A Falsa Verdade



Na manhã seguinte, Rony acordou com a visita de Harry, que trazia sua dispensa do serviço. Aproveitou que a sogra havia levado o atestado médico para casa e passou cedinho no Ministério para resolver isso para o cunhado.

- Obrigado, cara! Uns dias de folga vão me fazer bem.

- Imagina! Não foi nada – respondeu Harry meio sério.

- O que foi? Você está estranho... Algum problema com a Gina? Ou com a Mione? – indagou Rony se sentando apressado na cama e empurrando a bandeja de café pra longe.

- Não, nenhum. Pelo menos por enquanto – a voz de Harry começava a ganhar um tom mais irritado do que costumava usar com o amigo.

- Dá para parar de enrolação e dizer logo o que aconteceu?

- É você quem tem que dizer o que aconteceu, cara! Que palhaçada é essa?

O moreno atirou um exemplar do Profeta Diário, que trazia uma foto bem animada de Rony e Julia na festa de encerramento da Convenção de Aurores. Os flashes pipocavam por todo lado e o ruivo sorria de um jeito afetado enquanto a auror espanhola o agarrava pelo pescoço.

As orelhas de Rony pareciam ter perdido a pele de tão vermelhas que ficaram. Não sabia bem como começar a se explicar e engasgou um bocado, enquanto Harry sentava na beirada da cama sem qualquer cerimônia ou cuidado com a perna ainda dolorida do amigo.

Hermione era para Harry a irmã que Voldemort não deixou que seus pais lhe dessem. E sentia que, depois de ter dado conselhos tão desastrosos, o mínimo que poderia fazer era defendê-la de uma traição.

- Rony, qual é? Eu to esperando uma resposta. Porque essa imagem é comprometedora demais e se a Mione vir isso...

- Nem me fale numa coisa dessas, Harry!

- Você devia ter pensado nisso antes de se agarrar com uma qualquer.

- Ei, calma! O que é que te deu para falar assim comigo? - perguntou Rony assustado com a reação de Harry.

- Como assim, o que é que me deu? Cara, a Hermione é minha irmã e eu não quero vê-la sofrer mais do que já sofreu esse tempo todo.

Rony ficou calado. Também se envergonhava daquele vexame ao lado de Julia e, até certo ponto, considerava a raiva de Harry admirável.

- Vai servir de alguma coisa se eu te falar que não aconteceu nada? Que não passou disso que você está vendo aí?

- Continue – ordenou Harry, dando um suspiro chateado.

- Poxa, eu tava deprimido. Fui viajar sem me despedir da Hermione e lá essa auror começou a me dar bola. Mas eu não fiz nada. Fui com ela à festa de encerramento e ganhei esse abraço quando anunciaram o meu prêmio.

O ruivo parou de falar e baixou a cabeça. Não queria contar a Harry que havia acabado no quarto de Julia e, ainda por cima, com ela sentada em seu colo lhe roubando um beijo.

Mas Harry não precisava que Rony falasse nada. Conhecia o amigo há tanto tempo que sabia quando ele estava escondendo alguma coisa.

- E depois desse abraço você ganhou um beijo e o que mais? – insistiu.

Rony lhe lançou um olhar ofendido, mas depois assumiu a fraqueza. Não resolveria sua situação mentir para Harry.

- Depois mais nada, e eu juro pelas calças de Merlim que foi só isso. Quando eu vi que ela estava me beijando a empurrei a saí de perto.

Harry não conteve um sorriso debochado. A mulher na foto era muito bonita, mas dava ares de ser realmente arrogante. Imaginou a saia justa que o amigo passou ao lado dela.

- Ainda acho que você não devia nem ter sentado perto dela durante a festa – comentou já mais descontraído.

- Ah, eu só fiquei nervoso quando li uma notícia do Profeta Diário – e em poucas palavras Rony contou ao amigo como tinha imaginado que Hermione tivesse um caso com um jogador de quadribol, sobre a conversa que ele ouviu entre a esposa e sua irmã e finalmente sobre a matéria no jornal.

Depois da narrativa, que Harry ouviu com atenção, o moreno comentou:

- Só não entendi por que você achou que o médico da Mione era o jogador de quadribol.

- Oras, os dois têm o mesmo nome e o tal Erick Crosser me inventa de ficar noivo de uma funcionária do Ministério.

- Cara, há quanto tempo você não acompanha a tabela da Liga Britânica de Quadribol? Não tem nenhum Erick jogando. E o Crosser que ficou noivo na última semana foi o Vladimir, goleiro do Wimbourne Wasps. E até onde eu sei, a noiva dele é aquela moça que tem um haras de pégasus. A mesma que a gente visitou no ano passado, quando recebemos uma denúncia falsa de que ela estava transformando os animais em criaturas malignas.

Rony olhou atordoado para Harry. Era muita informação para processar em pouco tempo. Quando finalmente entendeu o tamanho da confusão, se sentiu ainda mais patético. Primeiro, por não ter tido coragem de encarar Hermione e tirar a história a limpo antes de viajar. E depois, por perceber que Harry, que havia crescido junto da pior espécie de trouxas do mundo, sabia mais de quadribol do que ele. Mas, para não passar vergonha sozinho, comentou em tom de brincadeira:

- Você tá sabendo um bocado sobre a vida das celebridades, hein?

Harry corou e respondeu:

- São as revistas que sua irmã assina.

Os dois começaram a rir e a tensão entre eles diminuiu. Rony acabou de tomar seu café e quando tornou a falar foi para discutir com Harry duas coisas que o incomodavam no momento.

- Se o nome do cara é Vladimir, porque o exemplar que eu tenho está escrito Erick e não faz nenhuma menção à fazendeira?

- Você tem certeza que o jornal que leu era o Profeta Diário?

- Tenho, claro! A Julia me entregou na man... – Rony parou de falar e encarou o amigo que tinha no rosto uma expressão de “demorou para sacar, hein?” que o deixou desconcertado.

- Qual a outra coisa que o incomoda? – perguntou Harry, dando por encerrado o mistério da notícia falsificada.

- O que a Mione vai fazer quando vir essa foto?

Harry até teve algumas idéias, mas se lembrou da promessa que fez a si mesmo de jamais voltar a aconselhar ninguém e apenas indicou ao cunhado:

- Acho melhor você conversar com a Gina. Ela é mulher e conhece a Mione melhor que eu.

O médico chegou logo em seguida e deu alta para Rony, que foi o mais depressa que sua perna conseguia até o quarto de Hermione. Bateu na porta de levinho e, obtendo uma resposta ainda sonolenta da mulher, entrou devagar.

- Já está de pé? – perguntou com um sorriso sincero.

- Já. Isso foi coisa à toa. E você? Como se sente?

- Estou ótima! O Dr. Erick me disse que esse tipo de dor é normal e não tem nada de errado comigo ou com ela – explicou deslizando a mão pela barriga redonda e espalhada.

Ele se aproximou da esposa, que se apoiava nos travesseiros preguiçosamente, e comentou:

- Você não sabe como fez falta esse tempo todo.

Hermione o encarou sem conseguir dizer qualquer coisa. Ela também havia sentido falta do marido. Mais que isso, temia que ele não a perdoasse por ter engravidado “fora de hora”, que realmente não quisesse saber da filha. A visita do dia anterior a deixou muito emotiva e agora, aquela declaração de amor, simples e sem rodeios, do tipo que só Rony conseguia fazer, deixaram-na sem palavras. Apenas estendeu as mãos na direção de Rony,chamando-o para um abraço.

O ruivo atendeu ao chamado e abraçou Hermione com força e saudade. Depois procurou o rosto da esposa e o encheu de beijos. Todos os beijos que ele gostaria de ter dado naqueles três meses. Beijos carinhosos, brincalhões, apaixonados.

As mãos da moça seguravam a nuca pontuada discretamente por pequenas sardas que ela já conhecia muito bem, enquanto saboreava os lábios de Rony e a felicidade de estar ao lado dele do jeito que sempre imaginou.

Foi ele quem primeiro interrompeu as carícias e olhou, entre o apaixonado e o incrédulo, para a esposa. Tirou-lhe uma mecha de cabelos que caía pelo rosto moreno e comentou, malicioso:

- Se você não estivesse grávida, era um perigo isso acontecer agora.

Ela riu, uma gargalhada gostosa e divertida, aliviada dos muitos dias de seriedade, e retrucou, mais maliciosa que o marido:

- Então quer dizer que só porque eu já estou grávida você vai me deixar assim, só na vontade?

- Mi... O que você está insinuando? – perguntou se fazendo de desentendido.

- Aqui, Rony. Leia o capítulo 12 desse livro e depois me procura. Sua mãe já deve estar chegando e não vai ser nada legal ela encontrar você assim, com a mão dentro da minha blusa.

Ele nem havia percebido que sua mão já havia deslizado por baixo da camisa do pijama que Hermione vestia. Tirou-a de lá apressado, olhando para a porta a fim de ver se ninguém os tinha flagrado “dando um amasso” em pleno hospital.

- Que livro é esse? – perguntou para desconversar e recuperar o controle de si mesmo.

- Ah, é um livro trouxa e muito legal! Fala de tudo sobre a vida do bebê.

O ruivo leu o título O que esperar quando se está esperando e começou a folhear o livro. Havia capítulos explicando tudo, desde os primeiros sintomas da gravidez até o desenvolvimento da criança no útero.

- Não sabia que acontecia tudo isso – comentou impressionado. – Pelo visto tenho muito que aprender.

- É tão bom te ver interessado. Mas se eu fosse você, leria o capítulo 12 primeiro. Ele fala sobre...

- Bom dia, querida! – exclamou uma voz bastante animada e conhecida.

A Srª. Weasley entrou no dormitório e Rony agradeceu aos céus por não ter feito isso cinco minutos antes. Trazia uma cesta de frutas, torradas, geléia e suco.

- Só queria me certificar de que sua alimentação tem sido a melhor possível – disse a matriarca dos Weasley. - Bom dia, Rony. Seu médico me disse que sua perna já estava boa. Acho que aqui tem comida para os dois.

Eles se serviram de maçã e torrada e comeram animados. Hermione esperava ansiosa a visita do médico que lhe daria alta. Não agüentava mais ficar naquele hospital. Não tendo voltado às boas com o marido.

- Srª. Weasley? – chamou uma enfermeira na porta do quarto.

- Sim? – responderam as duas mulheres ao mesmo tempo, rindo em seguida da confusão.

- Ah, desculpem-me, eu quis dizer Srª. Hermione Weasley.

- Sou eu – disse a morena fazendo um aceno de leve com a mão direita.

- O Dr. Erick não pode vir atendê-la agora, mas me pediu para lhe dizer que já pode ir para casa.

Hermione segurou a mão de Rony muito empolgada. Ele já havia se oferecido para acompanhá-la e, definitivamente, ela queria fazer isso o quanto antes. Longe do hospital poderiam conversar sobre tudo e até mesmo sobre o capítulo do livro que ela tanto queria que Rony lesse.

O ruivo já procurava arrumar tudo que a esposa havia levado para o hospital quando escutou sua mãe conversar com a enfermeira.

- Mas está tudo bem com o Dr. Erick? Gina, minha filha caçula, tem consulta com ele hoje à tarde.

- Não se preocupe, senhora. Foi só um parto de emergência. Hoje é lua cheia e parece que o bebê dos Malfoy resolveu chegar um mês antes do previsto.

Rony, que estava passando os sapatos para a esposa calçar, parou com um dos tênis ergonômicos a meio caminho. Sua boca se abriu involuntariamente e ele se viu perguntando:

- O bebê dos Malfoy? De Draco Malfoy, você quis dizer?

- Exatamente. O menino dele deve nascer a qualquer instante. Agora, se me dão licença, eu preciso visitar outros pacientes.

Quando se certificou de que a enfermeira estava longe o bastante e que Hermione já havia se trocado para voltar para casa, Rony não resistiu e comentou:

- Mais um puro-sangue no mundo. Onde nós vamos parar?

Até a mãe do rapaz riu do comentário, mas não se esqueceu de lhe chamar atenção:

- Você ainda é um puro-sangue, menino.

- Puro-sangue não, mamãe! Veja lá como fala do seu próprio filho. Eu sou um traidor do sangue, com muita honra, casado com a nascida trouxa mais maravilhosa do mundo.

Ainda rindo, o jovem casal se despediu da Srª. Weasley e seguiu de táxi para a casa dos pais de Hermione. No caminho, Rony ainda insistiu em comentar sobre o filho de Malfoy.

- Qual o problema disso, querido? – perguntou Hermione com a cabeça encostada no ombro do ruivo.

Ele pensou o quanto aquela sensação de ter as duas mulheres da sua vida assim tão perto era boa e quase se esqueceu do que havia raciocinado. Só quando o motorista fez um movimento mais brusco para desviar de um cachorro que fugia de seu dono é que ele despertou de seu devaneio.

- O problema é que o Malfoyzinho vai estudar em Hogwarts junto com a nossa flor aqui – disse colocando a mão na barriga da esposa.

- Rony, olha só, o Malfoy nunca pôde com a gente. E o filho dele também não vai ter como fazer nada com a nossa princesa. Além disso, quando eles entrarem na escola, o James, o Fred e a Vic vão estar lá para o que for preciso.

- É, acho que você tem razão. Como sempre, né?

O táxi estacionou e Hermione teve que pagar a corrida, já que Rony ainda sentia certa dificuldade em lidar com dinheiro trouxa, apesar de tantos anos de convívio com o mundo da esposa.

Ajudou-a a subir as escadas que davam para a varanda, oferecendo um braço para que ela se apoiasse enquanto o outro segurava a bolsa larga de pano.

- Mione, por que não me telefonou? Eu já estava me vestindo para buscar você e... – o Sr. Granger parou de falar quando viu o genro entrar atrás de sua filha. – Ah, Ronald, você a trouxe. Bom, então está tudo bem?

- Está sim, papai! Foi só uma dorzinha...

- Eu sei, como as muitas que a sua mãe teve e que me faziam levantar de madrugada para levá-la ao hospital. Prepare-se, meu rapaz, as gravidezes das mulheres dessa família são um tormento para o sono de qualquer marido. Quando não é dor é um desejo de comer uma fruta estranha, um enjôo porque o travesseiro está com cheiro de sono e até uma crise de choro porque a moça do telejornal da madrugada mudou o penteado.

- Pare com isso, Albert! – ralhou a Srª. Granger. – Assim você vai assustar o Rony.

- Ah, não se preocupem, eu não me assusto com isso. Acho que até gostaria de ser incomodado com cada uma dessas coisas todas as noites só para compensar o tempo que passei fora – ele abraçava a esposa, orgulhoso e apaixonado, enquanto recomendava – Acho que seria bom você se deitar um pouco.

- Me deitar, Rony? Eu acabei de acordar e estou deitada desde o almoço de ontem. Tudo o que eu não quero no momento é me deitar. E se a gente saísse para tomar um sorvete?

- Sorvete? Às nove horas da manhã? – indagou o Sr. Granger. – Viu rapaz? É disso que eu estou falando.

- Tudo bem. – consentiu Rony rindo junto com a família da esposa. – Mas depois você vai fazer uma coisa para mim.

- O quê?

- Me mostrar tudo o que comprou para ela.

O passeio foi mais que agradável e durante todo o tempo Hermione voltou a se sentir uma adolescente que anda de braço dado com o primeiro namorado. Quando voltaram para casa, ela o levou até o quarto que ocupou quando solteira e mostrou as inúmeras peças de roupa, bonecas e sapatinhos que já havia comprado, bem como as fraldas, mamadeiras e chupetas.

- Ela ainda não tem um berço?

- Eu não tive tempo para procurar – respondeu de sopetão como se quisesse mudar de assunto logo.

- Isso não é verdade, Mione. Eu lhe conheço muito bem. Vamos, pode falar. Eu estou aqui com você para o que for preciso, está bem?

A morena deu um suspiro cansado e se sentou na cama, segurando um par de sapatinhos de bruxa lilás enfeitado com estrelinhas e sininhos nas pontas. Calçou-os nos dedos e brincou um pouco, buscando coragem para tocar no assunto.

Rony esperou paciente. Não queria pressioná-la a falar de algo que a incomodava, apesar de pressentir que aquilo era importante para ambos.

- Eu não queria comprar o berço sem você. Você ajudou com o berço do James e eu não achei que seria justo que você não escolhesse o berço da nossa filha, mesmo sabendo que você não queria ser pai – ela despejava toda a angústia que passou naqueles meses sem dar tempo para o auror retrucar. – Porque, sabe, isso não aconteceu de propósito. Foi sem querer. E depois quando você me pediu para abrir mão dela eu me desesperei. Mas os dias foram passando, e mesmo você tendo viajado sem falar comigo, eu ainda tinha a esperança de fazer você mudar de idéia e aceitar ter uma família comigo.

Cada palavra entrava pelo ouvido de Rony lhe abrindo um buraco no peito. Nada daquilo que ela falava tinha sentido. Como ela pôde pensar que ele não queria ter uma família? Como pôde imaginar que ele nunca quis ser pai?

- Mione, eu...

- Não, você não precisa falar nada agora.

- Eu preciso falar, sim! De onde você tirou tudo isso? Que eu não queria ter uma família com você? Que eu pedi para você... Oh Merlim! Não gosto nem de imaginar! Que eu pedi para você abrir mão dela?

Ele falava num desespero, preocupado em não magoá-la, mas ao mesmo tempo ressentido de perceber o que a esposa havia pensado dele esse tempo todo.

- Rony, foi antes de você viajar. No jantar quando me pediu para abrir mão...

- Era do seu cargo no Ministério que eu estava falando – informou decepcionado. – Como você... pôde pensar isso de mim depois de todos os planos que fizemos...?

- Você ficou tão desesperado quando descobriu que a Gina estava grávida de novo e depois veio com aquele discurso de que a profissão é mais importante...

- Porque eu achava que isso era mesmo o mais importante para você! Eu só queria te ver feliz. Mione, desde que a gente se casou eu sonho em ter um filho com você!

As lágrimas agora escorriam mais dos olhos dele do que dela. Então ele passou aquele tempo todo longe da filha por culpa de um mal entendido idiota?

- Rony... me desculpa, foi tudo um engano então.

- Não! Eu não tenho nada que desculpar. Só preciso pensar um pouco. É só isso. Eu vou pra casa. Amanhã passo aqui para te ver.

E sem beijo, abraço ou qualquer gesto carinhoso de despedida, alcançou a porta do quarto, desceu os degraus e ganhou as ruas de Londres, onde pretendia caminhar e colocar os pensamentos no lugar.

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Comentários (2)

  • Sheilinha Araujo

    É o que eu sempre digo mlai entendido é uma merda!!!!

    2012-07-01
  • Lana Silva

    Ahhh Ronald Weasley você meio que começou isso nem deveria ter ficado assim...

    2011-11-23
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