Capítulo V




Operação: Garotos à Vista.
Copyright 2007 by Aline Fonseca (Nine Black)
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, no todo ou em parte, através de quaisquer meios.

Cowgirls (?)
ou Capítulo V.




Lily Evans
Narrado por: Lily Evans.
Hoje, Quarta, 13 de Fervereiro.
Ouvindo: Just The Girl - The Click Five.


Ontem foi tão legal. Não sei dizer exatamente o porquê, quero dizer, se foi porque eu beijei o James de verdade, ou porque o James me beijou, pra falar a verdade eu não sei quem beijou quem, eu não lembro, só sei que foi bom.

- Desliga esse IPod, garota. – disse Petúnia puxando os fones do meu ouvido. – Você vai me contar que história é essa de você ter um namorado gato da St. Aidan’s e ninguém estar sabendo, agora.

Bom, está é a minha irmã Petúnia, uma das garotas mais populares da escola que poderia namorar qualquer cara do mundo, mas optou simplesmente por um gordão que joga no time de futebol americano da escola, e advinha por quê?

‘Ele é rico e me dá presentes caros.’

Sim, ela respondeu exatamente desta maneira quando eu a perguntei sobre o fato dele ser gordo e ela não está nem aí.

Eu entenderia se ela dissesse que ‘o amor é cego’, ou sei lá, ele é realmente legal, MAS ELA ESTÁ COM ELE PORQUE ELE É RICO E DÁ PRESENTES CAROS. Isso é coisa que se diga pra sua irmã menor?

Não, eu achei que não fosse.

- E então? Você e suas amigas estão namorando mesmo com eles? – ela perguntou fechando a porta de casa e entrando no seu New Beatle rosa-choque.

Meu futuro New Beatle será laranja, assim como o meu cabelo. õ/

Não, a intenção não era combinar.

- Eu acho que isso já ficou bem claro. – eu respondi entrando no banco de passageiros ao lado do de motorista que fica ocupado pela deusa dos cabelos loiros.

- Nossa, não precisa ser grossa. – ela disse puxando o espelho da frente e ajeitando o batom. – Lil’s, pega uma escova na minha bolsa?

E lá vou eu fazer todo aquele processo matinal, no qual se resume em tirar o cinto de seguranças me esticar todinha para pegar a bolsa da Petúnia, escutar as minhas costas estralarem, voltar a me sentar, ficar procurando a escova de cabelos dela por cinco minutos no mínimo dentro daquela bagunça, a ouvir reclamar da minha lerdeza e em seguida entregar a escova a ela.

- Toma - eu disse, puxando a escova da bolsa dela e esticando-a para que ela a pegasse.

- Que bom, hoje você não foi tão lerda. – ela comentou enquanto começava a pentear os cabelos. – Acho que esse seu namoro está te fazendo bem, você anda mais...

- Capacitada? – eu sugeri levantando a sobrancelha.

- Eu ia dizer útil, mas capacitada também serve. – ela disse terminando de se pentear.

Fala sério, a Petúnia é totalmente o meu oposto. Ela tem cabelos loiros, macios e sedosos. Enquanto eu tenho que me contentar com os meus ruivos cor de fio de eletricidade, e com textura de fio elétrico também, eu devo acrescentar. Eu uso roupas na maioria das vezes laranja, verde, amarela, pretas ou azul. Ela usa basicamente rosa todo o santo dia. Eu nunca – nunca mesmo – uso saias, ela SEMPRE usa saias – mega-curtas – Ela usa blusas femininas, eu uso sempre que posso moletons. Eu sou conhecida como retardada, ou Loser pelo colégio. Ela é a popular, e é líder de torcida.

Como esses dois seres são irmãs? COMO?

- Mas e então? Como você conheceu ele? – ela perguntou me encarando e acelerando o carro para que ele saísse da garagem. – Ah, e afinal, Qual é o nome dele?

- Você não deveria estar prestando atenção na direção? – eu indaguei apontando para o visor.

- Sim, mas conte logo tudo de uma vez. – ela resmungou enquanto colocava o carro na rua. – Vocês conseguiram ser o assunto do colégio uma vez na vida, eu não duvidava muito que você seria um dia, quero dizer, você é minha irmã.. mais cedo ou mais iria acontecer e..

- É James. – eu a interrompi antes que ela começasse a falar rios e mais rios de palavras. – E eu conheci ele na casa da Marlene.

- Oh! – ela exclamou surpresa. – Na casa da McKinnon? Quer dizer que eles são amigos do irmão mais velho gato dela? Agora eu entendo o por que de você viver enfiada lá. Que bom que você herdou o meu gosto apurado para garotos.

- Qual é? – eu falei rindo. – Você namora um gordo.

- O que não me impede de fazer nada, meu amor. – suspirou Petúnia, como se aquilo tudo fosse óbvio demais.

- Você anda traindo o Válter? – eu perguntei chocada.

- Não faz essa cara como se não soubesse. – ela riu me encarando como se eu fosse uma criança. – Não há um único ser no mundo que não saiba disso, graçinha.

- Então porque vocês não acabam? – eu indaguei. – Você não gosta dele, gosta?

- Até parece, ele é rico e me dá presentes caros. – ela respondeu rindo ainda mais. – E ele sabe que eu o traio, só que não é estúpido e sabe que se acabar comigo ele não sai vivo daquele colégio.

- Meu Deus. – eu disse levantando as mãos a boca. – Você é muito má.

- Obrigada, Lil’s. – ela disse piscando. – E a propósito, seu lápis está borrado.

Eu puxei o espelhinho que fica no ‘tapa-sol’ do carro. E, meu lápis estava realmente borrado.

- Valeu. – eu agradeci limpando a manchinha preta no cantinho do meu olho.

- Por que você não almoça com ‘a gente’ hoje? Pode chamar suas amiguinhas se quiser. – falou Petúnia, de um jeito que quase parecia simpático.

- Ok, eu falo com elas. – eu concordei desconfiada.

A Petúnia tinha acabado de convidar a mim, e as minhas amigas para almoçar com ‘Os Eleitos’. Era algo que eu podia desconfiar cegamente, quero dizer, eu tenho certeza que é por conta dos nossos ‘namorados’ e tudo o mais, eu não posso negar que o convite é tentador, mas eu não vou aceitar ele, não ainda pelo menos.

- Mas eu acho que não vai dar. – opa, idéias a miiiiil. – A Claire almoça na mesa de vocês..

- E? – ela indaogu me olhando chocada.

- A Claire não gosta da Marlene. – eu disse simplesmente. – E eu acho que a Marlene também não vai gostar muito de dividir a mesa com a Claire.

Boa Ação do Dia: Ajudar uma amiga.

- Ah, é isso? – ela perguntou aliviada. – Pode deixar que resolvo.

(6) Oh, I’m so Evil. X:




- Ei, punpkin-juicers. – eu disse puxando Emmeline, Marlene e Dorcas para formarem um círculo ao meu lado. – Vocês simplesmente n-ã-o v-ã-o a-cre-di-tar.

- Chuta que é macumba. – disse Dorcas e todas nós a encaramos como a louca que é. – Que foi? Eu não acredito em macumba.

- Bom. – eu disse. – Vocês não vão acreditar no que eu vou dizer, e eu juro que não tem nada a ver com macumba nem chutar.

- E o que foi? – perguntou Marlene. – Conta logo de uma vez, suco de abóbora.

- Nós fomos convidadas para almoçar hoje na mesa da panelinha. – eu contei, e os olhinhos da Emmy brilharam, ela só faltou dar saltinhos de alegria. – E tem mais, a Claire não vai estar lá.

- HOHO. (6) – murmurou Marlene me olhando com pura maldade. – Eu gostaria tanto de saber o que sua irmã vai fazer com isso.

- Eu queria tanto ver a Claire implorando para sentar-se à mesa do almoço. – maliciou Dorcas.

E quem não queria?


Emmeline Vance
Narrado por: Emmeline Vance.
Hoje, Quarta, 13 de Fervereiro.
Ouvindo: Nada de Muito Interessante.


Chegamos ao refeitório do colégio, e adivinhe? Todos – sem exceção – olhavam para nós, como se fossemos estrelas do Rock, ou namoradas de jogadores de futebol famosos.

Tudo bem que eu sou quase uma, mas isso não quer dizer que eu não tenha gostado da atenção. Na verdade, foi até muito bom, muito bom mesmo.

- Lil’s. – chamou Petúnia em meio a um aceno como se fossemos suas grandes amigas desde o jardim de infância. – Venham logo, darlings.

Eu deslizei pelo corredor que fica entre as fileiras de mesa, assim como as rainhas e princesas fazem no tapete vermelho, e cheguei à mesa da ‘Elite’ que fica bem no meio do refeitório, num lugar estratégico para que todos os vejam.

Francamente, popularidade é algo tão fútil, mas tão fútil, que eu sei que qualquer um mataria só para ter.

- Emmy, suas unhas são lindas! – exclamou Jane puxando minhas mãos e as olhando bem de perto. – São postiças?

- Ah, não. – eu disse sorrindo, tentando parecer simpática. – São de verdade, todo mundo pensa que é postiça, mas minha manicure disse que elas ficaram resistentes de tanto eu usar química nelas, quero dizer, desde pequena eu sempre usei muito esmalte e tudo mais.

- São lindas. – ela contemplou mais uma vez minhas unhas. – Não conta pra ninguém, mas eu soube que as unhas da Katharine são postiças.

Fofoca, um dos males da popularidade, na verdade, o que eu mais gosto de tudo isso, você simplesmente fica sabendo de todos os podres de cada pessoa e pode espalhar pra quem quiser.

- Jura? – eu indaguei levando uma das mãos a boca. – Ai, Meu Deus. E ela sempre se gabou de ter unhas perfeitas, o que será que aconteceu?

- Alguns dizem que ela perdeu as unhas num acidente no laboratório do pai dela. – contou Jane sentando-se ao meu lado. – Mas eu ainda acredito que ela rói todas, até aparecer a carne viva.

- Yutxi. – eu falei imaginando a cena.

/cara de nojo mode on/ Pura maldade consigo mesma.

Coloquei minha bandeja com sanduíche natural e suco de acerola em cima da mesa, todos estavam conversando, pensei que de fato os populares tinham alguma alma dentro de si. Todos menos Marlene, que vez ou outra encarava a sua bandeja com as mesmas coisas que eu como, já que é a opção menos gordurosa – pra mim – e vegetariana – para a Marlene – que existe no cardápio da escola.

Marlene me encarou sorrindo.

Foi aí que eu tive a idéia de mandar uma mensagem pra ela.

Emmy
13-Fev-2007.
Se anima, xuxu. E aquela história de ‘I let them think what they want. If they just care enough to bother with what I do then, I'm already better than them anyway.’? Não fica com essa cara de que está no lugar errado, na hora errada.


McLene
13-Fev-2007.
Eu acho que me enganei feio com essa história, isso não é meu mundo, não sei se é o que eu realmente quero. Você sabe que eu não tenho tanta facilidade com pessoas que têm facilidade para conversar.


Emmy
13-Fev-2007.
Ô meu amor, isso não tem nada a ver. E quanto a ‘isso não é o meu mundo’, você vai ter que começar a se acostumar, já que está namorando um cara hottie e mais velho. Nós somos a sensação do momento, então: LEVANTA ESSE ASTRAL.


McLene
13-Fev-2007.
Brigada, xubis. Mas é que eu realmente não sei se quero estar aqui, eu acho que o Sirius não gosta de mim. Bom, não deve gostar mesmo, mas que seja. O fato é que eu não sei se quero ser o assunto do momento, me acostumei com o anonimato.


Emmy
13-Fev-2007.
Ai, que sem graça. Você não deveria estar assim mesmo. O Sirius não é grudado em você porque é tímido, e você deveria dar um desconto já que só se conhecem há uns três dias, o Cover-Dougie também não é lá um amor. E você nasceu pra ser popular, está no seu sangue.

PS: Que tipo de pessoa se acostuma com o anonimato? Nenhuma! Então, desiste da idéia de ser uma zé ninguém pro resto da vida.


McLene
13-Fev-2007.
Petúnia está me chamando. :*

Eu parei de ler a mensagem, a Marlene tava tão bem ontem, por que será que ela anda tão deprimida?

- Seu irmão está namorando, Lene? – perguntou Petúnia. – Eu andei dando uma fuçadinha no Orkut dele e vi que o status de ‘solteiro’ havia mudado.

- É verdade. – confirmou Marlene sorrindo. – Ela se chama Joanna, e está no segundo ano da St. Aidan’s, é da sala do meu irmão.

- Ah, eu sei quem é. – Petúnia balançou a cabeça varrendo a mesa com aqueles cabelos loiros dela de dar inveja.

Não acredito que o cabelo dela é mais bonito que o meu!

- Ela é tão bonitinha. – comentou Petúnia. – Sabe quem eu acho que faria um belo par com o seu irmão?

- Nem imagino. – Marlene balançou a cabeça negativamente sorrindo.

- Emmeline. Eu acho que eles combinam. – ela sugeriu e eu a olhei perplexa. – Você não?

- Na verdade, eles já ficaram algumas vezes. – disse Marlene. – Mas a Emmy e o Edgar são um casal de invejar que eu nunca desejaria desfazer. De qualquer modo, a Emmy e o meu irmão iriam ficar fofos juntos.

Eu sorri agradecendo os elogios.

- O Edgar é um amor e eu não troco ele por nada. – eu disse piscando.

- Ele parece muito com o Dougie Poynter. – afirmou Kady.

- É o que todo mundo diz. – eu confirmei. – Mas eu nunca tinha reparado, deve parecer mesmo.

É, eu NUNCA tinha reparado. x:

Eu não acredito que a Petúnia mencionou o Miguel aqui! E não acredito que ela comentou o fato de eu e ele formarmos um belo casal! NÃO ACREDITO!

Eu não posso negar que gostei, quero dizer, eu gosto do Miguel, e eu realmente senti algo por ele, talvez eu ainda sinta alguma coisa por ele, mas ele está namorando, e convenhamos, ele sempre foi muito galinha.


Dorcas Meadowes
Narrado por: Dorcas Meadowes.
Hoje, Quarta, 13 de Fervereiro.
Ouvindo: Nothing.


Estávamos todos – menos o Sirius - na casa dos McKinnon resolvendo o que íamos fazer naquela tarde, Miguel tinha sugerido ir ao cinema, enquanto James queria algo ao ar livre.

E eu e o Remus... Bem, digamos que estávamos ocupados.

- Ei, vocês dois, o que vocês estão pensando que estão fazendo no meu sofá? – perguntou Miguel jogando em nós uma almofada. – Isso aqui não é bordel, não. Já basta Edgar e Emmeline confinados no escritório ‘vendo uns e-mails’.

A gente simplesmente ignorou o Miguel e então voltamos a fazer o que ele tinha nos forçado a parar.

- Bom, agora é sério. – disse James nos separando. – Precisamos decidir aonde vamos.

- Dude, não existe só a gente, ok? Vocês deviam estar preocupados com o Edgar e a Emmy que estão trancados no escritório. – falou Remus, parecendo irritado.

- A Marlene já foi lá separar os dois. – contou Miguel enquanto Lily se sentava ao seu lado.

O Remus ta começando a se desinibir e isso é tão legal, toda vez que eu olho pra ele sinto uma vontade tremenda de apertá-lo. Ele é tão fofinho que até parece um daqueles ursinhos de pelúcia bem fofos e lindos.

- Quais são as opções? - eu perguntei me sentando direito no sofá.

- A gente pensou em ir a um campo de hipismo. – disse James apontando pra Lily. – O que vocês acham?

Hipismo? Isso é tããão romântico. VIVA AO CAVALINHO BRANCO DE NAPOLEÃO, VIVA! *-*

O pior é que a última vez que eu andei a cavalo não teve lá um final feliz, quero dizer, ninguém vai chamar de final feliz quando você cai do cavalo em cima de uma poça de lama, né? Achei que fossem dizer não. :)

- Eu gosto da idéia de andar a cavalos. – comentou Remus e em seguida olhou pra mim. – E você?

- Eu também. – concordei rezando para não pagar nenhum mico.

Lily me lançou um olhar risonho.

Ela sabia da minha experiência super agradável com cavalos.

- O Miguel sugeriu cinema. – disse Lily tentando me salvar. – Parece que a Joanna não gosta muito de cavalos.

- É verdade. – confirmou Miguel - O que vocês acham?

- Eu acho que vai ter mais gente do colégio no cinema. – disse Lily. – E a gente precisa os fazer acreditar mesmo no nosso “relacionamento”.

- Tem razão. – eu falei aliviada.

- Sendo assim, cinema? – perguntou James um tanto deprimido. – Todos concordam?

Balançamos a cabeça aprovando a escolha.

- E aí? – perguntou Edgar entrando na sala. – Quais são as opções?

- Nenhuma. Já decidimos. – contou Miguel. – Vocês chegaram tarde, e a gente resolveu que vamos ao cinema.

- Boa escolha. – falou Emmy um tanto descabelada.

- Bom, eu vou avisar a Joanna. – e o Miguel saiu de lá e foi em direção ao telefone.

Era impressão minha ou ele estava evitando a Emmeline?

- Gente, vocês podem ir sem mim. – disse Marlene enfiada num blusão e num shorts. – Eu não estou me sentindo muito bem.

- Ah, não. – disse Lily puxando ela e colocando a mão na sua testa. – Você nem está com febre.

- Acho que aquele sanduíche vegetariano do colégio tinha carne. – explicou Marlene. – E meu organismo não está habituado à carne vermelha, não mais pelo menos.

- Sabe que eu percebi algo de diferente nele? – comentou Emmeline se soltando de Edgar.

- Seu organismo deve estar rejeitando essas substâncias. – disse Remus numa pose de CDF que me assustou. – Você não come carne há quanto tempo?

- Há uns 6 meses. – eu falei puxando a Marlene para sentar ao meu lado. – Acho melhor não irmos.

- Nada disso. – falou Marlene se recuperando. – Vocês vão sim, eu vou ficar bem, não se preocupem. Mamãe me deu uns remédios antes de sair e eu daqui a pouco vou estar recuperada por completo.

- Tem certeza? – perguntou Remus segurando a minha mão e olhando pra Marlene. – Você parece estar mal.

- Parece mesmo. – disse James beijando a cabeça da Lily.

Sabe, eu não acho que a Marlene está mal por causa da ‘carne’ acho que isso é mais uma desculpa, ela deve estar com alguma outra coisa.

- Eu fico com você. – eu me ofereci enquanto Remus me lançou um olhar repreendido que me fez rir por dentro.

- Não precisa, sério mesmo. – disse Marlene. – Eu vou comer alguma coisa.

E ela foi em direção à cozinha.

- A Joanna já deve estar chegando. – disse Miguel aparecendo no alto da escada. – Ei, cadê a Marlene e o Sirius?

- A Marlene disse que não está se sentindo muito bem. – disse Edgar. – E o Sirius não chegou.

- O que ela tem? – ele perguntou.

- Parece que tinha carne no sanduíche vegetariano que ela comeu. – disse Lily. – Um belo paradoxo.

- Mas ela não come carne. – disse Miguel e todos lançamos um olhar meio óbvio a ele. – Acho melhor eu ficar.

- Não precisa. – disse Marlene aparecendo na porta da cozinha. –Vão se divertir. Eu vou ficar bem. Mamãe já me deu o remédio. Alguém quer soja?

- Não! – respondemos em uníssono.

- Ok, então. – ela disse voltando pra cozinha.

Tim-Dom [n/a: onomatopéias não são meu forte, lembram?]

- É a Joanna. – disse Miguel indo abrir a porta. – Já vamos, Lene.

- Tchau, e divirtam-se. – ela disse aparecendo de nova na porta da cozinha e mandando beijo.


Marlene McKinnon
Narrado por: Marlene McKinnon.
Hoje, Quarta, 13 de Fervereiro.
Ouvindo: She Falls Asleep - McFly.



Eu sei que não deveria ter mentido nem nada do gênero, mas eu não estava mesmo a fim de ir. Cinema sempre me deprimiu, todos aqueles casais se agarrando no escuro, e aqueles filmes onde têm sempre um casalzinho que se beija no final.

E eu realmente acho que não estou numa boa hora pra esse tipo de coisa, sei lá, eu não tenho um namorado de verdade pra ficar agarrando e o ‘falso-namorado’ que eu tenho parece não gostar tanto de mim.

Aposto que as meninas suspeitaram que eu não estivesse mal por causa da ‘carne’, graças a Deus a Emmy me acobertou.

Mas que saber, eu to muito feliz aqui em casa, eu to usando meu blusão mais confortável, e com o short da Hurley, que eu comprei em homenagem ao Dougie – cara, ele não pode usar roupas de outras marcas, não? – e combina com um boné do meu irmão.

E agora eu posso usufruir do meu sorvete Ben & Jerry totalmente sozinha, sentada no balcão da cozinha vendo as horas passarem devagar.

- Afinal, quem precisa de Sirius Black quando se tem dois amigos gostosos para fazer companhia, não é Ben e Jerry? – eu suspiro.

Tim-Dom.

Oh, Droga. Será que eles voltaram? Acho melhor guardar esse sorvete antes de atender a porta.

- Sirius? – eu digo vendo Sirius Black parado na frente da entrada da porta.

- Ah, oi? – ele falou e eu abri a porta por completo para que ele entrasse. – Seu irmão disse que você estava doente.

- É, eu acho que tinha carne no meu sanduíche vegetariano. – eu disse meio envergonhada, afinal, eu tava usando o short mega curto da Hurley com um blusão que cobria metade do short.

- E pra ficar melhor você come sorvete? – perguntou Sirius apontando pra algo no meu rosto.

- Er... – eu passei a língua no canto da minha boca. – Eu não tava muito animada para ir ao cinema.

- Eu também não. – ele assentiu sentando no sofá.

- Sirius, eu vou trocar de roupa. – eu disse caminhando em direção a escada.

- Por que? – ele perguntou se levantando. – Qual é o problema do blusão e do short? Eles são legais.

- Até parece. – eu disse rindo. – Eu to um saco de batata com isso aqui, e meu short ta mega curto.

- Você ta linda, e esse short não ta tão curto assim. – ele sorriu pelo canto esquerdo da boca, enquanto eu provavelmente corava rapidamente. – Mas conta, por que você não queria ir ao cinema?

- Crise existencial. – eu disse simplesmente.

Eu sei que não devia ter dito, ele vai pensar que eu estou vulnerável, mas é bom ele pensar duas vezes, porque eu andei assistindo ‘Miss Simpatia’ essa semana, e aos nove eu fui para o acampamento das bandeiras e aprendi umas defesas legais.

- TPM? – ele perguntou e eu arregalei os olhos.

- Não. – eu disse pegando uns filmes e sentando ao lado dele. – Definitivamente não.

Ele continuou a rir, e eu fiquei rezando comigo mesma pra uma vez na vida agir como uma pessoa normal. Quero dizer, eu estou com medo, não tem ninguém em casa, a não ser eu, ele e a minha border collie, o que não é segurança nenhuma.

- Convenhamos, eu sou um lixo. – disse enfiando o DVD no aparelho de DVD (?) ignorem isso. – Você já assistiu ‘Hair’?

- Não, e não. – ele respondeu enquanto eu ajeitava o menu.

- Ah, Qual é. – eu falei chocada, colocando a cabeça no colo dele. – ‘Hair’ é um clássico. E eu sou um lixo. Agora eu já sei por que a Claire não me suporta, é muito simples, eu sou idiota.

- Você não é idiota. – ele falou enquanto eu podia sentir ele emanando 212 Sexy.

Ai, Deus! Faça com que eu resista a esse perfume, por favor. Eu já to muito vulnerável e ele falando desse jeito.

Calma! Marlene McKinnon esqueça essas perversões que surgiram nessa sua mente libidinosa, AGORA!

- Sirius, falando sério. – eu falei me sentando de joelhos no sofá e me virando pra ele. – Olha bem pra minha cara, eu sou idiota e você sabe disso, não pensa que eu não sei que você ficou irritado quando descobriu que ia ser meu ‘falso-namorado’, eu sou feia, e os únicos caras que se sentem atraídos por mim são os pirralhos filhos da vizinha, e sabe por que? Porque eu tenho essa cara de pirralha pentelha, com essas big-bochechas e esses olhos do tamanho de um botão.

Ele ficou olhando pra minha cara como se eu tivesse enlouquecido.

- É, você está de TPM. – ele disse e eu abri a boca pra reivindicar essa conclusão. – Você é linda, e essa sua carinha de criança é o que a torna tão especial, porque muitas meninas já perderam essas bochechas adoráveis e você está colocando palavras na minha boca, porque eu nunca pensei sobre você ser idiota nem fiquei puto porque você virou minha ‘falsa-namorada’, na verdade, eu fiquei até feliz. Ah, e os pirralhos filhos da vizinha, tem bom gosto.

Eu dei um sorriso e o abracei.

- Você tem um senso de humor incrível. – foi a última coisa que eu disse antes de ser beijada por ele.

- Muitos caras tem medo de chegar nas garotas mais bonitas, por medo de rejeição. – ele disse sorrindo e beijando o meu nariz.

E eu tinha razão sobre os lábios dele serem fortes.

Acho que esse perfume é verdadeiramente embriagante.





Propagandas:
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=24083
[O Código das Garotas - do mesmo estilo que OGV.]
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=23474
[You are... - Invadindo o diário da Marlene.]

N/A:
Parem o mundo, eu quero descer. Antes de qualquer crítica construtiva, eu tenho algo a declarar: ME DESCULPEM PELO LIXINHO QUE FICOU, o capítulo ficou realmente chatinha, mas é meio que um encaminhamento - se é que posso assim o chamar - para o próximo capítulo, e pro próximo, que terá MCFLY! Surprise, Surprise. õ/ Acho que todos nós merecemos diversão, bom, não sei quando o próximo capítulo chega, porque minhas provas finais vão começar e blá, blá, blá. Bom isso se resume em: morrer de estudar. Antes que eu prenda ainda mais vocês aqui, eu vou agradecer a Mano e a Flá, que betaram esse capítulo, GURIAS BRIGADA! QUALQUER COISA É SÓ GRITAR - BEM ALTO - QUE EU VOU CORRENDO - DE AVIÃO, porque eu moro longe - valeu mesmo.

desculpem a demora, e o próximo capítulo deve vim em dezembro, vocês agüentam? Mas provavelmente vai ter bônus ou alguma coisa assim.
beeeijô. :*

N/B¹: WOW! What a chapter, por Deus! Ficou muy bom, não é people? Ficou sim, MUY MUY BOM! Eu amei, amei demais! A Nine merece muuitos comentários, não é? YEP, SHE DOES! E cada vez eu amo mais e mais esses gorgeous marauders, really.
Enfim, comentem, elogiem, favoritem e dêem nota 5 de 5 pra Operação Garotos à Vista da Nine! *___________*
Beijones,
flá marley.

N/B²: Cara, que capítulo mais perfeito! Muy bueno, right? Eu amei, ficou perfeito. Sem palavra *-*! Agora, caros leitores, vocês vão comentar bastante, porque a fic fiou muitoo³³ boa MESMO e a Nine merece!
Se precisar de qualquer coisa, é só fala ok? (viva a Nine!!)
Fic muitoo perfeita, eu AMEI. Sério! Vê se comentem bastante, porque senão levam porrada (?)

Beijoss,
Manô Black

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