Dark Shadow



Na manhã seguinte tomou um duche refrescante antes de ir para o emprego e comeu umas boas torradas com manteiga, acompanhadas com um copo de leite com café.

- Então vamos lá trabalhar. – murmurou levantando-se e desmaterializou-se.
Pelo Ministério da Magia estava tudo na mesma, tudo muito pacato num ambiente que dava sono a qualquer pobre alma que lá entrasse.

- Bom dia Sarah! – cumprimentou Karina.

- Bom dia Sra. Dra. Como foram as férias? – perguntou Sarah sorrindo-lhe amavelmente.

- Óptimas Sarah, e as tuas? – quis saber Karina debruçando-se sobre a secretária.

- Foram fantásticas! – disse a jovem feliz.

- Hum... cheira-me que conheceste um rapazito todo gato e simpático. – disse Karina olhando-a de soslaio.

Sarah soltou uma gargalhadinha.

- Pois, já previa. – observou a auror revirando os olhos. – Então veio alguma carta para mim?

- Por acaso sim. – respondeu Sarah rapidamente e entregou a Karina três pergaminhos.

- Mui agradecida. – disse Karina. – Alguma coisa estou no meu gabinete.

- Sim Dra.

- E pare de me chamar doutora, é irritante. – pediu Karina.

Foi para dentro do seu gabinete, fechou a porta e sentou-se na sua cadeira. Pegou na primeira carta. Era de um tal Américo Francis... de um sítio qualquer.. a segunda era de uma tal Clarice...

28 de Agosto de 2006, Rússia, Moscovo

Cara Karina
Como vai tudo por aí? Espero que esteja tudo bem. Ainda te lembras de mim? Sou a Clarice Rodgevick. Deves estar a achar estranho eu estar-te a escrever, já que nós nunca fomos amigas, mas se não fosses tu, eu e o Nelson nunca estaríamos juntos! E eu agradeço-te imenso!
Então e tu e o Draco? Como vai o vosso relacionamento? Vocês fazem um par tão bonito...
Bem, mas eu queria mesmo era convidar-te para o nosso casamento, seria uma enorme honra se comparecesses, imensa mesmo, porque tu és fantástica! Por favor ‘miga!

Um grande beijo
Clarice Rodgevick


- Esta menina... – murmurou Karina rindo-se.

Pegou num pedaço de pergaminho e começou a escrever a resposta:

Querida Clarice
Como me poderia eu esquecer de ti? Então e como vai tudo por aí? Ó linda, eu adorava ir ao teu casamento, mas acho que é melhor não e tu sabes porquê. Eu ao pé do Nelson não funciona, e até me espanta teres feito uma proposta dessas, tu sabes como ele era. Eu e o Draco andamos às mil maravilhas, passamos o dia a discutir, se visses...
Não sei que dizer mais... desejo-te muitas felicidades e espero que tenham muitos filhinhos, se quiserem.

Jinhux muito fofos.
Karina Riddle


- Esta já está despachada. – disse Karina pondo a carta no bolso para não se esquecer de enviar. – Agora só falta uma.

Foi abrir o último pergaminho, mas viu que era só um conjunto de palavras, que formavam uma única frase.

Nós queremos o que tu tens.

Karina virou a carta uma data de vezes, olhou-a por todos os ângulos e deu-lhe pancadinhas com a varinha, mas nada aconteceu.

- Mas que raios... – murmurou, franzindo as sobrancelhas. – Será que é engano?

Nesse momento o telefone tocou. Karina atendeu e viu que era Phillipa.

- ‘Miga, tens em linha um tipo por causa de um anúncio de cozinheiro... o que queres que faça?

- Primeiro gostava de saber o que fazes aí. – declarou Karina.

- Olha, passei por aqui para ver se estava tudo bem. – respondeu Phillipa rindo-se.

- AH!!!!!!! E ainda por cima atendes as chamadas! Sinceramente... Agora já podes passar a chamada. – pediu Karina. – É para mim.

- Ai sim? – inquiriu Phillipa estupefacta por Karina esperar o telefonema de um cozinheiro, e passou-lhe a chamada.

- Estou monsieur?

- Bom-dia, eu estava a telefonar por causa de um anúncio... – murmurou uma voz de rapaz.

- O que o faz pensar que está apto para o lugar?

- Bem... bem... eu... eu... bem... eu tenho um curso, mas a senhora é que sabe. – disse o rapaz.

- Para quem já trabalhou?

- Bem... para ninguém.. eu tirei o curso há pouco tempo e ainda ninguém me deu emprego... dizem que eu sou muito magro para cozinheiro... O Clube de Quidditch não se queixava... – murmurou azedamente, mais para si do que para Karina. – Mas se não quiser eu compreendo.

- Não, não, pelo contrário! Está contratado! – declarou Karina.

- Mas a senhora nem me testou...

- Não é preciso, eu confio nos seus dotes. – respondeu Karina faria tudo para irritar Draco, mesmo morrer envenenada. – Quando quer começar a trabalhar?

- Pode ser hoje mesmo, à hora que a senhora quiser. – disse o rapaz alegremente.

- Óptimo! Então esteja às 18:00 à porta de minha casa, vivo em St. Catchpole, nº9. O senhor vai vê-la rapidamente. – afirmou Karina. – Como se chama mesmo?

- Ian Ralph. – respondeu o rapaz.

- Obrigada. Mais uma coisa, o senhor vai querer ficar em minha casa a dormir? Tenho quartos livres, não me importo minimamente. – declarou Karina.

- A sério? Seria óptimo! Mas eu não quero abusar da sua hospitalidade, nem da sua boa vontade. – afirmou Ian.

- Esteja descansado. Então até logo. – despediu-se Karina e desligou o telefone.

À tarde Karina ficou à espera do cozinheiro que chegou eram exactamente 18:00 em ponto. Era um rapaz com, talvez, a mesma idade de Karina, era moreno, de olhos azuis, alto e bonito. Parecia ser bastante simpático e vestia-se com jeans, t-shirt branca, blusão de ganga e uns ténis da nike azuis-escuros.

- Boa-tarde. A menina é a empregada? – perguntou a Karina.

- Não, sou a dona da casa. – riu-se Karina. – E o senhor é Ian Ralph?

- Sim senhora. – respondeu Ian. – Mas a menina é mesmo dona desta casa enorme?

Uma mansão em tons de branco espandia-se atrás de Karina.

- Oui Monsieur. – respondeu Karina. – Mas faça favor de entrar.

Depois de entrarem Karina levou-o até à sala de estar e sentaram-se de frente um para o outro.

- Acho que ainda não me apresentei, sou a Karina Riddle.

- É um prazer conhecê-la. – sorriu-lhe o rapaz.

- Posso saber que idade é que o senhor tem? – inquiriu Karina.

- 24, minha senhora. – respondeu Ian.

- Não me chame “minha senhora”, trate-me por Karina. – pediu ela.

- Como quiser. – concordou Ian. – O que quer que lhe faça para o jantar?

- Não sei, o que o senhor quiser. – sorriu-lhe Karina e levantou-se. – Mas não acha melhor ir ver o seu quarto? Eu gostava de saber se lhe agrada.

Levou-o até ao andar superior e guiou-o até ao quarto , que era um compartimento amplo, com uma cama, guarda-fatos, mesas-de-cabeceira, cómoda e casa de banho.

- Não era preciso nada tão luxuoso. – comentou Ian boquiaberto

- Não diga isso. Agora esteja à vontade. – disse Karina e desceu.

Foi até à cozinha e viu se estava tudo organizado, parecia estar.
Dirigiu-se para a sala e sentou-se, ligando a televisão com o controlo remoto.

Ian desceu pouco depois.

- Karina, onde está? – perguntou olhando em volta.

A auror levantou-se do sofá e foi ter com o cozinheiro.

- Então o que quer mesmo para o jantar? – perguntou Ian.

- Uma coisa qualquer. – respondeu Karina encolhendo os ombros. – Quer ajuda nalguma coisa?

- Bem... podia-me indicar onde se encontram os ingredientes e assim, para eu me orientar. – opinou Ian.

- Muito bem visto. Então venha daí! – pediu Karina levando o cozinheiro até à cozinha.

- Mas que bonita cozinha! – observou Ian. – Tem aqui um material e tanto!

- O senhor é que sabe! – riu-se Karina olhando em volta. – Eu não percebo muito disto. Ali pode encontrar o que quiser. – disse, indicando um armário. – E vá explorando.

- Vou adorar. – comentou Ian.

- Então deixo-o. – sorriu-lhe Karina e saiu da cozinha.

- Mas que bonita dama. – murmurou Ian olhando para a porta por onde Karina tinha saído. – Será que tem namorado? Hei de saber.

Karina ia-se sentar muito bem no seu fofo sofá quando alguém tocou à campainha.

- Ai Meu Deus... hoje não tenho descanso. – suspirou.

Dirigiu-se para a porta e abriu, para sua surpresa era Draco.

- Olá amorzinho! – cumprimentou Draco entrando.

- Mas que surpresa... – comentou Karina. – Porque passaste por cá?

- Preciso de razão para vir ver a minha princesa? – perguntou, dando-lhe um beijo na testa.

Aquilo não a convenceu em nada.

- Claro que não! – riu-se Karina.

Levou-o para a sala, acomodando-o no sofá, de frente para a televisão, e foi até à cozinha.

- Ian, não se importa de fazer comida para mais uma pessoa? É que tenho cá um amigo meu. – explicou Karina.

- Não há problema Karina. – respondeu Ian sorrindo-lhe amavelmente.

- Desculpe o incómodo. – pediu Karina modestamente.

- Incomodo nenhum! – riu-se Ian.

Karina voltou à sala e sentou-se ao lado de Draco.

- Então, já arranjaste um cozinheiro? – perguntou sorrindo-lhe.

- Claro que já e gostaria imenso que ficasses para jantar. – informou Karina. – Quero a tua aprovação.

- Vou adorar. – comentou Draco.

Mas o jantar foi desastroso.

- Em minha casa os cozinheiros não se sentam à mesa. – disse Draco olhando Ian de lado.

Ian não tirou os olhos do prato de comida.

- Pois Draco, mas não estamos na tua casa, estamos na minha casa. – afirmou Karina.

- Eu posso-te arranjar um cozinheiro muito melhor, esta comida está uma porcaria. – declarou Draco poisando os talheres.

- Se a menina também o acha eu irei fazer outra coisa. – informou Ian calmamente, levantando-se do seu lugar.

- Claro que não, a sua comida está óptima. – disse Karina agarrando o braço do rapaz.

- Sê sincera. – pediu Draco empurrando o prato para longe.

- Draco! – gritou-lhe Karina levantando-se indignada. Ele estava a passar das marcas. – Qual é a tua ideia?

- Só estou a ser sincero. – disse Draco o mais cinicamente possível.

- Tu estás a passar das marcas! – gritou-lhe Karina. – Ou pensas que não sei o que vieste cá fazer?!

- O que foi? – perguntou Draco. – Diz lá!

- Olha Draco, sai. – ordenou Karina. – Não estou para te aturar.

- Desculpa?

- Desaparece-me da frente!!! – gritou-lhe Karina.

Draco ergueu-se e saiu de casa de Karina sem dizer uma única palavra que fosse.

- Karina, é melhor sentar-se. – opinou Ian tocando-lhe no ombro. – Está muito nervosa.

- O senhor tem razão. – murmurou Karina passando a mão pela cabeça. – Isto hoje correu um bocado mal, mas não se vai suceder novamente, prometo-lhe.

- Eu vou fazer-lhe um chá. – disse Ian.

- Não, obrigada. Não gosto de chá. – agradeceu Karina.

- Precisa de alguma coisa então? – perguntou Ian.

- De uma boa noite de descanso. – murmurou Karina espreguiçando-se para se tentar ver livre da tensão que acumulara.

Nesse momento tocaram novamente à campainha.

- Se é o Draco outra vez... – rosnou Karina começando a levantar-se.

- Não, eu vou ver. – declarou Ian dirigindo-se para aporta.

Abriu a porta e quando o fez viu que era um indivíduo encapuzado.

- O que deseja? – perguntou educadamente.

- Quero falar com Karina Riddle. – afirmou o tipo. – Agora.

- Lamento imenso mas não poderá ser, Miss Riddle está muito ocupada. – disse Ian categoricamente. – Agora se me dá licença...

Ia para fechar a porta, mas o tipo pôs o pé na entrada.

- Deixe-me entrar. – ordenou friamente.

- Saia daqui! – rosnou Ian tirando a varinha do bolso.

- Quem é Ian? – inquiriu Karina.

O indivíduo não precisou de tirar a varinha de lado nenhum para tirar Ian da frente, com um simples estalar de dedos mandou a porta pelos ares, com Ian atrás.

Karina levantou-se rapidamente e correu para a entrada de sua casa.

- Riddle... – murmurou o tipo encapuzado.

- Quem é o senhor? – inquiriu Karina apontando-lhe a varinha.

- Devolve-o já. – ordenou o tipo.

- O que quer dizer? – inquiriu a auror sem entender nada. – A sua conversa não faz sentido algum!

- Tu sabes o quê. – rosnou a voz friamente.

- Mind disdarkus !!! – gritou uma voz.

O indivíduo encapuzado esfumou-se, desaparecendo completamente e só deixando para trás a sua capa negra.

Ian aproximou-se de Karina lentamente.

- Está tudo bem consigo? – perguntou preocupado.

- Bem... sim... mas o que lhe fizeste? – quis saber Karina.

- Mandei-o para o mundo das sombras. Não era uma pessoa, era uma sombra, mais precisamente uma “sombra negra”. – murmurou Ian. – Já ouviu falar?

Karina passou a mão pelo cabelo e encostou-se a uma parece.

- Está a sentir-se bem? – inquiriu Ian preocupado.

- Estou, estou. Só que agora lembrei-me de uma coisa... – murmurou Karina. – Não entendo...

- Posso ajudar em alguma coisa? – perguntou Ian preocupado.

- Não, não, obrigado. – sorriu-lhe Karina. – Mas se quiser pode ir deitar-se.

- E deixá-la aqui sozinha?

- Não se preocupe, eu vou-me deitar também, preciso de assentar umas ideias. – murmurou Karina. – Então boa-noite Ian e durma bem.

- Digo o mesmo. – sorriu-lhe Ian. – Esta noite foi pesada.

Quando Karina chegou ao quarto, depois de ter posto a porta de casa no lugar, vestiu o pijama e sentou-se à beira da cama curvando-se um pouco.

- Os Dark Shadow por aqui... o que quereriam eles de mim? – murmurou pensativamente. – Cheira-me a esturro... os Black Dragons por estes lados... raios partam isto tudo!

*************
Autora: Bem, se leram este péssimo capítulo, espero que não tenham ficado traumatizados XD se gostaram comentem, se não não gostaram comentem, se não leram comentem... enfim, comentem! a vida de uma escritora frustrada depende disso rsrsrs
bjx***

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