Capítulo 2



Isso me faz lembrar de como cheguei até aqui.


FLASHBACK


Eu havia acabado de completar 15 anos, e estava em casa naquele domingo à tarde assistindo algum programa de culinária qualquer na televisão. Alguém bateu na porta, e quando fui atender tomei um enorme susto. Não é todo dia que um senhor muito alto, com uma barba enorme e roupas estranhas – lê-se vestido longo com mangas e surrado com um casaco longo da cor cinza, igualmente surrado – bate na sua porta.


- Olá Srta. Kappel, será que eu poderia entrar? – me perguntou o velho estranho me olhando do alto.


WTF?! Srta. Kappel? Como ele sabe meu nome? E pior ainda, “Srta.”? Quem sai falando isso para as pessoas em pleno ano de 2010?


Meio atordoada por causa da chuva de informações – ou falta delas – eu sai da frente da porta, dando espaço para que ele entrasse.


WTF?!² Ele pode ser um estuprador, maluco da machadinha, velho maluco da machadinha! Porque eu abri essa porta meu Deus! Logo agora que meus pais estão no supermercado. Porque eles sempre têm que demorar no mercado, porque? Qual é o meu problema??


Me perguntei enquanto fechava a porta como um reflexo.


- Eu sei que deve estar preocupada... – ele começou, eu levantei a sobrancelha esquerda em sinal de desafio, mas me afastando um pouco dele.


- Quem é você? – perguntei rapidamente – O que você quer? – perguntei novamente.


Tudo o que passava pela minha cabeça era porque diabos eu deixei esse velhinho entrar.


Ele sentou na poltrona a minha frente e fez um movimento com a mão para que eu sentasse no sofá a sua frente. Quem ele acha que é para entrar na minha casa, sentar na minha poltrona e me convidar para sentar no meu sofá?


- Meu nome é Theodore Dumbledore, sou sobrinho de Albus Dumbledore – disse ele calmamente – e estou aqui para conversar com você.


Que velho bizarro. E eu lá sei quem são essas pessoas!


- Meu tio foi diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e estou aqui porque sangue mágico corre por suas veias. – disse ele calmamente.


Aham velho, Theodore, maluco. Até parece. Vamos entrar na brincadeira então.


- Ok, você pode fazer o favor de me provar isso? – perguntei desafiadora ao velhinho (agora apelidado por mim de Theo) maluco.


Ele colocou as mãos dentro do casaco e tirou um pedaço de madeira, como um graveto. Se eu seguir a linha de pensamento insano do Theo – o velho entra na minha casa e sai sentando, já posso me sentir íntima, rãm – posso imaginar que isso seria sua varinha. Balançou levemente a varinha e fez com que parte da água do aquário do Sr. Douradinho- meu peixinho dourado – para o copo vazio que estava em cima da mesa de centro.


UAU. E ao mesmo tempo, que nojinho. Mas UAU.


- WTF, o que foi essa mágica? – perguntei surpresa.


- Você vem de uma velha linhagem de bruxos e bruxos, vindos da família Kappel. Com o passar dos séculos o sangue mágico de sua família foi se esvaindo através de relacionamentos mestiços e com os nascimentos de vários abortos. Mas você, Bruna Kappel, se sobressaiu entre seus familiares. Isso pode soar estranho, mas.. - Eu estava sem acreditar em nenhuma palavra que ele estava falando. Afinal, o que seriam abortos? – eu encontrei essa foto dentro do baú que meu tio me deixou em seu testamento.


Era estranho ver uma foto em preto e branco se mexendo, mais estranho ainda era me ver na foto. Só tem um porém: Eu não tirei essa foto. Eu não tirei essa foto. EU NÃO TIREI ESSA FOTO!


Na foto não tinha só eu, era um grupo de pessoas. Duas meninas e cinco meninos. Eu estava gargalhando junto com todos da foto. E o pior, além de eu não ter tirado essa foto, eu não reconheço ninguém que está nela, apenas eu.


Ok, já sei. Esse velho deve estar aqui para me deixar maluca!


- Eu nunca tirei essa foto – falei devolvendo-lhe a foto – que tipo de magia usou nessa ai, photoshop? – perguntei irônica.


- Olhe atrás da foto. – disse ele me dando ela de volta. Atrás estava escrito “ Lily, Alice, Eu, Frank e os Marotos, 1977.” – Essa foto foi tirada em 1977, eu a achei junto com a uma memória do meu tio. Albus Dumbledore foi o diretor de Hogwarts nesse período, e me fez um pedido. – fiquei olhando para Theo com cara de “WTF”- Ele me pediu para que eu viesse aqui e te achasse, que viesse te explicar a situação e pedir sua ajuda – ele deu uma pausa para eu absorver as novas informações e esperou minha reação.


- Hm, ajuda no que? – perguntei. Reação zero a minha, afinal, não é todo dia que uma situação meramente parecida acontece.


Theodore me explicou toda a história, desde o nascimento de Harry até Voldemort, e o confronto entre os dois. Mas tudo o que eu queria saber era o que eu tinha a ver com tudo isso. Ele me respondeu da seguinte forma.


- Bruna, você estudou em Hogwarts em 1975 até 1977. Você foi amiga deles, mais do que isso, você fez parte da família deles. Segundo Albus você foi peça chave para que Lily Evans e James Potter ficassem juntos. O resto apenas o próprio Albus Dumbledore pode lhe explicar. – disse ele calmamente.


- Ué, ele não está morto? – perguntei ainda um pouco atordoada.


-Eu devo lhe propor viajar no tempo para o ano de 1975, para que o próprio Albus possa te explicar, e também para que a missão possa ser cumprida. – respondeu ele com um olhar preocupado.


Eu me calei, e o único barulho que ouvi na hora foi a porta da frente sendo aberta.


- Filha, venha nos ajudar com as compras! – gritou minha mãe fechando a porta e entrando na sala com algumas sacolas nas mãos. – ela parou de falar quando viu Theo sentado na poltrona – Quem é esse senhor? – perguntou curiosa.


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02/10/14

N/A: Olá pessoas. Para quem estiver lendo, ainda vou fazer a continuação dessa parte no capítulo 3. Devo postar ainda na semana que vem. Se der para eu terminar de escrever e digitar, farei amanhã, mas prefiro não dar certeza. Comentem! Ainda está sem betagem, então, desculpe qualquer erro de digitação! Não esqueçam de dar sua opinião se leu o capítulo/ fic!

Beijos,

Bruna Kappel. 

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