Capítulo VI




Operação: Garotos à Vista.
Copyright 2007 by Aline Fonseca (Nine Black)
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Mas eu quero você.
ou Capítulo VI.


Marlene McKinnon
Narrado por: Marlene McKinnon.
Hoje, Quinta, 14 de Fervereiro.
Ouvindo: Dirty Little Secret – The All American Rejects.



Se alguém não mandar Lily Evans parar de me passar bilhetinhos no meio da aula de História, eu vou acabar perdendo o controle, e isso não foi uma metáfora.

Lily: DÁ PRA VOCÊ PARAR DE IGNORAR MEUS BILHETES E CONTAR DE UMA VEZ O QUE ACONTECEU NO MEIO TEMPO EM QUE NÓS FOMOS AO CINEMA E VOCÊ E O MR. 212 SEXY FICARAM SOZINHOS NA SUA CASA? Repito: SOZINHOS.

Lene: Só vou responder a isso porque tem árvores lá fora sofrendo por conta do tanto de papel que você já gastou.

Lily: Qual é, não foram tantos bilhetes assim. Mas desembucha.

Lene: Bom, eu contei quinze, no mínimo. Bom, nós nos beijamos.

Lily: Vocês SÓ se beijaram? Tá brincando? Sirius Black é homossexual? Ei, pelo menos diga que ele enfiou a mão no seu sutiã.

Lene: Não, ele não é homossexual. E nós só nos beijamos. E Lily, o que você tem na cabeça? Eu tenho QUINZE anos, QUINZE, assim como o número de bilhetes que você me mandou.

Lily: Aposto que ele enfiou.

Lene: Não, ele não enfiou.

Emmy: Enfiou, ela está corando.

Lene: Cara, ELE NÃO ENFIOU! Se tivesse enfiado ele não estaria vivo, beleza?

Dorcas: É, ele enfiou.

Lily: Bom, se ele não enfiou, vocês fizeram alguma coisa além de ‘enfiar língua güela abaixo’ já que você anda corando.

Lene: Eu ando ‘corando’ porque isso é um assunto muito pessoal, entendido?

Emmy: O que aconteceu? Não esconda mais nada.

Dorcas: O que aconteceu? Não esconda mais nada. [2]

Lene: NÃO ACONTECEU NADA, e a partir de agora eu me recuso a participar desse genocídio contra as florestas tropicais no Brasil. Diga sim ao papel reciclável.

Lily: Você mudou de assunto.

Lene: Estou ignorando isso a partir de agora.

“Meia verdade é igual a uma mentira inteira”, porque esses provérbios indianos estão a invadir minha mente logo agora? Qual é, a gente só se beijou. E ele definitivamente não enfiou a mão no meu sutiã, acho que eu teria sentido se ele o fizesse. Tudo bem que ocorreram uns estalinhos no meu pescoço, e umas mordidinhas na minha orelha. Mas eu juro, foi só isso.

SÓ ISSO MESMO, não aconteceu mais nada.

Por que as pessoas nunca confiam em mim? Tudo bem que a situação foi meio suspeita, mas não ocorreu nada, acho que ao menos dessa vez deveriam pensar em mim como a pessoa madura que sou. Tipo, não é porque eu pareço uma criança que sou uma, entendem?

Mas foi tudo tão perfeito, aqueles lábios dele são tão fortes, e a gente deve ter fica tipo uma meia hora se beijando, já que quando eu fui ver o meu sorvete tinha derretido.

Bom, hoje nós vamos almoçar de novo na mesa da ‘Elite’, eu ainda estou tentando descobrir o que diabos aconteceu com a Claire. O boato que surgiu é que ela foi para o Iraque e mudou de nome. Mas se querem saber mesmo, eu não acredito, o pessoal inventa muita coisa. x:

Talvez eu devesse conversar com a Claire e perguntar o por que dela me odiar, quero dizer, eu nunca fiz nada a ela, não que eu me lembre pelo menos.

Acho que ela ainda não esqueceu do jardim de infância, quando eu, sem querer – repito: sem querer – fiz ela fazer xixi nas calças de tanto medo, e a história de terror nem era tão pesada assim, quer dizer, desde quando uma loira do banheiro que come o cérebro de criancinhas é pesado? Mas ela já se vingou de mim de qualquer jeito, foi ela quem jogou tinta azul no meu cabelo ano passado.

E QUEM MEXE NO MEU CABELO ESTÁ PEDINDO PRA MORRER, só que eu, ao contrário dela, não me rebaixei e fiquei humilhando ela por todos os cantos, como ela fez comigo. Tudo bem que agora, graças a Lily e a irmã dela, a Claire meio que está banida da ‘mesa pop’, eu tenho que parar com esse meus apelidos idiotas.

O Sinal está apitando, o que significa que essa aula de história acabou e que a próxima é de literatura com o MEU professor gostoso.

Devia existir uma lei para que todo o professor fosse gostoso, todo mundo ia prestar muito mais atenção a ele, digo a aula.

Pelo menos na aula dele ninguém dorme, antes quando era a Sra. Folton nós virávamos uma pedra, e o Ryan se transformava num tipo de urso, daqueles que ronca muito enquanto dorme.

- Bom dia. – com você nos dando aula, vai ser um ótimo dia.

Eu tenho que parar de tarar esse professor, eu tenho um falso-namorado mega hottie, e que é super fofo, beleza?

Mas esse jeito intelectual dele - do professor quero dizer – e esse cabelo loiro caindo perfeitamente sob os óculos de grau que emolduram tão graciosamente os olhos cor de avelã dele.

É, eu to poética hoje, aplauso para mim.

- Eu tenho uma notícia muito importante para dar - E quando ele fala... MY GOD! – Mas antes, eu gostaria que vocês se dividissem em grupos de quatro ou cinco.

Se a notícia é sobre trabalho em grupo, ele começa a perder pontos comigo.

- O que vocês acham que ele vai falar? – eu indaguei fechando o círculo de cadeiras que envolvia Lily, Emmy e Dorcas.

- Provavelmente sobre a festa de final de ano que vão dar... no final do ano. – chutou Lily enfiada no seu casacão da GAP.

- Lily você está com tanto frio assim? – perguntou Emmy.

- Eu estou doente. Acho que to com febre. – Uh, será que foi o James? Essa é uma boa questão. – Ei, conta o que aconteceu entre você e o Mr. 212 Sexy.

- Febre você não está. – e Eu pus a mão na testa da Lily. – E não houve nada demais, a gente só se beijou, qual é problema de vocês? Eu não fiquei perguntando o que aconteceu quando você e o James foram à locadora, nem quando a Emmy e o Edgar se trancaram no escritório, e muito menos quando o Remus deixou a Dorcas em casa, será que eu não posso viver? Vocês estão parecendo a minha mãe!

Sabe aquele típico olhar assustado quando alguém não consegue entender nada do que você estava dizendo? Bom, não era exatamente esse olhar que elas estavam fazendo, mas era um muito parecido.

- Calma, Sra. Estressadinha. – disse Dorcas se levantando para me fazer sentar.

- Algum problema? – Ai, essa voz dele acalma qualquer criatura do mundo.

- É que o ar-condicionado está muito frio, professor, e a Lily está doente. – eu disse me sentando.

- Tudo bem, eu posso mandar aumentar a temperatura. – e então ele saiu pela porta, deixando a sala dividida em grupos.

Não que a minha sala já não fosse dividida em grupos, quero dizer, tem o grupo de CDF’s que sentam na frente e no meio pra prestar mais atenção em tudo, tem o grupo da Claire que fica no canto esquerdo da sala pegando a parte do fundão, tem o grupo dos viciados em computação que vivem conversando sobre jogos do tipo ‘Tíbia’ e coisas do gênero, e eles sentam na fundão do meio da sala.

E a gente, que senta no canto esquerdo, coladas na parede.
- Ah, sim. – o professor voltou a aparecer na porta. – Escrevam cinco perguntas numa folha de papel sobre o livro que eu passei para leitura, de Jane Austen, eu já volto.

- Razão e Sensibilidade. – disse Emmeline encarando a folha de fichário. – Achei um saquinho.

- Emmeline, achei que você tinha dito que só tinha visto o filme. – falou Lily ainda enfiada no casaco.

- É, mas o filme é um saquinho. – ela concluiu.

- Ei, falta um mês! – falou Dorcas batendo palminhas.

- É verdade! – eu concordei. – Nem acredito que nós vamos entrar num show de McFly sem fingir que somos lésbicas!

Bom, esse é um episódio engraçado de se lembrar, nós meio que tivemos que fingir que éramos um bando de lésbicas maníacas por mulheres para entrar no show deles, e a gente era menor de idade, e não podia entrar, então tivemos que nos enfiar no meio das caixas de som, e entramos em caminhão com os instrumentos do DJ, aí o segurança veio e quase pegou a gente, resumindo, no final tivemos que nos vestir de travesti para entrar, o que não foi muito legal.

Ah, mas foi divertido.

Emmeline Vance
Narrado por: Emmeline Vance.
Hoje, Quinta, 14 de Fervereiro.
Ouvindo: . Nada de seu interesse. Uh, brincadeira. x:


- O que você acham que o professor vai falar? Que dizer, ele disse que ia dar um aviso, não é? – perguntei.

- Eu acho que sei sobre o que é. – Dorcas abriu um sorriso meio de lado.

O que ela queria dizer com isso? Bom, logo eu vou saber.

Ou espero que eu saiba.

- Parem tudo o que vocês estão fazendo. – disse o Professor, e eu soltei tudo o que estava na minha mão, como se fosse realmente importante 5 perguntas sobre um livro que eu já estou cansada de ler. – Então, eu tenho uma notícia importante para dar, e espero que todos fiquem muito felizes por mim...

Não é um bom jeito de dar uma notícia se você quer realmente saber minha opinião, sabe o fato dele ter começado com ‘espero que todos fiquem muito felizes por mim..’ nos leva a pensar que ele vai se mudar, arranjou um emprego melhor, foi demitido ou...

A mais terrível das opções, ele vai...

- Eu vou me casar. – Eu olhei ao meu redor, parece que não só sou eu que está entrando em depressão nesse exato momento. – E por isso você vão ter um novo professor de Literatura...

Qual é, eu ainda achava que tinha chances com ele!

Eu juro que mato a @#$%¨*&¨! a noiva dele, ela sabe que está destruindo o sonho de milhões de garotas do ensino médio? Tudo bem que ele é um professor e tudo mais, mais ele é gostoso!

- É bom que o substituto seja tão gostoso quanto ele. – Marlene cruzou os braços indignada.

Qual é o problema desse professor? Por que ele decidiu casar? Ele poderia muito bem viver o resto da vida comigo, nem precisava casar.

- Eu acho que sei quem é o novo professor. – Dorcas abriu aquele mesmo sorriso, que às vezes me assusta.

- O que você está sabendo, que nós não estamos sabendo, Dorcas? – perguntou Lily tendo um colapso que a fez sair do estado doentio que permanecia desde a trágica notícia.

Cara, alguém mais reparou que eu to falando esquisito?

- Queo que vocês dêem as boas vindas ao Professor Meadowes. – então o Professor Kent estirou a mão para a porta.

- O novo professor é... – Dorcas começou a abrir a boca.

- Mais gostoso do que o antigo. – eu completei encarando o homem que passava pela porta.

Eu amo o meu colégio, cara, quando você pensa que o mundo está desmoronando, vem um professor vestindo uma camisa dos Beatles com uma calça jeans sussurrada, e um sorriso perfeito emoldurando o rosto de porcelana.

Eu to doente, qual é a do meu romantismo hoje, ein?

É, eu estou definitivamente inspirada.

- Eu já disse que amo³ literatura? – eu indaguei me virando para o círculo.

- Já, e justamente quando você descobriu que o Professor Kent, ia nos dar aula. – disse Marlene rindo.

- Que seja, agora, eu amo mais. – e eu dei de ombros.

Gente, esse novo professor deve ser mesmo o mestre da literatura. Tudo bem que ele meio que ainda está preso nos anos 70 com esse jeans surrado e com a camisa dos Beatles, que por sinal, eu acabo de reparar que atrás tem algo como ‘Make Love, Not War’.

O colégio a cada semestre se supera cada vez mais.

- Dorcas, você reparou que ele tem seu sobrenome? – perguntou Lily tirando o casaco.

O que foi que eu disse sobre a ‘doença’ da Lily? Come on, parece que agora ela ta derretendo, tanto por fora quanto por dentro.

- É, ele é meu primo. – ela disse acenando pra ele, e TODAS as garotas da sala voltaram-se para Dorcas.

MY GOD!

- Por que você não nos disse isso antes? – Eu indaguei quase desesperada, QUASE.

- Porque ele chegou hoje de Liverpool, e ele não me deu certeza de que nos daria aula. - disse Dorcas.

Isso explica tudo.

- Isso explica tudo. – eu disse, sorrindo.

- Isso explica o que? – perguntou Marlene.

- O lance dos ‘The Beatles’ na camisa, dâ. – e eu bati a mão na testa dela. – Os Beatles são de Liverpool.

- Eu sei que eles eram de Liverpool! Eu não sou burra! – replicou Marlene. Ela realmente acha que sabe de tudo.

Só que ela não sabe de tudo. Ela pode até acreditar nisso, só que eu andei fuçando a gaveta dela um dia desses, e bom... ela tem um manual de como arrumar a cama do jeito certo e deixar ela perfeita.

Qual é? Isso é coisa de nerd! x:

Depois eu sou a fútil.

- Dorcas, você sabe se seu primo tem algum problema em ficar com meninas mais novas? – perguntei sorrindo na direção dele.

- Emmeline! – Lily acha mesmo que pode me repreender, só que não fui eu que me ‘curei’ de repente de uma ‘gripe’.

- E a propósito, qual é o nome dele? – eu perguntei ignorando Lily.

- Matt Meadowes. – disse Dorcas rindo.

Eu tenho uma obsessão inexplicável por caras que começam com ‘M’.

- Isso não vai dar certo. – Muito pelo contrário, Marlene, vai dar muito certo.

Dorcas Meadowes
Narrado por: Dorcas Meadowes.
Hoje, Quinta, 14 de Fervereiro.
Ouvindo: Le Disko – Shiny Toy Guns.


‘Hello little boys, little toys, we’re the dreams you're believing. Crawling up the walls, running down your face.

- Alô? – Marlene atendeu ao telefone.

Quem será que está ligando pra ela bem no horário do almoço? Minha mãe sempre disse que o horário do almoço é sagrado, mas eu não devia levar muito a sério as coisas que ela diz, afinal, ela não é a mulher que manda um cartão de perguntas e respostas pras ex-namoradas dos caras que ela saia?

E além do mais, ela pintou o cabelo de azul na adolescência.

- Ei, Vocês vão sentar com a gente de novo, não é? Ontem foi tão divertido. – disse Jane me puxando pelo braço. – E a propósito, você é parente do novo professor de literatura?

Óh, não. Vai começar tudo de novo, será que ninguém percebe que temos sobrenomes iguais? Era de se deduzir que nós somos parentes, não há muitos Meadowes no mundo. E nem é um sobrenome famoso, nem nada.

- Ah, ele é meu primo. – eu disse enfiando uma batata frita que estava na minha bandeja, na boca.

- Jura? – perguntou Petúnia, vindo de lugar nenhum.

Eu sou tão feia assim? Tipo, de um modo que nem pareço com o meu primo gostoso? Só porque ele é loiro e eu sou morena, não quer dizer que não somos parecidos!

- Juro, ele é filho da minha tia, até onde eu saiba, ele é meu primo de primeiro grau. – eu disse encarando Marlene do outro lado da mesa.

‘Agora, agüenta sente só como é que é ter um parente gostoso’ ela sussurrou rindo.

Mas ela já está acostumada com isso, ela tem um irmão gostoso desde que nasceu, eu só vim ter um primo gostoso por perto, agora! O que ela quer que eu tenha? Experiência é que não vai ser.

- De onde ele é? Com certeza não é daqui. Ele parece que estagnou nos anos 70. Isso é tão sexy. – Lana surgiu do nada, e uma rodinha de meninas debruçaram-se sobre a mesa na minha direção.

- Ele é de Liverpool, Merseyside. Tem 26 anos, é de Virgem, nasceu no dia 9 de Setembro, e tem um labrador. – eu falei. – No momento eu não tenho o número da habilitação tem o CPF dele.

- É, incrível! – disse Jane sorrindo. – Isso explica tudo.

Já é a segunda vez hoje. Talvez eu devesse me matar.


- Explica o que? – perguntou Petúnia meio confusa.

Tsc, Tsc. Que burrinha.

- Os Beatles são de Liverpool, e ele estava com uma camisa dos Beatles. – eu disse enchendo os pulmões.

- Bom, não era bem isso. – disse Jane. – Eu ia dizer que isso explica a atração mútua que eu senti por ele, nossos signos se completam! Não é o máximo?

É, com certeza eu devo me matar.

- Eu preciso ir ao banheiro, será que você pode vir comigo, Dorcas? – Marlene se levantou da mesa e veio até mim.

É, pra já, meu amor. Eu estava torcendo para alguém me tirar do buraco onde meu primo me meteu.

- Eu vou com vocês. – disse Lily, e eu lancei um olhar significativo para Emmeline.

Ah, claro, como sempre ela não ligou, e continuou a se enturmar com a mesa da ‘Elite’, francamente, eles só estão interessados em nós porque nossos namorados são a sensação do momento!

- Vocês não vão adivinhar... – Marlene disse abrindo a porta do banheiro.

Era óbvio que ninguém ia adivinhar mesmo, ninguém realmente entende o que se passa na cabeça de Marlene McKinnon.

- Não vamos, então, conta. – pediu Lily se sentando em cima da pia.

- Isso não ta molhado? – perguntou Marlene.

- Não, conta logo de uma vez. – eu disse me sentando ao lado de Lily.

- Bom, a Joanna me ligou, e pelo que parece ela terminou o namoro com o Miguel, e sabe o por que? – Marlene indagou abrindo um sorriso lateral inconfundível.

- Você tem que parar com isso, sabia? Contar as coisas pela metade e depois pedir pra gente adivinhar alguma coisa. – eu repliquei cruzando os braços.

- Certo, desculpa. Mas vejam só, a Joanna me ligou pra perguntar se a Emmeline estava dando em cima do Miguel. – contou Marlene abrindo um Box e se sentando na tampa de um vaso sanitário. – Ela acha que o Miguel teve uma recaída.

- Eu sempre achei que eles fossem perfeitos um para o outro. – disse Lily.

- Eu sugiro um plano. – disse Marlene e eu continuei calada. – Dorcas?

- Desculpem, mas eu acho que se o plano tem objetivo de juntar Emmy e o seu irmão, não vai dar muito certo. – eu disse descendo da pia. – Primeiro porque a Emmy parece muito engajada com o Dougie e aparentemente com o meu primo também. Segundo porque o Miguel não se amarra a ninguém, e ela nunca esteve amarrado mesmo com a Joanna, você sabe disso. E terceiro, não ia dar certo mesmo.

- Bom, Emmy não está tão bem com o Dougie, eles só estão se pegando, e quanto a seu primo, ele tem idade pra ser tio dela, e o Miguel estava com a Joanna pra fazer ciúmes a Emmy, qualquer um pode perceber isso. – disse Marlene – Ah, vamos Dorcas, por favor.

- Gente, ‘Operação Cupido’ é coisa de sétima-série, lembram o que aconteceu da última vez? – eu perguntei.

Da última vez a Marlene terminou com um pote de tinta na cabeça.

- Mas não vai ser como da última vez. – disse Lily. – Nós estamos mais maduras. õ/

Não é que eu não queira a Emmy feliz com o Miguel ou algo assim, é que eu tenho medo que isso faça a Emmy sofrer, ela já não anda muito feliz com o que enfrenta em casa e tudo mais, pelo fato da mãe ser jornalista e o pai cineasta e nunca terem tempo pra ela.

Eu só estou pensando no bem dela, coisa que todas nós, que somos amigas dela deveríamos estar fazendo.

- E se não der certo, e a Emmy sofrer. – eu destaquei a possibilidade.

- Isso não vai acontecer. – disse Marlene. – Nós não vamos deixar que isso aconteça.

- Mas é uma possibilidade. – eu disse. – Isso pode acontecer, e nós vamos nos sentir culpadas por isso.

- É uma possibilidade que não vai acontecer se você nos ajudar. – disse Lily com a maior cara de pidona.

Elas têm um poder de persuasão tão... persuasivo!

- Tudo bem, eu ajudo, mas me expliquem esse plano direito, por favor. – eu me rendo.

- Eu andei pensando... – disse Marlene.

- Ela pensa! – eu berrei dando um ‘pedala Robinho’ nela.

Eu tive uma época em que era viciada em futebol.

- Cala a boca. – disse Marlene rindo. – Sabe o show dos McGuys mês que vem?

- Sabemos... – disse Lily num tom meio óbvio.

Lily Evans
Narrado por: Lily Evans.
Hoje, Quinta, 14 de Fervereiro.
Ouvindo: Sirene que indica o término das aulas.


Talvez eu tenha sido a única que tenha percebido que a Marlene está mesmo diferente, quero dizer, primeiro ela ficou uma tarde inteira numa casa vazia com um garoto gostoso, e depois ela tenta empurrar a Emmy para o Miguel.

Não era ela quem dizia que achava estranho uma amiga namorar o irmão de outra amiga? E agora, ela inventa um plano maluco que envolve os McGuys para juntar os dois!

SOCORRO! FIZERAM TRANSPLANTE DE CÉREBRO EM MARLENE MCKINNON! O que será que aconteceu ontem à tarde para ela voltar dessa maneira? Alguém por favor me diga, isso está começando a me assustar.

- Hey, Lily. – Emmeline me chamou enquanto eu passava pelo portão de entrada do colégio.

- O que foi? – eu indaguei acenando para James que estava encostado no carro do Miguel.

- O Josh terminou com a Kate. O caminho está livre pra você dar o bote. – ela falou dando um ‘soquinho’ no meu ombro, algo bem másculo considerando que aquela era Emmeline. – E a Lana me disse que foi por sua causa.

Não era isso o que eu queria? Sou forçada a dizer que era.

Só que agora, eu não sei bem o que eu quero.

- Lily. – chamou Blair. – O Josh quer falar com você, ele está ali no jardim.

- Valeu, vou falar com o James antes. – eu disse me virando para Emmeline.

Bom, sabe a expressão ‘estou numa sinuca de dois bicos’? Eu acho que agora eu posso afirmar que estou numa dessas.

E advinha só o que é pior? Não encontro uma solução.

Talvez você não entenda bem minha situação, mas sabe o que é você ser apaixonada por um cara desde os cinco anos de idade? E aí ele começa a namorar uma garota qualquer, e esquece que um dia você foi a melhor amiga dele? E agora, ele te quer de volta?

E então, você se encontra tendo fortes sentimentos por um outro cara, só que esse, você não sabe o que ele sente por você, então vem o medo da rejeição de novo.

Alguém pode por favor me explicar o por que de tudo ser tão difícil?

- Jay. – eu disse dando um ‘beijinho de esquimó’ nele. – O Josh quer falar comigo.

- Então, o que você está fazendo aqui? – ele perguntou sorrindo.

- Eu não sei se é isso o que eu quero. – eu disse enfiando a cabeça no ombro dela.

- Ei, me escuta. – disse James me colocando em sua frente. – Você precisa fazer isso.

Por mais que eu não quisesse concordar com ele, eu sabia que precisava.

- Tudo bem pra você? – eu perguntei séria.

- Isso é com você, Lily. Ele não é assunto meu. – falou James dando um sorriso murcho. – Eu quero o que seja melhor pra você.

- Então, eu vou. – eu disse dando um selinho nele.

- Boa sorte.

É, eu vou precisar. Difícil de admitir, mas sorte é o que eu mais preciso nesse momento.

- Oi, Josh? Me disseram que você queria falar comigo. – eu falei ficando em frente a ele.

Ele parecia mais bonito do que antes, mas não tão bonito quanto o James. Mas isso não é uma questão de beleza, é uma questão de sentimentos.

- Lily, eu sei que faz tempo que eu não falo com você. Quero dizer, você era minha melhor amiga e de repente nós nos afastamos. – ele começou. – Eu só queria te dizer que eu sinto falta das nossas conversas, pra ser sincero, eu sinto falta de você.

E ele pegou na minha mão.

Isso era tudo o que eu mais queria ouvir... até uma semana atrás. Mas agora, a única coisa que eu posso dizer é:

- Josh, até uns dias atrás ouvir isso seria um alívio para meus ouvidos. Só que, nesse exato momento, eu não sei se nós realmente podemos voltar a ser melhores amigos. – e eu soltei minha mão da dele.

- E quem disse que o que eu quero de você é só amizade? – ele se aproximou mais de mim.

- E quem disse que o que eu quero de você vai além de uma simples amizade? – eu falei afastando ele. – Sinto muito, Josh, mas eu tenho um compromisso com outra pessoa agora.

Estava feito, eu não podia voltar atrás, e pra falar a verdade, eu não quero voltar atrás.

- Parece que você conseguiu o que queria. – disse James quando eu voltei para a entrada do colégio.

- Mais ou menos. – eu disse sentando no murinho ao lado dele.

- Acho que você não precisa mais de mim. – ele falou e eu desci, me voltando para ele.

- Não preciso. – eu concordei olhando para o chão.

- Então, nós devíamos acabar. – e James também se voltou para o chão.

- Eu poderia viver sem você. – eu falei tentando encarar ele nos olhos, o que é bem difícil como eu acabo de perceber. – Ia ser difícil, mas eu conseguiria.

Ele continuou me encarando.

- Mas eu quero você, eu não quero viver sem você. – e eu me debrucei sobre ele. – Eu entendo se você não sentir o mesmo por mim, mas eu aprendi uma lição hoje, e eu não vou mais esconder meus sentimentos.




ANTES DE TUDO: Respondam a enquete da comunidade sobre: 'Com quem a Emmeline deve ficar?'
http://www.orkut.com/CommPollResults.aspx?cmm=41817706&pct=1196935587&pid=1443064068

N/A: Podem me esculhambar a vontade, podem esculhambar o capítulo a vontade também. Até porque eu já fiz isso milhões de vezes. Podem falar que se decepcionaram, até porque eu me decepcionei comigo mesma. Eu sou uma decepção pra todo mundo, já estou acostumada. Só não digam que o final ficou feio, porque eu sonhei com ele - literalmente - Eu não sei que rumo esse capítulo tomou, ele ficou curto, chato e não teve nada de engraçado. E eu gosto de coisas engraçadas, vai ver que foi por isso que não gostei dele. Novamente: DECEPÇÃO!

bom, pra quem pediu lá vai:
MSN: [email protected]
E-MAIL: [email protected]
ORKUT: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=16826567604813051111

MIL PERDÕES, galera, me desculpem mesmo pela porcaria de capítulo e pelo tamanho dele. E podem deixar o endereço da fic de vocês que eu leio, quando eu não o faço é porque eu não posso, viu?

beeijo, e me desculpem. :*

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