Capítulo 3.



Capítulo 3 - Da confusão ao namoro






- Oi. - acenou Hermione, animada, carregando sua bolsa marrom.

- Oi. - respondeu Rony e Harry, quase ao mesmo tempo, sem entender a animação da amiga.

- Bom... - ela começou, hesitante - posso falar com você, Harry?!

Harry olhou para Rony, que deu os ombros. Deu a útima garfada na panqueca com mel (comida trouxa), jogou a mochila nas costas e informou à Rony:

- Te vejo na sala da Trelawney.

- Falou. - murmurou o outro, voltando a comer sua panqueca.

Harry acompanhou ela até chegarem no mesmo corredor em que ficava o quadro da cozinha. Alguns alunos olhavam curiosos para tirarem algum proveito da visão, ou alguma fofoca maldosa, sem sucesso. Harry deduziu, impaciente: "Ela vai me conduzir para a cozinha, para falar de F.A.L.E, não vou deixar", ele pensou, "mas como pará-la?".

Hermione parou em frente ao quadro e disse:

- Acho que já sabe sobre o que será a nossa conversa. - ela corou fortemente.

- Hermione, esquece isso! Você já tentou uma vez e não deu certo! - ele disse em disparada, sem pensar nas conseqüências e nas possibilidades de serem outros os temas da conversa.

Ela o olhou com tristeza e surpresa ao mesmo tempo. Seus olhos se encheram de lágrimas tristes e grossas. Harry se sentiu queimar por dentro: "Não era essa a resposta que ela queria", ele pensou, se sentindo um idiota inútil, "acabei falando besteira".

Ela abriu a boca como se fosse falar alguma coisa, mas desistiu. Aquelas palavras eram o bastante, cortaram seu coração, profundamente. E ele ficava a olhando como se fosse a coisa mais normal do mundo dar um fora daqueles. Ela tinha reparado a pouco tempo que o amava, mas errou em achar que ele também fazia o mesmo. Lágrimas rolaram em seu rosto frio e triste. Ela encarou pela última vez aqueles olhos verdes e incertos. Saiu correndo em direção ao banheiro feminino em que anos atrás prepararam uma poção polissuco... o banheiro da Murta.

"O que deu nela?", Harry se perguntou, "vai perder a primeira aula. Mas... ela nunca se chateou desse jeito por Rony, nem por mim ter falado do F.A.L.E. assim! Estranho... vou atrás dela."

Sua sorte era que ela tinha ido ao banheiro da Murta. Olhou para um lado, para outro. Ninguém. Entrou correndo. Deu de cara com a Murta flutuando uns centímetros acima do chão, sua expressão vazia e culpada, cúmplice a todos os acontecimentos terrívei e milagrosos do banheiro. Quando abriu a boca para falar algo, ela o interrompeu rapidamente, a voz melosa e triste:

- No último box.

- Quê? Como você sabe...?

- Como eu sei? Como eu sei? PELO SIMPLES FATO DE VOCÊ SÓ APARECER AQUI ATRÁS DE ALGUÉM OU PARA ALGUMA COISA MAIS IMPORTANTE QUE ME VISITAR!!! - e se desabou em lágrimas, a voz manhosa e melosa, que lhe deu um certo nojo.

Harry se esquecera de como Murta era sensível. Mas não era hora de consolá-la; Hermione estava no último box. Foi até lá e, parando na frente da porta larga e de carvalho, ouviu Hermione chorando. "Não", ele concluiu, "certamente não era sobre o F.A.L.E. que ela queria falar". Tentou abrir a porta, trancada.

- Hermione! - ele chamou, hesitando um pouco - desculpe, eu... acho que errei o assunto.

- SAIA DAQUI!!! - ela gritou em resposta, a voz trêmula - NÃO ME PROCURE NUNCA MAIS! SE VOCÊ ACHA QUE EU SOU UM INSETO PARA SER TRATADA DESSA MANEIRA, ESTÁ ENGANADO!

"Inseto... tratada assim... mas o quê...?! Ahhhhhhhhh, sim!". Harry se sentiu um completo idiota. Era bem óbvio que não falaria do F.A.L.E! Qual o problema em falar na frente do Rony, afinal? E ele a... Céus!

- Hermione - Harry disse um pouco baixo, riu por dentro, não queria fazê-la achar que estava rindo dela quando ria de si próprio - eu achei que você falaria sobre o F.A.L.E! Desculpe, se te chateei, mas a intenção era outra!

Ela abriu a porta lentamente. Seu rosto estava molhado e vermelho, os olhos também, o olhou com tristeza. O abraçou fortemente. Harry não queria que aquele abraço acabasse. Fechou os olhos. Um abraço caloroso e amigável, como quem achou o tesouro de faraó que procuram há séculos. Estavam próximos demais, bem juntinhos. Harry sentiu o cheiro de canela do cabelo dela. Foram se desgrudando aos poucos.

- Então... - ela começou, tropeçando nas palavras - eu... fui boba e...

- Boba? Bobo fui eu que nem esperei você terminar!

- Esquece! Eu tenho que te falar uma coisa...

- Fala. - ele deu firmeza.

- Eu acho que... - ela iria demorar para finalmente falar. Harry interrompeu.

- Eu também. - ele concluiu de olhos fechados.

Sentiu o roçar do lábio doce de Hermione nos seus. Não abriu os olhos. Não os abriria nunca. Queria ficar ali para sempre. Só pararam quando ouviram o grito de susto de Murta. Ela tinha acabado de sair do box que estava escondida. Deu um riso nervoso e concluiu, animada:

- Ahhhhhhhhh! Finalmente!!!

Harry e Hermione riram. Harry sentiu um solavanco no estômago, mas mesmo assim pediu, não poderia perdê-la depois de ter finalmente conseguido-a.

- Você... quer namorar comigo?

- E a gente já não está namorando? - Hemrione riu.

Harry riu também, da própria vulnerabilidade.

- Bom; perdemos a aula da Transfiguração, Rony deve estar fula da vida. - concluiu, ainda abraçado a ela, fitando-a nos olhos.

Murta deveria estar em algum lugar bem longe, pois não a viram mais.

- Não me importo. - sussurrou Hermione, aproximando seu rosto ao dele - depois do que eu passei, perderia todas as aulas para isso se repetir.

Harry sorriu e a beijou novamenete. Mais eternamente, para selar o namoro. Murta fazia caretas enquanto se beijavam.




N/A: Bom, acho que ainda vai ter alguns caps. antes de Me conceda esta dança, eles acabaram de começar a namorar, e ainda muita coisa acontece.

edit¹: mais uma atuu.. bjinhuxx =*** (05/11/2005)

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