Não é tudo como se espera



Capítulo 8

Como poder reconquistar esse amor
Como tirar a tristeza do meu coração
Meu mundo gira só por você

-Voltei para Londres para resolver problemas que deixei inacabados-disse Hermione, olhando para a cadeira que Rony antes estava sentado-E para trabalhar muito. Pode ter certeza, eu vou mandar muito em vocês!-disse Hermione, brincando.
Risos.
-Espero que todos apreciem meu trabalho e qualquer dúvida, sugestões, críticas e no que eu puder ajudar, me procurem. Não vou ficar falando...
“Estou sem paciência. Onde Rony foi com aquela mulher?”, pensou Hermione.
-Eu sou mais de trabalho. Espero trabalhar bem. Obrigada pelas boas-vindas. A festa está linda. Obrigada. Boa noite!
Aplausos.
Harry e Hermione desceram do palco, ambos muito calados.
“Onde está Rony? Ele saiu com aquela altona aguada?”, pensou Hermione.
“A Gina voltou! Ela voltou! Não se engane, talvez ela tenha vindo só para cumprimentar Hermione”, pensou Harry.
Hermione começou a cumprimentar as pessoas acompanhadas de Harry. Deixando a mesa que Gina estava sentada por último. Quando ela cumprimentou a todos, foi cumprimentar Gina. Gina se levantou e abraçou Hermione. Harry mediu Gina dos pés a cabeça.
“Que pernas! Deslizar minhas mãos por elas seria ótimo! Melhor eu sair daqui antes que eu a pegue, jogue na parede e faça isso na frente de todos”, pensou Harry.
-Eu vou deixar vocês a sós, tenho que falar com um amigo. Com licença.
-Já vai tarde.
-Você sempre muito cordial-disse Harry irônico-Você faltou dois dias de trabalho e ontem você tinha hora extra.
-Depois falamos sobre isso-disse Gina ríspida.
Harry preferiu sair logo dali antes que de tanto olhar para Gina seus pensamentos se tornassem realidade.
-Com licença-disse Harry e saiu.
Hermione não queria saber naquele momento da tensão dos dois amigos. Foi direto ao assunto.
-Onde está o Rony?
-Ele foi até a enfermaria. Ele quebrou o copo com as mãos. Foi a emoção de te ver.
-E por que você não o acompanhou?-perguntou Hermione em tom de bronca.
-Não reclame comigo! Eu quis ir com ele, mas ele não quis.
-E você deixou ele ir com aquela altona...
-Ela saiu atrás dele.
-O que ela é dele? Quem é ela?
-Ela é a secretária de Harry e de Rony, eles acharam melhor ter só uma secretária.
-Qual é o nome dela?
-Carolina. Ela se chama Carolina-disse Gina com raiva-Ela é muito prestativa também com o Harry. Eu acho que ela joga charme para os dois e quem ela conseguir é lucro.
-Ela vai conseguir o Rony. Harry não vai cair nas teias dela. Ele só falta beijar o chão que você pisa, o modo que ele te olhava a pouco...Queria que o Rony me olhasse assim. O Rony não vai voltar da enfermaria e só vou vê-lo segunda-feira que é quando começa meu trabalho.
-O Harry só quer o meu corpo, eu reparei que ele me olha “diferente”.
-Que olhar?
-Não quero falar sobre isso.
Gina se arrepiou só de lembrar o jeito que Harry olhava para ela.
-É melhor você ir para casa e relaxar.
-Eu sei que a festa é para minhas boas-vindas, mas eu vou seguir seu conselho. Ficar aqui só vai piorar meu ânimo, quer dizer, já perdi o ânimo.
Hermione abraçou Gina e disse:
-Vou atrás do Harry. Te vejo na segunda-feira?
-Não sei.
-Misteriosa!
Gina sorriu e Hermione foi atrás de Harry.

Como deixar de lado o que passou
Se o que eu sinto e o que eu quero
É só esse amor
Você está ligado a mim
Ao que eu escuto e vejo
A cada desejo

Rony estendeu a mão para Carolina ver seu corte. Sangrava muito. Um caco de vidro estava cravado na palma da mão de Rony.
-Vamos na enfermaria!
-Carol, você é tão atenciosa, prestativa. Se eu não tivesse meu coração tão machucado, eu me apaixonaria por você-disse Rony andando ao lado de Carolina, dobrando a direita e indo para ala de emergência do ministério.-Você é uma ótima amiga.
Carolina sorriu. Gostava muito dos seus chefes. Eles tinham mais do que uma relação chefe e empregada, eles eram amigos. Às vezes, Carolina almoçava com um dos dois chefes.
Carolina sempre sorria quando Harry ou Rony dizia para ela que ela seria uma ótima esposa. Ela sabia que Harry só tinha olhos para uma certa auror de cabelos ruivos. Rony tinha um passado misterioso, a única coisa que um dia ele dissera foi: “A única mulher que eu amei me magoou profundamente. Não consigo mais amar”. Mas pelo jeito Hermione Granger mexeu com Rony.
“Será que Hermione é a mulher que magoou Rony? Deve ser, porque estudou com Harry. E Rony e Harry estudaram juntos em Hogwarts”, pensou Carolina.
-Rony, eu posso te fazer uma pergunta?
-Pode, mas não sei se vou responder-disse sorrindo.
Rony e Carolina entraram na ala de emergência e correram para a enfermaria. Era uma pequena sala com uma estante, uma cama, uma mesinha e duas cadeiras. A enfermeira era uma senhora de meia-idade com olhos gentis, ela olhou a mão de Rony e disse:
-Sente-se.
Rony sentou na cadeira. O corte ainda sangrava muito.
-O que aconteceu aqui?
-Quebrei um copo na mão.
-Você devia está com muita raiva.
-Você não sabe o tanto.
-Vou pegar alguns utensílios.
A enfermeira se afastou.
-Qual é a sua pergunta?
-Hermione Granger é a mulher que te magoou no passado, não é?

Esse coração
Que sempre sabe
Cada vez que bate
Que espera por um beijo
Como quem espera um sonho
Esse coração
Que está batendo
Cada vez mais lento
Ainda sinto aqui por dentro
Que o fogo não se apagou
Não se apagou

Rony não respondeu. E Carolina teve a certeza que tinha sido Hermione que tinha magoado Rony profundamente. Ela olhou para Rony com um olhar de apoio e ele deu um pequeno sorriso.
A enfermeira se aproximou com um frasco de vidro, gazes, uma pinça e um outro utensílio. Ela olhou cuidadosamente a mão de Rony e com a pinça tirou o caco de vidro. Rony fez uma careta de dor. A enfermeira pegou o outro utensílio que tinha um pequeno vidro na ponta. Ela passou o vidro na mão de Rony e disse:
-Não tem nenhum vidro mais. Eu vou aplicar esta poção que é para fechar o ferimento e para você não sentir dor.
A enfermeira abriu o frasco e com a gaze passou um liquido verde no ferimento. Depois pegou outro pedaço de gaze e enrolou a mão de Rony.
-Você tira amanhã ao acordar. Pode ir.
-Obrigado.
Rony e Carolina saíram da ala de emergência.
-Vamos voltar para o salão?
-Eu não vou voltar. Eu quero caminhar um pouco...Vem comigo?
-Eu vou com você.

Hermione encontrou Harry conversando com Colin Creevey.
-Oi, Colin. Tudo bem?
-Oi, Hermione. Está tudo ótimo. Consegui um emprego de fotografo no Pasquim.
-No jornal do pai de Luna?
-É. A Luna é editora chefe e conseguiu este trabalho para mim. Ela está mais pé no chão desde que saiu de Hogwarts e começou a namorar o Neville. E o Neville ficou menos atrapalhado e está trabalhando em Hogwarts como professor de Defesa contra as Artes das Trevas. As aulas da AD foram de um grande progresso e a guerra também o ensinou-disse Colin sério-Eles estão noivos-disse Colin sorrindo.
-Mesmo? Eu preciso visitá-los.
-Eles mandaram beijos para você e sucesso.
-Obrigada. Diga a eles que eu desejo o mesmo. Então você veio fotografar o evento.
-É-disse Colin, levantando a câmera fotográfica.
-Harry, eu quero dar uma palavrinha com você.
-Eu vou beber algo, tirar algumas fotos e depois continuamos a conversa, Harry-disse Colin.
-Continuamos sim. Quero saber o que de interessante você fotografou na Nova Zelândia.
-Até logo, Hermione.
-Tchau, Colin.
Colin saiu.
-Harry, eu já vou...
-Já? Mas a festa foi feita para você.
-Não estou para festas, não depois do que aconteceu.
-Você sabia que o Rony não ia te receber de braços abertos.
-Mas eu não esperava uma reação daquelas...Quebrar um copo na mão de tanta raiva!
-Eu tentei contar a ele que você era a nova chefe, mas ele não quis me escutar. Vocês precisam conversar...Vocês irão trabalhar muito próximos e não pode ter tensão entre vocês.
-Vou tentar conversar com ele. Antes que eu me esqueça... Eu preciso de um assistente. Como posso conseguir um ou uma?
-Você pode colocar um anúncio nos jornais. Mesmo assim eu vou perguntar as pessoas se conhece alguém que possa ocupar o cargo.
-Obrigada, Harry. Você é maravilhoso. Peça desculpas por mim para o pessoal.
Hermione deu um beijo no rosto de Harry e foi embora.
-Ela não está nada bem. Hermione deixar uma festa de trabalho na metade? Não está bem mesmo. Eu preciso...
-Harry Potter falando sozinho?!
Harry se virou...

Rony e Carolina caminhavam em um parque perto do Ministério. Carolina tirara a sandália de salto alto, preta. O vestido azul claro chegava um pouco abaixo dos joelhos. Usava uma tiara nos cabelos soltos; brincos e gargantilha de pérolas. Carolina era alta, cabelos castanhos, mas o que mais chamava a atenção era seus olhos amendoados. Carolina sentou em um banco. Rony deitou no banco e encostou a cabeça no colo de Carolina ela começou a deslizar suas mãos nos cabelos dele.
-Sua mão relaxa, sabia?
-Meu melhor amigo diz isso.
-Eu não acredito que você faz isso em outras pessoas? Eu pensei que era exclusividade minha.
-Faço! Além de você e do meu melhor amigo. Eu faço no Harry. Um dia Harry e eu estávamos na sala de treinamento e aperfeiçoamento de aurores. Começamos a conversar antes dos aurores chegarem e eu comecei a fazer... Como posso dizer? Uma massagem capilar nele. E a primeira pessoa que entrou na sala foi sua irmã. Eu parei. E ela disse: ’Pode continuar. Finjam que não estou aqui’. Eu vi o Harry e ela trocarem um olhar intenso. Mas parei por ali mesmo porque os outros aurores chegaram e começamos o treinamento.
-Foi no dia que jogaram um feitiço no Harry que ele não parava de passar as mãos no cabelo?
-Foi!
-Ele teve que ir para casa a pé porque não conseguia se concentrar para aparatar. Foi chegar em casa que o feitiço passou. Minha irmã é uma ótima auror.
-Sua irmã e o Harry...
-Eu torço para eles voltarem...Minha irmã é muito orgulhosa, mas não posso reclamar, também sou. É típico dos Weasley.
-Eles formam um casal bonito, mas os dois têm gênios fortes. Não sei se daria certo os dois debaixo do mesmo teto.
-O Harry tem gênio forte com os outros, mas é só a Gina dá uns beijinhos nele ou um grito que ele fica mansinho na hora. A Gina manda nele.
-E quem mandava na sua relação?-perguntou Carolina cautelosa.
Rony ficou um tempo calado. Carolina pensou que ele não ia responder. Mas Rony queria desabafar, precisava desabafar.

Como acalmar
O que me tira a razão
Como fingir que essa história
Não terminou
Você está ligada a mim
Ao que eu escuto e vejo
A cada desejo

-Ela mandava...Herm...Hermione mandava. Eu fazia tudo por ela quando namorávamos, mas acho que não foi o suficiente.
Rony deu um pequeno sorriso com a boca, mas seus olhos transmitiam grande tristeza.
-Eu a amei a primeira vista desde o meu primeiro ano em Hogwarts quando nos vimos no trem. Mas não sabia me comportar perto dela, então metia os pés pelas mãos... Vivíamos brigando. Harry, ela e eu éramos considerados o trio de Hogwarts. Até que na festa do casamento do meu irmão Gui, eu me declarei para ela e começamos a namorar. Foi no ano da guerra e fomos para a guerra. Voltamos para o sétimo ano em Hogwarts no final...ela chegou para mim e disse que iria para Nova York.
Rony sentiu seus olhos cheios de lágrimas.
-Ela voltou, Rony. E você tem que enfrentar isso de frente.
-Não vai ser fácil.
-Ela voltou e com uma missão.
-Missão? Que missão?
-Ela veio para ter você de volta. Podia se ver no modo como ela te olhava.
Rony levantou e sentou ao lado de Carolina.
-Se ela voltou para me ter de volta...é melhor ela voltar para Nova York, o lugar que ela não deveria ter saído.
Carolina se levantou e estendeu a mão para Rony que pegou e se levantou.
-Hermione vai conseguir o que quer mais cedo ou mais tarde.
-Carol, eu pensei que você estivesse do meu lado!
-E estou, sou sua amiga. Mas as mulheres têm poderes especiais e você a ama.
Carolina soltou a mão de Rony.
-O amor é poderoso.
Carolina olhou para Rony e sorriu. Depois aparatou. Rony ficou só e pensando no que Carolina disse:
‘...você a ama.’ ‘O amor é poderoso’.
Rony preferiu voltar para casa a pé. Não iria se concentrar para aparatar. Não com as palavras soando na sua cabeça e o rosto de Hermione surgindo na sua mente.
-O que Carolina quis dizer com: ’...as mulheres tem poderes especiais...’?

Esse coração
Que sempre sabe
Cada vez que bate
Que espera por um beijo
Como quem espera um sonho
Esse coração
Que está batendo
Cada vez mais lento
Ainda sinto aqui por dentro
Que o fogo não se apagou

Gina olhava atentamente para Harry.
-Estava pensando em voz alta. Então você resolveu vir para o Ministério hoje?-perguntou Harry desdenhoso.
-Precisava dar boas-vindas para Hermione, afinal ela é minha melhor amiga.
-Temos muitos amigos em comum, não é?
-Posso dizer que “nossos” amigos são ótimos, mas não te conhecem bem porque se conhecessem como eu te conheço... Eles não seriam mais seus amigos. Eles iriam querer muita distância de você.
-Você acha?
-Tenho certeza.

Segue ardendo (segue ardendo)
Enquanto existe o amor
Não se apaga o amor
Uou Uou
E esse coração

Gina olhava para Harry de um modo provocativo e aquilo o excitava e ao mesmo tempo o irritava. Harry pegou o cotovelo de Gina e a saiu puxando entre as mesas. As pessoas os olhavam intrigados. Harry entrou na sala que anteriormente tinha ficado com Hermione e soltou Gina. Harry fechou a porta.
-Pronto! Agora você pode falar o que acha de mim!
Gina sentiu receio em ficar a sós com Harry. Ele não era maníaco, mas ela tinha medo do que pudesse acontecer ali. Ela mordeu os lábios. Tinha que sair daquela sala o mais rápido possível.
-O que eu tenho a falar é que eu pensei muito e...que vou continuar trabalhando no Ministério. Preciso trabalhar.
Harry sorriu interiormente. Conseguiu vencer a primeira parte do jogo da reconquista.
-E você acha que depois de ter faltado ao trabalho sem a menor justificativa, eu...
-Você sabe qual foi o motivo de...
-Eu quero saber o porquê de você não querer trabalhar comigo.
Gina não respondeu.
-Eu volto ao trabalho na segunda-feira-disse Gina séria.
Ela se virou e ia abrir a porta quando Harry segurou seu braço.
-Você não respondeu minha pergunta.
-Se eu fosse você eu não iria querer a resposta.
-Mas eu quero saber.
Harry soltou Gina e esperou a resposta.
-Você se lembra da última frase que eu te disse na discussão que tivemos? Eis a resposta.
-Você não me odeia.
-Você não sabe o que eu sinto. Você não está dentro de mim para saber.
-Você pode dizer que me odeia, mas não é o que realmente sente.
Aquela conversa estava ficando perigosa e Gina queria sair dali desde que entrara naquela sala.
-Eu não tenho nenhum sentimento bom por você. Você me inspira raiva, ódio.
-Você pode até não me amar mais, mas você me deseja...
Gina sorriu.
-Se você acha.
-Se quiser eu te provo o que estou dizendo... Você está muito sensual com esse vestido.
-Mesmo? Eu vim com ele porque daqui, eu vou sair-mentiu Gina.
Gina olhou para o relógio na parede da sala.
-Estou atrasada.
-Você não vai sair daqui!
-Você vai me impedir?! Você quer que eu tenha mais raiva de você?
Harry estava com uma raiva imensa. Tinha que voltar para o salão.
“Ela vai sair com quem a uma hora dessas? Eu vou deixá-la trancada aqui até...Eu não posso fazer isso. Eu tenho que reconquistá-la, mas não a força”, pensou Harry.

Esse coração
Que sempre sabe
Cada vez que bate
Que espera por um beijo
Como quem espera um sonho
Esse coração
Que está batendo (coração)
Cada vez mais lento (mais lento)
Ainda sinto aqui por dentro
Que o fogo não se apagou

-Você tem que está aqui na segunda-feira às 8h e você vai fazer hora extra-disse Harry com raiva.
-Eu estarei aqui.
Gina abriu a porta e saiu.
“Que raiva! Não posso ir atrás dela! Hermione você está me devendo esta! Por que você teve que ir embora?”, pensou Harry.
E saiu da sala.

N/A: Queridos leitores! Vocês não estão gostando da fic? Por que não comentam?
Obrigada Gaby Potter por ter comentado. Patoloko: Finalmente, o oitavo capítulo! Desta vez demorei a postar, não foi? Desculpe!


Música: Este corazón/ RBD.

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