O aviso de Dobby



Capítulo 5 -

Harry não conseguiu pegar no sono aquela noite. Seu cérebro estava trabalhando muito rápido para isso. “ Nada faz sentido” pensou ele, “ O Rony viu uma ‘coisa’, uma coisa que só ele viu e mais ninguém. Tinha algo errado e muito. Cansado de “tentar dormir” ele se deu por vencido e foi até a sala-comunal para espairecer um pouco. Sentou-se no chão próximo à lareira e refletiu por horas a fio até que lá pelas quatro da manhã Harry ouviu passos pela escada do dormitório das meninas. Era Gina.

- Pensei que não tinha ninguém, estou atrapalhando? – perguntou a menina um pouco assustada.

- Não... pode ficar.

- Certo. Andamos com muitas olheiras... não paramos de nos encontrar.

- Fazer o que. Noites conturbadas é o que não falta atu...

Harry viu de relance algo muito estranho na lareira. Não era decididamente uma forma definida, mas alguma coisa apareceu.

- Harry? Harry, o que foi?

- Você viu? – perguntou ele apavorado.

- O que?

- Ali, na lareira.

- Harry você está me assustando, não tem nada ali...

- Presta atenção... bem no centro...

Harry viu que Gina estava se esforçando para ver alguma coisa que fizesse sentido.

- Não estou vendo nada, Harry.

De repente a lareira acendeu novamente, mas dessa vez mais intensamente do que da outra e, pela descrição de Rony, vira a mesma cruz esquisita. A cruz de Ankh. E pela expressão de horror que Gina aparentava, também vira a mesma coisa.

- Harry, o que está acontecendo?

- Eu não sei, mas parecia a cruz que Rony descreveu.

- Acho melhor nós irmos deitar...

- Estou sem sono algum.

- Para falar a verdade eu também não... que tal um jogo de xadrez?

- Como você consegue pensar em xadrez numa hora dessas?

- O que você pretende fazer? Ficar aí a noite toda para ver se alguém pula da lareira para dizer: Oi Harry! Eu tô colocando uma cruz esquisita aqui por causa disso, disso e disso?

- Você tem razão... mas não estou com cabeça para isso. Que tal a gente só conversar?

- Tudo bem. Sobre o que você quer falar na noite de hoje? –perguntou Gina fazendo uma cara muito engraçada.

- Ando te enchendo o saco, né? – perguntou Harry se sentindo culpado.

- Não...até que é legal ter alguém para conversar de vez em quando. As garotas do meu dormitório são tão... tão... fúteis e babacas que dá até nojo.

Harry sentiu pena de Gina. Não ter com quem conversar é horrível. Ele não agüentaria, um mês que fica longe de Hogwarts sente falta de Rony e Hermione.

Ele estava tão pensativo que não percebeu que Gina tinha “cochilado”. Harry tinha que admitir que ela estava diferente. Seus cabelos flamejantes ficavam mais vivos perto da lareira, estava com feições mais atraentes e mais comunicativa, pelo menos em relação à ele; Mas isso não aconteceu só com Gina, Rony estava bem mais alto e Hermione, assim como Gina, perdera a carinha de criança. Ele mesmo tinha crescido vários centímetros, estava ganhando corpo de homem e sua voz tinha engrossado bizarramente, assim como Rony.

Harry estava olhando para o céu estrelado do lado de fora até que passou uma coruja verde e azul clara que o carregava nas costas, Hermione dava gargalhadas de uma piada muito engraçada contada por Neville que disse ter aprendido com seu avô, Trevo. Ao mesmo tempo, Gina e Malfoy batiam palmas para ele que tinha acabado de trocar suas meias com a cara de Dobby.

- Jovem senhor, acorde! Já é de manhã!
Harry acordou sobressaltado e olhou para os lados, Gina ainda dormia encostada ao sofá.

- Dobby, o que é?

- Harry Potter tem que vir com Dobby, é urgente senhor...

- Espere só um minuto. – Harry se dirigiu à Gina não podia deixá-la só – Gina... Gina, acorda já são sete da manhã...

- Anh? Que foi? Harry!

- Já é de manhã...

- Rápido jovem senhor! – apressou-o Dobby.

- Onde você vai?

- Para falar a verdade nem eu mesmo sei... Diga para Rony e Hermione que os encontro no café...

- Certo. Tem certeza de que não quer que eu vá junto? – perguntou ela apontando Dobby com a cabeça.

- Tenho... é melhor que fique.

Dobby tinha o péssimo costume de metê-lo em enrascadas, não queria que Gina corresse nenhum risco. Ele saiu pelo buraco do retrato e foi para um dos armários de vassouras mais próximos.

- Dobby tem que lhe contar algo que ouviu, senhor, algo muito importante.

- E o que é Dobby? Fala!

- Dobby trabalha por todo o castelo, senhor, desde o primeiro degrau à ultima torre; e escuta muita coisa também...

- Fale logo Dobby, está me deixando nervoso!

- Harry ouviu pessoas conversando em uma sala que Dobby não conhece, senhor, ou pelo menos não conhecia.

- E o quê eles falavam?

- Falavam sobre Harry Potter, coisas horríveis, horríveis!

- Que coisas horríveis exatamente? – Harry estava se irritando, por que não podia ser mais objetivo?

- Dobby não sabe explicar Harry Potter... Mas Dobby sabe onde é a sala, Dobby pode lhe mostrar.

- Certo, já volto.

- Harry voltou à sala-comunal , subiu para os dormitórios ( onde Rony ainda dormia com a boca escancarada), pegou o mapa do maroto (Depois da Firebolt e da capa da invibisibilidade era seu objeto mais útil, presente dos gêmeos Weasley) e voltou rapidamente para o lugar onde tinha deixado Dobby.

Dobby rebocou Harry para um corredor do 6° andar onde tinham uma armadura e uma gárgula de frente uma para o outra e uma parede fechando o corredor.

- Dobby viu dois homens conversando numa sala naquela parede. – Dobby apontou para a parede que fechava o corredor.

- Certo Dobby. Agora quero que volte para a cozinha. – disse Harry – E você está terminantemente proibido de se machucar ou qualquer coisa assim.

Dobby não esperou nem dois segundos e já se dirigiu à cozinha.

- Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom. – disse Harry puxando o Mapa do maroto de dentro das vestes e analisando-o.

Havia um pontinho escrito: “Harry Potter”, e outro escrito...

- Rony?! Hermione?! O que vocês estão fazendo aqui?? – perguntou ele assustado.

- Gina nos deu o recado, estávamos passando por aqui e ouvimos a sua voz ... – disse Hermione em tom de quem explica algo muito óbvio.

- A pergunta é: O que VOCÊ está fazendo aqui? – falou Rony.

- Depois eu explico, estou meio sem tempo agora. A única coisa que posso dizer é que podem ficar se quiser, mas sem muitas perguntas.

Harry voltou a analisar o mapa e chegou perto da parede. Uma linha muito fina saiu do pontinho e um balãozinho bem à cima de “Harry Potter” escreveu: “ Werinderon”. Ele pegou sua própria varinha e Murmurou.

- Werinderon!



N/A: Eu queria primeiramente agradecer à Mary que me deu uns toque legais e a Gina Potter que me ajudou com os primeiros capítulos. Um hiper-mega-beijo. COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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