Hackbow, o caçador.



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Oi gentem!

Nossa, eu realmente não sabia que ainda tinha tanta gente lendo o que eu escrevo! Desculpa mesmo por fazê-los esperarem. Ah! Agradeço muito pelos comentários!

Bem, esse capitulo ficou um pouco curto e enrolado. Eu sei que está meio chato, mas eu resolvi que só ia por os esclarecimentos no próximo. Assim eu poderia fazer um cap maior que não fosse muito grande! (??) aheuehuehuaehuaeuae! Esse personagem ainda será muito importante nessa fic.

Desculpem os erros! Eu estou fazendo uma correção essa última semana e espero poder terminar até o inicio do mês que vem.

É isso! Obrigada por tudo.

Beijos!

Luny.

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Capitulo 22 – Hackbow, o caçador.


Harry acordara sonolento àquela manhã. A textura dos colchões macios e quentes trouxe uma sensação de aconchego momentâneo, pois acabara lembrando dos acontecimentos da noite passada. Abrira os olhos verdes chocados, sentando rapidamente. Olhou para os lados inquieto, estava em uma espécie de um quarto de madeira. Havia dois móveis no pequeno aposento: Uma cama e uma mesinha de cabeceira na cor âmbar.

- Que lugar é esse? – Perguntou-se incrédulo.

Lembrava-se nitidamente de ter desmaiado depois de... “Depois de o que mesmo?”. No exato momento que tentara recobrar do exato acontecimento, sua cabeça estourara de dor. Pôs as duas mãos na testa, como se àquilo ajudasse em algo e levantou cambaleante. O cheiro forte de sangue infestou rapidamente suas narinas, até que percebesse o gosto metálico do líquido na garganta. “Eu não lembro de ter bebido sangue.” Pensativo Harry olhou para a cama onde estivera deitado e vira um enorme rastro de sangue nos lençóis. Tateou o corpo à procura de ferimentos, não encontrando nenhum. Até mesmo seus pulsos, feridos pelas correntes, haviam cicatrizado.

- De onde veio esse sangue?

Rapidamente correra até à janela fechada, empurrando as grossas cortinas de cetim azul marinho. O sol acertara seu rosto imediatamente, produzindo uma sensação desagradável e ao mesmo tempo prazerosa. Aguardou que os olhos arredios se acostumassem com a claridade solar e vasculhou a orla da floresta diante da janela. “Não estou em Hogwarts... Muito menos na cabana de Hagrid. Então, onde estou?”

O vampiro baixara o olhar para o chão, onde havia mais rastros de sangue ressecado. A imagem de Firenze morto viera a sua mente, criando uma sensação de vazio e dor no peito magro. Harry levou à mão direita até próximo ao coração para sentir os batimentos lentos e praticamente inalterados. “Porque não consigo lembrar do que aconteceu noite passada? Posso estar a um bom tempo aqui também. Será que Ângela está nesse lugar? Melhor ir descobrir.” Lentamente o organismo de Harry se adaptada e buscava as vastas reservas de energia. A ardência da sede havia sumido e suas forças voltaram. Havia bebido sangue, mas de quem?

Harry atravessou o quarto repleto de dúvidas, abrindo a porta de carvalho escuro com cautela para não produzir ruídos. A madeira podre acabara estalando mesmo assim, arrancando xingamentos baixinhos do vampiro-bruxo. Cuidadosamente ele esgueirou o olhar pela fresta aberta atrás de qualquer indício de movimentos, porém além do quarto em que estava à cabana possuía apenas mais uma sala alta e ampla, amontoada de pequenos objetos e quinquilharias mágicas. Como não vira ninguém, Harry abrira a porta por completo e dera o primeiro passo, nunca estira tão atento em toda a sua vida. Apesar de não lembrar de quase nada, a sensação e o instinto lhe diziam que deveria ter extrema cautela em terreno desconhecido. A sala possuía um pequeno sofá velho e encardido, uma mesinha, uma televisão antiga e coberta de pó, uma pia recheada de copos e louça suja e outra mesa circular mediana contendo um enorme e suculento peru cozido.

A barriga de Harry produzira um roncar de fome humana que o fizera corar de vergonha. “Não estou com sede vampirica, mas tenho fome humana. Não tem ninguém aqui, se eu pegar um pedaço ninguém vai ver! E além do mais, se aquele peru está ali, é para ser comido.” Concluiu o bruxo mentalmente enquanto avançava com gana sobre a mesa. Arrancou uma das pernas do peru cozido e enfiou na boca, devorando como um animal selvagem e atirando o osso no chão. A fome falou mais alto que a educação no momento, obrigando-o a enfiar a mão no peru e arrancar pedaços com as unhas um tanto compridas. Enfiava o máximo que podia na boca, engolia e repetia todo o ato novamente. Após devorar praticamente todo o frango, Harry sentara-se numa das duas cadeiras e relaxou. Os beiços estavam com pedaços desfiados do pouco que restara do “café da manhã”.

- Isso estava uma delícia... – Suspirou aliviado.

- É bom que tenha gostado.

Harry escorregara e caíra sentado no chão de susto. Um homem de aproximadamente quarenta anos, cabelos prateados e curtos, olhos azuis vivos, alto e magro o observava fixamente da porta. Harry sentira um irritação pelo simples fato de estar na presença do estranho.

- Eu peguei especialmente para você. – Comentou o estranho ajeitando o casaco de couro velho e fedido à fumaça. – Meu nome é Hackbow, e o seu?

Harry continuou calado. O homem tinha um aspecto de sujo e um comportamento extremamente irritante. Hackbow sorriu zombeiro e meneou a cabeça negativamente enquanto retirava um charuto do bolso esquerdo.

- É assim que você agradece àqueles que te ajudam?

- Harry... Harry Potter. – Respondera o garoto subitamente.

Hackbow deixou o charuto cair no chão de tamanha surpresa.

- O menino-que-sobreviveu? Mas você...

O homem visualizou a testa de Harry e, no meio dos cabelos bagunçados e compridos, a ponta da cicatriz surgiu.

- Entendo. É um prazer e uma honra tê-lo aqui em minha casa, Harry Potter.

Harry levantou com dificuldade, havia comido demais e seu estômago, há tantos dias sem fome, gritava de dor.

- Como vim parar aqui? – Grunhiu o vampiro-bruxo. – Porque você me salvou?

- E eu ainda esperava um “obrigada, senhor Hackbow.” – Ironizou ele desencostando da porta e adentrando a cabana.

Hackbow atirou uma sacola feita de pano velho sobre o pequeno sofá e acendeu o charuto com um fósforo da caixa que estava sobre a pia. Harry afastou-se do homem como se este representasse uma grande ameaça.

- Qual é, garoto. Se eu quisesse matar você já teria feito! Te encontrei atirado sozinho e gelado no meio de um bosque. Não sei o que você estava fazendo lá, mas você estava. Resolvi te trazer aqui e então te fazer um frango.

Harry franziu o cenho.

- Onde eu estou?

- Quantas perguntas... – Resmungou Hackbow. – No lado leste da Floresta Proibida. Você por acaso é aluno de Hogwarts?

Harry assentiu positivamente.

- Você está bem longe de casa.

- Bem... Longe? – Gaguejou Harry. - Como assim?

- Mas você é burro ou o que? A sua escola não ensina geografia? Você está no lado leste da Floresta negra, a cinqüenta quilômetros de Hogwarts. Como eu disse, encontrei você atirado no meio de um bosque sozinho. Você estava cheio de sangue, mas não estava ferido.

Harry engoliu a seco.

“Cinqüenta quilômetros de Hogwarts? Como eu vim parar tão longe? Eu estava perto... Como... Como...”

Notando a cara de espanto do garoto, Hackbow soprou uma baforada de charuto na cara de Harry e pôs a mão em seu ombro, assustando-o.

- Não se preocupe, está a salvo agora. Poderei lhe levar até lá amanhã ou talvez depois...

- Eu preciso ir agora! – Exclamou Harry desferindo um tapa na mão de Hack. – Me.. Me diga por onde ir que eu vou.

“Rony e Hermione estão me esperando! Não posso ficar aqui com esse sujeito irritante.” Pensou Harry afastando-se mais uma vez dele.

- Sujeitinho apressado. – Murmurou Hackbow. – Você acha que vai chegar até Hogwarts a pé? Em um dia? Atravessando a área leste da Floresta proibida?

Ele riu em voz alta.

- Se quiser pode ir, é só seguir o caminho de terra batida logo à esquerda. Mas eu não aconselho... Existem criaturas perigosas por aqui e apenas verdadeiros caçadores conseguem viajar e voltar com os braços e pernas inteiros. Nem mesmo alguém que sobreviveu ao lord Voldemort sabe essa façanha.

- Isso não me importa. – Disse Harry ofendido. – Eu sei me virar...

O caçador franziu a testa.

- À vontade então.

Harry lançou-lhe um olhar irritado e, sem agradecer, saíra apressado da cabana. Harry virou à esquerda como dito por Hackbow e avistou o caminho de terra batida diante das cercas que delimitavam a propriedade. Se estava realmente a cinqüenta quilômetros de Hogwarts, havia uma grande distância para percorrer. Estava seguro quantos aos perigos, algo dentro de si lhe dava segurança. Inflou o peito e empurrou o portãozinho, pisando no caminho de terra batida. A única coisa que via além do caminho de terra batida eram árvores, tanto para os lados, como para cima ou para baixo. Plantas estranhas e coloridas beiravam a estrada repleta de armadilhas assassinas. Harry pensara um bocado e então tomara a iniciativa, apressando o passo.

- Eu posso correr, assim consigo chegar mais rápido. Na velocidade vampirica posso reduzir metade do tempo que eu precisaria para...

Alguns estalos de plantas vieram das árvores mais adiante. Harry ergueu o olhar para lá, mas não vira nada. Aguçou a audição inutilmente, pois a floresta voltava para o repleto silêncio. Quando teve plena certeza de que podia continuar, ele prosseguiu. A cada passo que dava a nítida sensação de estar sendo observado aumentava, até que, depois de dois metros de caminhada, as árvores voltaram a mover-se, só que dessa vez mais forte. Uma enorme e achatada cabeça irrompeu das plantas, estirando-se no céu e encarando Harry com os olhos amarelados. O dragão verde possuía cerca de vinte metros de altura, escamas verdes, pedaços de plantas irrompendo de algumas saliências em seu corpo, patas musculosas, garras fortes e dentes que sobressaíam os lábios repuxados. A camuflagem do dragão chegava à ser perfeita.

- Droga... – Murmurou Harry permanecendo imóvel.

O Dragão verde analisou-o, baixou a cabeça, abrira a bocarra e soltara um urro assustador, liberando pedaços de folhas mastigadas e baba sobre Harry. Uma voz em seu interior ecoara na mente diversas vezes: “Corra, corra.” O vampiro-bruxo sabia que lutar sozinho contra a besta e sem varinha não ia dar certo como da última vez, no quarto ano que participara do torneio bruxo. Lembrou-se de Hackbow dizendo que era um caçador, talvez ele soubesse como lutar contra dragões e o salvaria. Esquivou-se de uma abocanhada com um salto e por pouco não tropeçara. O dragão desfizera-se de sua camuflagem para correr atrás de Harry, que agora parecia uma presa mais suculenta do que nunca.

O pânico de Harry aumentara quando não vira a casa de Hackbow após correr todo o pouco percurso que fizera. No lugar onde deveria estar à cabana existiam árvores de caules grossos e folhas abundantes.

- Estava aqui... Estava aqui! – Gemeu o vampiro olhando para trás.

Para a sua sorte, o dragão era lento graças às plantas que grudavam em suas patas. Mas, quando pensara em cantar vitória, Harry sentira uma textura estranha nos braços e nas pernas. A saliva colada em suas vestes devido ao rugido do dragão começava a endurecer e aderir como chiclete, prendendo seus braços na própria blusa. Tentou se livrar da substância viscosa inutilmente. Quanto mais se mexia, mais preso ficava na armadilha.

- Porcaria de saliva! Socorro! Hackbow, me ajude! Hackbow!

Tropeçando nos próprios pés grudados pela substância viscosa, Harry sentia a aproximação do dragão pelas passadas fortes que faziam o chão tremer. O animal, repleto de gana, estirou-se sobre o garoto na tentativa de prendê-lo no chão com a pata para poder comê-lo, porém, a presa havia sumido. Segundos antes de ser esmagado, Harry sentira um puxão no braço que lhe retirava do alcance das garras afiadas do dragão verde. Hackbow pedia por silêncio após traze-lo de volta para o pátio de sua propriedade. Assombrado, Harry olhara para trás: A cabana estava lá. O dragão, arredio, olhava para os lados e nada via. “Uma proteção.” Pensou Harry. “Esse lugar deve estar protegido por alguma magia, por isso não consegui vê-lo.”

Irritada, a criatura bufou várias vezes, se retirando lentamente e voltando a para a posição inicial à beira do caminho de terra batida. Hackbow apenas se moveu quando o dragão definitivamente retornara a dormir profundamente.

- Eu lhe avisei. – Resmungou Hackbow. – Disse para que você esperasse. Eu pensei em deixá-lo morrer, mas resolvi te salvar porque eu sou uma boa pessoa.

Harry estava estirado no chão preso pela substância pegajosa.

- Eu sei, eu deveria ter lhe ouvido. Me desculpe... Eu estava nervoso! Eu não...

- Tudo bem. Espere aqui, vou buscar algo para retirar essa gororoba de você. Esse dragão vem me aborrecendo faz um tempo, ele comeu meus últimos três cachorros de caça.

Hackbow coçou a cabeleira prateada pensativo.

- Por isso nunca tive filhos... – Resmungou enquanto se retirava.

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