A converça



Capítulo 6



- Por que estão acordados tão cedo? - Perguntou Romulus para o jovens que desciam as escadas..

- Oras. Para esperar o Harry. - Disse Rony indo se sentar a mesa.

Era 8:00 da manhã e a cozinha tava cheia. Além dos jovens e de Romulus, ali também se encontravam Remus, Sr e Srª Weasley, Dumbledore, Snape, Tonks, Quim e Mundungo. Moody ainda não tinha voltado de uma missão no exterior, por isso o pessoal ainda não sabia direito quem era Ângela Drans. O único que parecia saber quem era não abriu a boca para contar, nem para Dumbledore. Disse que seria mais interessante ver o Potter ou o Moody contando, pois eles saberiam melhor do que ele. Remus quase voou no pescoço do Snape. Os gêmeos soltaram uma exclamação de decepção por Romulus não ter deixado Remus acabar com o Snape.




- É aqui?! – Perguntou Mael.

- É sim. Vocês não podem ver por causa do feitiço Fidelius. Por isso eu só disse para vocês me trazerem até a rua. – Respondeu Harry.

- Fide...o que?

- Depois eu explico. - Disse Ângela.

- Você vai entrar Ângela? – Perguntou Harry

- Hoje não, deixa para outro dia. Lembre – se, caso precise de algo, sabe onde me achar.

- Espero que você possa sair uma noite dessa Harry. Para podermos nos divertir, sabe, nós não saímos só para beber sangue. Que tal irmos em umas festas, pegar umas gatas.- Disse Mael marotamente.

- Que sabe, não é uma má idéia. – Respondeu Harry no mesmo tom. Harry mudou um pouco nesses poucos dias, ele resolveu curtir mais a vida, se soltar mais. Talvez tivesse a eternidade pela frente ou talvez não, já que ainda tinha a profecia. – Uma coisa: Essa marca da sua mordida não vai sumir não? É porque alguém vai acabar perguntando o que é, e eu não sei o que dizer. Acho que não vão acreditar que é picada de mosquito.

- Deixa que eu dou um jeitinho nisso.- Disse Susan se aproximando do Harry. Ela chegou perto dele e deu um chupão em seu pescoço. Angela levantou uma sombracelha e Mael estava abafando uma risada.

- O que você fez? – Perguntou Harry tão vermelho quanto os cabelos dos Weasleys.

- Só dei um chupão no seu pescoço. Assim você pode falar que estava com uma garota. Gostou da idéia? – Disse Susan se afastando depois de dar um selinho na boca de Harry e sendo acompanhada pelo olhar surpreso de Angela. Mael não agüentou e ria abertamente agora.

- É....obrigado. – Disse Harry totalmente sem-graça, passando a mão nervosamente pelos cabelos, despenteando-os mais.

- Bem, acho melhor irmos, não to me sentindo muito bem nesse sol,não sei como vocês conseguem, e ainda estou com sono. – Disse Susan. – Até breve Harry. – Disse ela bem sensual piscando para ele. Isso fez Ângela revirar os olhos e suspirar, enquanto Mael tinha uma expressão marota.

- Até Susan. - respondeu meio encabulado – Tchau Mael. – Disse Harry apertando a mão do vampiro.

- Tchau Harry, e se cuida. – Disse Angela beijando o rosto de Harry, que sentiu uma quentura subir pelo corpo e onde ela beijou formigar. – Se precisar, procura. E vê como você vai contar sobre seu novo estilo de vida.

- Pode deixar. – Respondeu Harry ainda um pouco abobado. – E Anggie, será que você poderia me manter informado sobre as decisões de Alberon sobre essa guerra que ele quer fazer? Se não me bastasse o Voldemort tem mais essa.

- Pode deixar, te informarei. Agora, tchau. - Disse ela piscando e indo embora sendo acompanhada pelos outros dois vampiros.

Harry viu eles se afastando até sumirem e foi com suas coisas até as casas 11 e 13 de Grimmauld Place. Suspirou.

- Chegou a hora. – Harry estava vestido com uma calça jeans preta com uma bota também preta, uma camisa sem manga preta e um colete negro com detalhes prateados. Tinha um óculos escuros no rosto, pois o sol incomodava a visão. Caso alguém perguntasse sobre seus óculos de grau, ele diria que a amiga que o salvou fez um feitiço para não precisar usa-los, mas mesmo assim ele trouxe os outros óculos, que agora não passava de aros com um vidro comum, sem grau, só para disfarçar. Harry olhou para o relógio. Marcava 9:36. Ele então pensou “A Ordem da Fênix fica em Grimmauld Place N° 12”, então a casa começou a aparecer, junto com a tristeza da morte de Sirius. À medida que a casa mais aparecia, maior era a tristeza. Depois que a casa apareceu por completo, ele subiu os degraus da entrada e bateu na porta.






Na cozinha todos conversavam e se divertiam, principalmente os gêmeos.

- Ele não disse que horas vinha não mamãe? – Perguntou Gina. Há essa hora Tonks, Quim e Sr Weasley já tinham ido para o ministério, mas voltariam mais tarde. Snape também já tinha voltado para Hogwarts, disse que não tinha tempo a perder com os caprichos do Potter.

* toc, toc, toc*

- Ele chegou! – Disse Remus que se adiantou e correu até a porta para abri-la. Todos os outros seguiram-no e ficaram um pouco afastados esperando.
Então Remus, pegou a varinha e deu um toque na porta, fazendo com que as fechaduras se abrissem, para logo abrir a porta e dar de cara com um Harry com um sorriso de orelha a orelha, por ver de novo o amigo de seus pais. Remus não perdeu tempo e deu um forte abraço. Como Ângela havia dito, Harry se sentiu um pouco estranho na presença de Remus. Esse também sentiu, mais achou que era a emoção de ver Harry ali, são e salvo.

- Que bom que você está bem, você quase me matou do coração rapaz! – Disse Remus com um grande sorriso, enquanto ajudava Harry a colocar as coisas para dentro. Assim que Harry entrou, foi praticamente esmagado pelos abraços de quase todos os que estavam ali. Depois todos seguiram para a cozinha, para tomar café e conversarem.

- O que você quer comer Harry querido? Você ta tão magrinho. Não tinha comida na casa dessa moça que te salvou não? - Disse a Srª Weasley colocando ovos mexidos e bacon no prato de Harry. Mais uma vez Angela tinha razão, quando levou a comida à boca, se sentiu um pouco enjoado, mas disfarçou bem.

- Fico aliviado que esteja bem Harry. Mas cadê a sua salvadora? – Perguntou Dumbledore para Harry.

- Ela não pode vir, tinha umas coisas para resolver, mas eu conversei com ela e ela vai fazer o possível para falar com o senhor.

- Você contou para ela onde fica a Ordem?

- Hã...não. Ela fez parte da primeira Ordem, mais foi por pouco tempo, mas.....quem é você? – Harry se sentia um pouco incomodado com o homem.

- Ops, que cabeça a minha. Harry quero que conheça meu irmão: Romulus Lupin. Eu não tinha lhe falado antes sobre ele, pois ele estava em constantes viagens, à procura de uma cura para o nosso probleminha de lua cheia.
- Prazer. Quer dizer que o senhor também é um lobisomem. “ Isso explica o incomodo”

- Prazer em conhece-lo também Harry, Remus me falou muito de você e por favor, chama-me de Romulus. É, eu também sou um lobisomem. Remus me mordeu acidentalmente quando eu tentava ajuda-lo.

- E então Harry, quando é que você vai contar o que aconteceu?

- RONY! – Repreendeu Hermione

- Que foi? Vai dizer que você não quer saber?

- Bem,... eu quero, mas....

-Mas o q....

- Vocês já vão começar com a briga conjugal? – Falou Harry, fazendo com que os outros rissem, enquanto Mione e Rony ficavam extremamente vermelhos. – Já que vocês querem ouvir. Eu fui atacado por comensais enquanto ficava esperando do lado de fora pelo Remus. Bellatrix me atingiu por trás com um feitiço e me derrubou. Eu tentei reagir, mas fui desarmado e eles ainda eram 7. Covardia. Mesmo sem varinha eu tentei alguma coisa, mas não consegui. Então Angela apareceu e me salvou. – Disse Harry olhando nos olhos do Diretor, e esse entendeu que não era só isso e que eles precisavam conversar em particular.

- Como assim Harry? Ela sozinha te salvou? E como aquele comensal quebrou o pescoço? E que marca é essa no seu pescoço?

Harry não sabia direito o que dizer. Não esperava ser bombardeado assim, ele pretendia conversar com Dumbledore e Remus antes, para contar tudo e depois formular uma historinha para os outros.

- Bem..... ela é bem poderosa e esperta e... conseguiu espantar eles. O comensal... acho que deve ter sido o feitiço que ela lançou nele e talvez ele tenha caído de mal jeito e a marca no meu pescoço foi uma... garota que ...conheci. – Disse Harry corando violentamente no final.

- Harry, será que se você não estiver muito cansado poderíamos conversar? -Disse Dumbledore se levantando.

- Claro.

- Mas Harry....

- Depois eu falo mais Rony. Será você também pode vir Remus?

- Claro. - Disse Remus saindo da cozinha atrás de Harry e Dumbledore.

- Ele ta um pouco diferente, não acham? – Perguntou Mione.

- Deve estar um pouco abalado pelo que aconteceu Hermione.

- É. Talvez seja isso Srª Weasley. – Disse Mione olhando significamente para Rony e Gina, que sacaram que havia algo naquela história.





Chegando ao escritório, Dumbledore estendeu a mão indicando a cadeira atrás da mesa para Harry se sentar, indo logo depois sentar em uma pequena poltrona à frente da mesa, ao lado de Remus.

Dumbledore e Remus fitavam, enquanto esse olhava para o teto pensando na reação deles. “ Só espero que não enfiem uma estaca em mim”, pensou.

- Bem... já que você não quer começar Harry, eu começo - começou Dumbledore – Sirius deixou um testamento, onde ele deixa essa casa, o dinheiro do cofre dele e do cofre da família Black para você, já que os outros membros dessa família não podem recorrer, tudo é seu e não pode ser revogado. Já que você é o novo proprietário, tenho que perguntar se você permite que a sede da Ordem ainda seja aqui. Caso você não queira que fiquemos pode di...

- Podem ficar.....Onde está monstro? Ainda não o vi. – Podia- se sentir dor, tristeza e ódio na voz dele, por mais que tentasse disfarçar.

- Mostro morreu. – Respondeu Remus, tentando disfarçar a tristeza na voz, já que assim como Harry, sofria a perda do amigo.

-hum.....

Um silêncio incomodo se instalou por uns 5 minutos até que:

- O Fudge ainda pede conselhos a você profº Dumbledore?

- Não mais Harry. Ele quer agir por conta própria para tentar reparar o erro de não ter preparado o mundo mágico contra o Tom. A reputação dele ficou muito abalada com isso e ele não quer correr o risco de perder o posto de Ministro.

- Então ele não ta fazendo as coisas direito. E vai provocar mais problemas, um bem grande para ser preciso.

- Por que você diz isso Harry.

- Ele não tá sabendo lidar com certas pessoas e elas não tão gostando da maneira que ele as tem tratado, se ele não mudar a postura com elas, bem.... talvez tenhamos mais uma guerra pela frente.

- Mais uma? Como assim?

- Ele não ta sabendo lidar com os...

- Com os...?

- Vampiros. E eles não estão gostando nada disso. E Alberon, o líder dos vampiros, está disposto a fazer guerra.

- Como você sabe disso Harry? – Perguntou Dumbledore calmamente, olhando nos olhos de Harry.

Harry abaixou a cabeça e falou baixinho:

- Porque eu sou um deles agora.

- Eu não entendi.

- Eu disse que sou um vampiro Lupin. – Disse Harry olhando agora dentro dos olhos do seu ex-professor de DCAT.

Finalmente caiu a ficha de Remus e ele ficou atônico. Dumbledore continuou na mesma.

- Mas....como...isso aconteceu?

- Foi no dia do ataque. Eu fiquei muito ferido pelas maldições que me lançaram até que a Angela me salvou e levou para o esconderijo dela. Ela disse que não se podia fazer muita coisa por mim. Minha morte era certa. Então ela comentou que havia um jeito e eu aceitei. Ela tentou me fazer recusar dizendo isso e aquilo, mas eu estava determinado a fazer qualquer coisa. Então ela disse que era uma vampira e eu entendi o que ela ia fazer. Eu continuei firme na minha decisão. Ela me mordeu e me deu uma nova oportunidade, por assim dizer.

- Você pensou nas conseqüências Harry?

- Pensei Lupin. E mesmo assim aceitei.

- Vingança não leva a nada Harry. – Disse Lupin já aumentando o tom de voz.

- Hum.... Angela me perguntou algo parecido e vou te falar o que disse para ela: não é por vingança.

- PARECE QUE VOCÊ NÃO PENSOU. HARRY...VOCÊ NÃO PODE QUERER SER O HERÓI TODA A VIDA!!! VOCÊ NÃO PODE SALVAR O MUNDO DO VOLDEMORT SOZINHO.

- EU PENSEI SIM. E SE FIZ ISSO FOI POR VOCÊ, PELO RONY, PELA MIONE, PELOS WEASLEY, POR TODOS!!! E VOCÊ SE ENGANA EM UMA COISA: EU SOU O ÚNICO QUE PODE ACABAR COM VOLDEMORT. FOI POR ISSO QUE ACEITEI. PARA QUE TODOS TENHAM UM FUTURO SEM ELE!!!!

- PARE DE FALAR COISAS SEM SENTIDO HARRY. JÁ PERCEBEU QUE A SUA VIDA VAI SER AMALD...

- NÃO TO FALANDO NADA SEM SENTIDO. E SIM, EU PENSEI QUE A MINHA VIDA IA SER AMALDIÇOADA E QUE QUANDO MORRER TALVEz NÃO TENHA NEM A CHANCE DE VER SIRIUS E MEUS PAIS, MAS MESMO ASSIM ACEITEI. AQUELA MALDITA PROFECIA DIZIA QUE SÓ EU POSSO ACABAR COM VOLDEMORT E É ISSO QUE VOU FAZER.

- A PROFECIA QUEBROU.

- MAS DUMBLEDORE SABIA O QUE TINHA.

- É melhor vocês sentarem e se acalmarem. E também acho melhor você voltar ao normal Harry. – Disse o sábio Diretor. Só então Harry e Lupin perceberam que estavam de pé. Remo olhou do diretor para Harry e viu os olhos vermelhos e os dentes pontiagudos do jovem voltarem ao normal. Harry no calor da “briga” nem percebeu que havia se transformado. “Tenho que controlar isso, senão vão descobrir logo, principalmente quando der de cara com o idiota do Malfoy”, pensou Harry. Agora os dois já tinham se sentado novamente e olhavam para o direto. Esse suspirou e disse:
- É Remus, eu sabia o que tinha na profecia. Assim como Lílian e James.

- E o que é?

Dumbledore contou a Remus o que dizia a profecia. Esse ficou tão espantado que parecia ter entrado em estado de choque, até que voltou ao normal depois de uns tapinhas na cara que Harry deu.

- Enquanto a você Harry, essa foi a sua escolha e eu o ajudarei no que puder. Pode contar com esse velho caduco.

- Obrigado professor. – Disse Harry com um sorriso no rosto, virando o rosto para ver Remus. Esse o encarou e:

- Pode contar comigo também. Você sabe que eu nunca o abandonaria, só estava preocupado, mas.... você pretende contar para os outros?

- Claro que não. Eles não precisam saber. Só contarei se for extremamente necessário e espero que vocês também não contem a ninguém.

- Quando você for para Hogwarts darei um jeito de você suprir suas necessidades Harry. Mas te digo que talvez não seja sangue humano, ao menos que de para comprar naqueles lugares que o os trouxas chamam de Banco de Sangue.

- Para mim está ótimo que seja de algum animal, assim eu posso tirar um pouco da cabeça essa coisa de morder gente.

- Bem, essa conversa foi longa e já está na hora do almoço. Eu nessa idade não posso deixar de me alimentar, principalmente da comida da Molly. Vamos? Disse Dumbledore com um leva sorriso abrindo a porta para que os outros dois saíssem.

- Eu não estou com muita fome. Vou para o quarto descansar. – Falou Harry indo em direção ao quarto.

- Por mais difícil que seja isso e ainda que pareça desumano o que direi, ainda bem que eles fez isso. Ele viu os riscos e sacrifícios, mas mesmo assim aceitou. Teve muita coragem. – Disse Dumbledore para o Lupin enquanto desciam para a cozinha. – Um verdadeiro Griffyndor.

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