Sozinhos novamente



Capítulo 1

-Você tem que seguir minhas ordens, Gina-disse Harry nervoso.
-Não é porque você é o chefe que eu vou seguir suas ordens-disse Gina gritando.
-Como você mesma disse, eu sou o chefe aqui.
-Eu peço transferência.
-Você não vai pedir transferência. Precisamos ter uma conversa.
-Vamos fazer uma reunião?
-Não. Vamos ter uma conversa a sós na minha sala.
Gina tremeu. Ficar sozinha com Harry, ela não fazia isso desde de que o namoro deles acabara.
-Não vou ficar sozinha com você. Rony me ajuda!
Rony que estava prestando atenção na discussão todo o tempo ia falar quando Harry disse:
-Não se intrometa, isso é entre mim e ela.
-Fala, Rony. Eu sou sua irmã e você tem que me defender.
Rony tentou falar novamente, mas Harry falou primeiro.
-Eu sou seu melhor amigo e chefe.
Rony que estava morrendo de dor de cabeça e vendo que não podia ficar do lado de ninguém, falou:
-Vocês que se resolvam. Vou para casa e vou preparar uma poção para dor de cabeça e dormir.
Rony se virou e foi embora deixando Harry e Gina sozinhos.

Eu queria que você me amasse
E que o tempo pra nós dois voltasse
E quem sabe eu consertasse um sonho que se desfez
Se eu pudesse, mas eu não consigo
Novamente ter você comigo
Eu ficava nos seus braços só mais uma vez

Gina evitava olhar para Harry. Ela respirou profundamente e disse calmamente:
-Podemos ter essa conversa, amanhã?
-Uhm, já abaixou a voz.
-Podemos ter essa conversa, amanhã?-perguntou Gina, novamente.
Gina queria se preparar psicologicamente antes de ficar a sós com Harry.
-Deixe-me pensar. Não. Quem sabe se você não inventa uma desculpa para faltar amanhã.
-Eu não vou puder inventar sempre uma desculpa.
-E por que não conversar agora?-disse Harry pegando a mão de Gina e a levando para a sala de reunião dos aurores.
Harry e Gina entraram na sala e Harry soltou a mão de Gina, o que fez os dois sentirem falta e saudades dos toques um do outro.
-Você disse que íamos conversar na sua sala.
-Na minha sala íamos ser interrompidos e nossa conversa não pode ser interrompida. E todos pensam que esta sala está vazia, já que não tem nenhuma reunião.
A sala era muito grande e bem iluminada. Tinha uma grande mesa com muitas cadeiras ao seu redor. E tinha um grande quadro branco na parede, onde se escrevia a tática das missões que iriam trabalhar. Quem via a sala do lado de fora, via tudo escuro.
Harry sentou como sempre na cabeceira da mesa, Gina preferiu sentar na segunda cadeira do lado esquerdo, queria uma certa distância de Harry.

Mas o tempo já não volta mais
Está feito não se muda mais
Esquecemos de nos proteger da tempestade
Maltratamos tanto o nosso amor
Mas a gente ainda pode achar a felicidade

-Pode começar?
-Por que a pressa?
-Porque eu tenho coisas para fazer, se você não tem o problema é seu.
-Pode se acalmando, querida...
-Não me chame de querida.
Harry fingiu não escutar o que Gina disse.
-Você só vai sair desta sala se eu quiser.
-Duvido.
Gina se levantou da cadeira e foi em direção a porta, mas antes que Gina a abrisse, Harry da sua cadeira apontou a varinha e trancou a porta. Gina escutou o barulho da porta sendo trancada e ela estremeceu. Estava sozinha em uma sala com Harry e ela não podia sair da sala, já que a porta era trancada por um feitiço que era uma senha. E essa senha quem sabia dela era Harry e Rony. E eles não podiam dizer a senha porque tinha um encantamento que se eles contassem a senha, uma coisa de mal aconteceria a quem contasse a senha.
-Você não pode me deixar trancada em uma sala com você.
-Eu sou seu chefe e posso fazer o que quiser-disse Harry se levantando e se aproximando de Gina.
-O que você quer?
-Eu quero conversar com você.

Se eu errei te peço perdão
Não agüento essa separação
Solidão batendo no meu peito me castiga
Já tomei a minha decisão
Que você não vai sair mais não da minha vida

Harry se afastou de Gina, arrastou a primeira cadeira do lado esquerdo e disse:
-Venha, sente-se.
-Eu vou ficar onde estava sentada.Você pensa que sendo o chefe, você manda em mim, mas não manda-disse Gina, sentando-se na cadeira que estava sentada antes.
Harry ficou em pé ao lado de Gina.
-Gina, pare de se rebelar. Que quanto mais você fala nós ficamos nesta sala, sozinhos. Eu acho que você está gostando de ficar aqui comigo, a sós.
-Pode ter certeza que eu queria está a quilômetros de distância de você.
-É por isso que você pede sempre transferência, mas eu não vou te dar este prazer.
-Por que?
Harry não respondeu. Ele poderia não ter Gina como namorada, mas a queria sempre por perto, embora fosse muito doloroso ver Gina todos os dias e não poder tocá-la. Ele sabia que às vezes, Gina saía com alguns amigos, mas Rony dizia que não acontecia nada entre Gina e outro homem desde que acabara o namoro dos dois.
Gina pegou um papel em branco e uma pena que estava em cima da mesa e começou a rabiscar o papel. Harry sabia que Gina estava nervosa, ela sempre fazia isso quando algo incomodava.

Ah! Meu coração
Traz essa paixão
Diz que nunca mais a gente briga
Ah! Meu coração
Nunca mais eu quero ouvir falar em despedida

-Não precisa ficar nervosa.
-Não estou nervosa-disse Gina rabiscando o papel.
-E por que você está rabiscando o papel? Você faz isso quando algo lhe incomoda. Por que lhe incomoda tanto ficar sozinha comigo?
Gina olhou para Harry e disse:
-Podemos começar a conversa?
Gina começou a rabiscar o papel novamente. Harry tirou a pena da mão de Gina e disse:
-Eu vou te dar uma advertência por gastar papel inutilmente.
-Você vive me dando advertências. Qual vai ser meu castigo? Outro dia sem trabalhar. Seria bom um dia de folga.
-Pode ter certeza que quando eu te der a próxima advertência, eu vou te transferir.
-Então me dê a transferência.
-Eu não vou te transferir de país e nem de cidade.
-Então...
-Eu vou te tirar do grupo que você faz parte.
-Como?
-Você vai fazer parte do meu grupo.
-Não!
-Próxima advertência...
“Eu a terei mais perto de mim”, pensou Harry.
-Se você não quiser ficar perto de mim e me ver mais ainda. Não apronte nenhuma porque esse vai ser seu castigo.
Gina estremeceu. Qualquer hora seria transferida para o grupo de Harry. Ela não agüentava nada calada e qualquer coisa que ela fazia que Harry não concordava, ele lhe dava advertência. Ele reclamou até do papel.
-Não preciso mais reclamar do que você fez hoje. Já que não vai mais se repetir. Você não vai querer fazer parte do meu grupo, né?
Harry sempre que dava uma advertência a Gina, a mandava imediatamente para casa e dizia para não aparecer no dia seguinte no trabalho. Ele fazia isso quando sabia que Gina tinha saído para se divertir e ele não conseguia fazer isso desde que o namoro deles acabara. Ele não conseguia olhar para Gina de tanta raiva e a mandava para casa por qualquer motivo.
-Acabou a conversa?
-Sim.

Ah! Meu coração
Traz essa paixão
Diz que nunca mais a gente briga
Ah! Meu coração
Eu preciso desse amor na minha vida

Gina se levantou, foi para a porta e disse:
-Pode destrancar a porta, por favor.
Harry se levantou, destrancou a porta e bem próximo de Gina, falou:
-Quando você quiser falar sobre o trabalho. Fale diretamente a mim e não mande recados pelo seu irmão. Você não vai querer uma advertência, vai?
Gina olhou com raiva para Harry e ia falar quando Harry interrompeu:
-Você não vai querer falar besteira.
Gina se virou e foi embora.
“Cedo ou tarde. Eu terei Gina mais perto de mim, e eu irei reconquistá-la. Sim irei. Já perdi muito tempo”, pensou Harry.


Música: Eu preciso desse amor/Roberto Carlos.

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