Regresso a Hogwarts



Regresso a Hogwarts

Primeiro de setembro era uma época importante em toda a Europa, era o dia em que a melhor escola de Magia e Bruxaria do mundo voltava a receber seus alunos, os quais vinham de toda parte do mundo. A estação nove e meia era considerada um ponto neutro por abrigar tantas pessoas de facções rivais, ali se podia ver desde comensais até mesmo cavaleiros da fênix deixando seus filhos e apesar de tantos lados opostos estarem em um mesmo lugar, o clima de rivalidade era momentaneamente esquecido para as despedidas de seus filhos.

Entre tantas pessoas que ali se encontravam, poucos chamavam atenção e, entre esses poucos, estava Lucius Malfoy, comensal renomado e general das forças das trevas, um dos dez de confiança do Lorde Negro. Pelo outro lado havia os famosos Weasley’s rivais dos Malfoy e defensores dos ideais de Dumbledore, junto a eles havia os Longbottom, que eram claramente duas das pessoas mais fortes da Aliança da Fênix, visto que eles enfrentaram o próprio Lorde das Trevas várias vezes e saíram vivos para contar a história.

_Assim que souber quem é o professor de DCAT, me comunique. -Fala Lucius Malfoy ao seu filho, porém o tom não era nem um pouco amistoso. _O Maldito velhote manteve em segredo de todo mundo.

_Essa noite mesmo eu lhe comunicarei. -Responde Draco, os olhos cinzentos estavam vazios como se não tivesse a mínima vontade de fazer aquilo. Ele olhou distraído para um local e viu os cabelos ruivos de alguém conhecido, então desviou os olhos.

_Faça isso. -Diz Lucius dando as costas. _Lhe mandarei dinheiro em breve. -Fala indo embora, deixando seu filho para trás, não que Draco Malfoy se importasse, já estava acostumado.

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O Sr. e a Sra. Weasley estavam finalmente vendo seu filho, se bem que só para mais uma despedida. Não viram Rony ou Gina durante boa parte das férias. No momento conversavam alegremente perto da locomotiva, os irmãos estavam felizes, pois Carlinhos estava ali também e fazia tempo que não viam o irmão. Ouviram historias sobre ele durante as férias, mas nada que não passasse de boatos, pelo menos assim eles julgavam

_Comportem-se. Ronald não quero receber nenhuma carta dizendo que você saiu duelando pelos corredores. -Fala a matriarca Weasley em seu tom mandão e sério que ninguém da própria família ousava contrariar.

_Isso só aconteceu três vezes. -Fala Rony à contra gosto.

_Não importa quantas vezes aconteceu. -Fala o Sr Weasley de modo sério. _Não quero que você saia por aí arrumando encrenca com ninguém, nem com o Malfoy.

_Acho que já está bom de bronca. -Fala Carlinhos em tom apaziguador. _Rony e Gina tomem cuidado, pois essa estranha paz não vai continuar. Dizem que os comensais e guerrilhas já estão se movimentando, então nada de sair escondido do castelo ou passear na floresta proibida.

_Pelo que eu sei, eles só estão atrás desse tal Atlas. -Fala Gina não ligando muito e nem notou a mudança nos olhos do irmão mais velho. _Pelo que andam falando desse cara, nem se um exército fosse atrás dele conseguiriam capturá-lo.

_Mesmo assim. -Fala Carlinhos em tom sério, em seguida sorriu para a irmã. _Bom, já é hora de vocês entrarem, o trem vai partir logo, logo. -Diz Carlinhos ainda sorrindo, os irmãos recebem um abraço do pai e um abraço quebra costela da mãe e entram no trem, não demorando muito a aparecem na janela.

_Tchau Carlinhos! Espero te ver em breve maninho. -Fala Gina acenando.

_Nos veremos muito em breve. -Fala Carlinhos assim que o trem começa a andar, não dando tempo de a irmã fazer perguntas.

_Está tudo bem não contar para eles? -Pergunta Arthur.

_Eles vão acabar descobrindo sozinhos. -Fala Carlinhos não ligando muito.

_Mas será que estará tudo bem em vocês irem para lá? -Pergunta a Senhora Weasley preocupada, lembrando do choque ao ver o filho com aquele rapaz. _Quer dizer, vocês são procurados por comensais e caçadores de recompensas em todos os cantos e vão direto para o local onde os filhos deles estão.

_E se ele perder a calma? -Pergunta Arthur.

_Não lembro um dia sequer de vê-lo perder a calma ou demonstrar que perdeu a calma. -Fala Carlinhos olhando para um ponto da estação, vendo três pessoas de negro o observando atentamente. _O problema é se tentarem matá-lo, pois quando isso acontece, ele sempre revida. -Ele apontou discretamente para os três caras, seus pais disfarçadamente olharam na direção dos três e acenarem com a cabeça em seguida, ao mesmo tempo os três desaparataram.

_Droga, fugiram. -Fala um homem alto, de cabelos castanhos e olhos negros.

_Temos de reportar ao Jacks. -Fala outro dos homens de preto.

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As cabines estavam lotadas, parecia que o número de novatos havia duplicado, o que fazia os irmãos Weasley´s procurarem por uma cabine. Passaram por várias com pessoas conhecidas, mas não pararam em nenhuma, passaram direto pela de Neville afinal aquele rapaz era um desastre sobre duas pernas, apesar de ser uma boa pessoa. Rony estava meio distraído, olhando umas garotas passarem ao seu lado, de modo que não enxergava direito por aonde ia, quando sentiu alguém esbarrar nele e os dois caíram. O ruivo olhou para quem o derrubara já pronto para lançar poucas e boas.

_Tinha que ser a sabe-tudo Granger. -Fala o Weasley descontente. _E eu que achei que ia ser uma boa viagem, tranqüila e sem ver sua cara até chegar à escola.

_Até onde eu sei, o cabeça de fósforo era você, que estava distraído demais olhando para garotas e não prestou atenção por onde andava. -Fala Hermione Granger, monitora da Grifinória e a pessoa mais autoritária da casa dos leões, tirando é claro a Professora McGonagall. _Que foi, esqueceu como se fala? -Pergunta à morena já em pé, olhando para o ruivo com descaso, este parecia possesso.

_Olha aqui garota, você deve tomar muito cuidado com o que diz. -Fala Rony se levantando rapidamente, estava a poucos centímetros de Hermione. _Posso ser muito mais perigoso do que você pensa.

_Olha, ele aprendeu a fazer frases completas, palmas pra ele. -Fala a morena com desdém, não suportava o Weasley que não passava de um exibido, que vivia se gabando de suas habilidades no quadribol e suas conquistas. _Com licença Weasley, que eu tenho coisas melhores para fazer. -Diz a morena saindo de perto do ruivo, este a segura com força pelo pulso.

_Eu ainda não terminei Granger. -Fala Rony entre os dentes.

_Solte-a se não quiser ser lançado para fora do trem. -Fala uma voz em tom sério as costas de Rony, este olhou de relance e viu Luna, mas não a Luna que ele conhecia, os olhos agora estavam presos em um só foco e sérios, o tom de voz não mais sonhador e sim duro e tudo voltado para ele. _Ouviu Weasley?

_Hum, os anormais que se entendam. -Fala Rony soltando Hermione e tomando o caminho oposto da morena, Gina ainda ficou um tempo e olhou para Hermione, não tinha nada contra, muito menos a favor dela, sempre tão mandona e seguidora das regras, isso era irritante, mas fora isso nada demais.

_Alguma coisa a incomoda? -Fala Hermione direcionando seus olhos a Gina, esta apenas deu as costas sem se importar muito e foi atrás do irmão. _Você fica diferente quando está séria.

_Eu sei. -Fala Luna voltando agora para seu tom de voz vago, mas ainda mantinha os olhos em Hermione e sorria. _Mas são poucos que sabem dessa minha faceta.

_Sinto-me honrada. -Fala Hermione em tom irônico, as duas se encaram e em seguida começam a rir. _Luna, desculpe não ficar mais tempo, mas tenho reunião dos monitores.

_Vai lá, eu vou estar na mesma cabine. -Diz Luna dando as costas e caminhando, cantarolando uma musiquinha estranha e sem sentido.

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_Muito bem, isso é tudo que você tem que saber para esse ano. -Fala o Monitor chefe na cabine dos monitores.

_Ninguém disse quem será o novo professor de DCAT? -Pergunta Hermione.

_Ninguém, nem mesmo uma mensagem dos professores. -Fala o Monitor chefe olhando para Granger.

_Dispensados. -Fala a monitora chefe, fazia tempo que Hogwarts tinha um casal como monitor e monitora chefes. _Granger, fiquei sabendo que discutiu com o Weasley de novo.

_Pegue leve com ele esse ano. -Fala o Monitor chefe.

_Vou tratá-lo como sempre tratei. -Fala Hermione em tom ríspido. _Ou seja, como trato todo mundo.

_Ele é muito popular e essa sua implicância com ele pode não tornar sua vida fácil. -Fala a monitora chefe em tom preocupado. _Algum amigo dele pode não gostar das suas discussões com o Weasley e você pode se meter em problemas.

_Sei me virar muito bem sozinha. -Fala Hermione saindo da cabine. Quando a porta bateu a suas costas suspirou. _Sempre soube.

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As quatro mesas das quatro casas de Hogwarts estavam mais uma vez cheias de alunos e com o devido espaço para os novos alunos. As conversas se multiplicavam, eram muitas pessoas reencontrando amigos, conhecidos e até rivais, os papos mais variados desde assunto de namorados a fofocas banais, comentários sobre como estavam indo os lados da guerra eram feitos normalmente e também havia aqueles que se gabavam por conquistas amorosas nas férias ou até pessoais. Mas tudo se silenciou quando uma porta lateral do salão principal se abriu e por ela dezenas de crianças saíram em uma fila muito mal organizada, talvez pela ansiedade delas, era claro o nervosismo de cada uma. Minerva, em seguida, trouxe o tradicional banquinho de três pés e o chapéu velho que para surpresa dos novatos começou a falar sobre as quatro casas, suas qualidades e seus fundadores, por fim ele ficou quieto.

_Não foi o mesmo que ele disse no nosso primeiro ano? -Pergunta Neville a Rony Weasley.

_Acho que ele perdeu a criatividade. -Fala o ruivo desinteressado. Em seguida observou a seleção também com desinteresse, seu estômago já reclamava pela falta de comida e já ia comentar isso alto, quando o último aluno fora selecionado para a Lufa-Lufa e o diretor Alvo Dumbledore se levantou.

_Meus alunos, mais uma vez eu os recebo de braços abertos em nome da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. -Diz o velho diretor abrindo os braços e sorrindo para todos. _E também dou as boas vindas aos novos alunos e, claro, sou incumbido de dizer algumas das regras da escola. -Dessa vez ele olhou diretamente para Rony, que desviou os olhos. _A floresta que se encontra nos domínios do castelo é, assim como diz o nome, proibida a qualquer aluno, principalmente nos tempos de hoje. A porta trancada do Terceiro andar é para permanecer trancada e ninguém deve entrar lá. -Murmúrios foram ouvidos por todos. Aquela sala do terceiro andar estava trancada há anos e ninguém sabia o porquê. _Também quero apresentar a vocês o novo professor de feitiços, Remo Lupin, e Sirius Black que substituirá o professor Lupin quando este estiver ausente.

_Mas se o Lupin é o professor de feitiços, quem é o de DCAT? -Pergunta um garoto do terceiro ano para um amigo ao seu lado, mas foi como se Dumbledore houvesse escutado.

_O Professor Vincent que leciona ciências políticas para o sétimo ano estará assumindo o cargo como Diretor da Corvinal. Um silêncio frio reinou sobre a mesa das águias, o antigo diretor e mestre de feitiços, Flitwick, morrera quando fora ajudar algumas pessoas nas fronteiras inimigas. _E o novo Professor de DCAT não pôde comparecer hoje por alguns contra tempos, mas ele se apresentara por si próprio amanhã, na primeira aula de DCAT. -Por fim o diretor alargou mais ainda seu sorriso. _Agora esse velho caduco aqui vai parar de falar e dar o que os seus estômagos tanto querem. -Ele piscou de relance para Rony, que corou. _Bom apetite.

Como sempre, a comida apareceu magicamente na mesa surpreendendo alguns, outros nem tanto. O assunto favorito era o mistério sobre o novo professor de DCAT, mas também havia quem falasse sobre o retorno de Lupin e o famoso e até charmoso Sirius Black e todos estavam animados, pois Lupin fora um ótimo professor e a maioria não ligava para sua condição, afinal era de conhecimento geral que Lupin era um Lobisomem, mas também que ele não só lutava ao lado da aliança como já levara muitos criminosos à prisão, a outra parte, que não o aceitava, eram de famílias comensais.

Aos poucos os alunos estavam ficando com suas mentes embaçadas pelo sono e já desejavam o calor de suas camas, principalmente os mais novos, não demorou muito e o diretor liberara os alunos dando mais um aviso sobre as regras da escola. Hermione Granger levava os alunos mais novos para os dormitórios, explicando sobre os caminhos e escadas de Hogwarts e, de vez em quando, contando certas coisas sobre a história do castelo. Mais atrás iam os alunos mais velhos e familiarizados, olhavam aquilo com desinteresse e apenas seguiam automaticamente para a torre da Grifinória. Ao chegarem à frente o retrato da mulher gorda, Hermione disse a senha e pediu para que ninguém se esquecesse dela e não dissesse para ninguém de outra casa.

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Mexeu-se lentamente se incomodando com o sol que batia em seu rosto, virou de lado, mas o sol ainda batia em seu rosto, por fim desistiu e abriu os olhos. Encarou o teto de sua cama de dossel, sentia o corpo mole e não estava a fim de levantar, foi então que percebeu que o dormitório estava muito silencioso, abriu a cortina da cama e tateou a mesinha de cabeceira até alcançar um relógio e o trouxe a sua vista, a visão ainda embaçada de sono demorou a entrar em foco e ver os ponteiros do relógio.

_Mas o que? -Pergunta Hermione se levantando em um salto ao ver que estava atrasada. Olhou em volta e o dormitório estava vazio, respirou fundo, alguém desarmara o despertador, só podia ter sido a Lilá, ex-namorada do Weasley. Ela vivia fazendo coisas do tipo só por que pegava no pé do Weasley. _Ela vai ver. -Murmurou a garota entre os dentes, correu para o banheiro e tomou um banho rápido. Saiu com pressa já trocada, primeira aula já devia ter começado a mais ou menos quinze minutos. Olhou para seu horário e percebeu que a primeira aula era de DCAT, nem parou para pensar quem era o novo professor, pegou uns atalhos por passagens secretas e, por um instante, ela pensou que batera o recorde ao atravessar meio castelo em menos de cinco minutos. Só faltava mais um lance de escada e já estaria na porta da sala de aula. Ao chegar ao lance de escadas, de repente pisou em falso e perdeu o equilíbrio, estava caindo, fechou os olhos pronta para receber o impacto, mas então ela sentiu-se bater em outra pessoa e os dois caem no chão. Ouviu uma exclamação dolorida e ignorando a própria dor, se apressou a falar. _Desculpe.

_Por um instante pensei que um anjo caíra do céu. -Ao ouvir aquilo Hermione sentiu seu rosto corar levemente e abriu os olhos, encontrando a sua frente um par de olhos verdes incrivelmente claros e bonitos, mas então se lembrou que estava atrasada e se levantou rapidamente, correndo para a sala de DCAT e deixando o estranho para trás.

_Está atrasado. -Fala alguém chamando a atenção do estranho de olhos verdes, este olhou para o topo da escada e encontrou Carlinhos Weasley. _E por que está no chão?

_Senti sono e resolvi descansar aqui. -Responde Atlas em tom zombeteiro e se levantando. _Eu sei que estou atrasado, mas nem tanto.

_Só uns vinte minutos. -Fala o Weasley já no primeiro degrau. _Se os estudantes forem como na minha época, pode ter certeza que a sala está um caos.

_Ótima maneira de começar o dia. -Fala Harry sorrindo.

_Tem certeza que não quer usar a máscara? -Pergunta Carlinhos, ambos já estavam em frente a porta da sala.

_Eu só a estava usando para esconder minha identidade por um tempo, afinal Dumbledore pedira. -Fala o moreno com o mesmo sorriso que não chegava aos olhos. _Bom, respire fundo e vamos encarar a turma.

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Hermione se sentiu levemente aliviada pelo professor não estar na sala, mas também se sentiu um pouco indignada, pois não acreditava que um professor pudesse se atrasar tanto. Conseguiu um lugar na primeira fila e ignorou por completo o barulho da sala, não estava com paciência para mandar os outros se calarem. A porta da sala se abriu mais uma vez e Hermione pensou que o professor já chegara, mas sentiu o ânimo a abandonar quando viu um rapaz de cabelos negros e bagunçados e um pouco alto entrar, ele parecia não ter mais que dezessete anos, provavelmente mais um atrasado. Nunca o vira, mas a escola estava cheia de gente que ela nunca prestara atenção, porém estranhou que o rapaz não fora para nenhuma carteira e sim para a mesa do professor. Alguém de cabelos ruivos acompanhava o moreno e não precisou de muito para notar que era um Weasley, afinal era muito parecido com Rony só que com um ar mais maduro e traços mais fortes.

_SILÊNCIO. -A voz ecoou pela sala como se fosse amplificada por magia. Hermione tampara os ouvidos e estranhara, não vira o rapaz que gritara usar a varinha. A sala caiu no silêncio, um aviãozinho de papel voou para mesa do professor e caiu. Todos olharam na mesma direção para ver quem gritara e, ao encontrar o rapaz de dezessete anos, pensaram em ignorar, mas reconsideraram ao ver alguém um pouco mais velho e ruivo. Rony perdeu a cor do rosto ao notar que era seu irmão, Carlinhos, e então lembrar que o irmão dissera que os dois iriam se ver em breve.

_Voltem aos seus lugares. -Fala Carlinhos em tom amigável, olhando para os alunos que aos poucos iam para seus lugares. Draco Malfoy se sentou na fileira da frente, mas longe de Hermione, e Ronald Weasley se sentara na última fileira, ficando sozinho. _Pode falar. -Carlinhos fala a uma garota da Corvinal que levantara a mão.

_Você é o professor de DCAT? -Pergunta ela esperançosa, lançando um olhar sonhador ao ruivo e outro ao moreno, que ainda estava de pé.

_Sou apenas o ajudante. -Fala Carlinhos sorrindo e se afastando um pouco para sentar numa cadeira ao lado do quadro negro, agora somente o moreno estava de pé, encarando a turma com desinteresse, o que causou desconforto em muitos.

_Eu sou o professor de vocês. -Diz o moreno. Alguns murmúrios foram ouvidos e era comum ouvir alguém dizer que o professor se parecia com alguém conhecido, Hermione também estava com essa impressão, afinal o professor se parecia com alguém, só não lembrava quem.

_Quantos anos você tem? -Pergunta Draco lançando um olhar gelado para o estranho moreno, não acreditando que ele era o professor.

_Dezessete. -Fala o moreno calmamente. _E sim, estou qualificado para ser o professor de vocês.

_Dezessete anos? Você é novo demais para ser professor. -Fala Hermione, surpreendendo alguns, afinal ela só falava em sala de aula quando pediam, ou quando ajudava alguém.

_Espero que vocês não pensem que só por causa disso, podem fazer o que quiserem. -Fala Harry olhando em volta, ignorando por um instante a morena. Ele então olhou para o fundo da sala e sentiu seu sangue gelar por um instante, lá estava Rony, o mesmo Rony que ele conhecera, apesar de parecer mais encorpado e menos desengonçado. O deixou de lado e encarou Hermione tão profundamente que a morena sentiu um arrepio frio pela espinha, ela estava bonita, muito bonita, e pelo que percebera e ouvira, ela e Rony não se davam muito bem.

_Qual seu nome? -Pergunta Draco com descaso e então ele gelou ao sentir aqueles olhos verdes cravados em si, eram profundos, talvez frios, mas era desconfortante, fazendo-o se mexer inquieto na cadeira.

_Harry. -Diz o moreno sem se importar muito, Carlinhos pigarreou o que fez o moreno olhar para ele.

_O nome completo. -Fala Carlinhos como se lembrasse o moreno de algo.

_Ah, sim. -Diz o moreno desconfortável. _Harry Atlas Potter.

_ATLAS? -Pergunta Rony se levantando no fundo.

_Potter? -Pergunta Hermione a frente, também se levantando, por um instante ela olhara para Rony, ambos falaram ao mesmo tempo. _Bem que eu achei você familiar, afinal você é quase que idêntico a James Potter. -A classe concordara se lembrando vagamente do rosto do Herói dos livros de história. _Pensei que os Potter estavam extintos.

_Do jeito que você fala parece que eu sou uma espécie de animal. -Diz Harry calmamente, mas seu olhar se intensificou em direção a morena.

_Quando você disse Atlas. -Rony fala sem ligar muito para o Potter, já havia notado aquilo, mas não ligava muito. _É o mesmo Atlas que derrubou a Fortaleza de Sangue?

_Sou. -Responde Harry calmamente.

_Então você é parente do caçador de recompensas conhecido como “O deus da Morte” entre o circulo negro? -Pergunta Zabine, que estava ao lado de Draco.

_Para dizer a verdade. -Fala o moreno achando aquilo um tédio, Carlinhos fez sinal para que ele continuasse. _Eu sou o mesmo Atlas que derrubou a Fortaleza de Sangue e que destruiu o alto comando em Nova York. -Surpresa e medo, foram esses dois sentimentos que se espalharam pela classe, muitos duvidavam daquilo, mas mesmo assim a idéia de estar em frente ao temível Atlas era assustadora, principalmente para filhos de comensais procurados.

_Deve ser mais um charlatão que quer ganhar fama com o nome do caçador de recompensas. -Fala um aluno da Grifinória. _Meu pai viu dois morrerem, sendo que ele mesmo matou um.

_Posso matá-los? -Pergunta Harry olhando para Carlinhos, este levantou uma sobrancelha, o moreno suspirara derrotado e mais uma vez um frio gélido passou pela sala. _Muito bem, eu sou o mesmo Atlas caçador de recompensas que aparece nas notícias e, sim, também sou um Potter como a senhorita Granger acabara de dizer.

_Como sabe meu nome? -Pergunta a morena, então um flash veio a sua mente, os mesmos olhos verdes que vira há alguns instantes, só que tinha algo diferente, parecia que agora aqueles olhos estavam mais escuros e vazios.

_Lista de chamada com fotos é interessante. -Fala Atlas calmamente.

_Ei, farsante, não desvie do assunto. -Fala Draco em tom seco. _Que prova você tem de que é Atlas?

_Malfoy. -O tom de voz que saiu de Harry fora baixo e mortal como o silvo de uma serpente, o loiro tremera com aquilo. _Se eu não me engano, eu prendi um parente seu nessas férias, quer dizer, eu esmaguei as pernas dele, perfurei um pulmão, quebrei o braço esquerdo e o deixei sangrando, em algum lugar fiquei sabendo que o acharam depois.

_Assim você os assusta. -Fala Carlinhos se levantando e ficando ao lado de Harry. _Como vocês sabem, é de conhecimento geral que um Weasley estava com Atlas na França, esse Weasley era eu, e se alguém duvidar, creio que meu amigo aqui possa mostrar para vocês como fora a queda da fortaleza...

_Eles ficarão mais assustados ainda. -Interrompeu o moreno. _Agora calem a boca, eu sou o professor e pronto. Vocês têm que me ouvir e parar de me questionar sobre minha identidade. -O moreno olhara para o aviãozinho que ainda estava em sua mesa e este começou a levitar até ficar a altura de seus olhos, então deu a volta ficando de bico para a turma, que olhava aquilo interessada. _Esse é Carlinhos Weasley, ele será meu assistente durante essa semana, então se comportem. -Ao terminar de dizer aquilo, o aviãozinho pegara fogo sozinho. _Bom, pelo que eu saiba, são dois tempos da minha matéria, já se passou quase um, então vamos começar logo com a aula. -Ninguém se mexeu e o moreno já estava sem paciência, apesar de seu rosto não demonstrar.

_É tão incompetente que precisa de um assistente. –Draco provoca com desdém, a carteira dele e de Zabine foram arremessada para frente, batendo na parede, e o corpo de Malfoy flutuou no ar sozinho, indo na mesma direção. Ele fechou os olhos pronto para o impacto, mas este não veio.

_Não, Malfoy. Ele está aqui para me lembrar que eu não posso fazer isso com vocês, filhotes de comensais, ou com quem se meter a engraçadinho comigo. -Diz Harry em tom gélido, mas sem olhar para o loiro e sim para a turma. Em seguida fez Malfoy voltar para sua cadeira ainda flutuando, onde caiu lentamente. _Reparo. -Fala sem olhar para a carteira quebrada, mas esta se concertou e então desapareceu e reapareceu em frente a Draco e Zabine, os dois suavam frio. _Eu sou professor e não vou fazer diferença entre filhos de comensais, de guerrilhas ou de pessoas da Aliança, afinal não estou do lado de nenhum de vocês. -Ele respira fundo como se tivesse se acalmando, então abriu um sorriso calmo que atraiu a atenção das garotas, que mesmo com certo medo admiraram o sorriso. _Meu julgamento é imparcial e só estou aqui para fazer um favor a Dumbledore. Ensinarei a vocês tudo que eu sei sobre DCAT e como se defender lá fora, a sala de aula ainda não está adaptada para o que vou ensiná-los, por isso hoje só vou fazer revisão.

_Não liguem muito, ele costuma ser um pouco sério quando ensina. -Fala Carlinhos em tom divertido e olhando para Harry, este nem se dignou a olhá-lo.

_Ronald Weasley. -Fala Harry olhando para o fundo da sala, Rony se levantou rapidamente. _Pelo que eu estou vendo, tem um lugar vago aqui em frente, ao lado da senhorita Granger, sente-se aqui.

_Eu estou bem aqui. -Fala o ruivo não querendo sentar ao lado da Granger.

_Rony, isso foi uma ordem do professor. -Advertiu Carlinhos ao irmão, que contrariado pegou suas coisas e foi se sentar ao lado da Granger, os dois nem ao menos se olharam, mas era perceptível o clima pesado entre eles. _Que tal contar o que você espera deles esse ano?

_Muito bem. -Fala Harry olhando para o teto e pensando como aceitara aquilo. _Estou aqui não só para ensinar, mas para avaliar o grau de ensino da escola e o grau de aprendizado dos alunos. Também estou aqui para medir o grau de poder de cada um e faze-lo aumentar, por isso deverei ensinar muito a vocês, coisas que talvez vocês nunca ouviram falar. -Harry parou para pensar um instante, se lembrando das antigas aulas da AD e dos ensinamentos de Dumbledore, não custava nada aplica-los ali. _Alguém aqui sabe me dizer o que é um patrono e como deve invocá-lo? -Poucas mãos se levantaram entre os alunos, a maioria filhos de pessoas ligadas a guerrilhas e a comensais, o moreno sorriu internamente ao ver que até ali Hermione levantava suas mãos rapidamente para responder algo. _Granger.

_O Patrono é um feitiço muito usado na primeira e em parte na segunda guerra. É um feitiço usado para afastar dementadores e para executá-lo é preciso pensar fortemente em algo feliz e dizer o feitiço em voz alta. -Ela parou para respirar. _O patrono é feito de pura energia feliz, o que afasta os dementadores visto que eles não conseguem sugar essa felicidade. Os patronos também possuem duas formas: os patronos não corpóreos, que são patronos que não assumem nenhuma forma, só parecem uma fumaça branca brilhante, esse é um tipo fraco; e o patrono corpóreo, que é o patrono mais sólido e forte.

_Sabe-tudo. -Murmurou Rony em descaso.

_Esta certa. -Fala Harry calmamente. _Dez pontos para a Grifinória. -Hermione sorriu discretamente. _Qual a fórmula para invocar o patrono? -Mais alunos levantaram as mãos e, dessa vez, o moreno escolhera um sonserino que estava no fundo.

_Expecto Patronum. -Respondeu o sonserino.

_Dez pontos para a Sonserina. -Fala Harry calmamente. _Quem aqui sabe fazer um patrono? -Ninguém levantou a mão e todos olharam para Hermione, pensando que ela saberia, mas esta parecia atônita, nunca pensara que um professor ia pergunta tal coisa, afinal o feitiço só era ensinado e, por cima, no sétimo ano. Suspirou e ignorou os olhares em sua direção. _Que vergonha, vocês estão no sexto ano e não sabem invocar um simples patrono.

_Mas isso só é ensinado no sétimo ano. -Fala Hermione em sua defesa, mesmo que parecesse defender a sala.

_Eu aprendi quando tinha treze anos. -Fala Harry surpreendendo até Carlinhos, mas este já estava acostumado, afinal de vez em quando o amigo dizia algo assim, mas sempre falava que só sabia aquilo, então desistiu de saber. _Vocês tem muito pouco preparo e aparentemente vêem relaxando com essa paz de um ano, que não tardará a se quebrar, não creio que Voldemort vá ficar quieto por muito tempo.

_Não diga esse nome. -Fala Rony de forma automática, muitos concordaram com ele.

_Ter medo de um nome só aumenta o medo da coisa em si. -Fala Harry, muitos conheciam aquela frase, era a que Dumbledore frequentemente usava. _Voldemort é um nome artificial, o verdadeiro nome dele, como muitos sabem, é Tom Riddle. -O moreno pareceu se perder em suas lembranças por alguns instantes, mas logo voltou ao normal. _Muito bem, teremos que trabalhar com isso esse ano e espero que em algum tempo todos consigam, nem que seja uma mera fumaça prateada. -Ele pensou em algo por um instante de novo, pensando no que fazer. _Alguém aqui me diga as imperdoáveis e como rebatê-las. -Várias mãos se levantaram ao mesmo tempo e o moreno imaginou que fosse por causa de Moody. _Malfoy, diga uma.

_Imperius, a maldição do controle. Os efeitos são claros, seus olhos ficam desfocados e sua mente vazia, aquele que está sobre o domínio da maldição faz tudo que lhe for ordenado. -Malfoy parecia orgulhoso por falar de artes das trevas. _Para se livrar da maldição do controle, se deve ter uma mente forte, capaz de distinguir sua vontade da de quem está te controlando.

_Vinte pontos para a Sonserina. -Fala Harry, abrindo um sorriso e de novo Hermione pensou que aquele sorriso era falso. _Weasley.

_Cruciatus, a maldição da dor, uma maldição cruel que leva a pessoa a sentir dores indescritíveis como facas em brasa lhe perfurando a pele, mas mesmo assim não passa de uma maldição mental, que em longo prazo pode causar sérios danos mentais e físicos. -Fala o ruivo em tom calmo, Hermione ao seu lado estava surpresa por ele saber aquilo.

_Você aí atrás. -Fala apontando para um aluno que parecia querer se manter escondido, não precisou de muito para reconhecer Neville. _Longbottom. -Alguns alunos pareceram rir, afinal o professor estava chamando o aluno mais desastrado da escola.

_A Maldição da morte, cuja fórmula mágica é Avada Kedavra. É uma maldição fria e cruel e quem é atingido por ela morre instantaneamente, não há como rebatê-la. -Diz Neville tremendo levemente diante do olhar do professor.

_Vinte pontos para a Grifinória. -Fala o professor calmamente, então ele mexeu no interior do sobretudo que vestia e de dentro dele, tirou um pote médio, onde tinha três grandes aranhas. Rony se afastava o máximo que podia da carteira do professor, ou seja, das aranhas. Harry colocou o pote em cima da mesa, o abriu e uma das aranhas flutuou para fora. O pote se fechou sozinho e a aranha pousou na carteira, mas logo tentou fugir para o lado de Rony. _Impedimenta. -Diz Harry fazendo a aranha ficar estática novamente, ele não usara varinha e Hermione ficou surpresa, só bruxos de alto nível faziam aquilo. _Muito bem, eu vou mostrar para vocês a primeira Imperdoável, as outras duas não mostrarei, apesar de ter autorização para isso. -Diz o moreno, a aranha começou a se mexer de novo, ele então apontou um dedo para a aranha, e a voz saiu fria e gélida. _Imperius. -A aranha parou por um instante e todos prenderam a respiração, então o moreno mexeu o dedo e falava coisas em tom baixo. A aranha começou a fazer acrobacias impossíveis para sua espécie, o que fez muitos alunos rirem.

_Uma maldição muito divertida. -Fala um aluno da Corvinal alegremente, então a aranha parou de fazer as acrobacias.

_Você acha divertida. -O sorriso que mantivera até agora sumira e o olhar se tornou duro. _Mas pensem bem, a pessoa que está sobre essa maldição pode fazer tudo que você ordenar. -A aranha fora até uma grande jarra de água que estava sobre a mesa e pousou se equilibrando na borda. _Até mesmo se matar ou matar a outras pessoas, até mesmo os próprios filhos e parentes mais queridos. -Os alunos não riam mais, apenas prestavam atenção em cada palavra que vinha do professor. _Imagine alguém controlando seus corpos e fazendo-os matar seus pais ou seus namorados e depois, só por diversão, os libera da maldição para que vocês vejam e tomem consciência do que fizeram. –Aquelas palavras saíram como um sopro de voz, mas todos ouviram, era impossível não ouvir diante do silêncio que se instaurara. _Isso foi muito usado na primeira e na segunda guerra, o próprio Voldemort gostava de fazer isso para ver o desespero se espalhar nos olhos das pessoas. -A aranha saltou, todos prenderam a respiração, então ela flutuou antes de tocar a água e novamente fora para o pote, o moreno pegou o pote e guardou de novo no sobretudo. _Para se usar essa maldição das trevas, basta querer dominar a pessoa, mas tem de ter muita concentração. Na próxima vez que voltarmos a esse assunto submeterei vocês a ela até que se tornem imunes, ou pelo menos, consigam resistir.

_Isso é contra a lei. -Fala Hermione com a voz trêmula.

_Eu tenho autorização da aliança, eles querem que vocês aprendam tudo que tenham direito. -Fala o moreno, agora olhando para Carlinhos, que também estava sério, e depois olhou para a turma novamente. _Vou ensinar também a vocês, maneiras de se protegerem sem a varinha e, se alguns estiverem capacitados, ensinarei a fazer magia sem varinha para que não dependam tanto de um objeto.

_Você não usa varinha para nada? -Pergunta Neville ao fundo.

_A varinha é um canalizador, então, sim eu a uso, quando pretendo fazer feitiços saírem mais fortes, pois ela canaliza toda minha energia em um só ponto. -Fala Harry em tom calmo. _Também em conjunto com o professor de TCM, irei ensinar a vocês sobre outras criaturas das trevas, entre elas os próprios dementadores, trarei um para vocês verem como eles são de perto e sem o capuz. Também trarei quimeras e se possível mostrarei dragões a vocês. Apesar de aqueles animais serem um tanto assustadores, eles estavam animados. _As aulas, em sua maioria, serão inteiramente práticas, a parte teórica será curta e só sobre algumas coisas. -Harry pensou por um instante, ele queria falar algo mais interessante, mas não sabia o que. Olhou para Carlinhos em busca de ajuda, mas este o ignorou por completo. _Há, sim, também ensinarei outros tipos de defesas sem magia, como luta e outras formas de magia como encantamentos e invocações de seres, entraremos, por cima, no assunto ritualístico, suas verdades e mentiras e o que se pode fazer neles. -Ele olhou para Hermione, então veio uma idéia em sua cabeça, sabia um pouco sobre aquilo graças a Dumbledore. _Também estudaremos Runas e seus poderes, além de também entrarmos nos assuntos mais obscuros da Alquimia e da magia.

_Também entraremos mais no assunto Voldemort e Dumbledore para contarmos mais a história desses bruxos. -Fala Carlinhos resolvendo falar também. _Afinal o professor Bins dá sono até nele mesmo. Alguns alunos riram com aquilo.

_Isso é tudo que eu planejei por enquanto. -Fala Harry em tom divertido como se tivesse animado a começar.

_Professor, por que você não apareceu no jantar ontem? -Pergunta um aluno da Lufa-Lufa interessado.

_Tava com preguiça. -Respondeu o professor com descaso, os alunos olharam para ele como se fosse louco ou o mais perto disso possível. _Eu tava dando um passeio na floresta proibida quando achei algo interessante, me atrasei e avisei ao diretor antes do jantar e nem perguntem, vocês vão ver com Hagrid o que eu achei. Pelo que ele disse dificilmente um humano pegaria aquilo. -Ele olhou em volta da sala, não tinha muito que falar, faltavam mais de vinte minutos para o fim da aula. _Perguntem o que quiserem agora.

_Como você pode ser um Potter? -Pergunta Zabine com interesse.

_Apenas sou um. -Fala o moreno dando de ombros. _Nasci de um Potter e pronto. Não conheci meus pais, aparentemente morreram quando eu era pequeno, e fui dado à adoção, fugi do orfanato quando tinha nove anos e descobri coisas sobre os Potter, encontrei um amigo que me ensinou muito, até eu entrar em uma escola de magia clandestina.

_Escola de Magia clandestina? -Pergunta Hermione interessada.

_Vivi muito tempo em um local onde bruxos nascido trouxas ou não, eram vistos como escórias e aberrações. Para se aprender magia tinha de ser clandestinamente e, como não poderíamos usar varinhas, precisamos aprender a usar magia sem varinha. -Fala Harry olhando para Carlinhos e, sem os alunos verem, piscou divertido fazendo o Weasley não acreditar na cara de pau do Potter.

_Você gosta de ser chamado de deus? -Pergunta Malfoy em tom maldoso.

_Tanto quanto gosto de perfurar minha mão. -Diz Harry em tom calmo. _Não sou e nunca fui um deus, se há idiotas que me chamam assim, eu não posso fazer nada.

_Professor Weasley. -Fala um aluno da Corvinal, chamando a atenção de Carlinhos. _Como conheceu o professor Potter?

_Dumbledore nos apresentou. -Fala o ruivo sem olhar para o irmão, que estava desconfiado da verdade.

_Prof. Potter, que tipo de criaturas você já enfrentou? -Pergunta Hermione interessada, afinal queria ver se o currículo do professor era tão bom assim e o moreno captou isso.

_Hum, espectros, Basiliscos, Hipogrifos, Acromântulas, Explosivins, Esfinges, Tebo, Dementadores, Lobisomens, Vampiros, Gigantes e também já enfrentei Trasgos. -Fala Harry tentando se lembrar do resto, mas não se lembrava de mais nada, na maioria das vezes não estava sozinho, mas quem ligava. _Bem, eu não enfrentei um Hipogrifo, para falar a verdade fiquei amigo de um e costumava voar nele, as acromântulas são terríveis, indomáveis e acreditem, dotadas da fala. Esfinges são espertas e adoram charadas, lobisomens, bom, é uma guerra, os Vampiros foram poucos, logo eles desapareceram, gigantes são resistentes a muitos feitiços e não gostam que usem magia contra ele, mas adoram objetos mágicos, são um tanto violentos. Os trasgos são burros como uma parede de concreto ou mais, o espectro é uma forma que pode ser inferior ou superior a um fantasma, tanto que pode tomar corpo físico.

_Não vai continuar? -Fala uma aluna que estava logo atrás de Hermione, parecia interessada.

_Basilisco é uma enorme serpente mágica conhecida como o rei das serpentes, mas isso não é inteiramente verdade, quem olhar diretamente em seus olhos morre instantaneamente. -Fala Harry em tom calmo e objetivo. _Geralmente um ofidioglota pode controlar um basilisco se tiver sorte de ter tempo de falar em língua de cobra. Explosivins são chatos e inúteis, atacam qualquer coisa, inimigo ou amigo. O Tebo é o que atacava vocês ano passado, é um enorme javali de pele cinzenta com capacidade de ficar invisível, a pele é resistente a feitiços e é oriundo da África, eu matei o que estava atacando vocês nas férias, a pele dele deve estar em algum lugar do castelo.

_Como enfrentou um Basilisco? -Pergunta Neville admirado.

_Na próxima aula talvez eu fale. -Diz Harry, em seguida o sinal tocou e todos já estavam recolhendo seus materiais quando ouviram a voz do professor. _Para a próxima aula que, será amanhã senão me engano, quero que venham com roupas leves e, garotas, por favor, venham de shorts que não atrapalhem o movimento. Para a semana que vem, quero uma pesquisa sobre as maldições da morte ou que causam sua morte, quantas puderem encontrar, mas no mínimo são 3 fora a Avada, que é a que todos conhecem. Quero as descrições das maldições e, se puderem, quem as inventou e seu lugar de origem. -Os alunos saíram resmungando, logo no primeiro dia já havia trabalho para se fazer. _Granger fique, por favor. -Os alunos não estranharam ao ouvir aquilo, apenas saíram.

_Algum problema, professor? -Pergunta Hermione desconfortável sobre aqueles olhos, já era chato fechar os olhos e vê-los em sua mente.

_Ouvi por muitos professores que você é a melhor aluna da escola. -Fala Harry em tom calmo, se sentando pela primeira vez. _Carlinhos precisará viajar semana que vem e não voltará tão cedo ao colégio e, mesmo assim, precisarei de certa ajuda com algumas coisas. -Conforme o moreno falava, Hermione já imaginava o que viria. _Fiquei sabendo que você tem bastante tempo livre esse ano, visto que escolheu somente algumas aulas necessárias para medicina e gostaria de convidá-la a ser minha assistente no tempo livre.

_Mas eu sou só uma estudante. -Fala Hermione tentando recusar.

_E eu tenho dezessete anos. -Fala Harry calmamente. _Eu não estou familiarizado com o sistema de Hogwarts e esse ano não vai ser fácil, eu só precisarei de sua ajuda em algumas coisas, nada que comprometa o seu tempo. -O moreno pensou por um instante em algumas coisas. _Pense assim, você pode encarar isso como um estágio em DCAT.

_Posso pensar? -Pergunta a morena.

_Você tem uma semana para pensar. -Diz o moreno em tom calmo. _Pode ir, mas que isso fique entre nós. -Hermione acenou e saiu da sala apressadamente, em seguida já entrava uma turma do sétimo ano, pelo que Harry pôde perceber.

_Harry. -Fala alguém no meio dos alunos. Ele olhou com mais atenção e viu a filha de Snape.

_Olá Agatha. -Fala o moreno suspirando, aquilo ia dar muito trabalho.

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_Ele é genial. -Fala Rony em direção a aula de TCM, sem notar que Hermione estava alguns passos atrás de si.

_Ele me dá arrepios. -Fala Dino Thomas ao lado do ruivo. _Você viu o que ele fez com o Malfoy?

_Ele nem ao menos olhou para o Draco. -Fala Lilá a direita de Dino. _Magia sem varinha é algo muito complicada.

_Os Cavaleiros e os Guardiões vivem usando magia sem varinha. -Fala Rony ainda entusiasmado. _Ele deve ter treinado muito para conseguir aquilo e o que ele fez com o Malfoy o fez ganhar minha simpatia.

_Ele tem um belo sorriso. -Fala Parvati entrando na conversa. _Você não conhecia ele? -Pergunta a garota olhando para Rony.

_Não. Passei as férias em casa. -Diz Rony em tom de lamento. _Mas pelo jeito Carlinhos o conhece bem e deve saber de onde Atlas vem.

_Países dominados pelas guerrilhas, anti bruxos. -Fala Hermione, assustando os demais, afinal ninguém a percebera ali. _Eram comuns até alguns anos atrás, mas todos foram dizimados pelas forças das Trevas ou por outras guerrilhas e, é claro, segundo os boatos pela aliança também. -A garota não ligava para os olhares em cima dela. _Mas algo de sombrio vem daquele professor.

_Um Potter, mesmo sabendo que os Potter não mais existem. -Fala Rony seguindo o raciocínio da morena. _Esse sobrenome não é mais comum hoje em dia e todos sabem que os Potter da lenda foram dizimados na guerra.

_Mas o fato dele se parecer tanto com James, leva a questão de que talvez algum Potter sobrevivera. -Diz Hermione se esquecendo momentaneamente das pessoas a sua volta. _Os olhos dele parecem vazios ou se lembrarem de coisas muito dolorosas e o sorriso não é algo que lhe chegue aos olhos.

_Coisas demais acontecem na guerra. -Fala Neville, o único do grupo que estava quieto, fazendo todos olharem para ele. _Ele deve ter visto muitas coisas, enfrentado coisas que não imaginamos, e se ele cresceu em um país anti-bruxos, sofreu perseguição quando pequeno e até podem tê-lo maltratado, então pode se dizer que ele teria tudo para ser um Comensal, mas como Hermione disse, os países anti-bruxos foram exterminados pelas forças negras ou outros grupos.

_Neville, você às vezes surpreende a gente. -Fala Rony em tom brincalhão, logo depois Neville tropeça e quase cai fazendo os outros rirem. _O que ele queria com você? -Pergunta para Hermione, não era comum vê-la com o grupo do Weasley, ainda mais conversando com o próprio Rony em um tom que não fosse de briga.

_Assunto de monitores. -Diz desviando do assunto. _Oi Hagrid. -Fala saindo de perto dos demais, que a observaram indo até o imenso professor de DCAT, que parecia sorrir para ela em meio a barba desgrenhada.

_Olá Hermione. -Diz Rubeo Hagrid, o professor de DCAT da turma desde o terceiro ano deles. Ele fez a chamada rapidamente, notando que todos os alunos da classe avançada estavam presentes. _Muito bem, me sigam. -Diz ele andando a passos lentos para a floresta proibida. Quando ele parou, todos viram o habitual cercado que ficava perto da floresta, mas não viram mais nada. _Bom, hoje começaremos o ano com um assunto mais brando, porém muito interessante. Foi graças ao Professor Potter que conseguimos isso. -Hagrid deu espaço e todos viram quatro grandes unicórnios de pelagem tão branca que chegava a brilhar. As garotas suspiraram e falavam entre si.

_Como ele conseguiu trazer unicórnios pra cá? -Pergunta Hermione interessada.

_Não sei ao certo. Unicórnios são criaturas misteriosas, seus pêlos têm várias propriedades mágicas, assim como seu sangue. Os Unicórnios são considerados criaturas tão puras que simplesmente feri-los é considerado um ato odioso. -Fala Hagrid já começando a ensinar sobre os animais. Ele ficou vinte minutos falando sobre os unicórnios e seus hábitos, sobre o que não gostavam e o que gostavam. _Bom, peço que os rapazes dêem três passos para trás e as garotas fiquem mais perto da cerca, já que unicórnios não apreciam muito a companhia de homens.

Os alunos assim fizeram e as garotas se aproximaram ao máximo do cercado. Um dos unicórnios pareceu perceber a movimentação e olhou para elas, em seguida caminhou lentamente até o cercado e ficou tão perto, que elas puderam até tocá-lo, sempre soltando comentários animados e dizendo o quão eram bonitos e quentes, em seguida os outros três unicórnios também vieram para a maravilha de todas.

_Pra que se pode usar o sangue dos unicórnios? -Pergunta Malfoy ao fundo.

_Poções de cura. Se você conseguir tirar o sangue sem machucá-los, por isso o sangue é raro, visto que dificilmente um unicórnio se machuca, mas também pode se beber sangue de unicórnio puro, assim alguém a beira da morte pode estender mais sua vida e alguém já vivo pode ganhar juventude momentânea e renovar forças, mas o simples ato de matar um unicórnio para beber o seu sangue é algo pecaminoso e proibido por leis acima das humanas, quem o fizer estará destinado a uma semi-vida pior que a de um fantasma. -Fala Hagrid em tom sério, como se não gostasse da idéia de alguém matar tais criaturas. _Garotas, deixem eles um pouco quietos, quero que vocês vejam agora outro unicórnio. -O professor soltou um assobio alto e agudo, os quatro centauros levantaram as cabeças, em seguida três filhotes saíram de uma pequena casinha de dentro do cercado, o que levou até mesmo os garotos a admitirem o quão bonitos eram os filhotes de unicórnio. _Como vocês podem ver, eles são filhotes e quando pequenos tem a pelagem dourada. -E assim saiu explicando mais sobre as criaturas enquanto as garotas praticamente pulavam o cercado para acariciarem mais ainda os pequenos unicórnios que pareciam felizes.

_Você realmente não sabe como ele os trouxe para cá? -Pergunta Hermione interessada, afinal unicórnios não eram de sair seguindo qualquer um.

_Não faço a mínima idéia, geralmente para se pegar um unicórnio tem de atraí-los para o local desejado e mantê-los no local, mas ele simplesmente apareceu aqui com os unicórnios o seguindo, aparentemente um deles estava ferido e Harry cuidou dele. -Diz o professor também curioso. _E depois disse que os convidou a vir aqui.

_Esse professor está envolto em mistérios. -Fala Hermione para si mesma.

_Isso é o que incomoda os outros professores. -Comenta Hagrid e então percebe que falara demais e se afastou da garota antes que ela perguntasse algo.

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_Pai, tenho novidades. -Fala Draco segurando o que parecia ser um palm top. Na tela aparecia a imagem de Lucius Malfoy.

“_Diga logo, pois tenho uma reunião com o Lorde. -Fala Lucius em seu tom seco e superior.”

_Atlas é o novo professor de DCAT. -Fala Draco apressado. _E pelo visto este é o verdadeiro, além disso ele é... -Draco parou de repente, olhando em volta. Estava em uma sala vazia, mas mesmo assim ouvira um ruído.

“_Fale logo. -Ordenou Lucius”

_Além de ele parecer ser realmente o verdadeiro Atlas, ele também é muito parecido com James Potter, a ponto de se confundir com o lendário Potter. -Diz Draco, vendo o rosto de seu pai se contorcer em um sorriso satisfeito, pela tela do pequeno aparelho.

“_Ótimo trabalho, relatarei ao lorde. -Fala Lucius com satisfação na voz. _Deixarei claro que foi você quem relatou.”

_Mandarei a foto dele assim que desligar. -Do outro lado Lucius apenas afirmou com um aceno e em seguida a tela ficou negra. Não demorou muito para a foto de Harry Potter aparecer e, em seguida, ser enviada para as mãos de um dos mais fieis seguidores do lorde das trevas. Ao terminar de fazer isso, Draco murmurou algo, o aparelho então diminuiu e ficou arredondado como um broche ou botão, o loiro colocou no boldo e saiu da sala sabendo que o lorde não ficaria quieto por muito tempo.

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Dumbledore finalmente aparatara naquela terra, fazia anos que não ia ao extremo norte da Europa. O frio ainda era o mesmo e o local onde estava ficava em frente a uma enorme caverna. Olhou em volta estranhando o silêncio e a falta de gente, normalmente havia várias pessoas a procura dos serviços do Oráculo. Guardou a varinha nas vestes e começou a caminhar para dentro da caverna. Dentro da caverna, as paredes possuíam vários archotes que produziam uma luz esverdeada, mas a energia que vinha da caverna era algo diferente, não parecia humana ou mesmo desse mundo.

De repente a caverna começa a mudar, as paredes sumiam e davam lugares a enormes colunas de mármore branco, que contrastavam com o piso de mármore negro. Alguns archotes pendurados em alguns pilares possuíam luz branca, o teto era impossível de se ver, era como se ele fosse tão alto que ultrapassava qualquer lugar conhecido. O diretor não se intimidou e continuou a caminhar naquele local até que alguém se pôs a sua frente, uma mulher de cabelos castanhos e olhos negros, que usava um fino manto verde claro, o qual cobria todo corpo, sendo transparente no tronco, deixando amostra seus seios.

_Ele o espera. -Fala a mulher. Sua voz soava como a brisa naquele lugar sombrio. _Siga-me. -Em seguida a mulher começou a caminhar a passos lentos, o diretor a seguiu de perto, sabia que não adiantava falar com ela, afinal ela nunca respondera. Aquele local parecia nunca ter fim, de vez em quando a jovem mulher virava perto de uma coluna e Dumbledore sabia o porquê, aquele lugar era um labirinto, chamado de Labirinto das Eras. Ali estava à história da humanidade desde o passado até o futuro, alguém que se perdesse naquele lugar ficava aprisionado para sempre no tempo. Por fim a mulher começou a subir uma escada que parecia ter surgido do nada, o diretor a acompanhou incomodado com o silêncio. _Ele disse que esperava você mais cedo.

_Por quê? -Pergunta o diretor, era raro ela falar com alguém.

_Sabemos o que acontece lá fora. -Fala rapidamente e continua seguindo, agora por um corredor não muito diferente do debaixo, só que dessa vez se podia ver as paredes aos lados, nelas podiam se ver talhados na pedra de coloração Jade, cenas de antigas batalhas de grandes heróis e de lendas. Dumbledore parou por um instante para observar uma imagem nas paredes, as figuras de James e Lílian estavam talhadas, depois disso o diretor não foi mais capaz de ver nenhuma outra imagem, visto que depois daquilo as imagens eram do futuro e o futuro não deve ser visto por olhos mortais, ao menos sem que eles paguem um preço alto. _Entre. -Diz a mulher, o diretor olhou para frente e viu a enorme porta de prata ornamentada com as mais belas jóias. Elas se abriram lentamente, o diretor entrou e a mulher ficou do lado de fora.

As portas se fecharam lentamente as suas costas, levando pouco a pouco toda luz do local. Quando a escuridão reinou, a temperatura do local parecia ter caído mais ainda, então uma centelha apareceu a alguns metros a frente e em seguida se tornara uma grande fogueira de chamas vermelhas e douradas, a frente da fogueira e de costas para Dumbledore, estava alguém de cabeça baixa parecia rezar murmurando coisas que o diretor não compreendia, talvez em um idioma que ele nunca ouvira falar mesmo em sua extensa vida. Fez menção de falar, mas o fogo aumentou de repente o que o fez ficar quieto e levemente curioso.

_Sei o porquê de você vir aqui. -Fala o ser que ainda estava de costas para Dumbledore, a voz dele era forte, mas parecia um eco distante. _Sei quais são suas perguntas, sei de muitas respostas, mas cabe a você escolher a pergunta certa, a única que tem a resposta que procuras.

_De onde vem Harry Potter? -Pergunta o diretor em tom firme.

_De um mundo de guerras onde a destruição se espalha feito pólvora e o caos domina. -Responde o Oráculo em tom misterioso.

_Nosso mundo é assim. -Diz Dumbledore. _De que lado ele está?

_Do lado dele e, somente dele, pois tem seus próprios objetivos. -Fala o Oráculo.

_Quem é Harry Potter? -A enorme fogueira ganhou mais intensidade e as chamas ficaram azuis esbranquiçadas, então o Oráculo se virou e, mesmo recortado pelo fogo, se podia ver seus olhos Brancos e a pele pálida, os cabelos longos e vermelhos.

_Essa é a pergunta certa. -Diz o Oráculo que parecia feliz. _Eis que ele é uma lenda viva, uma existência que não pertence a esse mundo. É alguém que não nasceu, ao menos não nesse mundo que conhecemos. Ele vem de além das areias do tempo, de mundos conhecido apenas pelos deuses. -Uma pausa, o diretor prendera a respiração. _Ele é o único ser capaz de deter a destruição desse mundo e de qualquer outro. -Mais uma pausa. _Mas ele também é aquele que poderá trazer toda a destruição ao que está em seu redor e até onde seus olhos alcançam.

_O que ele é? -Pergunta Dumbledore.

_Um campeão. -Fala o oráculo abrindo os braços. _Um campeão dos deuses, mas não fora enviado por um deus qualquer, fora enviado pelas areias do tempo de outro mundo. -Em seguida o oráculo se virou para a fogueira novamente. _Vá e diga a ele que Baha lhe autorizou, diga que você sabe que ele não é desse mundo e mais uma coisa... -Diz em tom de advertência. _Guie-o com sabedoria, aconselhe sua mente e seu coração, pois disso pode vir a salvação ou a destruição. Um futuro que nem os deuses conseguem enxergar está por vir e você pode ajudar a construí-lo, essa é sua missão, foi para isso que você nasceu. Tudo se resume a guiar e apoiar uma pessoa. -Um forte clarão fez o diretor fechar os olhos, uma brisa quente lhe acariciou o rosto e, quando abriu os olhos novamente, se viu fora da caverna. Observou o redor confuso, nunca acontecera aquilo. _Harry Potter. -Ecoou a voz do oráculo saindo da caverna e percorrendo toda a floresta negra que a circulava.

N/A: DESCULPE perdoem.........mas antes de me matarem lembresse que sem mim a fic nao tem fim^^..........bom em breve atualizo a Hell........t+

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Comentários (1)

  • rosana franco

    A aula foi simplesmente fantastica,agora depois do oraculo vamos ver se o modo do diretor tratar o Harry melhora,escreve mais sobre como anda a relação dele com o Sirius e o Lupin.

    2011-03-22
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