Por que? Se tudo estava indo t



- Harry, - disse Gina quando eles alcançavam a gárgula que dava passagem para a sala de Dumbledore – eu não sei exatamente o que falar...

- Você só tem que confirmar os fatos e... e dizer o que sentiu ontem.

- Certo.Caramelo Incha-língua. – disse Gina fazendo a gárgula se abrir e dar lugar à uma escada rolante em caracol por onde os dois subiram e bateram à porta.

- Entre... entre... – disse Dumbledore do interior da sala.

Gina apertou a mão de Harry com mais força o que fez Harry perceber que não estava tão acostumada à entrar na sala do diretor. Ele apertou sua mão num ato de compaixão.

- Tudo bem, Gi. – disse ele baixinho de modo que só ela escutasse. Eles entraram na sala de Dumbledore e foram até sua escrivaninha.

- Harry, estava esperando por sua visita.

- Como assim? – perguntou Harry um tanto rápido – Diretor? – concertou ele.

- Como vocês já sabem, todos os fatos em respeito a você, Harry, se espalham com uma certa facilidade por toda Hogwarts. – disse ele sorrindo. – E pelos boatos que ouvi, a senhorita Weasley também participou do tal fato. Imagino que é por isso que está presente.

- Na verdade, diretor, vários fatos estranhos tem acontecido. Esse foi o mais evidente... – disse Gina.

- O que aconteceu exatamente ontem à noite? – perguntou o Diretor interessado.

- Eu desmaiei. – disse Harry mas logo depois percebeu que o Diretor já sabia do ocorrido, então complementou. – Foi estranho... Foi como se algo fosse extraído de dentro de mim, algo de grande importância. Muito parecido com o efeito que os dementadores me causam.

- Harry, você tem alguma idéia do motivo do seu desmaio? – perguntou Dumbledore. Harry achou uma pergunta meio sem sentido. Se ele estava ali era por que não fazia idéia do por quê do desmaio.

- Não senhor.

- Onde o senhorita Weasley se encaixa nessa história? -

- Bom... eu... ela... nós...er... nos bei.... nosbeijamos. – disse Harry corando tão furiosamente quanto Gina.

- Harry, você e Gina terão de se sentir confortáveis agora. Eu sei que são perguntas íntimas mas, acreditem, se não fossem importantes eu não as faria. –Harry sentiu o olhar que Gina lhe lançara mas se recusou a olhá-la nos olhos – Vocês já aviam se beijado antes?

- Já. – responderam Harry e Gina em uníssono.

- Algo diferente aconteceu antes ou depois do beijo de ontem à noite fora o desmaio?

Harry exitou por um instante. Concentrou-se nos fatos de ontem mas Gina foi quem respondeu.

- Bom, senhor, o Harry me... pediu em namoro. – disse Gina que agora estava decidida a não olhar para outro lugar não fosse o braço da poltrona onde estava sentada.

- Isso faz alguma diferença? – perguntou Harry desesperado. Será que haveria algo para impedir o seu namora? Estava tão feliz...

- Depende da reposta que Gina der à pergunta que irei fazer e quero que responda com sinceridade. – Gina assentiu – Você sentiu algo diferente aquela noite?

- Não exatamente. Mas... me senti fortalecida de alguma forma diferente.

- O que isso quer dizer, diretor? – perguntou Harry apavorado

- Tenho algumas suspeitas, Harry, mas não posso dizer nada agora. Tenho que checar algumas coisas primeiro.

Harry saiu um tanto atordoado da sala de Dumbledore. Se Dumbledore tinha alguma suspeita, era possível que Harry esteja causando algum mal à Gina. Ele lembrou-se do ano anterior quando pensou estar sendo possuído por Lord Voldemort e tudo havia se provado errado, mas agora era diferente, ele sentira algo diferente e Gina também. Não, não podia ser! Não agora... Os dois se mantiveram calados durante todo o caminho e Harry tentou manter uma certa distância de Gina. Tinha medo de tocá-la e se chegasse mito perto não sabia se poderia resistir à tentação de abraçá-la. Eles entraram na sala comunal ainda em silêncio e se sentaram no sofá ao lado de Rony e Hermione que os olhavam preocupados.

- Nós falamos com Hagrid. – disse Rony – Vocês... estão bem?

Harry não respondeu e Gina seguiu seu exemplo.

- Harry, bota para fora, você vai se sentir melhor.

Harry não respondeu novamente e aproveitou a deixa de se ajeitar no sofá para se afastar mais de Gina.

- Irrr! – explodiu a menina – Eu não agüento mais! Harry eu sei o que você está pensando e você sabe muito bem a minha opinião sobre isso. Eu não me importo e que se exploda o que Dumbledore tem que averiguar! – Rony e Hermione lançaram a Harry e Gina um olhar confuso – Dumbledore disse que há algo estranho e vai ‘averiguar’. – explicou Gina num falso tom de bondade – Só aconteceu aquela noite, Harry, aquela noite. Vai ver foi algo que aqueles Elfos incompetentes que colocaram o ingrediente errado na comida – dessa vez foi a vez de Hermione lançar um olhar de censura à Gina que fingiu não perceber- ou qualquer outra coisa! Agora, vê se para de agir como se você fosse um bicho papão que não pode controlar seus impulsos de me matar a qualquer momento porque você NÃO É!!! Harry eu confio em você o bastante para saber que você nunca me machucaria, mesmo que Você-Sabe-Quem esteja te possuindo.

- Rony... – disse Hermione, vamos terminar os deveres! – ela saiu e puxou Rony.
Tinha muita verdade no julgamento de Gina para ser ignorado, mas ainda assim, o fato de haver alguma chance de Voldemort ter feito algo com a ‘química entre eles’ ou que qualquer outra coisa ruim, até mais que Voldemort, esteja acontecendo não devia ser ignorado.

- Gi, - começou Harry, mas sua voz não saia com muita clareza – como você mesma falou, nós já tivemos essa conversa e você sabe dos riscos.

- Por favor, Harry, não tome nenhuma decisão que você não queira tomar. Eu sei que você não quer me colocar no seu mundo confuso, mas o que você não entende é que eu já faço parte dele. – uma lágrima rolou pela face da garota. Como Gina ficava linda chorando.

- Não chore... – disse ele secando a lágrima da garota e acariciando sua face, ele amava Gina demais para vê-la daquele jeito. Ele a abraçou forte e Gina retribuiu. A garota forte e corajosa que Harry conhecia, de repente parecia frágil e meiga em seus braços – Eu nunca vou te deixar. É uma promessa. – disse ele, as palavras saíram de um impulso de sua boca. Gina o mirou no fundo dos olhos e Harry não resistiu, beijou-a como nunca beijara alguém antes. Não foi um simples beijo, algo muito mais forte do que ele e do que Gina aconteceu naquele momento, eles se abraçaram como se aquilo fosse o suficiente para viverem e ficaram ali, abraçados, por um tempo que para eles era incalculável e assim adormeceram na sala comunal abraçados como se já se conhecessem à muito tempo, como se soubessem do que o outro precisava. No caso de Harry, um apoio, uma amiga ,alguém que confiasse nele e mais do que tudo, que o amasse de verdade e, a partir daquele momento, ele soube que Gina era tudo aquilo.

Dumbledore não se pronunciou sobre o assunto que já tinha se espalhado por toda a escola.

- Ei, Potter. Não beija sua namoradinha agora não porque a Madame Pomfrey ainda não está por perto. – Caçoou Malfoy no primeiro dia de aula depois das férias.

- Não liga Harry. – disse Gina lançando a Malfoy um olhar de secar planta, o mesmo que metade das garotas da escola lançavam toda vez que a viam. As piadinhas não eram só para Harry, Gina teve que agüentar muitas também e só não azarou Pansy Parkinson porque Harry lembrou-a de que estavam atrasados para o treino de quadribol. Ele, Gina, Rony e Hermione ( que iria somente assistir ao treino) chegaram aos vestiários e encontraram o resto do time conversando alegremente.

Bread Jonhston, André Kirke, Jason Cruise e Nickolas Torton estavam sentados nos bancos e param de falar quando viram Harry, Gina e Rony entrarem no vestiário.

- Bom-dia! – disse Harry – Prontos para o treino? – todos assentiram – Certo. Vão indo para o campo, nós vamos nos trocar e já vamos. – André, Bread e Jason pegaram suas vassouras, mas Nickolas Torton se dirigiu à Gina.

- Posso dar uma palavrinha com você? – perguntou ele.

Harry lançou um olhar crítico à Gina e Rony fez o mesmo.

- Pode falar... – disse Gina inocentemente

- É particular.

Harry sentiu um forte impulso de cair em cima de Nickolas e lhe infligir o máximo de dor possível, mas se segurou. Olhou para Rony, que parecia estar tendo o mesmo tipo de Guerra interna que ele porém um pouca mais moderada e deste para Gina que olhava encabulada para Harry.

-Er... C-Certo. – disse Gina.

Harry olhou com raiva para Nickolas e deu um beijo de posse em Gina.

- Te vejo lá fora. – disse Harry controlando sua raiva e dando outro beijo em Gina girou os calcanhares e se dirigiu ao campo seguido por Rony.

- Será que ele não se toca? – perguntou Harry enfurecido – A Gina tem namorado e ele sabe disso!

- Eu te avisei!

- O que, exatamente, você queria que eu fizesse?

- Sei lá... – disse Rony pensativo – Mas Juca Sloper parece um ótimo companheiro de time agora, não é? – Harry preferiu não responder à pergunta de Rony, mas fez uma anotação mental de interrogar Gina na primeira oportunidade que tivesse após o treino.

Em geral, apesar da chuva, do vento, da neve e do frio; foi um bom treino. Bem provavelmente, eles precisarão jogar contra a Sonserina com as mesmas condições.

E Harry estava certo. O jogo começou e ele não conseguiu ver nem Madame Hooch dar o apito inicial. Ele levantou vôo e empinou sua Firebolt para o alto e tentou ter o máximo de visibilidade possível. Como ele acharia o minúsculo pomo-de-ouro no meio daquele temporal? Como?

“ E... Gol da Sonserina. Sonserina na frente por 50 à 30.” Ele ouviu Simas Finnigan gritar lá de baixo ( ele havia ficado no lugar de Lino Jordan que se formara ano passado). Ainda dava para recuperar! Vinte pontos não eram nada.. Logo a Grifinória empatou e Harry capturou o pomo espetacularmente bem em cima do pé esquerdo de Malfoy.

Harry desceu da vassoura e pisou dentro de uma poça de lama ( À essa altura parara de chover, mas estava tudo muito enlameado ainda).

- Harry! Parabéns! - Gritou Gina da outra extremidade do campo correndo na direção do garoto.

Harry estava sendo carregado nos ombros pelo colega até que uma cena fez suas entranhas congelarem. Enquanto Gina corria alegremente em sua direção, alfoy agarrou a menina pelo braço. O que ele estava tentando fazer?

- Me coloquem no chão... rápido – disse Harry ao seus colegas de casa.

- Larga ela Malfoy! – disse Harry com faíscas nos olhos chegando perto de Gina. Rony e Hermione já corriam em sua direção.

- Uh! Potter, isso não foi nada gentil!

- O que você pensa que está fazendo? – perguntou Gina encarando Malfoy

- Boa pergunta... você quer mesmo que eu responda?

- Malfoy, larga a minha irmã agora! – disse Rony que chegava e tomava conhecimento do que estava acontecendo – Ou...

- Ou o que Weasley? – perguntou Malfoy com Crabe e Goyle já em seu encalço.

- Ou eu não respondo pelas concequências! – disse Harry.

- Você anda agressivo, Potter...

- Malfoy, você está me assustando... – disse Gina – onde você quer chegar com isso.

- Chegar em lugar nenhum, mas pelo jeito... Pansy está muito longe e eu preciso de... um beijo de consolo pela derrota, o que acha? – e dizendo isso, Draco beijou Gina que se debatia descontrolavelmente.

Harry não conseguiu se segurar por nem mais um minuto, aproveitando a deixa que recomeçara a chover e estava fora das vistas dos professores, pulou do pescoço de Malfoy e lançou a maldição impedimenta. Gina cuspiu no chão com nojo e Rony e Hermione se ocuparam com Crabe e Goyle.

- E agora Malfoy? – perguntou Harry maldoso – Nada de capangas... professores... ou qualquer outra pessoa para você se esconder como um cachorrinho covarde como sempre faz. Só eu e você.

- Como se você apresentasse grande perigo... – desdenhou Malfoy - Meu pai sempre falou que sua mãe se matou antes de você por covardia, por que não lutar com Aquele-que-não-deve-ser-nomeado ao invés de morrer? Nunca pensou Nisso não é Potter?

Harry esqueceu que era bruxo, que tinha uma varinha, que estava no meio da escola, de sua posição como capitão ( a mesma de Malfoy) e de que ganhara o jogo. Fechou o punho e acertou bem no meio da cara de fuinha de Malfoy.

- E que fique avisado, Malfoy! Se mexer com minha garota de novo, você vai passar o resto da vida comendo de canudinho... Entende o que eu quero dizer? – disse Harry furiosamente e virou as costas – Ah! – dirigiu-se à Malfoy novamente – Se for homem pelo menos uma vez na vida, não sairá correndo para o colo do primeiro professor que passar falando que o malvado Potter machucou sua carinha de anjo... Vamos embora. – disse à Gina, Hermione e Rony que o olhavam admirados – tem muita sujeira no ar!

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