Tantos Sonhos e Lembranças

Tantos Sonhos e Lembranças



Draco e Ginny não mencionaram o que tinha acontecido no outro dia, no quarto da casa de Robert Hotz. Ao invés disso, concentraram-se em ensiná-la magia. O loiro achava que ela estava progredindo com uma velocidade incrível, e ela também conseguia se lembrar de várias coisas.

Lembrou-se do rosto de seu irmão Ron, e de como suas orelhas ficavam vermelhas quando ele sentia raiva ou vergonha. Lembrou-se também de algumas amigas de Hogwarts, e quase chorou de alegria quando sonhou, na primeira noite no trem, com os pais.

Neville e Lizbeth haviam, finalmente, partido para as vias de fato, e Draco e Ginny achavam os dois insuportavelmente melosos. Não se desgrudavam nunca, ou quase nunca. Quando Lizbeth queria conversar sozinha com a amiga, invariavelmente Neville ia perguntar a Draco como é que Ginny estava indo.

- Já disse, ela está fazendo grandes progressos. Não com sua ajuda, obviamente. Sonhou com os pais, lembrou-se de algumas amigas e do irmão.

- Qual?

- O pior de todos.

- Ah, Ron. - Neville fez uma pausa. - Vocês dois estão juntos?

- Não.

Não era mentira, eles não estavam juntos. Nem se tocavam, para falar a verdade. Draco achava melhor assim. Não sabia onde estava com a cabeça, imagine! Ele, Draco Malfoy, beijando uma Weasley! Ele estava apenas a ensinando magia para poder colocar as mãos nos duzentos mil galeões. Era só isso.

- Você podia me ajudar de vez em quando, sabia?

- Você mesmo disse que ela está indo bem.

- Eu sei disso.

- O que foi, Draco? Não quer ficar sozinho com ela?

- Cale a boca, Longbottom idiota.

- Escute, ela perguntou mais alguma coisa da guerra? - o moreno perguntou, ignorando a ultima frase do amigo.

- Não. Ainda bem. Mas quando ela se lembrar de mais coisas, vai perguntar com certeza.

- Do que você está falando?

O loiro suspirou.

- Tem algo que preciso te contar.



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Ela se debatia sob o braço apertado da garotona da Sonserina, sem sucesso. Seu irmão Ron estava no chão, a boca sangrando, também tentando se livrar de Warrington.

Ginny não acreditou quando Neville conseguiu se desvencilhar de Crabbe e, puxando a varinha, executou uma Azaração de Impedimento na garota que segurava a ruiva.

Ginny também se soltou e puxou a varinha. Malfoy já estava com a sua erguida, mas ela foi mais rápida. Lançou-lhe uma Azaração para Rebater Bicho-papão, e no rosto do garoto surgiram coisas enormes e esvoaçantes. Neville já tinha libertado Luna e Ron, e com mais uns dois Feitiços Estuporantes e outro para desarmar, se livraram de todos os sonserinos.

Saíram correndo da sala, Ron na frente. Encontraram Harry e Hermione na Floresta Proibida, e devolveram suas varinhas.



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Quando Ginny acordou, no dia seguinte, ela não contou imediatamente a Draco o sonho que tivera. Pediu ao loiro que chamasse Neville e Lizbeth, e só então contou o sonho.

- Eu me lembro disso. - disse Neville. - Foi a primeira vez que fui corajoso, acho. Aquela noite mudou a minha vida. Você estava no quarto ano, e eu, no quinto.

Neville contou sobre a ida ao Departamento de Mistérios, a luta com Comensais e o desfecho, a luta de Dumbledore contra Voldemort.

- Até aquela noite, o Ministro da Magia não acreditava que Voldemort tinha realmente voltado. Depois disso, a segunda guerra contra Voldemort começou, até Harry derrotá-lo dois anos depois. Naquela noite, ficamos frente a frente com o mal pela primeira vez. Você já tinha visto Voldemort, quando foi possuída. Mas nunca tinha lutado.

- E por que Draco estava nos impedindo?

- Por que esse era o trabalho dele. Tentar fazer das nossas vidas um inferno.

Draco olhou para o moreno, mas não disse nada. Neville nunca tinha dito, na cara dele, o quanto o odiava durante os tempos de escola. Ele tinha uma noção, mas ouvir da boca do amigo era outra coisa.

- E depois daquele dia, eu fiquei pior, não fiquei? - perguntou o loiro.

- Ficou. Porque seu pai foi preso por nossa causa.

- Você não disse que seu pai foi preso no final da guerra? - perguntou Lizbeth.

- Ele escapou da prisão pouco depois, e então no final da guerra foi preso de novo.

Ela olhou para os três e achou melhor deixá-los sozinhos. Talvez se sentissem melhor falando de bruxaria na frente de apenas bruxos, e Draco parecia confiar em Ginny. Lizbeth se levantou dizendo que ia buscar algo para eles comerem, e saiu da cabine.

- Você nunca me disse o quanto me odiava. - disse Draco, olhando para Neville.

- Você não achava que eu gostava de você, achava?

- Não. Eu simplesmente nunca ouvi você falando sobre isso.

- Sabe, Draco, você me disse que não queria que ninguém sentisse dó de você, mas está na hora de você parar de sentir dó de si mesmo. - interrompeu Ginny.

Os dois olharam para ela imediatamente; Neville com as sobrancelhas levantadas, e Draco com um pouco de fúria.

- Eu não sinto dó de mim mesmo!

- Sente, sim! Por isso não gosta de falar sobre sua vida passada! O que passou, passou! Esqueça o passado! Eu não me lembro agora, mas você deve ter me infernizado, e eu não estou aqui te julgando, e nem Neville! Muito pelo contrário! Ele tem sido seu amigo por anos e nunca esperou que você pedisse desculpas ou qualquer coisa. Ele está aqui para você, vai te ouvir, mas você não vê, porque está apenas ocupado odiando a si mesmo. Esqueça o que passou, Draco. Você não é mais aquela pessoa!

Com esse pequeno discurso, ela saiu da cabine batendo os pés, dizendo qualquer coisa sobre procurar Lizbeth.

Draco e Neville não disseram nada por uns momentos, pensando.

- Acho que ela recuperou aquele maldito gênio dos Weasley. - disse o loiro, com raiva.

- Ela está certa e você sabe disso.

Draco o encarou.

- Você se odeia. Você se acha covarde. E você provavelmente nunca se deu conta que, apesar de tudo, eu sou seu amigo. Você me contou sobre sua participação na guerra apenas ontem, e eu sou seu amigo, seu único amigo, há dez anos. Mas eu não te julguei, sei que foi difícil. Não esperei mais, não te pressionei. E você sempre ocupado com você mesmo.

Eles ficaram em silêncio pelo que pareceu uma eternidade, até que Draco falou:

- Eu sempre tive medo do meu pai.

Neville o olhou. Não estava esperando que o loiro pedisse desculpas, sabia que ele nunca faria isso. Mas entendeu a mensagem do amigo.

- Por isso sempre fiz o que ele queria. Ele nunca me bateu, mas quando eu era pequeno, só de olhar para ele, eu me sentia ameaçado. Ele tinha um olhar assustador, e nunca perdia o controle quando estava bravo comigo. Falava numa voz baixa que me arrepiava. E eu sabia que a melhor defesa era me tornar como ele. Eu ameacei o Potter quando meu pai foi preso pela primeira vez, porque eu estava tão perdido. Mas depois daquilo tudo, os ataques a trouxas e sangue-ruins, as torturas... Eu não agüentei. Por isso me achei covarde.

- Não era covardia. Você, no fundo, não era como eles, não conseguiu ser. Apenas isso.

- Por isso me odiei. Por não ser como eles, por não querer ver inocentes morrendo, sendo torturados. Achava que eu era fraco.

- A sua participação, no final da guerra, provou que você não era fraco. Você fez uma coisa nobre. Sua vida recomeçou naquele dia. Como a Ginny disse, esqueça o resto. Concentre-se no agora.

Draco deu um meio-sorriso ao moreno, e Neville sabia que ele estava agradecendo.



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Durante os dois dias seguintes, Ginny não teve mais sonhos. Ela e Draco não conversaram sobre a discussão anterior, e continuaram a treinar magia sem falar muito. Ela estava se sentindo um pouco desconfortável perto do loiro. Queria beijá-lo, mas depois de todos os sonhos, sabendo-o que o odiava tanto na sua época de escola, não sabia como fazer com que aquilo fosse para frente.

Ela não era idiota de achar que sua família iria aceitar qualquer tipo de relacionamento entre os dois. Já tinha ouvido historias suficientes para entender que, para os Weasley, era totalmente pecaminoso envolver-se com um Malfoy.

Ele também não insistira, e Ginny achava que ele estava lutando suas próprias batalhas. Neville tinha lhe confidenciado que Draco estava mudado desde que tinham começado a viagem. Ela esperava que fosse por causa dela, mas ele estava sendo tão arrogante nos últimos dias que ela não mantinha muitas esperanças.

No sexto dia da viagem, eles fizeram uma parada em uma cidade pequena, durante uma hora. Não haviam muitas paradas durante a viagem, o que fazia muitos dos passageiros se sentirem enclausurados ali.

Os quarto saíram do trem quase que correndo, loucos para um pouco de ar fresco. Almoçaram numa casa de lanches ao lado da estação ferroviária, o lugar mais barato que encontraram.

- É bom não comer comido do trem pra variar. Mesmo que sejam apenas sanduíches. - disse Neville.

- Concordo. - disse Ginny. - Eles bem que podiam ter aqueles pastelões de carne, como em Hogwarts.

As três cabeças viraram para ela imediatamente, e só então ela percebeu o que tinha dito.

- Vocês nunca tinham mencionado a comida de Hogwarts. - ela constatou.

- Não. - disse Draco.

A ruiva sorriu.

- Além dos pastelões, eles tinham aquele suco de abóbora delicioso. Não tinham?

- Tinham.

- Céus, isso é tão estranho, vocês não fazem idéia. Sabe, ficar lembrando essas coisas. Quer dizer, eu tinha sonhos incoerentes antes de conhecer vocês dois, mas como não sabia o que significavam, acaba esquecendo. Agora, eles vêm com mais força e com mais freqüência, e é mais estranho ainda isso de ficar lembrando as coisas do nada.

- Você vai se acostumar. Com amnésia, é assim mesmo. Você provavelmente vai ficar se lembrando de coisas pro resto da vida. - disse Lizbeth.

- Eu queria poder lembrar de tudo de uma vez.

- É praticamente impossível. Você não se lembra de como perdeu a memória, e só um impacto tão grande quanto aquele poderia trazer sua memória de volta. Isso, claro, está relacionado à magia. Com remédios e tudo mais. Nos trouxas isso nunca acontece.

- Como é que você sabe de tudo isso?

- Minha irmã é bruxa, esqueceu? Ela tinha um livro sobre medi-bruxaria em casa, eu o li todinho.

- Mas se sua amnésia foi causada por um feitiço, como o Obliviate, não tem jeito de você recuperar toda a sua memória de uma vez. - disse Neville.

O moreno deu um olhar de esguelha para Draco, que não disse nada. O loiro terminou de comer sem dizer nem uma palavra, e quando todos já estavam satisfeitos, ele disse:

- É melhor nós voltarmos para o trem, senão vamos perdê-lo.

As duas mulheres foram na frente, e Neville ficou para trás com o amigo.

- Você lançou um Obliviate nela? - perguntou o moreno.

- Claro que não. - respondeu Draco, irritado.



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O dia seguinte foi um tanto estranho. Ginny acordou de madrugada, rindo de se acabar. Draco inevitavelmente acordou também, e ela conseguiu pedir, entre risadas, para o loiro chamar Neville.

O moreno chegou logo depois, parecendo um tanto surpreso com o ataque de Ginny. Depois de se recuperar, ela pediu que Draco esperasse do lado de fora, por favor, enquanto ela conversava com Neville. Ele foi, a muito contragosto.

- O que foi? Mais um sonho?

- Sim! Nós estávamos em alguma casa, eu e você, almoçando junto com uma senhora. De repente, apareceram dois garotos um pouco mais velhos que nós, e eu soube que eram meus irmãos Fred e Jorge. Eles começaram a fazer piadinhas, e a senhora ficou muito brava. Então pediram desculpas, e nós fomos para fora da casa. Eles começaram a gritar com você sobre estar namorando comigo, que você tinha eu cuidar de mim direitinho, porque eu era o bebezinho deles. E você foi ficando branco, recuando...

Ela começou a rir de novo, tentando gesticular para terminar a história. Neville sorriu.

- É, eu também me lembro. Nós dois tínhamos acabado de começar a namorar, estávamos nas férias de Natal e você tinha ido conhecer minha avó. Seus irmãos apareceram para brigar comigo, por estar namorando você.

- Você estava apavorado!

- Bem, seus irmãos não eram exatamente pequenos!

- Desculpe por rir assim, mas sua cara estava realmente muito engraçada.

Ele riu, e ela olhou para ele nervosamente.

- O que foi? - Neville perguntou.

- Nev... você poderia me beijar?

- Como? - ele engasgou.

- Para ver se eu me lembro de mais alguma coisa. Eu não estou tentando tirar você de Lizbeth. - ela sorriu. - Ninguém precisa saber. Só para me ajudar na memória.

- Está bem. Mas fica entre nós.

Ele se aproximou dela e a beijou. Se separaram segundos depois, e ela o olhou de maneira estranha.

- Nós começamos a namorar na sala de Astronomia! - Ginny exclamou, sorrindo.

- Sim. Você se lembrou?

- Espere... imagens um pouco desconexas vêm à minha cabeça.

- Vou botá-la pra dormir, talvez sonhe com elas.

Neville puxou a varinha e murmurou um feitiço. Ela deitou-se na cama e dormiu imediatamente.



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Ela chegou na sala de Astronomia curiosa; o bilhete que recebera de Neville, pedindo que a encontrasse ali, não entregava nada, e o garoto parecia muito empolgado.

Ele chegou pouco depois dela, e sorriu.

- O que você queria falar comigo, Nev?

O moreno não respondeu. Aproximou-se dela e deu-lhe um beijo rápido. Ela se assustou, ele se afastou.

- Desculpe.

- Nev, o que...

- Você quer ir comigo para Hogsmeade no próximo fim de semana?

- Sim, eu quero. - ela sorriu, e o beijou novamente.

A cena escureceu, e o sonho mudou.

Ela estava agora na sala comunal da Grifinória. Estava sozinha, sentada em uma das confortáveis cadeiras perto da lareira. Ouviu um barulho no lugar onde ficava o retrato da mulher gorda, e virou-se para olhar o que era.

Harry, Ron e Hermione entraram, meio correndo. Harry parou a vê-la sentada ali e se aproximou.

- Oi, Gin.

- Oi, Harry. O que aconteceu?

- Ah, nada de mais. Ron e Hermione brigaram de novo, Hermione saiu correndo, Ron atrás dela, eu atrás dos dois.

Comprovando o que Harry disse, os dois começaram a ouvir Ron e Hermione gritando num canto da sala comunal, perto das escadas que levavam ao dormitório feminino. Ginny e Harry pararam pra assistir, muito divertidos.

Ron e Hermione gritaram mais um pouco um com outro, até que ele finalmente se encheu; agarrou a amiga e deu-lhe um beijo tão cinematográfico que Harry e Ginny tiveram que desviar o olhar.

Ela não viu quando que o irmão e Hermione pararam de se beijar. Harry olhou para ela e os dois caíram na gargalhada.

- É melhor nós sairmos daqui. - ele disse.

Ela consentiu, e os dois saíram de fininho, ainda rindo. Logo fora do retrato da mulher gorda, eles se encararam.

- Escute, Ginny, eu sei que você gostava de mim há muito tempo atrás, mas será que... eu poderia ter alguma chance?

- Como?

- Eu gosto de você. E eu realmente acho que nós poderíamos dar certo.

Ela hesitou.

- Ah... está bem... Nós podemos tentar...

Ele sorriu.

O sonho mudou novamente.

Ela tinha acabado de sair do salão principal. Era dia de baile, e Harry tinha sido chamado à sala de Dumbledore, provavelmente para discutir algo sobre Voldemort. Ela não queria ficar no baile sem o namorado, então decidira voltar à sala comunal e esperá-lo lá.

Ouviu passos e virou-se para trás. Viu a ultima pessoa que queria encontrar. Draco Malfoy. Ele estava ali, acompanhado de uma garota da Sonserina. A um sinal dele, a menina desapareceu por um dos corredores, e ele se aproximou de Ginny.

- Acho que o Potter não vai gostar de saber que a namoradinha dele fica vagando pelos corredores sozinha, à noite.

- O que você tem a ver com isso, Malfoy? - ela perguntou, cansada.

Ele se aproximou, com um sorriso malicioso no rosto.

- Cuidado, Weasley. Pode acabar encontrando alguma coisa perigosa por aí.

- Como o quê? Você? Você é um covarde, Malfoy, não teria coragem de fazer nada comigo.

- Você realmente acha isso, Weasley?

Ele estava perigosamente perto dela agora, e Ginny sentiu um calafrio. Draco ergueu a mão e tocou-a na face.

- Diga-me, Weasley, o Potter dá conta do recado?

- Não me toque, Malfoy.

- Por quê? Você parece estar gostando tanto!

Draco puxou-a pela nuca e cobriu sua boca com a dele. Ginny resistiu, e ele a segurou com mais firmeza; sua outra mão envolveu sua cintura, e ela a encostou na parede fria.

Traçou uma trilha de beijos na nuca dela, e Ginny finalmente se deixou levar. Levou suas mãos ao cabelo dele, e suas bocas se encontraram de novo. O beijo dele era tão diferente do de Harry! Harry parecia tratá-la como porcelana, sendo delicado, gentil. Levou meses para o namorado beijá-la direito, o que deixou Ginny um tanto impaciente. O beijo de Draco não tinha nada de gentil, nada de delicado. Era urgente, faminto.

Separaram-se ofegantes. Ele deu mais um sorrisinho malicioso e foi embora, deixando-a confusa. "Era isso que ele queria, deixá-la confusa. Largue de besteiras, Ginny", ela pensou. Estava, sim, confusa, mas porque tinha gostado mais daquele poucos minutos beijando Draco do que de todos os beijos de Harry.



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Ela acordou assustada. Neville a olhou.

- Então, sonhou com mais alguma coisa?

- Sim. Chame Draco.

Continua...

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