Será que tudo terminou?

CAPITULO 12
Será que tudo terminou?

- Ah, até que fim! – Padma desabafa sentando-se pesadamente no banco do vagão.
Era sábado à tarde e há mais de uma hora os alunos estavam no trem voltando para Hogwarts.
- Vamos Draco – Hermione pega a mão de Draco e puxa para fora do vagão dos monitores chefes.
Assim que se vêem longe do vagão, em um canto bem isolado do corredor, Draco encurrala a menina.
- Mione, por que saiu da festa ontem cedo, sem falar nada? Aconteceu algo?
- Não, claro que não. Só fiquei de repente com sono e sai. – ela tenta explicar nervosa.
- Essa desculpa não está colando – ele intima mais uma vez, a olhando firme. – O que realmente aconteceu?
- Ok! Conto. É o que o Duda mais uma vez veio com aquele papinho mole, tirou uma casquinha de mim... – e ela cora de raiva ao se lembrar dos fatos.
- Aquele idiota... – esbraveja o garoto, dando um soco na parede.
- Não, mas fique calmo, nada aconteceu. – ela o abraça – o Harry chegou a tempo de evitar qualquer coisa.
- Oh, sim! Se não bastasse foi salva por aquele metido a herói de meia tigela. Ah, mas se um dia eu tenho a infelicidade de barrar de novo com aquele Duda Dursley, aí, ele vai se ver comigo. Vou pegar aquele verme! Imagina tentar se aproveitar de você... – Draco estava roxo já de raiva, xingando palavras que Hermione nem imaginava que existisse. Ele só pára quando é interrompido por alguém.
- Draco, eu entendi direito, ou você está puto por aquele trouxa ter dado uns garros na sangue ruim, ex-cabelo de vassoura? – o sonserino Blaise aparece, saindo de uma das cabines. – amigão, não to te reconhecendo. Não foi você mesmo que fez um acordo com o próprio Duda, no começo da viagem, de agitar a Granger para ele em troca daquela pitel trouxa? Como era mesmo o nome dela? – ele continua.
Blaise visivelmente confuso encara o amigo. Draco por sua vez, não presta atenção no amigo, e só fica olhando para Hermione, que o fitava confusa.
- H-he-her-... Hermione... Eu posso explicar... – tenta Draco, pegando a mão da garota.
Bruscamente, Hermione retira a sua mão da dele e sai correndo o mais rápido que pode.
Quando Draco esboça um movimento em direção à garota, mas Blaise se coloca a sua frente, impedindo a passagem.
- E ai, o que me diz? – Blaise pergunta.
- Vai pro inferno! – Draco esbraveja antes de sair andando na direção do vagão mais próximo.
- O que deu no meu amigo? – Blaise se pergunta antes de voltar para o seu vagão.

*

A viagem de volta a Hogwarts foi um tormento, pelo menos para o casal, ou ex-casal. Draco fez todas as rondas sozinho, enquanto Hermione ficava trancada no banheiro chorando.
Os dois só voltaram a se ver já dentro do Castelo, isso porque era um encontro que Hermione não conseguira evitar. Houve troca de olhares carregados de ódio e mágoa, uma tentativa de aproximação de Draco, que no final não deu em nada.
Logo que acaba o jantar, Hermione vai direto para o seu quarto, não estava com saco para conversas, perguntas e nem sorrisos, só queria se recolher em seu quarto, dormir e esquecer daquele dia para sempre.
Já deitada em sua cama, o sono não vem. A única coisa que faz é chorar e chorar sem controle.
- Hermione, nem falou comigo direito, saudades amiga – uma ruiva adentra o quarto que nem um furacão.
- Desculpa, Gina – diz Hermione limpando as lágrimas antes de se virar – estava com um pouquinho de dor de cabeça e vim direto dormir. – diz bem pouco convincente.
-Hermione você não me engana – e se senta na cama da amiga – ou sua dor de cabeça não é só um pouquinho, ou você está mentindo para mim. E, quer saber aposto na segunda opção.
- Gina, podemos conversar amanhã? – suplica a castanha – vou estar melhor. E além do mais, você deve estar louca de matar a saudades do seu amor, pode ir lá!
- Ok, ok, você venceu! Estou morta de saudades do Harry. Mas, olha amanhã você não me escapa.
Hermione lança um sorrisinho triste para a amiga, que logo sai do quarto. Assim que ela se vê sozinha novamente recomeça a chorar. Lembrar de casais felizes, como Harry e Gina, não é o remédio que precisava. Não mesmo!
- Por que fui logo me apaixonar por aquela doninha quicante? Até com meu amor não correspondido com Harry era mais feliz. – ela reflete.

Se a noite não estava boa para Hermione, para Draco, estava péssima. Não conseguira arrumar uma boa desculpa para se afastar de seus companheiros de casa. Teve de ficar até altas horas fingindo um contentamento que não sentia. Ainda bem que como um bom Malfoy, sabia representar em ocasiões tediosas como essas.
- Draco, o que foi aquilo de você e a Granger no trem? – Blaise questiona.
- Aquilo o que? – Pansy entra no meio da conversa, dando um jeito de se esfregar em Draco, assim que se vê ao seu lado.
- Já disse que nada! E pára de me fazer perguntas sem sentido.
- Certo, senhor melindroso, não está mais aqui quem falou!
- Bom, a festa está boa, mas estou cansado. Vou pro quarto. – declara Draco, vendo que já fez sala o suficiente, mais do que suas forças permitiam.
E se retira rapidamente, fugindo dos braços de Pansy que insistia em agarrá-lo. Ao chegar ao quarto, toma um banho e vai se deitar na cama.
- Como resolverei essa situação? – fala ele para si, antes de pegar no sono.

***

Na manhã seguinte, Hermione fica na cama sem vontade de descer para o café da manhã e nem conversar com seus amigos.
- Ah, não, Mione. Pode colocar uma roupa e vamos descer para almoçar – Gina entrou no quarto, intimando à amiga.
- Desculpa, Gina, mas não estou com clima nenhum. – Hermione murmura, tampando a cabeça com a colcha.
- Mione, o que aconteceu com você naquela viagem?
- Nada Gi...
- Hermione, te conheço... Desabafa comigo, posso te ajudar...
- Ok Gina, preciso mesmo falar com alguém... Estou me sentindo tão mal. - após dizer isso, ela se debulha em lágrimas.
- Gi... Apaixonei-me...
- Sério Mione? Não me vai dizer que é por um trouxa, que teve de abandonar ao voltar para Hogwarts? Ah Mione, por que você não se rebelou e fugiu para ficar com ele? Ia ser tãoooo romântico.
- Gina, não viaja. Apaixonei-me, infelizmente, mas é por um garoto de Hogwarts e...
- Não me fala que voltou para o mala do meu irmão – interrompe Gina, voltando a falar que nem uma tagarela – ah Mi, você sabe que ele é um ogro, sem coração, por quem não vale a pena sofrer.
- Ô Gina, vai me deixar falar ou vai continuar fazendo suposições?
- Desculpa – e ela cora, ficando vermelha igual à cor do seu cabelo.
- Acho... Eu acho que me apaixonei pelo Draco...
Gina arregala os olhos surpresa.
- D-R-A-C-O? Draco Malfoy?
- Sim, aquele loiro desgraçado, filho da mãe que conseguiu entrar no meu coração, não sei como – confidencia a castanha aos prantos.
- Como isso foi acontecer amiga? – Gina a abraça.
- Não sei, sou uma trouxa literalmente, só pode ser isso. Ele ficou gentil, me derreti, baixei a guarda, e cai de amores por ele...
- Mione, acontece. Confesso que não é fácil resistir àqueles olhos azuis, aqueles músculos e aquele cabelo que cai aos olhos...
- Ô Gina...
- Ta bem desculpa, mas vamos confessar, ele é gostoso, apesar de ser um crápula.
- Ok, não quero pensar nos músculos, nem nos olhos de Draco e, muito menos, nos beijos dele...
- Ele beija bem?
- Beija bem? Demais... – ela responde sem pensar. – O que estou falando... Ai vamos mudar de assunto. E ai, já conseguiu matar as saudades de Harry?
- Sim, mas ele anda estranho, sei lá. Aconteceu algo com ele na viagem?
Hermione se lembra rapidamente de Harry agarrado com Cho, mas balança a cabeça, esse era um problema que não poderia ajudar Harry, ele teria de resolver.
- Que eu saiba nada, Gina!
- Deve ser impressão minha então. Ai, nunca mais o deixo ir longe de mim. Estava morrendo de saudades, não sei quanto tempo agüentaria sem ele...
- É o amor – comenta Hermione, dando um sorriso meio triste.
- É adoro o Harry e tenho certeza também que ele me ama. É tão carinhoso, agora mais que antes, nossa, como é bom ter ele ao meu lado. – a ruiva se derrete.
- È... É assim – aquele papo não estava fazendo bem a Hermione, ao invés de extravasar e falar de sua raiva de Draco, a única coisa que conseguia sentir era saudades, muitas saudades de deitar em seus braços, do seu beijo, do seu cheiro...
- Gina, está ai? – alguém grita atrás da porta.
- É o Harry, pode ir Gina, vou ficar bem. Prometo comer algo, só não quero descer agora e ver você sabe quem...
- Ok, antes da janta venho aqui conversar mais com você e te trago algo para comer.

***

Já era noite e Hermione decide sair antes que Gina voltasse exalando todo aquele mel. Adorava a amiga, mas não estava no clima para as peripécias amorosas do casal.
Andando sem destino certo, ela pára em frente ao lago, olhando o nada, pensando em sua vida. Distraída e alheia ao que acontecia a sua volta, não percebe quando alguém se aproxima.
- Hermione... É você? – a garota dá um pulo assustada – Mione...
Hermione gela, agora prestando mais atenção reconhece a voz, era Draco. Ela se vira lentamente e o encara. Ficam se olhando por um longo tempo em silêncio, antes de ela sair correndo.
- Não Mi, vamos conversar, me espera. – Draco corre atrás da garota, e rapidamente a alcançou, segurando seu braço fazendo-a parar.
- Me solta – ela murmura.
- Mione, te amo, por favor, me escute.
- Me ama? Inventa outra.
- Estou falando serio. Te amo, e muito.
- Mas eu não. – e chorando ela sai correndo para dentro do castelo.
Draco dessa vez não corre atrás, estava estático.
Como assim Hermione não o amava?, Ele pensa.
E limpando uma lágrima que teimou cair do seu olho, volta para o seu quarto.

***

Enfim, as aulas recomeçam para os alunos do último ano.
- Quero minhas férias de volta – choraminga Rony aos dois amigos, Harry e Hermione, enquanto se encaminhavam para a primeira aula, a de transfiguração.
- Pense pelo lado positivo, nossa primeira aula é junto com a Corvinal. – Harry comenta rindo.
- Nem isso me anima. Mil vezes ver a doninha quicante do Draco e CIA LTDA, do que voltar às aulas.
- Não diga asneira – Hermione fala meio brava. - e vamos antes que a aula comece.
Os meninos olham para a cara da amiga, trocam um olhar que dizia “as coisas nunca mudam” e a seguem até a aula.
- Sentem-se – ordena a professora McGonagall que já estava em sua mesa, esperando para começar a aula.
Minutos depois, com todos em sala, a professora se levanta e começa a aula.
- Antes de qualquer coisa, quero parabenizar a todos pela impecável estada de vocês na escola trouxa. Não esperava menos de vocês. – ela diz quase emocionada a todos – e Hermione e Miguel, hoje têm reunião dos chefes dos monitores, na minha sala depois do jantar.
- Não – Hermione murmura meio sôfrega.
- Disse alguma coisa, srta. Granger?
- Nada não professora.
- Então comecemos.
E assim se dá a primeira aula do ano.

***

- Hermione, você não tem reunião hoje?
- Ah, Harry, você tinha que me lembrar...
- Sabe Mione, você anda muito esquisita, antes você nunca esqueceria um compromisso. Aconteceu algo?
- Não, nada. Vou indo.
E vai saindo antes que o amigo fizesse mais perguntas. Sempre sentiu que poderia confiar cegamente em Rony e Harry, porém, não tinha certeza se aquele assunto seria bem recebido. Na verdade, tinha certeza que não.
Assim que chega à sala, vê que foi a ultima. Isso já estava virando um mau costume.
- Bom, queria...
E todo o blábláblá começa. Hermione com a cabeça em outro lugar, ou melhor, em outra pessoa, não presta atenção nem um segundo no discurso e nas orientações da professora. A todo instante, mesmo sem querer, se pegava olhando fixamente para Draco, que a encarava sem pudor nenhum. Em um momento, Hermione podia jurar tê-lo visto fazendo algum sinal para ela.
Assim que McGonnagal os liberou, Hermione tenta sair rapidamente, mas é impedida por alguém.
- Tenho de falar com você, Hermione.
- Ai Padma, não pode ser outro dia!?
- Não, é rápido.
- Fale logo então... – ao responder, repara Draco sair da sala. – o que é?
- Ah, você finge que não sabe? Você ganhou a nossa aposta, olha Hermione que eu julgava impossível você conquistar o Draco. Mas, pelo que pude reparar você conseguiu mesmo, ta que ta amiga.
- O que? Aquilo... Mas...
- Mas o que??? – alguém entra na sala, interrompendo a conversa – Você apostou que me conquistaria?!
- D-r-a-c-o?
- Acho que esse é meu nome. E agora, o que me responde?
- Não tenho de te dar satisfações.
Nesse momento, Padma sai calada da sala.
-Ok, só me responde uma coisa, o prêmio foi bom? – irônico ele pergunta.
- Que prêmio?
- O da aposta. Você com todo esse moralismo, me condenando por um deslize, uma bobeira, mas saiba que sempre fui verdadeiro, enquanto estive com você. Tudo que fiz, nem te conhecia direito, mas você... Você fez tudo pensado, premeditado...
- Draco... – ela sussurra. – Não foi bem assim... Foi em um momento de raiva que falei aquilo, que fiz aquela maldita aposta. Mas logo depois esqueci. Nem me recordava. Juro. Você tem de acreditar em mim.
- É importante que eu acredite em você?
- Claro.
- Por quê?
- Por que... – “porque te amo”, pensa ela. Mas diz outra coisa. – porque, não gostaria que tivesse uma imagem ruim de mim... Não sou de fazer apostas com os sentimentos dos outros...
- Ah, sim. Você pode ser inocente, mas eu não. Sabe Hermione, nunca daríamos certo. Somos parecidos demais.
- Parecidos? – Hermione pergunta curiosa, não achava que tinha nada parecido com o Sonserino, apesar de amá-lo de todo o coração.
- Não acreditamos um no outro.
E após dizer isso, sai.
Hermione fica na sala por um tempo, chora, soluça, mas se recompõe a tempo de ir para o quarto dormir.
- Acabou! – fala antes de pegar no sono.


***
CAPITULO BETADO. OBRIGADA ANDREIA.

N/A: Demorei, mas postei. Capitulo meio melancólico né? Triste. Todos os terminos são tristes... but acontecem. Espero que tenham gostado.
E prometo tentar postar pelo menos na próxima semana o novo capitulo.
Beijos...
ESPERO QUE CONTINUEM AQUI!!!


RECADINHOS...

- Pá Tonks, brigadinha por comentar aqui... tava uma merda mesmo, não sei se o prox está melhor, espero que sim... Continue aqui, e opine no que quiser, me dê dicas (adoro), é com a ajuda dos outros, que posso melhorar. Ah, e pode deixar que quando tiver um tempo passo lá na sua fic. Beijos.

- Mionezitáh ;), Ah, que bom que está gostando. Demorei mas postei mais. Beijo.

- jay-chan, ah que fofo, fique atenta aos próximos capítulos hein, momentos de tensão para o nosso casal predileto... e para outros também... aiai, fase das trevas na fic... beijos.

- Luísa :), um pouco depois que eu prometi, mas está ai. E concordo com você, escrever na sala de aula vira um vicio, ainda mais se a aula é bem tediosa. Confesso que nas aulas não estou podendo mesmo escrever, as aulas da facul andam puxadas... but, sempre que tem um tempinho... tento né?

- Wanneli da Silva Rosa, fofo ele né? But acho que tudo isso vai mudar. O lado ogro dele deve ressusgir, aiai, eu e minha boca grande, melhor mudar de assunto. Demorei um pouco a postar, mas dessa vez vou tentar ser mais rápida! Beijo.

- Anna Otaku, que bom que está gostando da fic. Tenho até de passar na sua ´para ver se att. Espero que sim, hein! Você é bem mais enrolada que eu (rhum) rsrs. Vai dar rolo mesmo aquela historia, Malfoy e Mione tem passados meio negros, né? Começaram errado, espero que eles consigam se corrigir, né? Só podemos torcer por eles... bom, espero que goste desse prox cap, beijos.

- Artemis Granger, é, demorei um pouco, né? Mas não desiste que nunca abandono nada! Esperp que continue gostando da historia. Quanto a betar, uma menina me prometeu betar, mas vamos ver, até agora não me entregou nada, vou conversar com ela e qlqr coisa falo com você. Brigadinha, hein. Muito legal da sua parte se oferecer... beijossss

- molambo, huashua, ok, espero então que continue viciada aqui.
Beijos.

- ♥ May W. Potter ♥, seu? Será que sempre teremos de discutir isso? Draco é meu e sem discussão. E quanto ao Clone, se conseguir algum, te mando. Auhshuauhsa;. Aind abem q Duda, pelo menos por enauqnto é coisa do passado, os beijso dele são nogentos. Bom, espero que goste do próximo cap. Beijos.

- Teresa, dessa vez não foi o Draquinho, foi o herói dos heróis, dessa vez Harry salvou a situação, porque tadinha da Mione, ser abusada por aquele loiro aguado, eca! Bom, esta ai o novo cap, espero que goste. Beijos.

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