Conexões Perigosas



Se fora realmente uma visão que teve, Harry não sabia ao certo mas as sensações eram reais demais para ser apenas uma manipulação de Voldemort. Levou a mão a testa mais uma vez enquanto fazia o caminho para a Ala hospitalar, tentando amenizar o formigamento e sentiu-a arder.  Rony fez sinal para que se sentasse em uma das várias camas e correu chamar Madame Pomfrey. Essa por sua vez correu em direção a ele o mais rápido que conseguiu com Ron em seu encalso.


— Como se sente Sr. Potter? – ouviu a voz de Madame Ponfrey aos pés de sua cama.


— Com um pouco de dor de cabeça... – disse ele tentando parecer o menos doloroso possível - ... mas me sinto bem.


— Ótimo... – disse a curandeira com um sorriso - ... não tenho muita prática com cicatrizes de feitiços malignos, mas creio deixe me ver como está... – Harry foi então forçado a deitar-se para que ela pudesse examinar. Viu que ela tirou uma enorme lupa de dentro de uma pequena bolsa que estava numa mesa e entre um “Hummm” e “ahammm” viu então ela guardar a lupa, pegar um outro vidrinho azul o qual embebedou um algodão. Era um líquido espeço e mal cheiroso, e começou a passar sobre sua cicatriz  enquanto voltava a falar. – ainda bem que consegui fechá-la novamente. Se você consegue andar e se sentir melhor, acho bom voltar a sua torre.


Harry assentiu com a cabeça  e levou a mão a testa e notou um enorme curativo, bem, ainda não estava convencido de que aquela visão que ocasionara na abertura da sua cicatriz era real, mas tinha certeza de que Voldemort havia finalmente conseguido prender Dumbledore.  Saltou da cama e só então notou que estava sem camisa. Encarou a enfermeira sentindo o rosto pegar fogo.


— Er... me desculpe Madame... – começou a dizer mas ela apenas sorriu e meneou a cabeça.


— Não se preocupe Potter, quer que lhe empreste algo para vestir até você chegar a sua torre?


Ele assentiu e ela foi até o cômodo ao lado e logo retornou trazendo uma espécie de pijama. Estava vestindo a camisa quando Rony entrou na enfermaria.


— Se sente melhor? – perguntou ele enquanto Harry apenas meneou a cabeça concordando.


— Onde raios você foi?


— Pensei em ir falar com as meninas, mas a Gina me entregou o recado da Hermione... vamos para a sala precisa, as meninas surrupiaram algumas guloseimas e levaram para lá. Acho que Hermione descobriu alguma coisa.


Quando finalmente chegaram a sala precisa, Hermione estava diante de uma penseira. Harry até ficou bem curioso querendo saber de onde ela tinha tirado uma mas ela só deu de ombros.


— Eu queria algo que pudesse me ajudar a ver algumas lembranças... bem, fico feliz que ela me deu essa penseira... – então olhou para ele e para o curativo no meio da testa - ... está melhor?


— Sim – disse ele meneando a cabeça, embora não quisesse preocupá-los com o que tinha visto, tinha exatamente certeza de que eles já desconfiavam. – Apenas uma leve dor de cabeça...


Rony então jogou-se no sofá, enquanto Hermione preparava a penseira.


— Aliás você nunca me contou como conseguiu essa lembrança... – perguntou Rony coçando a cabeça – e porque temos de ver?


— Sarah... – disse ele sentando-se ao lado do amigo – Foi ela quem conseguiu a lembrança para mim.


Sarah então praticamente escancarou a porta, respirava rápido e chegou praticamente voando para cima de Harry e Rony.


— Como vocês puderam fazer isso comigo??? – ralhou ela dando uns tapas nos dois. – Sabem como é que eu fiquei quando a Gina me disse que você tinha ido parar na Ala Hospitalar???


Harry e Rony abriram a boca para falar mas ela não deixou.


— Ron seu pó de Doritos! Como você leva meu namorado passando mal e não avisa?


E lá se foram mais dois tapas nos braços do ruivo. Harry então ficou entre ela e ele, e ainda ganhou mais dois tapas no ombro. Não pode dizer que doíam pois Sarah não estava usando toda a força que ele sabia que ela tinha.


— Foi meio que de repente... – disse ele e então ela respirou fundo levando a mão a cabeça, Harry pode notar que suas mãos tremiam, e ela estava nitidamente nervosa. Então ela virou-se para Hermione.


— Hermione, você conhece algum livro aqui que fale sobre cicatrizes mágicas?


Harry a encarou se perguntando o que ela queria dizer com isso. Percebendo isso Sarah o encarou.


— Harry... a sua cicatriz não é comum, ouvi certa vez minha tia falando que foi feita por Voldemort, então se ela foi reaberta é por que houve alguma coisa. E se não foi em você... estou começando a achar que foi com ele.


— Está querendo dizer que acha que ele morreu? – perguntou Ron e Hermione logo se prontificou a repreendê-lo.


— Até parece Ron... – disse ela e então foi até Sarah - ... Sarah está certa, deve ter acontecido algo para que ela fosse reaberta. Harry você precisa conversar com a professora Minerva. Até porque... acho que Madame Ponfrey já pode muito bem ter falado com ela.


O garoto não gostou muito do que Hermione dissera mas confessava que também estava preocupado. Mas contar o motivo pelo qual levou sua cicatriz a abrir novamente... bem, isso já era outra história.


— Harry... – ouviu Sarah ir até ele novamente - ... isso já fugiu do nosso controle, já é hora de pedirmos ajuda a alguém.


Odiava ter de admitir mas se realmente Dumbledore estava com problemas, bem... não podia fazer muito se não ajudá-lo. Concordou com a cabeça e então sentiu Sarah o abraçando. A sensação de se sentir amado era tão grande que queria ficar assim para sempre.


— Er... Harry? – ouviu a voz de sua namorada e então se afastou – Quem foi que te deu essa camisa?


— Madame Pomfrey... – respondeu ele não entendendo a princípio, só então sentiu um cheiro de remédio horrendo - ... acho ... bem... vou trocar essa camisa...


Quando começou a desabotoar, olhou sobre uma cômoda a esquerda de onde estavam, lá estava uma camisa exatamente igual a que tinha em seu quarto. Mais que depressa arrancou a embalagem da camisa e a vestiu, sabia que precisaria de um banho para tirar aquele cheiro ruim mas por enquanto, era melhor do que aquela roupa. Ouviu então Sarah se desculpando com Ron que foi até muito sensível e disse que não havia problemas. Hermione por sua vez largou o que estava fazendo e agora estava sentada com Sarah e Ron em volta de uma pequena mesa. Harry então se sentou ao lado de Sarah e segurou sua mão. Entendia a sua preocupação, e agora realmente ele estava preocupado. Fez-se um silêncio por alguns minutos e então ele respirou fundo, sabia que todos ali entendiam seus medos, e também sabia que precisavam de ajuda foi então que olhou de um a um naquele lugar, não eram só pessoas, e sim bruxos que se preocupavam com ele, que morreriam por ele se precisasse, não era justo colocá-los em perigo.


— Ok... – disse ele por fim - ... vou procurar a professora McGonagall... – respirou fundo ao dizer isso. Se fosse por ele, bem, ele mesmo pegaria um testralio e sairia a cada de Dumbledore, mas estava fora de seu alcance, e também longe de saberem o que realmente estava acontecendo fora do castelo. Se o que ele vira naquele sonho pudesse ajudar, bem, seria já um grande passo.


Momentos depois lá estava ele, sentado na grande sala da sua diretora agora. O sofá meio puído em tons de vinho e dourado envelhecido mostravam que muitos e muitos diretores já haviam passado por aquela sala, e com certeza muitos ainda iriam passar. Por incrível que possa parecer, sua cicatriz não mais lhe incomodava. Não sabia dizer ao certo se a poção de Madame Pomfrey fora tão eficiente ou cicatrizes mágicas se fechavam tão rápido como se abriam.


— Deixe-me ver se entendi... – ouvia a professora Minerva agora sentada na sua cadeira por traz da mesa de carvalho, enquanto Harry e Sarah estavam sentados a sua frente. Viu o corpo magro da sua professora então se levantar e dar a volta ficando diante dos dois. Podia-se ver em seus olhos uma preocupação, ele então contou tudo detalhadamente para sua professora, desde o sonho que tivera até a parte em que fora parar na Ala Hospitalar. - ... Sr. Potter, o Sr. Tem a mais absoluta certeza de que era o professor Dumbledore?


— Sim diretora... – afirmou o garoto - ... não só o vi como o ódio da pessoa que estava lhe azarando também. Digo... – ele então olhou para Sarah que pegou em sua mão, não poderia omitir que ele mesmo foi quem executou o feitiço - ... era como se eu fosse essa pessoa...


Sua professora então se apoiou a mesa por alguns minutos, Sarah então se levantou para ver se ela precisava de auxílio, mas ela apenas meneou a mão dizendo que não era necessário. Respirou por alguns instantes e então foi até uma porta nos fundos da sala e desapareceu por ela.


— Será que ela está bem? – perguntou por fim o garoto mas quando Sarah foi lhe responder, novamente a professora apareceu. Segundos depois, ouviu-se uma batida na porta e então Snape entrou na sala. Diferente das outras vezes, Harry não sentira sua cicatriz pinicar, ou arder... ou nenhum outro desconforto.


— Que bom que está aqui Severo... – disse Minerva com um tom de urgência na voz – o jovem Potter aqui teve um pesadelo com Alvo, e momentos depois, sua cicatriz reabriu...


O garoto pode ver nos olhos do seu professor uma preocupação que jamais havia visto na vida. Ele se aproximou de Harry sem rodeios e tirou o exagerado curativo que estava sob sua testa. Examinou sua cicatriz e então se voltou para falar com sua professora. Harry e Sarah não conseguiam ouvir.


— Professora Minerva... – Harry agora pode ouvir Sarah - ... sei que... tem coisas que não podemos saber... mas...


— ... Em meu sonho, eu mesmo lançava um Cruccio no professor Dumbledore, sei que era Voldemort...  – Harry viu Snape recuar mas Minerva continuava firme - ... já sei sobre nossa ligação... ele também percebeu isso...


— Sim Harry... talvez seja por isso que ele tenha tomado medidas extremas a esse respeito – ouviu sua professora dizer e então a encarou.


— A senhora quer dizer... – começou ele a dizer mas foi Snape quem terminou a frase.


— Que ele deve ter encontrado uma maneira de bloquear essa ligação... ou como eu deduzo, deva ter desfeito. E acredite Potter, não deve ter sido algo muito bom.


A maneira com que Snape falara fora absolutamente algo que mexeu com o garoto. Não via mais o desprezo nos olhos do seu professor que a tanto tempo odiara e fazia de tudo para que tivesse problemas. Harry trocara olhares com Sarah e esta apenas tocou-lhe a mão, também entendera que seja lá o que Voldemort tivesse feito, era algo muito sério.


— E como se consegue desfazer uma ligação mágica? – Harry ouviu Sarah perguntar e então Minerva olhou para Snape e este correspondeu o olhar para a diretora. Harry tinha certeza de que mesmo que eles soubessem não lhe diriam. No entanto, Minerva apenas sorriu docemente para a sobrinha e então encarou o garoto.


— Não devemos considerar o que o Lord das Trevas fez ou deixou de fazer, apenas saibam, principalmente o senhor... – e então encarou Harry que por alguns instantes afundou em sua poltrona - ... senhor Potter, que se sentir, pressentir, sonhar ou que Merlim nos ajude, souber qualquer coisa relevante ao Lord das trevas, venha até mim ou ao Professor Snape.


— Creio que posso apenas dizer-lhes... – começou professor Snape e Harry então decidiu encará-lo – com sua permissão diretora McGonagall... que todos sabemos o quanto essa ligação entre o Sr. Potter e o Lord das trevas foi poderosa. Algo nesse nível, uma ligação mágica não pode ser desfeita por qualquer um.


— Uma ligação mágica não pode ser desfeita tão facilmente... – disse Sarah por fim - ... se é tão complexa e rara...


Harry então notou ela se calar e olhar fixamente para a tia. Minerva então encarou seu professor de Poções.


— Bom, espero que caso tenha mais algum sintoma... – agora Snape encarava Harry - ... Sr. Potter, por favor nos informe. Precisaremos tomar algumas medidas para que Você-Sabe-quem, não tenha acesso a informações que possivelmente nos entregue. Com sua licença Sra. Diretora...


Num girar de Capa, Snape saiu da sala. Harry queria poder dizer que talvez a sua relação com Severo Snape talvez melhorasse, mas tinha lá suas dúvidas. Dumbledore confiava cegamente nele mas também confiara em Grindewald pelo que sabia, e todos sabiam onde o velho Grindewald tinha ido parar.


O calor da lareira era até muito aconchegante, Harry estava estirado no sofá enquanto Sarah e Hermione haviam saído. Ron estava entretido em um livro, algo sobre carreiras que Hermione havia insistido que ele lesse até o fim. Sabiam que queriam ser auror, tanto ele quanto Ron já tinham feito um pacto sobre o assunto. Conheciam feitiços e azarações suficientes para isso, portanto o que lhes esperava finalmente no final do semestre era mais três anos de treinamento pelo que tinham ouvido falar. E também pelo que tinha lido em algum livro, os aurores tinham que no mínimo cinco N.I.E.M.‘s em assuntos desafiadores: como Poções, Defesa Contra as Artes das Trevas, Transfiguração, Herbologia, e Feitiços com notas de ou Excede Expectativas ou Ótimo. Bem, Harry tinha certeza de que pelo menos em 3 delas isso já era meio que garantido, mas seu pior pesadelo seria Poções. Se bem que em seu exame de NIEMs tudo havia corrido normalmente bem.


— No que está pensando? – ouviu a voz de Sarah e então desviou os olhos da lareira por alguns instantes e sorriu.


— Nada... apenas estava pensando que depois de Hogwarts tenho mais 3 anos de estudos e treinamentos se quiser ser um auror...


— Acredite Harry... – disse Ron agora jogando o livro sobre a mesinha de centro - ... por tudo que já passamos aqui nessa escola.. e tudo que já enfrentou... você nem precisaria desse treinamento todo.


— Nisso tenho de concordar com Ron... – disse Sarah dando-lhe um beijo estalado no rosto - ... você tem mais conhecimento nessa área na prática do que todo o treinamento que o Ministério anda dando por anos...


— Eu ainda tenho minhas dúvidas quanto ao que eu quero ser... – agora era a vez de Hermione falar em tom de desanimo - ... sempre quis tentar fazer alguma coisa... sabem... deixar minha marca...


— Contanto que não seja em mim... – disse Rony em tom de brincadeira e Hermione mesmo rindo lhe deu um doloroso beliscão. - ... Poxa... era brincadeira Mione.


— Bem.. – começou a dizer Harry - ... você tem muito talento em dizer a nós o que fazer... teria meu voto como nova ministra da Magia...


— Nisso eu tenho de concordar com o Harry – disse Sarah rindo também- ... não que isso fosse algo “impossível” mas quem sabe com uma bruxa nascida trouxa no Ministério, as coisas não fossem melhores?


— Vocês me deram uma ótima idéia... – disse Hermione abrindo um enorme sorriso - ... saindo daqui vou conseguir um emprego no Ministério... isso! Quem sabe algo no ramo das Leis da Magia... posso conseguir algo digno para os Elfos domésticos...


Harry começou a rir enquanto via Hermione começar a andar empolgada de um lado para outro com planos e projetos. Viu então Ron o encarar e mexer os lábios dizendo “Eu vou matar você por isso”.


— E você vai me ajudar não é Ron? – disse ela voltando sua atenção para o garoto que tomara um susto.


— Sim.. sim... claro... – respondeu ele e por fim fuzilou Harry com os olhos.


O garoto então viu Mione pegar Rony pela mão e o puxar escadaria acima e então trouxe Sarah para mais perto. Encostara a ponta do nariz na curvatura do pescoço da garota e a sentiu tremer em seus braços. Queria poder senti-la, queria poder tocá-la. Sentia-se bem como jamais antes se sentiu na vida e então levantou os olhos e a encarou. Ela sorria docemente e então ele não resistiu. Seus lábios colaram aos dela, o beijo era doce e delicado. Harry não tinha pressa alguma. Apenas queria estar ali com sua garota em seus braços e esquecer-se dos problemas.


Harry tinha de confessar que estava um tanto preocupado quanto ao “quê” o Snape havia lhe dito sobre sua ligação com o Lord das Trevas. Desde seu segundo ano, Dumbledore havia lhe dito que quando tentou lhe matar, alguns dos poderes dele havia passado a ele, e essa “ligação” por assim dizer lhe trouxera vários problemas dos quais ele não gostava nem de lembrar. Estava tão absorto em seus pensamentos que mal ouvia o que Ron estava lhe dizendo.


— É o que eu digo... – dizia Ron enquanto desciam para tomar café, com os jogos praticamente cancelados devido aos “vários acidentes”. Minerva achou por bem, cancelar até mesmo os jogos inter escolares que estava previsto para aquele ano. - ... porque raios cancelar os jogos de quadribol?


— Bom... talvez a McGonagall queira poupar nossos pescoços não? – Harry respondeu desviando de um grupo de alunos que seguia rumo a sala de Defesa contra Artes das Trevas. Embora ainda tivesse preocupações, nunca em um ano se sentira tão bem, talvez o tal rompimento de ligação tivesse sido a melhor coisa que Voldemort tinha feito a ambos. – Você conhece Hogwarts... – continuava ele – conhece os alunos... e também conhece os sonsos... algo bem grave poderia ter acontecido...


Estavam virando no final do corredor quando Harry viu Corner parado em frente a escadaria do saguão e indicou o garoto com a cabeça para Rony que rapidamente encarou.


— Eu não sei você, mas não confio nesse cara... – disse Ron baixinho e Harry confirmou com a cabeça.


As aulas com Tonks haviam sido canceladas desde que ela tinha sido atacada “por circunstâncias desconhecidas”,  se já tinham descoberto o feitiço que Lisa Turpin havia levado a alguns meses atrás porque não haviam descoberto o feitiço que havia atingido Tonks.


— Isso não faz sentido... – murmurou ele baixinho e então ouviu a voz de Ron.


— Exatamente...porque um bruxo como ele estaria vendo algo sobre um museu trouxa?


— Talvez queira ir fazer uma visita não? – agora era a voz de Hermione por traz dos garotos fazendo eles tomarem um susto.


— Puxa vida Hermione... – começou Ron - ... não precisava matar a gente do coração.


Harry não quis falar o que realmente passava em sua mente, mas quando viu Hermione encarando Corner, soube que ela havia notado algo que realmente ninguém ali tinha se dado conta. Talvez os anos de convivência tenham o feito conhecer mais os trejeitos da amiga do que o próprio namorado dela podia notar.


— O que foi? – agora era Sarah quem notara a fisionomia de Mione e a encarava..


— Muito suspeito... – murmurou Hermione mais para si mesma do que para os outros,  então disfarçadamente virou para eles e engatou no braço de Ron - ... Vamos tomar café... Meu Ronizinho deve estar faminto!


Ron encarou a garota com espanto e então a acompanhou sem questionar. Harry no entanto segurou a mão de Sarah a fazendo parar.


— Ok, o que foi que aconteceu? – perguntou Harry a garota. Sarah apenas deu de ombros, mas Harry tinha certeza de que conhecendo a amiga como conhecia, alguma coisa ela tinha percebido que eles não haviam notado.


Sentaram-se diante de um belo bolo de vários andares e então viram um Ron mergulhado em uma generosa fatia. Hermione no entanto, Harry percebeu distraída encarando a mesa da corvinal. Cutucou Sarah por baixo da mesa e indicou a amiga que não desviava os olhos da mesa azul.


— Quando é que vai nos informar o que tem de tão especial na mesa da Corvinal? – disse Sarah para Hermione que mesmo sem desviar os olhos do seu alvo, respondeu.


— Não é nada... apenas estou curiosa... – então voltou sua atenção aos colegas e sorriu - ... então... animados com nossa visita ao povoado?


— Eu sempre quis visitar o povoado de Cork... – disse Gina agora se sentando ao lado de Mione que sorriu. Harry nunca teve muita curiosidade em saber como eram os vilarejos até porque nem sabia quantos havia pelo mundo já que fora criado com os Dursleys, mas seria até divertido conhecer um lugar novo (e bruxo) principalmente com os amigos.


— O que tem de tão interessante? – perguntou Sarah curiosa. Desde que havia mexido com o feitiço do tempo, ela não tinha lembranças do passado, nem de amigos e muito menos de pessoas ou lugares que possivelmente havia conhecido.


— Oras Sarah... – começou Gina - ... a cidade é famosa pois dizem que uma terrível batalha aconteceu lá. Até Merlin em pessoa apareceu!


— Não seja boba Gina... – começou Ron - ... não acredite nesse tipo de coisa Sarah... mamãe contava histórias para Gina quando ela era criança e ela acreditava.


— Ué... e que problema há nisso? – agora era Hermione sorrindo pegando mais uma fatia de bolo e colocando no prato de Ron - ... são essas lendas que fazem com que...


Harry então notou que Hermione rapidamente olhou para a mesa da Corvinal, e parou com o pedaço de torta antes mesmo de chegar ao prato de Rony que por sua vez estava a espera ansioso.


— Isso é pra mim? – perguntou o garoto mas Hermione parecia estar com alguma coisa que fez tanto ele quanto Sarah ficassem preocupados. De repente a garota largou o pedaço de bolo sobre o prato do namorado com um barulho, enquanto se levantava sem falar com ninguém.


— Eu vou atrás dela... -  Sarah então se levantou e correu atrás de Hermione que corria para fora do salão.


— Que raios aconteceu aqui? – perguntou Rony e Harry deu de ombros. Gina apenas meneou a cabeça e continuou com seu café. Harry por alguns instantes até pensou em ir atrás e ver o que havia acontecido, mas acabou que Arrow, a coruja de Rony acabou atropelando o empadão de carne quando tentou aterrissar sobre a mesa do café.


O garoto pode notar o semblante de Rony mudar um pouco e rapidamente suspeitou que fosse alguma notícia sobre seus pais. Passou por baixo do banco e então sentou-se ao seu lado para ver do que se tratava a carta mas Rony foi mais rápido.


— Carlinhos... – disse ele com um suspiro e então até mesmo Gina voltou sua atenção a eles - ... disse que papai e mamãe estão bem, embora ela esteja deixando os membros do ministério loucos – dera um sorriso um tanto desanimado, Harry sabia que ele devia estar sentindo muito o fato de não poder fazer muita coisa para ajudar seus pais e as falsas alegações do Ministério sobre ele e sua família tinha sido basicamente armas verbais que não sabia como, ainda Malfoy e sua trupe não estavam usando contra eles. - ... parece que um tal de Adalbert Travers, que trabalhava com papai e agora é presidente do conselho que está no lugar do ministro da Magia... – Harry então percebeu o amigo dar um suspiro - ... está fazendo de tudo para que tirem meus pais de Azkaban.


— Quem é esse? – perguntou Harry afinal, ele nunca tinha ouvido Sr. Weasley falar desse colega, mas como geralmente não conversava sobre o ministério com quando estava com Sr. Weasley, não conhecia seus colegas de trabalho. 


— Não o conheço... – disse Rony coçando a nuca agora pensativo - ... sei que é de confiança pois faz parte da Ordem, mamãe vivia dizendo que ele ajudava sempre que era necessário, embora depois de uma viagem a Irlanda, ter topado com um cavalo do lago e ter sobrevivido, sua cabeça nunca mais foi a mesma.


— Bom... se ele ajudar meus pais a saírem de lá... – respondeu Gina agora dando um suspiro e limpando os lábios com o guardanapo - ... não me importa que seja maluco. Vou para a aula vejo vocês depois.


— Bem meus pequenos brotinhos... – dizia Pomona Sprout pela última vez, Harry estava participando da sua última aula de Herbologia da sua vida. Agora sim estava se dando conta de que não mais a veria e isso o deixava triste de certa forma. A professora Sprout sempre fora, assim como sua casa dizia, justa e leal. Sempre esteve do lado de Dumbledore e nunca jamais duvidou dele mesmo quando o Ministério o taxara de maluco. Sentado agora diante das mesas sujas da estufa 7, Harry começava a ter certa noção do que o esperava do lado de fora. E para seu desespero por assim dizer, não ia ser nada fácil.


— Mas se estiver com a Sarah... – pensava ele, isso era realmente reconfortante.


— Onde será que as meninas se meteram... – disse Rony agora recolhendo suas coisas o fazendo sair de seu devaneio - ... Hermione não é de faltar nem em dias normais, imagina no último dia de aula?


Nesse instante Harry viu Rony começar a tapear os bolsos das vestes e então o viu tirar o pequeno “espelhular” das vestes. Hermione era uma das bruxas mais inteligentes que ele conhecia, isso realmente estava claro desde o primeiro dia que a viu no trem a caminho de Hogwarts. Estava desabotoando sua capa protetora quando Ron voltou com a mochila nas mãos.


— O que houve? – perguntou Harry preocupado com.


— Hermione... – disse ele - ... ela quer que a encontremos na sala precisa agora. Parece que descobriu alguma coisa.


Mais que depressa Harry e Ron seguiram pelos corredores apinhados de gente felizes por finalmente estar chegando os últimos dias de aula. Eles só tinham apenas mais duas de DCAT e o tão esperado exame de Astronomia e então, estariam livres.


— O que será tão importante para fazer Hermione cabular a nossa última aula... – disse ele baixinho a Rony enquanto subiam a escadaria na ala leste.


— Seja lá o que for... foi algo muito importante... – respondeu Ron. Estavam virando no final do corredor quando Harry viu algo e segurou Ron o trazendo para trás de uma armadura.


— O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – ouviu-se uma voz que Harry rapidamente reconheceu sendo de Malfoy e o baque de alguma coisa sendo jogada contra a parede. Tanto Harry quanto Rony trataram de espichar seus pescoços pois era a primeira vez que viam Draco Malfoy se desentendendo com Corner.


— NÃO ME PROVOQUE MALFOY! – retorquiu Corner, e embora Draco fosse tecnicamente menor, o encurralava contra uma parede de pedra com uma mão lhe segurando o peito e com outra lhe apontando a varinha na mandíbula.


— Ou o quê? – respondeu Draco, mas a mão de Corner fora mais rápida e segurou a mão do Sonserino a torcendo. – vai me fazer dormir também?


— Não perco meu tempo com quem não me agrega valores – respondeu Corner jogando o braço de Draco para longe do seu rosto. O que Harry pode notar deve ter causado dor pois Malfoy, fizera uma careta e começara a massagear a mão. Embora Corner não parecesse intimidado falava mais baixo, porém Malfoy não estava tão preocupado assim com discrição.


— Você ganhou a confiança dele pois provou ser capaz de executar o plano, mas não pense que esse privilégio vai cobrir suas falhas...


— Ele? – ouviu Ron balbuciar em seu ouvido mas não tinha idéia do que Malfoy estava falando. Então fez sinal para que Ron se calasse.


— Teve sorte até agora Corner... – dizia Malfoy - ... de que o plano embora não tenha saído como planejado está funcionando, mas se continuar a chamar atenção para si com aquele feitiço pode amanhecer fazendo companhia as minhocas...


— E creio que ache que você possa fazer algo a respeito? – perguntou Corner com desdém. Malfoy então empurrou a cabeça de Corner contra a parede, e cruzou os braços em sua frente esperando alguma reação. O garoto em questão cerrou os olhos e puxou a varinha sem dar tempo para que Malfoy puxasse a dele.


— Acha que só porque seu papaizinho não está mais na gaiola você pode fazer o que quiser? Pois saiba Malfoy, que não fiz o que fiz e cheguei até aqui para que um playboyzinho filhinho da mamãe me atrapalhasse... existe ainda um Corner que irá ter seu nome exposto ao lado dos maiores bruxos do mundo! E ninguém vai me impedir.


Os corredores começavam a se encher de alunos e quando Harry deu por conta Malfoy já não estava mais ali. Corner massageava a parte de traz da cabeça e seu semblante era de alguém preocupado. O garoto então saiu rapidamente aproveitando o aglomerado de alunos indo para a torre da Corvinal.


— Do que será que estavam falando? – ouviu Rony e então algo acabou tilintando em sua memória.


— Vamos Ron... preciso falar com Hermione agora mesmo!


Algumas passagens secretas depois lá estavam eles diante da famosa sala precisa, a qual Hermione estava. Harry cuidadosamente esperou que os últimos dois alunos desaparecesse no final do corredor e então foi até a porta e abriu.


— Porque vocês demoraram tanto? – perguntou Hermione por traz de um grande livro de Egiptologia.


— Bem... – começou Harry jogando a mochila sobre o tampo da mesa - ... Malfoy... vimos ele acusando Corner de andar “expondo” um feitiço o qual “ele” havia ensinado.


— “ele”? – perguntou Hermione um tanto curiosa – Malfoy não aprende nada que lhe ensinem, quem dirá ensinar alguma coisa complicada como um feitiço!


— Não “ele”... Ele... – começou dizer Rony e então Sarah entrou na sala rapidamente o que fez os 3 darem um salto.


— Até que enfim... pensei que tinha acontecido alguma coisa... – respondeu ela sentando-se em volta da mesa, Harry e Rony se entre olharam curiosos – já contou a eles?


— Não tive tempo... parece que eles estavam vendo Malfoy e Corner nos corredores discutindo.


— E o que isso importa agora Mione? – perguntou Sarah aflita, e Harry a olhou preocupado.


— Mas o que é tão importante assim? – agora era Ron olhando para Hermione que encarou os dois.


— Bem... primeiro quero saber que negócio é esse que vocês viram – Perguntou Hermione. Harry e Ron então explicaram exatamente o que viram Malfoy e Corner fazendo. Os garotos tinham a mais absoluta certeza de que havia algo mais por traz disso, principalmente depois que Ron contara a ela sobre o  “Ele” não ser Malfoy, e sim outra pessoa.


— É obvio não é? – Dizia ela agora andando de um lado para o outro, se não foi Malfoy quem ensinou esse tal “feitiço” tem mais alguém por traz disso.


Então ela continuou andando enquanto murmurava alguma coisa. Harry conhecia a jovem a sua frente e se tinha alguém capaz de juntar esse quebra cabeças, com certeza era ela.


— Olhem... – disse ela virando um enorme livro Egipcio na frente deles. Os garotos puderam notar uma enorme quantidade de itens, gráficos e hieróglifos desenhados. O motivo dela lhes mostrar isso é que eles ainda não tinham entendido. Foi então que Sarah lhes indicou bem embaixo um item - ... vejam, esse é o Livro dos Mortos.


— E o que um livro que fala de mortos tem haver... – começou Ron mas então Hermione o interrompeu.


— O livro dos mortos é uma espécie de livro de magia egípcio... – começou ela e então sentou-se - ... nele existem vários tipos de magia e encantamentos, e de acordo com o que diz aqui... – mostrou bem no finzinho uma observação - ... diz a lenda, que ele é chamado assim pois nele existe um feitiço capaz trazer os mortos a vida.


— Mas Dumbledore sempre nos disse que não se pode fazer isso com magia... – começou Harry mas Hermione continuou.


— Exatamente... a magia não pode trazer a pessoa de volta a vida... todos sabemos disso – respondeu ela – mas e se esse livro tiver outros tipos de encantamentos?


— Vocês tem noção do que bruxos como Voldemort poderiam fazer com um livro desses? – disse Sarah e então Harry sentiu um arrepio passando por sua nuca.


— Ele não só acabaria comigo como poderia escravizar todo o mundo bruxo e acabar com os trouxas... – murmurou ele mais para si do que para os outros.


— Exatamente... – agora era Hermione quem estava com uma expressão séria - ... Algo me diz que o que vocês viram naquela noite sendo trazida para a escola era esse livro.


— Quem seria doido em trazer isso para a escola? – perguntou Rony, mas foi Sarah quem respondeu.


— Bom,... lembram-se do “roubo no museu trouxa”? – disse ela agora com uma expressão séria no rosto. – Porque tenho a sensação de que a Ordem teve haver com isso?


— Sim.. – agora era Ron com uma expressão séria -... Mamãe me mandou uma coruja dizendo que ela estava investigando isso, mas pensei que era só algo que a Ordem havia dado a ela para manter ela ocupada e não fazer uma besteira ainda maior por conta da prisão do papai....


— Enfim.. – disse Harry agora se levantando - ... se realmente esse livro está na escola, alguém está tentando pega-lo.  Isso quer dizer que...


— Se estão querendo pega-lo... Lupin estava certo quando disse que alguém infiltrado aqui... – Harry ouviu Sarah e apoiou-se sobre o tampo da mesa, seu cérebro trabalhando rápido, suspeitavam de Mesmero, mas antes de suspeitar teriam que provar, mas provar como? – Precisamos saber mais sobre Mesmero... vimos que ele estudou aqui, mesmo não tendo registro algum.


— Precisamos de alguém que estudou aqui naquela época... – disse ele resignado - ... Mas o único que poderia falar sobre isso é Lupin...


— E se pedíssemos para ele ver essa lembrança... – perguntou Sarah – Talvez ele poderia...


— Ei... – disse Hermione com o rosto pálido e tanto Harry quanto Rony se entre olharam achando que talvez ela estivesse passando mal - ... Lembram-se que vimos o nome Ciro Quirrell naquele caderninho do seu pai Harry? – Harry meneou a cabeça – Eu sei que parece loucura mas e se... o professor Mesmero for esse Ciro Quirrell?


— Bem... – agora era Sarah quem começava a falar - ... isso explicaria porque você e Harry acham que já o viram antes...


— Precisamos falar com alguém... – disse Hermione - ... se ele realmente for Ciro Quirrell, pode estar trabalhando com você sabe quem, e muito provavelmente esteja atrás do livro.


— Mas Hermione... – disse Harry agora tentando colocar sua mente para trabalhar mais calmamente - ... como ele poderia saber sobre o livro? Ele está aqui desde o inicio do ano letivo, se realmente for o livro que veio para Hogwarts, não faz muito tempo que chegou aqui...


Detestava admitir, mas se havia uma razão para Mesmero estar na escola, só poderia ser vingança. Afinal, ele, Harry Potter, havia acabado com a vida do irmão dele. Sabe-se lá o que se passava pela cabeça de Mesmero a uma altura daquelas. Todos olharam para Harry e ele imaginou que todos tinham imaginado o mesmo.


— Possivelmente está atrás de vingança... – falou Ron e então arregalou os olhos - ... se foi isso mesmo, não acham que ele possa ter usado aquele feitiço que encontramos na sala dos marotos em Tonks não é? Digo...


— Mas é claro... – agora era a vez de Harry - ...ouçam Turpin foi acertada por um feitiço estranho que a fez dormir por uma semana... Corner disse a um dos orientadores de Niems que faria um gato dormir eternamente se quisesse... Tonks pode ter descoberto alguma coisa que o comprometesse e Mesmero não teve alternativa se não mandá-la para o St. Mungus.


— Sim, mas foi Corner quem enfeitiçou Turpin... – começou Sarah mas Harry a interrompeu.


— Exatamente... – então ele andou até a estante e virou-se para os amigos - ... Malfoy repreendeu Corner por andar se exibindo com um feitiço que “ele” havia ensinado... e se esse “ele” for o Mesmero? Se ele tentou ensinar esse feitiço a eles mas como são tapados demais não conseguiram aprender direito?


— Isso faz sentido... – agora era Hermione quem tomava a palavra - ... ouvi Madame Ponfrey dizer a Professora Minerva que o feitiço que acertou Tonks era algo que ela nunca tinha visto, talvez fosse isso...


— Mas como podemos provar que ele é o responsável por isso? – perguntou Sarah – Não podemos chegar para minha tia e acusar ele sem termos provas.


— Sarah tem razão... – disse Harry sentindo-se irritado se sentia um inútil sabendo do que acontecia e não podia fazer nada - ... não podemos simplesmente ir até McGonagall e soltar que um professor está ensinando feitiços próprios aos alunos e atacando professores.  


Sair acusando professores não era uma opção, ele se recordava plenamente quando acusara Snape sem provas de tentar pegar a pedra filosofal. Ok, ele estava errado afinal ele trabalhava para... – Esperem ai... – disse ele interrompendo seus pensamentos. Sei quem pode confirmar a identidade de Mesmero... -  Os outros três o olharam com espanto e ele continuou - ... quem é que conhecemos que já estava aqui quando meu pai estudava aqui?


— Minerva? – falou Hermione.


— Filch? – brincou Ron


— Er... Harry... – começou dizer Sarah e então ele a encarou.


— Exatamente Sarah... Snape.


— Você está querendo falar sobre nosso Professor de DCAT com o único professor até hoje que não foi com sua cara? – perguntou Ron.


— Com a nossa... você quis dizer né? – Sorriu Hermione, mas o assunto não era para brincadeiras – Harry você está certo disso? Por mais que Dumbledore tenha dito que Snape está trabalhando disfarçado, você não acha que ele reconheceria Mesmero como o irmão do Quirrell?


Harry detestava admitir, mas Hermione tinha toda razão. Mesmero ou nesse caso Ciro Quirrell tinha pertencido a sonserina. E muito provavelmente cursado o mesmo ano que Snape. Ele teria o reconhecido na hora e informado o professor Dumbledore. A menos...


— Bom... – começou ele tentando raciocinar – e se ele não estivesse trabalhando para Voldemort e sim para os Malfoy?


Eles ficaram encarando o garoto como se ele não estivesse certo da cabeça e então ele novamente colocou seu cérebro para funcionar.


— Lembra quando fomos até o vilarejo? – disse ele a Sarah que confirmou com a cabeça -  Professor Mesmero estava em Hogsmeade, nós o vimos.


— Sim... – começou Sara agora mais empolgada - ... Ele Madame Rosmerta falou para minha tia que viu Narcisa Malfoy naquele dia, Harry Pode estar certo, e se ele estiver trabalhando para os Malfoy?


— Mesmo assim... – começou Hermione - ...Como ele poderia saber sobre o livro?


— É algo que vamos ter de descobrir... – falou Harry decidido, seja lá como eles tivessem que se virar para descobrir, eles iriam. Isso precisava acabar de uma vez por todas.

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