Capítulo IX




Operação: Garotos à Vista.
Copyright 2008 by Aline Fonseca (Nine Black)
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, no todo ou em parte, através de quaisquer meios.


De pernas para cima.
ou Capítulo IX.


“Evite popularidade se você quer ter paz.”
Abraham Lincoln.



Narrado por: Marlene McKinnon
Hoje, Sábado, 15 de Fervereiro.
Ouvindo: Dancing With My Self – Billy Idol.
Local: Claire’s Morgada Party.


Se existir uma estaca máxima para o grau de depressão que uma pessoa pode ter, eu, com certeza, devo estar lá no topo. Eu sou muito anta, mesmo. Por que eu fui inventar de ter “A Conversa” com o Sirius exatamente no dia da festa, ein? Quer dizer, eu provavelmente sou a única solteira nesse lugar.

O melhor é que o ambiente parece combinar comigo, olha só o que está tocando. Nada mais tia velha do que Dancing With My Self do Billy Idol, né? Algo muito: “Tô Velha, Tô Solteira, Mas ainda tenho a minha auto-confiança intacta e por isso vou dançar comigo mesma”.

Talvez eu deva ir me acostumando mesmo, já que a probabilidade desse ser meu futuro é bem grande. Tipo 10 para... 10, saca?

- Lily, vou tomar um ar lá fora, ok? Já volto. – Não que isso faça diferença pra você e para o James, que parecem nem notar a minha presença no recinto.

A Mansão poderia estar pegando fogo e eles ainda estariam grudados como chiclete em asfalto sem nem perceber nada. Péssima analogia, essa frustração está mexendo mesmo com a minha capacidade de pensar... Como se eu tivesse tido essa capacidade alguma vez na vida.

Quer saber? Eu acho que eu devia mesmo ir embora, são exatas 22:00 horas a festa acabou de começar, é verdade, mas se eu ficar, as chances de eu me divertir são nulas.

O que eu vou ficar fazendo aqui? Beber, cair e levantar? Creio que não.

- Marlene! – VOZ MASCULINA! Deus permita que seja o Sirius me querendo de volta.

”Baby come back to me in my heart I still belieeeve. My baby, come baack”

- Oi? – Bom, esse pensamento seria bom demais para ser concretizado. Então resta mesmo me contentar com a imagem do que poderia ser do que encerar a realidade.

Continuei na direção oposta da voz, se eu fosse uma outra pessoa e tivesse alguma sorte provavelmente a mão de Sirius viria direto no meu ombro e me puxaria para a sua frente, depois ela escorregaria para a minha cintura e ele me apertaria contra seu corpo enquanto me beijava intensamente dizendo que me queria mais do que qualquer coisa no mundo.

Mas eu não sou.

E ao invés de ter sido puxada pelo ombro pelo Mr. 212 Sexy eu fui abordada por Benjamin Fenwick, ou Gordo, como eu gostava de chamá-lo quando a gente era melhor amigo no jardim de infância e ele não era um dos POP’s (Pseudo-Populares Opressores da População).

- Tudo bom, Lene? – Desde quando este ser me chama de Lene? Quer dizer, onde foi parar a onda dos apelidos ridículos como: “Anã”, “Pigmeu”, “Toco de Amarrar Jegue” e derivados?

- Tudo ótimo. – Tirando o fato de eu estar numa festa de casal, sozinha e sem nenhuma expectativa de auto-realização. Mas isso não interessa a você, não é mesmo, Ex-Gordo? – E com você, Ben?

- Estou de boa. – Ele falou dando de ombros. – Onde está o seu namorado? O Sírio?

- Sirius. – Eu corrigi sem conter uma risadinha lateral. – Nós não estamos mais juntos.

- Uou! – Ele exclamou. – Já? Durou tipo, uma semana?

É, eu não sou capaz de amarrar um cara nem por sete dias! Que humilhante.

Dei de ombros e levei meu enorme copo com água à boca. Gordo Ben arregalou os olhos. Ok, deixa ele pensar eu é vodka, quem se importa? Minha reputação já é estragada mesmo.

- Eu diria “Sinto Muito”... – Ben começou dando um sorriso afetado. – Se eu realmente sentisse, mas não posso negar que quem saiu realmente perdendo foi ele.

Eu me engasguei com a água e comecei a tossir descontroladamente, por sorte (que irônico) eu já tinha engolido a água, então, nada de vazamentos. Graças a deus.

- O que você quer dizer com isso? – Eu indaguei mais surpresa que o ex-produtor dos Beatles quando descobriu que eles eram um sucesso.

- Bom, tem um amigo meu que está muito afim de você. – Quase ri na hora, mas tentei me manter séria e não arregalar a sobrancelha direita. - E como a gente é amigo, eu e você, quero dizer, ele achou que eu pudesse ajudá-lo.

Ah, fala sério! Até parece que eu acredito numa coisa dessas. Vale ressaltar que aquele “Como a gente é amigo” foi completamente mentiroso, ele não me dirige a palavra desde a quinta série!

Resolvi entrar na onda para me divertir um pouco, se fosse outra ocasião eu estaria gargalhando, mas como meu ego tinha sido completamente destruído de tarde, achei que uma inflada poderia ser muito boa para a minha auto-confiança.

- Hum... – Eu sorri com o copo de água nos lábios. – E quem é esse seu amigo misterioso? Por que ele mesmo não veio aqui falar comigo?

- Ele não é tão misterioso assim, e só queria saber se seria bem recebido. – Ben justificou em meio a um sorriso orgulhoso.

- É? Por isso ele te usou como pombo-correio? – Oops, escapuliu de tal forma que eu nem senti.

- Na verdade, eu me ofereci. – Ben comentou com um sorriso de desdém. – Queria saber o que você acharia de tudo isso.

Agora ele está me confundindo por completo. Como se eu precisasse de mais uma complicação na minha vida.

- E por que isso te interessa? – Eu dei de ombros.

- Porque não é só ele que está afim de você. – COMO ASSIM?

Até parece que eu faço sucesso, quem eles acham que eu sou? Scarlett Johanson? Miley Cyrus? Madonna? Não, já sei: BRITNEY SPEARS VERSÃO PÓS-MARIDO-MASOQUISTA?

- Ah, é? Tem mais gente na disputa? – Levantei a minha sobrancelha direita e deixei o tom de sarcasmo tomar conta da minha majestosa voz.

Epa, estou começando a me achar, aqui. Um cara – que chamaremos de incógnita –, completamente desconhecido está afim de mim, e eu já me acho? Deus, como eu sou fácil!

- Você pode não acreditar, mas, na verdade, você faz o tipo de muitos caras. – Ben começou a se aproximar mais de mim.

Estava quase começando o meu discurso sobre a linha (aquela que separa o meu mundo do dele). Mas o que ele disse tinha me intrigado. Eu faço o “tipo” de muitos caras?

Aham. Claro. Com certeza. Sei.

- A minha pergunta não foi essa, voltamos para a estaca zero, por que tudo isso te interessa? – Eu perguntei tentando fugir da invasão de espaço.

- Porque eu estou nessa lista. – PAUSA! Preciso limpar os ouvidos direito. – Eu estou completamente de quatro por você.

Certo, e eu sou irmão dos Jonas Brothers (Pegou, essa?). Como se isso fosse realmente possível, quero dizer, o Ben só fez contato visual comigo esse ano duas vezes, e nas duas vezes, diga-se de passagem, foram em momentos embaraçosos. Para mim, pelo menos.

Como no dia do Thames Festival, que o pessoal do Brasil trouxe uns caranguejos do Rio Capibaribe¹ e colocaram numa espécie de aquário no meio do festival, e eu era responsável por manter eles vivos, nutridos e dentro do bloco de vidro. Só que de alguma forma um deles conseguiu fugir e eu tive que pegá-lo.

[¹: O Thames Festival realmente existe, é um projeto Britânico em parceria com o Brasil, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a poluição que ocorre nos rios Tâmisa (no Reino Unido) e Capibaribe (no Brasil). Não sei se existe em mais algum estado daqui e/ou em mais algum rio.]

Veja só, eu não tenho hábito de lidar com caranguejos, eu nunca tinha visto um deles na vida antes daquele dia, e eu não fazia idéia de como pegar um. Aconteceu que ele me mordeu beliscou, com aquela enorme pata dele, e eu fiquei berrando que nem um louca e tentando tirar ele de mim, enquanto Ben e os amigos dele assistiam tudo e riam da minha cara. Depois ele pediu para ver meu dedo e a deformação na pele que ele sofreu por conta do apertão.

Mas foi só. Quer dizer, teve a vez que eu esbarrei nele no corredor usando um casaco enorme e ele me zoou por conta do casaco. E só, definitivamente, só.

Que tipo de pessoa fica... como foi que ele falou? “De quatro” por outra que levou um beliscão de um CARANGUEJO²? Nenhuma, fato.

[²: É, isso realmente aconteceu comigo.]

- Certo, Ben, já está na minha hora, preciso mesmo ir. – Falei querendo me enfiar em qualquer buraco, e procurando qualquer rosto conhecido na pista de dança.

- É o Josh. – Ben disse sério.

- Quê?

- O Josh. – Ele repetiu. – Foi a ele que eu ofereci vim falar com você.

- O Josh? – Ok, agora é OFICIAL, O MUNDO ESTÁ GIRANDO AO CONTRÁRIO, A ÓRBITA DA TERRA MUDOU, OU O COLÉGIO SOFREU ALGUM TIPO DE CIRURGIA CEREBRAL – tipo a daquele episódio de Eleventh Hour.

Qual opção é mais provável? Eu realmente não sei, acredito que todas as três juntas.

- Meu Deus, que doentio. – Eu deixei escapar.

- O que? – Ben quis saber.

- Josh se declarou para a Lily no capítulo seis na quinta! – Eu exclamei incrédula.

- É, eu sei. – Ben deu de ombros. – Ele se recupera rápido das desilusões amorosas.

- Rápido demais. – Eu repeti. – Tenho que ir, Ben.

- Então, quer dizer, que eu estou na frente?

Ah, cala a boca.

Quero ligar para o Sirius agora, e pedir para ele vir me salvar dessa festa idiota, que só tem gente idiota (exemplo disso: Josh e Ben com o “amor incondicional” deles por qualquer garota).

E aí ele viria naquela moto brilhante dele, entraria pela porta como o Brad Pitt num de seus filmes, caminharia até mim e me beijaria na frente de todo mundo.

O que nós chamamos de “Entrada Triunfal” e iria deixar todo mundo de boca abrida, como dizia a minha vizinha aberta. Quero meu momento Movie Star. Mas parece que eu nunca serei a “protagonista”, nem a “melhor amiga da protagonista”.

Acabou de vir uma luz – ou não – na minha mente, já tenho uma idéia do que terá escrito em minha cripta.

“Jaz aqui, Marlene McKinnon.
Péssima amiga, eterna figurante.”


Ok, isso é triste. Hora de morfar da o fora dessa festa.

- Lily? James? – Eu cutuquei os ombros de ambos.

Grande surpresa, eles não notaram.

- Fogo! Fogo! – Eu falei nos ouvidos deles.

Eles pararam de trocar salivas.

- Precisamos achar a Emmy e o Miguel. – Eu falei. – Temos de ir para casa.

- Ah, é? Por que? – Perguntou Lily.

- Estou sendo vítima de assédio sexual.


Narrado por: Dorcas Meadowes.
Hoje, Domingo, 16 de Fervereiro.
Ouvindo: With Me - Sum 41.
Local: Perdida no Espaço-Tempo.

Boa noite, cobertor. Boa noite, travesseiro. Boa noite, teto. Boa noite, escrivaninha. Boa noite, relógio de parede. Boa noite, pijama. Boa noite, roupa legal que eu usei esta noite. Boa noite, despertador que toca Beautiful Love do The Afters. Boa noite, chuva fina de verão. Bom noite, Lua. Boa noite, noite!

Eu estou começando a achar que terei de dar “Boa Noite” para todos os objetos presentes neste cômodo. Não tem nenhuma condição de eu pregar o olho esta noite, só se eu ceder àquela idéia de tomar um dos remédios para dormir da minha irmã, passados pelo pediatra dela no fim do ano quando Meg estava ficando bitolada de tanto estudar para os exames finais e mamãe não agüentava mais vê-la separando o almoço por grupo de carboidratos.

Tudo isso porque eu assisti (não é bem a palavra, mas é o que mamãe acredita) ao melhor filme do mundo, com a melhor companhia do mundo. O Sr. Adônis! É, Adônis! A-D-Ô-N-I-S! Dei uma busca no Google quando eu cheguei em casa e pressenti que teria que inventar alguma coisa pra fazer durante a madrugada.

Achei que a busca iria demorar mais, porém, pelo que eu percebi, muita gente sabe que Adônis é o equivalente a Afrodite (Vênus) na mitologia grega, mas homem, dã. Sr. Adônis fica melhor do que Sr. Vênus, considerando que Vênus é uma MULHER e o Remus é um HOMEM.

Talvez eu devesse ceder ao remédio logo de uma vez, porque acabou de me vir em mente que amanhã será um dia difícil de aturar, se a Lily já fez um interrogatório com a Marlene porque ela e o Sirius ficaram a sós em casa, por um tempo ínfimo, imagine só o que ela vai fazer comigo?

Aposto que ela vai dar uma de Coringa para cima de mim e vai me lançar aquele sorriso psicótico combinado com aquele papinho de “Sabe por que eu tenho essas cicatrizes? Bom, meu pai era um homem alcoólatra e blábláblá...”. E eu tenho a impressão de que se ela fizer isso eu não vou conseguir me manter calada, porque eu vou ter flashes das cenas do filme – flashes mesmo, porque foi a única visão que eu tive – e vou lembrar do Heath Ledger enfiando a faca na boca do cara.

Ok, isso não vai me ajudar a dormir. Penso que devo me concentrar nos momentos agradáveis que tive esta noite, tipo quando a gente estava no carro e Remus falou que “Alguém tem que te contar como foi o filme antes que você chegue em casa.” E depois ele ficou todo sem graça dizendo que a gente não precisava fazer nada se eu não quisesse.

Eu estava chocada com o que ele tinha dito, chocada demais para responder com palavras. Por sorte o sinal fechou bem na hora em que ele estava se desculpando e afirmando que ele não queria ter dado a entender que a gente ia ficar se agarrando (mas que ele gostava de idéia), então eu tive tempo o suficiente para me aproximar dele – mesmo com cinto de segurança – e beijar os lábios perfeitamente adônicos (pegou?) dele.

Não tenho idéia por quanto tempo a gente ficou se beijando, mas o sinal já tinha aberto e os carros atrás da gente já buzinavam sem parar. Quase abaixei o vidro e pus a cabeça pra fora para mandar eles pararem, foi quando eu percebi o que eu tinha feito.

Eu, Dorcas Meadowes, tinha feito o trânsito parar!

Não da maneira convencional, aquela em que uma mulher bonita quer atravessar a rua e um carro pára a deixando passar. Mas de uma maneira melhor, muito melhor. Muito melhor, mesmo.

Depois disso a gente achou melhor não se agarrar em sinais, já que o Remus acaba ficando distraído e eu perco a noção do tempo.

Compramos pipoca e coca-cola, eu insisti para que fosse do tipo zero, mas Remus ficou balbuciando que dava câncer por conta do adoçante que substitui o açúcar. Achei fofo da parte dele se preocupar comigo, mas eu fiquei irritada porque acho a coca-cola zero mil vezes melhor e mais doce.

Estava preocupada com o lance de comer pipoca, porque um pedaço de milho poderia ficar na minha boca ou na dele, e acabar ocorrendo uma troca de milho de pipoca, mas ele também teve o cuidado de beber refrigerante antes de qualquer beijo, então, nenhum problema.

Graças a Deus.

Droga, fui comentar disso e acabei lembrando do dia que a Claire sentou do meu lado e ficou trocando de chiclete com um dos ex-namorados dela. Nojento. Os chicletes nem eram de sabores iguais, um era de uva e o outro de hortelã, além do fato de conter a saliva da Claire, que deve estar, provavelmente, cheia de veneno, tipo aquela cobra Naja que a gente encontra no deserto.

Só que a Claire não cospe veneno a dois metros de distância, o alcance do dela é muito maior.

Eu queria mesmo poder dormir, só que a imagem do Heath Ledger de cabelo verde e paletó roxo continuam na minha cabeça, sem contar com o “Why so Sirious?”.

Estava me perguntando se foi a Lindsay Lohan que presenteou ele com tantos remédios, já que ela tinha sido a última namorada dele antes de acontecer, você-sabe-o-quê.

Aposto que foi, ela não vai bem da cabeça faz um tempo, desde que a Paris Hilton inventou um novo jargão “That’s Hot”.




Acabei de notar que meu suéter rosa ficou impregnado com o perfume do Remus...




Já que nada parece funcionar – e isso inclui leite quente, muffins, e documentários do History Channel – sinto-me na obrigação de fazer um teste-piloto e dormir abraçada com o suéter rosa impregnado de perfume do Sr. Adônis.




Preciso descobrir qual é o nome desse perfume que o Remus usa para poder pedir uma amostra grátis a uma das vendedoras do La’ Parfum. Vou pedir para Marlene cheirar e dar o veredicto.




Esqueci. Não posso pedir para ela, é muito constrangedor.




Será que é mais constrangedor levar o suéter para uma das vendedoras cheirar?




Não acredito que pensei isso, é claro que é!




Vou ter que arrumar um jeito de invadir o quarto do Remus e procurar o frasco de perfume dele.




Meu Deus! Estou parecendo aquele cara do filme Paranóia que fica espionando o vizinho – só que o Remus não é meu vizinho e sim meu NAMORADO.




Estou “Cinderelando”, acontece quando já se passaram 3 horas depois da meia-noite.




Eu não vou ceder, não posso ceder. Não sou fraca. Vou assistir “A Princesa e o Plebéu” e ficar imitando a Audrey Hepburn falando “Thank You” e “No, Thank You”.




Lembrei que passei o jogo “Star Wars – The Clone” para o meu celular, vou começar a jogar.




Ok, já zerei “Star Wars – The Clone” e “The Sims 2 – Castaway”. Vou ceder.




5 Tipos de Caras, os quais eu NUNCA sairei:

1. Políticos: Nunca estão satisfeitos com o que tem, só pensam em dinheiro e se corrompem para tê-lo. Nem se enganem, não tem nenhum que se salve.

2. Advogados Corporativistas: Defendem casos inescrupulosos só para ganhar quantias multimilionárias. Ficam extorquindo dinheiro de pessoas inocentes e a maioria é tarada (porque conseguem qualquer vadia com o salário que ganham) e corrompida pela sede ao dinheiro.

3. Rock Stars: Se acham os REIS do mundo e têm um monte de tietis coladas na barra da calça de couro, a maioria se droga e se vende quando assina contrato com a gravadora.

4. Alcoólatras, Megalomaníacos e Pervertidos: Não é necessário justificar.

5. Jogadores de Futebol: Só em falar deles me dá abuso. Eles são cheios de si porque têm mulheres jogadas aos pés deles e ganham salários gordos para correr atrás de uma bola.




Ai Meu Deus, e se o Remus estiver incluso em uma das profissões citadas acima? O que é que eu vou fazer?




Contanto que não seja a número 4 eu posso relevar...




Mas aí eu não estaria sendo fiel aos meu princípios, não é isso que eu e as meninas prezamos?




Ok, acho que não. Já que a gente pagou uns caras para fingirem que eram os nossos namorados.




Isso me lembra que eu tenho de incluir jornalistas e fotógrafos naquela lista. Afinal de contas eles fazem de tudo para conseguir ganhar uma grana com uma boa reportagem, prova disto é o papel de Joe Bradley interpretado por Gregory Peck em “A Princesa e o Plebeu” que engana a Princesa Anna (Audrey Hepburn) só para ganhar dinheiro. Mas, ironicamente, ele acaba se apaixonando por ela.




Caramba, esse filme é completamente mentiroso! Segundo o Dr. Phill nenhum relacionamento vinga tendo como base a mentira e a omissão de fatos. Sendo assim, como é que a Anna e o Joe ficam juntos no final? Ela omitiu que era princesa, e ele mentiu dizendo para ela que trabalhava em outra coisa que não tinha nada a ver com Jornalismo!




Meu Deus, eu quero mesmo dormir. Não posso ficar aqui tendo pensamentos desconexos sobre filmes, caras que não prestam, e o meu falso-namorado (que eu sonhei que me dizia hoje na porta que não era mais falso) Remus Lupin.




Já sei! Vou criar um mantra que me faça dormir, o “Om” costuma funcionar com a minha mãe, então quem sabe se eu tentar... “Adôôôôônis, Uhm... Remuuuuuuus, Uhm...”




“Adôôôôônis, Uhm... Remuuuuuuus, Uhm...”




“Adôôôôônis, Uhm... Remuuuuuuus, Uhm...”




“Adôôôôônis, Uhm...”




“Remuuuuuuus, Uhm...”




[...]


Narrado por: Emmeline Vance.
Hoje, Domingo, 16 de Fervereiro.
Ouvindo: Falling In Love - McFly
Local: Meu cérebro, em meio a devaneios.


Ai Meu Deus, foi por pouco. Digo, MUITO pouco. Foi mesmo por um cabelinho de sapo – não acredito que estou usando a gíria retro da professora de história – que eu e o Miguel não fomos pegos no flagra pela Marlene.

Eu não sei, eu acho que eu e o Miguel tivemos um acesso de sorte ou algo assim, porque foi exatamente quando voltamos para a Mansão que a Marlene nos achou dizendo que precisávamos ir embora.

Segundo ela, os meninos da escola surtaram e resolveram fazer alguma brincadeira de mau gosto com ela que além de envolver terrorismo psicológico envolve assédio sexual. Em suma, assustador.

Ela suava e parecia mesmo perturbada quando encontrou a gente e pôs pra fora que Bem Fenwick tinha falado que estava a fim dela, não só ele, como o Josh.

O que nos mostra que Josh tem algum tipo de perturbação mental e necessita urgente de um psiquiatra. Acredito piamente que a história de vida dele daria um excelente episódio de Dr. Phill:

Dr. Phill: Estamos aqui hoje com um jovem que se diz ter um sério problema. Ele está apaixonado por três mulheres ao mesmo tempo. Como você deixou isso acontecer Josh?

Josh: Dr. Phill, por favor. (sussurra no ouvido do Dr. Phill).

Dr. Phill: Oh, tudo bem. Ele diz que não quer que seu nome seja divulgado. Então vamos chamá-lo de Pseudo-Xeque-Árabe, ou Indeciso-Incontrolável, ou ainda de Cara-que-Sonha-em-ser-Poligâmico. O que você prefere, Josh?

Josh: Posso pedir ajuda aos universitários? Não consegui entender a última palavra da última opção. Será que o senhor poderia soletrar? Ou só me chamar de J? Ou de Joshua?

Dr. Phill: Tudo bem, Josh. Digo, J. Joshua.

Está aí um episódio que eu não perderia. De maneira nenhuma. Nem se o Miguel aparecesse de speedo na minha frente dançando Hula-Hula.

Ok, eu pararia para o mandar ele vestir um calção e sair da frente da televisão. Só por isso.

Além de eu adorar Dr. Phill tem o fato de que Josh sendo constrangido publicamente em rede internacional seria impagável.

Só que isso é só um devaneio que nós podemos chamar de contratemps para o verdadeiro ápice da questão.

Como se nós já não tivéssemos a certeza de que o colégio tinha pirado com todo aquele lance de bombardeio de casais, agora todos os garotos populares estão caindo em cima da Marlene.

Ela disse que não quer isso, DE JEITO NENHUM. Ela confessou para mim e para Lily que na verdade quer o Sirius, só que ele está com raiva dela, aparentemente. Então, ela não pode fazer nada.

Mas nós podemos, e é por isso que eu e Lily criamos um plano para juntar os dois, Operação: Marlene ♥ Sirius. Lily riu horrores quando eu sugeri o título.

Ainda não entendi por que, mas a Lily anda muito esquisita nesses últimos dias. Sendo assim, o melhor é relevar.

Tenho de ligar para a Dorcas a fim de saber como foi o tal encontro e também para perguntar se ela está disposta a nos ajudar com a Operação.

- Alô? – O outro lado da linha continua mudo. – Alô? Dorcas?

- (Grunhido Irreconhecível) - ?????????????????????

- Dorcas? É VOCÊ? – Eu berrei assustada. – Ai meu Deus, Dorcas? Está tudo bem?

- Er... Emmy? – A voz do outro lado da linha sussurrou.

- Dorcas? Eu te acordei? – Perguntei mais aliviada por minha voz ter sido reconhecida.

- Parece que sim. – Dorcas disse em meio a um bocejo.

- Pelo jeito a noite foi longa. – Eu disse soando casual.

- Cala a boca. – Ela riu. – Fiquei assistindo “A Princesa e o Plebéu” até tarde. Você tem noção do quanto aquele filme é mentiroso?

- É claro que sim. – Eu respondi. – Mas não estou muito interessada na resenha do filme, quero obter a resenha do seu encontro.

- Nossa, mas esse é uma assunto muito particular, não posso ficar espalhando para qualquer pessoa...

- QUALQUER PESSOA? – Eu disse, indignada. – Até parece que EU sou QUALQUER PESSOA. Quero o relatório completo do encontro no meu e-mail assim que você almoçar. Quer dizer, tomar café da manhã.

- Boa idéia! Assim vou poder enviar o mesmo e-mail para você e as meninas. – Dorcas exclamou. – Você é um gênio, Emmy! Estava me perguntando como conseguiria contar a mesma história três vezes sem ficar entediada.

- Hum... Eu sei disso. Refiro-me a parte que me toca, é claro. – Sou uma verdadeira Einstein. – Só que agora o assunto é outro. Preciso lhe fazer uma proposta...

- Que proposta?

- Quero saber se você toparia ajudar a mim e a Lily na árdua tarefa de juntar Marlene e Sirius. – Eu contei. – Na: “Operação: Marlene ♥ Sirius”

- “Operação: Marlene ♥ Sirius”? – Dorcas soltou uma gargalhada alta. – Estou nessa, COM CERTEZA. Vou escovar os dentes e em breve você receberá o tão esperado e-mail.

Pronto, está feito. Agora é só pôr meu cérebro de Einstein para funcionar novamente e encontrar a solução do meu GRANDE problema.

Preciso inventar uma maneira prática, rápida, fácil, e indolor de acabar com o Bones e ter meu “Feliz Para Sempre” com o Miguel.

Se isso é possível? Acredito que sim, se a Madonna tem cinqüentão com aquele corpinho anoréxico de quinze, TUDO PODE ACONTECER.

E isso tudo começou depois que o Michael Jackson despigmentou-se e culpou vitiligo pela perda de melanina.

Essa seria uma boa hora para meu cérebro ter um acesso de Stephen Hawking e compreender uma maneira de terminar com o Cover-Dougie.

Eu poderia fazer como a Marlene, quais foram as palavras que ela usou mesmo? “Só queria te comunicar que não precisa mais fingir que é meu namorado, nem nada disso, ok?”

Quem sabe se eu mandar uma mensagem para o celular dele com isso escrito? Será que funciona? Ou então eu poderia virar um pé no saco, que nem a Hannah Montana naquele episódio que ela faz o namorado famoso dela terminar com ela porque ela tem pêlos nas axilas.

Mas o C-D não vai terminar comigo por conta disso... Ele não pode, está preso a um “pseudo-contrato” que o implica a ser meu falso-namorado por um mês.

A saída é mesmo eu acabar com ele de vez e declarar meu amor eterno ao Miguel. Farei isso, assim que eu conseguir ter uma conversa civilizada com o McKinnon sem ter vontade de agarrá-lo por completo.

Ops, chegou o e-mail.

Para: Marlene McKinnon , Emmeline Vance , Lily Evans
De: Dorcas Meadowes
Assunto: Privacidade Invadida. (Anexo: Lista de Caras Impegáveis; Lista de Caras Pegáveis;)

Como a futura jornalista e colunista que pretendo ser da revista Vogue, meu dever é informar a verdade, e somente a verdade. Então, tudo o que aqui vos escrevo é exatamente a descrição dos fatos ocorridos no meu encontro na noite anterior, mesmo sem conseguir enxergar no que isso mudará a vida de vocês, sendo assim, não me peçam mais informações, está tudo aqui. TUDO, ouviu leu, Lily?

Remus tocou a campainha de minha casa pontualmente às 20:00hs e nós seguimos tranqüilamente em seu carro para o cinema, admito que durante o percurso ocorreram alguns leves amassos – e outros nem tão leves assim, considerando que os carros quase passaram por cima da gente quando estávamos ocupados demais para prestar atenção no sinal vermelho que se tornado verde rápido demais.

Decidimos assistir “Batman – O Cavaleiro das Trevas” sendo que Remus, como ele mesmo confessou, já tinha assistido para poder me contar a história – para que assim eu pudesse enganar mamãe de forma mais convincente e persuadi-la a acreditar que nós não nos agarramos.

Não irei dar detalhes sobre os eventuais acontecimentos presenciados no escuro do cinema, sendo assim, não insistam.

Depois do filme ele me deixou em casa, e me pediu em NAMORO. NAMORO! DE VERDADE! Não como falsos-namorados, ou presos a uma espécie de contrato. NAMORADOS de verdade, como acontece na vida real, e nos filmes.

Ok, deixem-me recuperar e voltar a encarnar o espírito de jornalista.

Eu aceitei e fui para o meu quarto, mas antes mamãe fez um interrogatório típico sobre a noite e eu contei do fato mais importante de todos, que eu estava NAMORANDO, não mencionei que a gente já namorava antes, só que de mentira. Ela ficou bastante contente e disse que era para eu convidá-lo para um JANTAR.

Mamãe ficou muito empolgada e agora quer cozinhar uma receita de massa com molho de camarão e ervas finas. Já posso sentir que ela vai conseguir espantar o primeiro homem que me quer.

Depois fui dormir assistindo “A Princesa e o Plebeu” e criando listas legais, elas estão no anexo, então opinem e me digam o que acham.

P.S. Vocês têm idéia do quão mentiroso é “A Princesa e o Plebeu”? Não é verdade que um relacionamento não pode ser baseado em mentiras e omissões de fato, porque supostamente ele nunca irá dar certo? Então, COMO a Princesa Anna fica com o Joe? COMO? Eles violaram princípios Freudianos!

P.P.S. Quem está a fim de sair mais tarde? Paintball?




Hum... Mais um casal de verdade para contar no saldo dos casais de verdade da escola. Só eu que ainda pareço viver uma mentira. Não tenho culpa, na verdade, o que eu verdadeiramente não tenho é coragem



Narrado por: Lily Evans.
Hoje, Domingo, 16 de Fervereiro.
Ouvindo: Barulho de Balas de Espingardas e Canhões.
Local: Campo de Batalha - Escondida Atrás de uma Cabana Abandonada.


(COM AJUDA DE GIH MEADOWES E CISSA GOFY)

Conferi o uniforme mais uma vez para ter certeza que tudo o que eu precisava se encontrava ali, nos bolsos do meu macacão camuflado. Prendi o cabelo no rabo-de-cavalo mais forte que pude, arrumei os óculos e a máscara de gás.

Era isso, estava pronta para batalha. Ah, não. Ainda faltava uma coisa. Conferir a munição na minha pistola de combate.

Estava feito, a arma estava carregada. Agora era confiar nos meus instintos, atirar ou morrer, matar ou levar um tiro. Respirei fundo.

Olhei para a esquerda: Nenhum sinal de vida.

Olhei para a direita: Tão deserto quanto o Saara.

Olhei para frente:

- AH, DROGA! – Emmeline berrou sendo bombardeada por uma seqüência infinita de balas de tinta. – Isso não é justo, Miguel! Você prometeu que não ia jogar tinta no meu cabelo!

- Perdemos um soldado! – Eu murmurei para Marlene que tinha vindo rastejando até mim.

- É verdade, senhor. – Marlene murmurou de volta.

- Sua arma está carregada, cadete? – Eu indaguei.

- Sim, senhor. – Marlene respondeu.

- Acha que pode me dar cobertura? - Encarei as latas de lixo ao lado da cabana abandonada em que eu estava.

- Sim, senhor. – Marlene respondeu se esforçado para não rir.

- Tem alguma coisa engraçada no meu rosto, cadete? Nós acabamos de perder um soldado, você acha isso cômico? – Continuei focando o meu objetivo com a minha visão de águia.

- Não, senhor. – Marlene se segurou ainda mais e voltou a encarar o campo. – Vá, senhor, eu dou conta do recado.

E eu fui. Rastejei por trás de umas caixas de madeira e cheguei até as latas inteira, e sem nenhuma mancha de tinta.

O silêncio do campo era enorme, algumas vezes cortado pelo som de pernas se arrastando ou pegadas sendo formada.

Olhei para o lado e vi Marlene apontando a arma para algum lugar. E...

TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU-TU!

- Estou fora! – Remus berrou saindo de trás de uma moita feita com sacos de estrume. – Um a menos para o time dos meninos, o que nos torna empatados...

- POR ENQUANTO. – Uma voz berrou no lado esquerdo do campo, perto de umas telhas.

Era Dorcas. Inocente demais para perceber que Remus estava só usando uma tática para revelar nossos esconderijos ao resto do seu time.

Éramos quatro contra quatro. Meu exército era: Marlene, Dorcas, Emmeline, eu. Enquanto o outro tinha a insigne presença de: Remus, Miguel, James e o Cover-Dougie.

Marlene rolou – literalmente – até o meu esconderijo. Alguém aqui está se sentindo muito carente... Talvez eu devesse ter mandando uma ordem obrigando Sirius Black a vir.

Mas por alguma razão ele foi impedido de se alistar na Guerra.

- O que você está fazendo aqui, soldado McKinnon? – Eu perguntei ainda concentrada no campo.

- Sou sua sombra, senhor. – Marlene respondeu. – O senhor mandou-me lhe dar cobertura. É o que estou fazendo, senhor.

- Pois estou retirando a ordem, cadete.

- Cala a boca, Lily. Só vim avisar que a braguilha da parte de baixo do seu macacão está aberta. – Marlene me deu um pedala nada hostil e voltou a rolar para o esconderijo da cabana.

Fechei a porcaria do zíper e voltei a me concentrar no jogo. Onde será que o James havia se metido? E o Miguel? E o Cover-Dougie?

Essa porcaria de guerra está ficando tediosa demais, se isso aqui fosse o Iraque estaria muito mais agitado... Onde está o Bin Laden quando a gente precisa dele?

Vi um vulto passar por detrás de uma parede de pneu e mirar o canto dos tijolos de onde veio a voz da Dorcas.

O vulto começou a atirar naquela direção.

- FILHO DA MÃE! – Dorcas berrou incrédula quase sendo acertada e perdendo a mira.

Ela correu o mais rápido que pôde e se jogou na moita de sacos de estrume.

Hum... Aquilo ia feder.

Marlene começou a mirar no Miguel, ele estava distraído com a Emmeline acenando na sala de vidro no lado de fora. Era uma vítima fácil.

E foi. Sem nenhuma piedade Marlene começou a atirar no irmão mais velho.

- Isso... é... por... tudo... aquilo... que... você... me... fez... passar... quando... criança... – Ela rangeu por entre os dentes.

Uou! Paintball pode ser bem terapêutico, se você quiser saber a minha opinião.

- [TARJA-PRETA]! Mais que merda! Não acredito! Filha-da-[TARJA-PRETA]! – Miguel lançou olhares fuziladores para a cabana. – Você vai se ver comigo, maninha.

- Veremos... – Marlene sibilou.

Foi aí que eu aproveitei a distração (Miguel saindo) e corri para trás de uma espécie de pilastra inflável.

E foi aí também que uma Dorcas distraída e problemática atirou em mim! Por um fio não acertou minha bunda em cheio. Mas passou bem perto, a pilastra-inflável-azul-royal ficou com uma mancha vermelha desconcertante, podia-se pensar que ela estava menstruada ou algo assim.

Fuzilei Dorcas e quase xinguei alto.

- DORCAS! – Marlene a repreendeu.

Dorcas fez uma careta de foi mal, e eu fiquei calada.

Isso seria uma boa tática, enganar os soldados do outro exército para que pensassem que eu era do exército deles, e não do inimigo. Funcionaria.

Se a tapada da Marlene tivesse se ligado, ou se essa tivesse sido a intenção da Dorcas.

De repente ouvi tiros indo na direção da dita cuja, a mesma que quase me acertou e que era do meu exército.

E ela foi atingida. Pronto. Estava feito.

Tínhamos perdido mais um soldado. Agora era só eu e Marlene, Marlene e eu.

Eu tinha que continuar na partida, mais por orgulho do que qualquer outra coisa. James havia nos desafiado, ele e os meninos apostaram que iriam ganhar fácil.

Mas não, nós mulheres somos muito mais cautelosas e atenciosas, ganharemos isso fácil. E provaremos que tudo o que o Remus falou é mentira.

Ele ficou tagarelando que homens têm mais neurônios que as mulheres, e que por isso são mais inteligentes.

Ah, mas eu tenho uma novidade para ele. Apesar dos neurônios a menos, nós conseguimos ser MUITO MAIS INTELIGENTES.

Simplesmente por que os homens não têm a capacidade de usar todos eles.

Deixa eu conferir a lista de soldados do exército inimigo:

Remus
Edgar Bones (Cover-Dougie)
Miguel
James

Dois contra dois. Seria justo, se os nossos (o meu e o da Marlene) cérebros não fossem tão aguçados e bem dotados.

Ali! Localizei o alvo, ajustei a mira e a minha visão de águia. Era agora ou nunca.

Não sabia se era o James ou o C-D. Mas tinha certeza que não era a Marlene. Então eu poderia acertar tranqüila.

E o fiz.

- Tchau. – O Bones falou numa voz meio deprimida.

O plano estava correndo como o planejado, estávamos prestes a ganhar, só faltava o James, o MEU James.

Mas será que eu teria coragem de atirar no meu amado? Certo, pode ser meio brega, mas eu realmente não sei se tenho essa capacidade. Talvez eu devesse me entregar.

É isso, eu sei que a Marlene dá conta do recado. Eu posso me entregar e então ela liqüida o James.

OH.MY.GOD! SE EU FOR ATINGIDA, ISSO REALMENTE VAI DOER! Mas isso seria uma boa desculpa para eu fingir um desmaio e o James me carregar no colo... (Escrito pela Gih!)

Aqueles braços másculos, fortes e realmente macios me carregando no colo, como o Mr. Rochester carregou a Jane Eyre nas noites de núpcias (só cogito isso, mas deve ter realmente acontecido, porque ele é meio “príncipe encantado”) ou como a Marianne Dashwood foi carregada pelo Coronel Brandon naquela noite chuvosa em Razão e Sensibilidade.

E aí a Marlene poderia atirar nele! Ela é boa nisso, ela atirou no Miguel sem nenhum pudor!

Vou comunicar a ela o nosso mais novo objetivo de jogo, mas não vou comentar a parte do desmaio fingido e dos braços másculo me carregando.

- Psiu! – Eu falei baixinho chamado Marlene.

Arrastei-me até ela, pois ela não pareceu ouvir.

- Escuta. – Eu falei com a minha voz mesmo, tinha esquecido de imitar o Rambo (Lembra dele?) dessa vez. – Eu vou me distrair e deixar o James atirar em mim. Assim, você aproveita e atira nele, pode ser?

- Tudo bem, Lily. – Ela deu um sorrisinho. – Fraquejou e não vai conseguir derrotar o amado?

- Cala a boca. – Eu falei. – Só estou sendo realista e me sacrificando para o nosso exército time vencer.

- Ok, então. – Marlene disse. – Distraia-se, donzela em perigo.

E o fiz. Voltei ao meu esconderijo da maneira menos cuidadosa e possível. Sendo que o James não me acertou. Fiquei me perguntando onde diabos ele estava e COMO ele não me viu.

Mas não encontrava solução.

Fui para outro esconderijo, e para outro, tropecei no meio do caminho. E nada.

Marlene me lançou um olhar frustrado, eu já estava no território inimigo e nada de ser acertada.

- Eu não vou atirar em você. – A voz de James surgiu atrás de mim quando eu fingia me esconder por trás de uma parede de madeira.

- Não? – Eu indaguei surpresa.

- Eu sei o que você está tentando fazer... – Ele disse se aproximando numa velocidade muito perigosa.

Eu exalei seu perfume. Fechei os olhos instantaneamente. Oh merda, o plano não ia funcionar.

James jogou a arma dele no chão.

- Eu também sei que você não vai atirar em mim. – James me encostou na parede de madeira e me prendeu entre seus braços.

Respirei fundo. Mas dessa vez era porque eu estava entrando em um campo de batalhas diferente... Diferente de qualquer outro campo de batalha que qualquer soldado de guerra pudesse imaginar.

James encostou seus lábios nos meus. Só encostou. Nada mais, nada menos.

Senti seu hálito em minha boca, era como tragar um charuto, mas muito, muito, muito excessivamente melhor.

Já estava pra lá de Bagdá (Pegou?) quando Marlene saiu do nada (DO NADA!) e começou a atirar no James.

- Pronto, está feito. – Marlene falou dando de ombros. – Desculpa atrapalhar os pombinhos, mas vocês esqueceram que tinha mais uma pessoa no jogo e ficar escondida atrás de uma cabana abandonada enquanto vocês se pegavam já estava ficando mais do que tedioso.

Eu joguei a cabeça pra trás e ri.

- Arranjem um quarto. – Ela falou num tom tão clichê quanto o comentário.



N/A:AÊÊÊ! Finalmente chegamos na casa dos X!!! Bom, tecnicamente. Mas tanto faz. Eu sei que ando sendo uma autora totalmente negligente e também sei que muita gente por aí não gosta de mim. Mas eu também sei que não posso agradar todo mundo e blábláblá. Então, fiquei pensando no que eu poderia fazer para deixar a fic mais interativa com os leitores. Não tive nenhuma idéia, a não ser perguntar a vocês.

Sendo assim, o que vocês acham que eu devo fazer para aumentar a interatividade de vocês com a fic/comigo? E outra coisa, não vou prometer nada - sou péssima com promessas - mas vou tentar me dedicar muito mais a fic esse ano e postar regularmente como acontecia no início da fic. Espero que tenham gostado do capítulo. O próximo chegará o mais rápido possível.

AGRADECENDO:
Agradeço aqui a ajuda imensurável e mais do que necessária na narração da Lily à Gih Meadowes (que mesmo viajando me mandou e-mails com as melhores sugestões do mundo e é a melhor extensão de alma que além pôde vir a ter) e a Cissa Gofy (que me deu as idéias mais incríveis e perfeitas como a da Dorcas quase acertando uma das garotas e a das garotas vencendo e o Miguel sendo acertado pela Marlene. Sem vocês o capítulo só iria ter fim no ano que vem (pegaram essa?).

Obrigada a todos que acompanham OGV, e a todos que acreditam no meu trabalho confiam em mim e me apóiam mesmo eu abandonando e voltando para a fic com tanta vississitude.

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