfeito.

-Vai sim... –disse ela espontaneamente até que percebeu a cilada de Mione- Encontro? Não sei do que você está falando...

Mione sorriu vencedora.

-Você está saindo com o Harry para nós podermos ajeitar tudo aqui, mas ninguém vai reclamar se por um acaso vocês dois reatarem, sabe...

-Mione, eu não sei do que você está falando.

-Ah claro que não, eu costumo falar umas coisas desconexas....

Ainda com um ar de sabe-tudo ela pegou o braço de uma Gina ruborizada e a ajudou a descer as escadas, lá embaixo Harry a esperava sentado no sofá, assim que a viu ficou alguns segundos a admirando, até que se lembrou o que tinha que fazer e pegou o vidro com pó-de-flu.

-Vamos?

-Claro.

Ele pegou a mão dela cuidadosamente e a conduziu para perto da lareira.

-Detesto viajar assim...

Ela riu, mais por nervosismo que por realmente achar o fato engraçado.

-Você nunca gostou disso...

-Ah com certeza não...

Ele abriu o pote e jogou o pó da lareira, falando bem alto e firme logo em seguida.

-St. Mungus!

Veio aquela sensação horrível de ter o estômago meio revirado, mas em um instante eles estavam no hospital. Gina se desequilibrou e ia cair, se Harry não a tivesse segurando. E quando ele a segurou orte ela sentiu algo pressionado contra os dedos dela: um anel.

-Gina, está tudo bem? Você está sentindo algo?

A expressão de surpresa que ela ficou fez com que ele pensasse que algo tinha acontecido a ela. E realmente tinha. O seu estômago estava se revirando e ela se sentia ainda tonta, como se tivesse fiado horas dentro da lareira.

Harry ainda usava a aliança.

-Gina...?

De repente ela sentiu uma necessidade intensa de ver, de enxergar, precisava ver se o que estava no dedo de Harry era a aliança de noivado dos dois. Eles haviam terminado há algum tempo, e ela o havia julgado de milhões de formas, mas sentir aquele objeto metálico fazia seu coração bater descompassado e sua respiração ficar irregular.

-Gina, pelo amor de Merlim, fala comigo!

-Eu... Estou bem.

-Tem certeza disso?

-Absoluta.

-Não vá esconder nada outra vez, isso já deu problema o suficiente.

Ela estava tão alterada que nem ficou brava de ouvi-lo falar daquele jeito. Ajeitou-se e deu um sorriso forçado.

-Estou bem, deixe de ser chato, vamos logo que eu devo estar atrasada.

Ele levantou uma sobrancelha, mas não falou nada. Acompanhou Gina até a sala do medibruxo que cuidava da situação dela. Passou boa parte do tempo lendo revistas e nunca se sentiu tão bem informado, e com um conhecimento tão relevante. Era inimaginável que Sue Shie largara o lindo e maravilhoso vocalista dos The Bearded em pleno altar, e Harry ficou ainda mais chocado quando viu que Liz Thompson não iria mais ensinar a milagrosa formula da juventude que fazia mulheres de 80 parecerem que tinham 15 anos. Eram coisas muito mais interessantes que uma guerra, e ele ficou pasmo para como nunca dera atenção suficiente para notícias tão importantes.

-Sr. Potter?

Harry levantou a cabeça e lá estava o dr. W. Arms sorrindo para ele.

-Creio que você quer ver a Sra. Weasley, não?

-Ah claro.

-Ela está na enfermaria do segundo andar.

-Enfermaria?

-Bom, digamos que nós pedimos autorização para testar nela uma nova poção, e ela aceitou, mas ela poderá lhe explicar melhor.

Harry nem insistiu, saiu correndo para a enfermaria, e seu coração disparou quando a viu deitada na cama, extremamente pálida e com um ar exausto, além de estar parecendo bem mais fraca e ter os olhos vendados por gazes.

Ele se aproximou com cuidado, se ela estivesse dormindo não queria acordá-la.

-Harry?

-Ah, você está acordada...

-Claro que estou.

Ele se sentou na cama dela e a olhou de perto, ela realmente estava mais pálida que o normal.

-O dr. Arms me disse que você deixou que testassem uma poção...

-Foi por isso que demorou tanto, fiquei umas quatro horas em observação, para caso algo desse errado.

-Então deu certo?

-Não sei, ainda não vi o resultado.

-E qual deveria ser o resultado?

Ela sentou-se direito na cama e o segurou pelos ombros, ajeitando-o numa posição na qual ele ficava totalmente de frente para ela. Então Gina tirou as vendas dos seus olhos, mas não os abriu imediatamente, respirou fundo algumas vezes tentando tomar coragem. Harry ao perceber qual era o resultado esperado também teve que respirar fundo para conter a ansiedade que estava começando a sentir.

-Abra os olhos, Gina.

Ele viu aquela íris castanha que tanto conhecia, mas agora lhe parecia diferente do que a ultima vez que tinha a visto, bem cedo, antes do almoço. Os olhos dela estavam um tanto quanto iluminados, mas ele não podia ter certeza de nada, pois eles ainda estavam tão estático quanto antes, olhando fixamente para frente, para os olhos dele.

-Você consegue...?

-Quanto a mim eu não tenho certeza, mas como você consegue enxergar sem os seus óculos?

Ele a abraçou forte, visivelmente emocionado por ela ter recuperado a visão.

-Calma aí, mocinho, não estou enxergando 100%, só vejo os traços, nada muito distinto.

-Mas é um avanço!

-Claro que é!

Os dois ficaram sorrindo um para o outro, sem encontrar nada para falar, nada que pudesse representar o que estavam sentindo. Ela não via muita coisa nele, mas tudo o que enxergava era o que mais desejava ver, os olhos verdes dele.

-Não sabia que você tinha tirado os óculos.

-Substitui por lente, não podia correr o risco de ficar sem enxergar no meio de uma luta.

Ela riu, de repente a guerra parecia algo tão besta, como alguém poderia pensar em dominar o mundo quando ela estava ali, voltando a enxergar e ao lado de Harry? Ele riu também, sem saber do que ela ria, mas aquele era um bom momento para se rir de qualquer coisa.

Ela estava tão radiante que não tinha se dado conta da proximidade dos dois, mas ele tinha notado. O que era somente felicidade por vê-la assim de repente também se misturava a uma intensa vontade de a ter perto dele. A respiração dele que antes já estava ofegante pela euforia agora se acentuava pela ansiedade do que desejava fazer, algo que ela só percebeu quando ele segurou o rosto dela.

Ela não esperou nada dessa vez, colou seus lábios nos dele, coisa que há muito queria fazer, e ele retribuiu sem medo algum de que alguém entrasse ali. Ela fechou seus olhos com força, esquecendo-se completamente que ainda há pouco tudo o que mais queria era abri-los e correu a mão pelo cabelo rebelde dele. Harry por sua vez passou seu braço pela cintura dela e a puxou mais perto de si.

Ele puxou a fina coberta que estava sobre ela e jogou-a no chão. Ela ajeitou-se na cama de modo que em segundos estavam entrelaçados um no outro, suas pernas se encostando, seus hálitos se confundindo e se esquecendo totalmente que estavam numa enfermaria de hospital.

Então a porta se abriu e se fechou quase no mesmo momento, com um estrondo forte. Os dois ficaram alerta e se recompuseram. Gina olhou para ele e riu.

-Alguma enfermeira deve ter entrado.

-Bom, e nós estamos de saída, eu vou lá pra fora e te espero pra gente ir embora.

Ela sorriu e ajeitou o cabelo, esperou até ele sair da enfermaria para se levantar e se trocar.

Ele nem ligou quando uma enfermeira aparentando uns quase 60 anos passou por ele e lhe fez uma careta, e nem se importou que estava morrendo de fome. Tudo o que importava nesse momento era Gina, e ele sorriu quando a viu sair do quarto, mas seu sorriso se enfraqueceu quando viu os olhos novamente mortos.

-Gina...?

-Ora, não fique assim. O efeito não dura o tempo todo, depois volta. Aos poucos vai normalizar.

Ele sorriu, o tom dela era convincente e animador.

-Então vamos voltar para casa logo, que eu estou morto de fome.

Ela riu ao imaginar a cara que ele faria quando visse o que tinham preparado o dia todo para ele.

-Vamos sim, eu também estou doida pra chegar no Largo Grimmauld.

Ele a segurou pela cintura dessa vez, o que foi a sorte dela, pois como estava mais fraca que pela manhã, poderia facilmente ter se desequilibrado e caído.

Ela daria tudo para ter visto a cara dele quando saíram pela lareira e a casa toda estava enfeitada com balões e as pessoas estavam com chapeuzinhos de festa.

-O quê...?

Ele olhou para Gina, que olhava fixamente para frente, mas tinha o sorriso direcionado para ele.

-Parabéns, Harry.

Ele abaixou a cabeça sem saber o dizer, então somente segurou a mão dela bem forte e quando fez isso o coração dela disparou mais uma vez. Realmente havia uma anel ali.

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