As primeiras lembranças

As primeiras lembranças



NO ST MUNGUS

Eles chegam ao hospital onde uma equipe, avisada por Fred e Jorge, está a postos, esperando. O medi-bruxo vem conversar com eles

Medi-bruxo (entusiasmado) – Fico feliz ao saber que o famoso Harry Potter está vivo!

Harry olha para ele sem entender

O medi-bruxo continua – Você não se lembra, não é? Não se preocupe. Você vai tomar uma poção para que a sua memória volte (olha para os ruivos), só que tem um probleminha.

Gina – Que probleminha?

Medi-bruxo – Nós não sabemos qual o feitiço usado. Deve ter sido algo muito poderoso pra ter apagado a memória dele desta forma. É arriscado tentar fazer com que ela volte completamente de uma só vez.

Gina – O que isso quer dizer? Quer dizer que a memória dele não vai voltar? (ela olha para o medi-bruxo, seu semblante é de preocupação)

Medi-bruxo – Não é isso. Mas nós temos que ir devagar. São muitas lembranças... Se elas ocorrerem todas ao mesmo tempo ninguém pode prever o que pode acontecer. Ele deve se lembrar de tudo aos poucos. Caso contrário pode até enlouquecer.

Harry – Como assim?

Medi-bruxo – Você vai tomar uma dose pequena e ficar em observação. Depois irá pra casa. As lembranças irão surgindo aos poucos. Dentro de alguns dias tomará outra dose

Casa? Que casa? Pensa Harry

Gina olha pra ele percebendo a sua preocupação

Gina – Você irá pra minha casa. Pra casa que você considera como sua desde os doze anos. (para o medi-bruxo) podemos começar?

Harry, Gina e o medi-bruxo entram em um quarto. Os demais Weasleys esperam lá fora. O medi-bruxo dá um líquido de cor esverdeada pra Harry

Medi-bruxo – Não vou dizer que o gosto é bom, mas você deve tomar tudo.

Ele olha para o medi-bruxo e para o líquido sem saber direito o que dizer ou fazer. O cheiro lembra ovo podre com naftalina e a aparência também não ajuda muito.

Gina coloca a mão no seu ombro – Tudo bem... Eu estou aqui com você

Harry toma a estranha mistura esforçando-se para não vomitar. Começa a se sentir estranhamente sonolento – Eu... (Não chega a terminar a frase caindo em sono pesado).

O medi-bruxo olha pra Gina – Tudo bem, é normal. Ele deve dormir por várias horas. Você pode esperar por ele em casa

Gina – Nem pensar! Vou ficar aqui

O senhor Weasley entra – Filha. O medi-bruxo tem razão. Você só vai se cansar a toa ele vai demorar horas pra acordar.

Gina – Não quero deixá-lo. Ele não conhece nada aqui... E se ele acordar sozinho?

Arthur – Quando ele acordar temos que levá-lo para a toca. (olha pra filha) você precisa conversar com os gêmeos. Prepará-los para a chegada do pai.

Gina olha pra Harry e para o pai sem saber o que fazer. Ela sabe que deve contar aos filhos sobre a volta do pai, mas ao mesmo tempo não quer deixar Harry sozinho.

Rony a abraça – Eu fico com ele... Juro que não arredo pé antes que você volte. Vá pra casa. Meus afilhados precisam saber que o pai voltou

Gina beija o irmão com lágrimas nos olhos – Obrigado

Rony fica ao lado de Harry. Gina sai com o pai e Carlinhos rumo à toca

XXXXX

NA TOCA

Os ruivos entram pela cozinha. Molly está fazendo o almoço. Ela olha para eles numa pergunta muda

Arthur – Conseguimos trazê-lo. Ele está no St Mungus.

Molly suspira aliviada com lágrimas nos olhos. Ela abraça Gina – Você fez bem em não perder as esperanças querida.

Gina retribui o abraço – Onde estão as crianças?

Molly – Brincando no jardim. Você vai falar pra elas?

Gina balança a cabeça confirmando e vai ao jardim ao encontro dos filhos.

Ela permanece alguns minutos observando as suas crianças brincando no jardim. Andy está no balanço e Camy o empurra por alguns minutos. Depois eles invertem as posições. Eles são muito unidos (pensa sorrindo). Apesar das diferenças se compreendem como ninguém.

As crianças notam a presença da mãe e correm em sua direção – MÃE! (Andy e Camy gritam quase ao mesmo tempo)

Gina se abaixa para receber o abraço dos pequenos. Beija ambos várias vezes – Quanta saudades meus amores

Andy – A gente também...

Gina – Se comportaram?

Camy – Direitinho. A vovó contou história pra gente dormir. A tia Mione levou a gente pra tomar sorvete!

Gina sorri e beija os filhos novamente. Então fica séria olhando para os dois

Andy – Você quer conversar com a gente.

Gina – Quero meu amor (às vezes esse menino me assusta pensa ela)

Gina senta-se na grama com as duas crianças a seu lado. Como vou começar essa conversa? Droga isso é mais difícil do que eu pensava...

Andy – O que foi mamãe? Você ta com uma cara esquisita. Aconteceu alguma coisa?

Gina – Aconteceu

Camy – É coisa ruim?

Gina – Não meu bem. Mas é complicado pra contar. É sobre o pai de vocês.

Andy – Sobre o nosso pai...

Gina – É... O tio Carlinhos o encontrou

Camy (sorrindo) – Ele vai voltar pra casa?

Gina – Ele está doente

Camy – Ele vai morrer?

Gina – Não! Ele não vai morrer. Mas ele não se lembra de nada

Andy – Ele não se lembra de você? E nem da gente?

Gina abraça os garotos – Quando seu pai foi pra guerra ele não sabia que eu estava grávida. Ele não sabia que vocês existiam. E... Ele não se lembra de mim também...

Camy – E agora?

Gina – Ele está no hospital. Ele vai fazer um tratamento e aos poucos a memória dele voltará e ele vai se lembrar de tudo. Olha para os filhos e percebe que Camy está sorrindo, mas Andy está calado. (para Andy) – O que foi filho? Não gostou de saber que seu pai vai voltar?

Andy permanece calado. Gina o abraça – O que foi... Pode falar

Andy – Ele não conhece a gente. E se ele não gostar da gente?

Antes que Gina possa falar alguma coisa Camy interrompe – É claro que ele vai gostar da gente! Todos os pais gostam dos filhos seu bobo!

Gina apazigua aquilo que é o início de uma briga – Calma, vocês dois! Não vamos brigar agora. (olha pra Andy) ele não conhece vocês. Mas eu tenho certeza que ele já gosta de vocês. Eu mostrei a foto pra ele (sorri) falei que a gente precisava dele aqui...

Camy - E ele voltou! Eu não disse. Todos os pais gostam dos filhos (mostra a língua pra Andy).

Gina – Mocinha! Peça desculpas a seu irmão. Ele tem razão em ter ficado preocupado, mas vai ficar tudo bem.

Camy sorri – Desculpa

Andy – Ta desculpada

Gina sorri. Por mais que Camille apronte o Andy sempre a perdoa. Ele leva a sério o seu papel de irmão protetor. E ela se aproveita. Tenho que ficar de olho.

Camy – Eu quero ver o papai

Gina – Agora não querida. Ele está no hospital

Camy – E só você levar a gente lá

Gina – Não... Ele está tomando remédio. Não pode receber visitas

Camy – E quando a gente vai poder ver?

Gina – Amanhã cedo. Ele vai estar em casa.

Eles ouvem Molly chamando pra almoçar e entram

Gina terminou de almoçar com as crianças e prepara-se para deixar os pequenos na escola e voltar para o hospital. Ela vai até a janela e olha para o lago, sua mente está longe...

XXXXX

As cenas a seguir são lembranças de Gina. Ocorreram há sete anos atrás.

Já faz algum tempo que a festa do casamento de Gui e Fleur terminou. Gina está em seu quarto onde Hermione dorme tranquilamente. A casa está em silêncio, todos os outros também dormem. A ruiva, sem sono, caminha de um lado para outro.

Ela vê pela janela uma figura morena na beira do lago. Harry...

Sem pensar, a ruiva sai do quarto e vai atrás dele.

Gina caminha descalça pelo gramado úmido. A luz do luar mistura-se aos seus cabelos vermelhos e torna a sua camisola levemente transparente. Harry está olhando para o lago. Ela pode perceber que seu amado está pensativo.

Eu sei que ele vai partir amanhã; ninguém me falou nada, mas eu sei... Eu o amo pensa. Nem que ele termine comigo mil vezes, eu vou desistir dele.

Ela sabe que Harry é o homem da sua vida. Por ele sou capaz de tudo. Andaria sobre brasas por ele. Enfrentaria o Voldemort sem varinha se ele me pedisse Não há absolutamente nada que não faça pelo moreno. Nada... Basta ele pedir.

Gina coloca a mão no ombro de Harry. Ele vira-se e toma um pequeno susto ao ver a ruiva de camisola.

Gina – Despedindo-se?

Ele olha pra ela com cara de quem não está entendendo.

Gina – E nem adianta fazer essa cara de paisagem. Eu não sou boba! (olha pra ele com lágrimas nos olhos) que meus pais e meus irmãos me tratem como uma menininha bobinha, inocente e frágil eu até entendo, mas você...

Harry – Ruiva...

Gina – Não me chame de ruiva! Não sou mais sua ruiva esqueceu? (as lágrimas descem)

Harry – Gina... Ruiva... Você é minha ruiva sim! Sempre será... Se você soubesse como me custou dizer aquelas palavras no enterro de Dumbledore. Eu só consegui porque seria muito mais doloroso se acontecesse algo com você.

Gina – Você não entende... Você quer evitar o meu sofrimento... Mas não percebe o quanto eu estou sofrendo por estar longe de você. Se você não gostasse de mim eu até entenderia

Harry – Se é pra te proteger eu deixo de gostar de você

Gina aproxima-se – Olhe nos meus olhos e diga

Harry olha nos olhos de Gina – Eu... (As palavras morrem em sua boca).

Gina o interrompe com um beijo. Não um beijo de menina, mas um beijo de mulher. Um beijo que mostra que a menininha cresceu e já sabe exatamente o que quer... Ela passa os braços no pescoço de Harry intensificando o contato.

Harry interrompe o beijo – Eu não posso. Eu vou partir amanhã.

Gina – Eu sei e não posso fazer nada pra impedir... Não posso e nem quero afastar você da sua missão. Eu sei que não vai adiantar pedir pra ir junto... Mas quero ter algo pra recordar.

Ela olha nos olhos dele. Harry, atônito, vê a camisola de Gina cair no chão.

O moreno olha para o corpo de Gina agora coberto apenas pela luz da lua. Ele me quer Gina pensa sorrindo. Ela chega perto de Harry e começa a dar pequenos beijos em seu rosto, seu pescoço. Harry dá um suspiro e a abraça com força, os lábios procurando os dela, os corpos cada vez mais próximos...

Gina nunca fez isso antes, mas ela sabe o que quer... E ela quer mais do que qualquer outra coisa. E a ruiva suspira de prazer quando a boca faminta de Harry alcança seus seios intumescidos. Ela o abraça com força ao mesmo tempo em que o ajuda com as roupas.

A relva recebe os dois corpos ardentes. Harry beija cada pedacinho do corpo da ruiva. Ela o enlaça com as pernas para facilitar o contato. É como se fizessem isso juntos a vida inteira.

Então eles se amam... Tendo como testemunhas a relva, o lago e a lua...

Após o acontecimento mais importante da sua vida, Gina olha pra Harry e sorri – Eu te amo... Nada nem ninguém vai mudar isso entendeu seu teimoso! (olha nos olhos dele) Você vai me prometer que vai ficar vivo... Que vai voltar pra mim.

Harry – Gina...

Gina – Por favor, prometa.

Harry – Você é impossível ruiva. Eu prometo...

Ele a abraça. Ela sorri e adormece em seus braços.

Quando Gina acorda ,percebe que está em seu quarto. Harry não está lá.

XXXXX

De volta aos dias atuais

Se não fosse pela camisola molhada do sereno. Eu acharia que foi tudo um sonho Pensa Gina

Ela ouve as vozes dos gêmeos discutindo no quarto ao lado.

É... Definitivamente não foi um sonho pensa sorrindo.

Ela sai do quarto pra por fim a discussão.

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