Explicações



Em palavras,

A linha do tempo transcorre e se deflagra.

Em dizeres e alucinações,

Em atos e transgressões,

Sim, o tempo,

Esse nem olha para a frente,

Tão pouco espera por algo, ou por alguém.

Vivemos no repente dos atos impensados,

Ou nos planejamentos infundados.

O que quer que venha ocorrer,

Simplesmente a linha percorre sua trajetória,

Independente dos nossos mandos e desmandos,

Dos nossos anseios e desejos.

Até que a morte nos separe,

Infinitamente, até que o amor nunca se acabe,

Onde vai a nossa sanidade em abandonar dentro de nós,

Os sentimentos por aqueles que de uma certa forma,

Nunca nos deixaram?







- Então! – disse Tonks furiosa quando Rony, Harry e Draco entraram em sua sala se acomodando, no ambiente - Qual de você três vai começar a me explicar o que aconteceu dentro do departamento de mistérios? – Tonks falou austera, de pé atras de sua mesa de escritório, seus cabelos eram violeta berrante, cumpridos até a cintura, a onde ela estava com as duas mãos depositadas esperando um dos três homens a sua frente lhe dar uma justificativa plausível para o que tinha acontecido. Os três amigos se olharam, e Draco deu um passo à frente. Era ora das explicações.





Capitulo 5 – Explicações






- Por onde quer que eu comece? – disse Draco de mal grado.

- Pelo começo oras! – alfinetou Tonks indicando as três poltronas, de espaldar alto e veludo azul celeste, à frente de sua mesa Tudo no escritório da mulher tinha um colorido exagerado, inclusive Tonks. Os três se sentaram e Draco tomou novamente a dianteira de narrar os acontecimentos.

- Bom... - falou ele com uma nota de irritação na voz. - Eu voltava com vocês, quando tive um pressentimento. Sei que eu não deveria, mais pensei em recolher a rosa, para analisar...

- Achou que nós não fossemos mandar as provas para o escritório de vocês? – perguntou Tonks desconfiada interrompendo Draco.

- Tonks... – interveio Harry. – Deixe que Draco termine. – Completou ele recebendo o apoio de Rony que acenava positivamente com a cabeça.

- Desculpe. – falou a mulher soltando o ar devagar, com impaciência notória, tirando as mãos da cintura, se sentando também. – Prossiga Draco.

- Tive um pressentimento. – Retomou ele. – Então fui me afastando de vocês, diminuindo os passos, e com isso voltei até a última sala, aonde tem aquele vira- tempo gigante.

- A sala Cronus. – Corrigiu Tonks.

- Isso! – Afirmou Draco enfático.

- Voltei até a sala Cronus e fiquei olhando as coisas por algum tempo. Não cheguei a tocar na rosa, parei para olhar o vira-tempo que fica no centro da sala, devo supor que é o vira-tempo de Cronus? – questionou ele. Rony e Harry se mantinham calados, Tonks afirmou meneando a cabeça, Draco continuou.

- Fiquei parado, de costas para a saída da sala, olhando o vira-tempo de Cronus. Antes que eu voltasse até a rosa e a recolhesse, senti um frio estranho na espinha, quando me virei à maçaneta girou lentamente. Conforme a porta se abriu eu agi por instinto, e pulei a esmo na abertura, foi quando cai em cima de alguém, provavelmente em cima do Camaleão. – Concluiu o loiro um tanto resumidamente.

- Só isso Draco? – Tonks inquiriu sabendo que havia mais detalhes para serem compartilhados.

Draco olhou para Harry e para Rony, então engoliu seco antes de se pronunciar novamente.

- Foi só isso, até a parte que eu pulei para o nada e cai em cima do cara! Depois disso tentei imobiliza-lo, se vocês vissem...

- Exatamente Draco! Se tivéssemos visto! Mais não vimos não é? Por que você não chamou a gente! – ralhou Rony impulsivo.

O loiro revirou os olhos, Harry fazia o mesmo. Rony sempre interrompia nos momentos mais inoportunos.

- Queria que eu fizesse o que? Te cutucasse para você gritar de susto como uma adolescente histérica e as coisas começassem a tremer e quebrar novamente? –respondeu Draco exasperado.

- Rony... Por favor, cale a boca e deixe Draco falar! Já estamos ferrados mesmo! Agora vamos ouvi-lo. Deixe para xingar depois... – falou Harry cansado como se estivesse explicando algo extremamente simples a uma criança de cinco anos.

- Draco, continue... – apoiou Tonks.

O loiro lançou a Rony seu olhar mais mortífero. O ruivo bufou indignado, mas não era o momento para se alfinetarem, isso com certeza aconteceria na seqüência do relato de Draco.

- Bem, quando achei que estava com o Camaleão ao meu controle, o desgraçado lutava para se soltar, é obvio. Debatia-se em baixo de mim, com desespero. Isso me irritou, pelo tempo que eu o detive é certo que eu tenho mais força do que ele, infelizmente o camarada é bem persistente. A coisa toda piorou muito quando o Camaleão tentou me acertar no rosto! MEU BELO E PERFEITO ROSTO! – dramatizou o loiro. - Claro que eu não ia deixar! Por sorte, segurei os punhos dele bem a tempo. Então o sujeito não conseguiu usar as mãos para me atingir. Digo sorte, por que eu não o via, era como se eu estivesse vendo através de água... Muito estranho. Provavelmente algum feitiço avançadíssimo para desiludir.

- E...? – inquiriu novamente Tonks cética.

- Tem uma outra coisa que eu achei estranho, - disse Draco de forma lenta, definindo se contava suas suposições. Por fim resolveu ser franco, como sempre e isso poderia ajudar a capturar o Camaleão mais rápido. Quem sabe? Pensou.

- Olha, não quero ser mal interpretado ok? É só uma idéia. Mas enquanto estava em cima do Camaleão, por mais que eu não o visse... Bem...

- Draco, vá direto ao ponto sim? – exigiu Harry.

- Não tenho bem certeza que o Camaleão é um bruxo. Estou mais propenso a acreditar que ele seja uma bruxa. – Disse o loiro por fim.

Essa informação causou muito surpresa em todos, inclusive em Rony.

- Você esta de brincadeira não é? - duvidou Rony. - Você não o viu como pode falar uma asneira dessas? Não vai me dizer que isso é mais uma das suas suposições idiotas!

- Não preciso ser intuitivo para crer que ele na verdade seja ela! – esbravejou Draco. - Infelizmente a impressão que eu tive sobre isso foi forte demais, eu não posso ignorar essa duvida. – Confidenciou o loiro. - Ele tinha a cintura fina demais, depois os punhos... Os punhos, muito finos, também pareciam de uma mulher! Mas não tenho como confirmar... – Draco lançou um olhar pensativo a Harry que se manteve neutro. O loiro tentava expor todos os detalhes aos outros, mas até ele duvidava se não estava ficando louco, e pior, com os sentidos avariados.

– Quando segurei os punhos dele, - continuo Draco se recordando de cada minúcia. - A pulsação era tão acelerada e forte. Ele se debatia tão afoito... Estava até tremendo! Acho que o Camaleão estava com muito medo... Não sei! Com certeza ele não contava em ser interceptado, disso eu sei... Senão estaria mais calmo. Foi pura sorte minha, e azar do sujeito eu ter caído bem em cima dele. – Enquanto Draco falava as imagens vinham reais a sua mente, como um filme se repetindo.

- Bem quando o cara passou por nós não usava mais feitiço algum para desiludir, estava de capa preta, mascara branca e capuz preto! Por isso que não vimos também quem era! – falou Harry um tanto confuso com as informações que estavam dividindo.

Rony confirmou com um meneio de cabeça e Tonks mantinha um olhar intrigado nos três homens.

- Nos continuamos brigando, sem fazer barulho algum, - detalhou Draco. – Mesmo que eu segurasse suas mãos, o camarada continuou a se debater. Os joelhos dele devem ter feito estrago nas minhas costas, por que esta doendo até agora. Como não tenho sangue de gelo perdi as estribeiras e parti para o ataque. Mirei e acertei um murro com toda força no que eu sei agora que era o rosto dele.... Ou dela eu sei lá! Foi quando o Camaleão gritou, as coisas na sala de “Poções Inomináveis” começaram a espatifar e voar para todos os lados e ele se aproveitou para me desequilibrar, levantar e me chutar com toda força na parte mais cobiçada do meu corpo! Fiquei lá no chão até Harry e Ron me acharem! – encerrou.

- Acho que depois que ele te atingiu saiu correndo e deu de cara comigo e com o Harry voltando, por que Tonks tinha acabado de sair para buscar reforços depois dos gritos! – disse Rony encaixando as peças da história.

- O Camaleão deu de cara com a gente! Harry mirou um feitiço nele, para imobilizá-lo, o feitiço chegou bem perto do peito do sujeito, em seguida voltou veloz para a nossa direção. Não sei até agora como o Camaleão repeliu o feitiço, só sei que dei um bocado de azar, já que Harry estava na minha frente e desviou rápido. Infelizmente os meus reflexos foram lentos demais, eu não consegui escapar. – Disse o ruivo com exatidão, apontando o próprio rosto com o indicador como uma criança magoada.

Draco abaixou a cabeça assumindo a culpa pelo ato do Camaleão, queria se desculpar com o amigo mais do que tudo, havia sido muito imprudente e odiava agir assim.

- Foi vacilo meu também, deveria ter atacado de novo, mas com Rony ferido eu não pensei em nada. – Justificou Harry. - Por sorte o feitiço que lancei era para nocautear o Camaleão, não foi nada para rasgar e nem explodir. Se fosse algo mais ousado Rony poderia estar morto, desfigurado, ou caolho. – Disse Harry olhando de forma acusatória para Draco.

- Nunca vi ninguém desaparecer desse jeito. – Continuou o moreno. - Somos profissionais experientes agora Tonks, posso lhe dizer que esse é o pior caso que já tivemos. Foi tão simples, ao mesmo tempo sem explicação alguma. Ainda não sei como ele conseguiu passar por nós dois.

- Do nada ele estava lá, - gesticulou Harry. - de frente para Rony e eu, e de repente, ele havia sumido. Quando me virei para procurá-lo de novo, não havia mais ninguém. Ainda procurei rapidamente por entre as estantes alguém escondido, não encontrei nada, lancei todos os feitiços que pude até no teto, mesmo assim não encontrei nenhum vestígio de alguém além de nós dois na sala. E olha que isso demorou uns dois minutos a mais no máximo, para não atingir nada e nem fazer barulho, então fomos rápidos.

- Enfim, nada do Camaleão na sala. – Completou o moreno. - Rony também fez o que podia, mesmo sem conseguir abrir o olho machucado. Em seguida fomos resgatar o cretino, eu disse cretino? Não eu quis dizer Draco, na outra sala. – Esclareceu. O loiro apenas rolou os olhos, estava ciente da sua parcela de culpa, mas a acidez na voz de Harry não estava ajudando em nada.

- Muito Bem. - Sussurrou Tonks. – Parece que ele escapou mais uma vez, e dessa vez foi à pior de todas, sim, por que foi bem entre o vão de nossos dedos! Eu voltei e contatei toda a equipe de aurores, tanto os que estavam por aqui no ministério até aqueles que estavam a trabalho na região de Londres, nesse momento estão todos fazendo buscas, tanto nas ruas quanto no ministério... Mas como já se passaram dez minutos desde o meu contato e NINGUÈM me trouxe uma indicação positiva de algo suspeito, alguém correndo, nervoso, agitado ou rastro de magia proibida, me parece que ele conseguiu mesmo escapar! – Tonks surpreendeu no tom de voz, parecia mais cansada e infeliz do que raivosa.

- A falha foi minha Tonks, - falou Draco se desculpando. - Se eu tivesse dado qualquer tipo de sinal... Quem sabe...

- Não adianta Draco. – Cortou Tonks. – Tudo isso já começou mal, e só agora é que eu tive certeza de que vai ficar muito pior. Vocês poderiam ter morrido por negligência minha, e eu jamais me perdoaria. – Ninfadora suspirou pesadamente.

A preocupação dela agravava seus traços, de algum modo a tornando mais séria, deixando seu aspecto menos leve. Nesse momento só se via em Tonks uma aparência perturbada. Era fácil deduzir, havia mais coisas de errado na captura do Camaleão do que um dos três ali em sua presença na sala podia supor.

Ela se levantou devagar contornando a mesa, caminhando na direção da janela. Era o momento de ter coragem e ser franca. O pôr do sol artificial estampado com perfeição na janela da sala da chefe dos aurores definitivamente não acompanhava o clima de tensão impregnado por todos os cantos do ministério.

Harry que até o momento se manifestou poucas vezes quebrou o silencio mínimo que havia se instalado depois das palavras de Tonks.

- O que você quer dizer Tonks? – quis saber ele. Foi estranho ver Ninfadora se transfigurar em uma figura abatida e penosa, mas seus olhos que sempre faiscam cheios de vitalidade e coragem enegreceram a ponto de contrastar com seu rosto branco cera de um piscar de olhos para outro.

- Vou precisar de muita coragem e muita força para entender a reação de vocês... Eu sempre soube, eu não devia ter escondido nada de vocês... Mas... – Rony se sobressaltou com as palavras, confuso ele franziu o cenho, mas Draco teve a reação mais rápida e sem rodeios falou:

- O que você sabe sobre tudo isso que não quis contar a nós Tonks? É grave não é?

Sem ter como encará-los ela baixou a cabeça pronta, não havia mais nenhuma alternativa para suavizar seu grande erro, e por mais que tivesse todos os motivos para acreditar que resolveria as coisas a sua maneira, ainda sim ela sabia, cometeu um erro sem volta.
- Sim. – Disse ela ainda encarando o tampo de sua mesa. - Tem muito mais coisas sobre esse caso que eu não disse a vocês...

- Tonks... Por favor! Fale logo! – protestou Rony ansioso.

- Quando chamei vocês aqui, não era somente para mostrar como o departamento de Mistérios estava de pernas para o ar. Eu pretendia contar a vocês três toda a verdade... Mas eu não previ o perigo ao qual expus vocês. Antes de aceitar o caso eu teria que ter contado...

- Então conte agora! – exigiu Harry.

- Não é tão simples como parece. – Tonks tentou explicar. – Essa história é longa... E muito desastrosa. – Draco riu-se com desdém, dos três sócios era sempre ele que esperava pelo pior de tudo e quando a auror desviou o olhar ele pressentiu que a encrenca toda estava a ponto de vir à tona.

- Estamos esperando Tonks. – disse Harry. – Se você acha que chegou o momento de contar sei lá o que, eu acho que seria melhor dizer de uma vez. Estamos ficando apreensivos com tudo isso.

A mulher voltou a encará-los por um momento. A impaciência e a curiosidade eram distintas nos três semblantes intrigados esperando por suas explicações. Por fim ela começou a dizer o que não teve coragem de admitir até então: seu insucesso diante do caso do Camaleão.

- Assim que Rufus foi exonerado de ambos os cargos, - começou Tonks. - tanto de ministro como de chefe dos aurores, Arthur assumiu como ministro, e me escolheu para chefiar o departamento. Rufus, vocês se lembram, ficou muito decepcionado quando me passou o cargo por um pedido de Arthur, depois da queda de você-sabe-quem. Eu como nova chefe do departamento estava envolvida com as novidades de liderança maior do setor. Muitas ordens, responsabilidade em dobro, o melhor café, mobília nova e muitos tapinhas nas costas de parabéns, o que significava muita inveja também. Achei que teríamos um pouco de sossego, que as coisas estavam resolvidas sem você-sabe-quem, mas já devem imaginar, errei. – Ela suspirou, enfim se sentou novamente em sua cadeira sob olhar compenetrado dos três homens a sua frente.

- Com a morte definitiva dele, - ela prosseguiu. - Outros bruxos malignos respiravam livres, sem ter que bater de frente com você-sabe-quem, pela disputa de poder. A agência de vocês três surgiu nesse período, dando inicio a uma parceria entre nós, resultando na diminuição de cinqüenta por cento de nossos criminosos mais perigosos há tanto tempo foragidos...

- Tonks, isso nos já sabemos, por favor, vá direto ao ponto. – interrompeu Harry grosseiramente.
- Por favor, é melhor que eu conte dessa forma. – respondeu a mulher pedindo paciência.

- O caso do Camaleão. – retomou Tonks a narrativa. - Teve inicio quando eu assumi o cargo de chefe. Parecia mais uma caso comum, um louco que roubava coisas e informações de nós, um maníaco que trabalhava conosco com o intuito de se dar bem, com o mesmo objetivo de sempre: Poder entre outras coisas. Bem, passaram-se mais dois anos e meio de investigação, e nenhuma identificação positiva sobre o suspeito, não tínhamos se quer, e ainda não temos alguém que se encaixe no perfil. As buscas por ele nunca cessaram, recebi varias vezes sugestões da equipe responsável, na verdade Pitter e Dreik para que vocês ficassem com o caso, mesmo assim não dei ouvidos, eu acreditava que trabalhando com os dois melhores do departamento, os meus amigos, meus braços praticamente, eu teria êxito, sem precisar meter vocês nesse caso. – Draco se moveu impaciente, queria entender o porquê de Tonks demorara a passar o caso para eles.

- A parte diplomática, de ser chefe me deixou crer que eu teria que fazer primeiro as pessoas acreditarem no trabalho de vocês três, - Dizia Tonks. - Trazendo de volta um pouco da credibilidade que o ministério perdeu quando você-sabe-quem voltou e Fugde afirmava que não. Se eu desse o caso a vocês, naquele momento, e vocês não encontrassem nada como nós, isso poderia afetar a agência também. Por mais que vocês já trabalhassem nos piores casos, eu achei que pela pouca vivência profissional nessa área vocês não teriam êxito, assim como nós, também não tivemos. E se o caso vazasse a imprensa cairia matando sobre todos novamente.

- Oh, valeu mesmo Tonks, pela confiança! – disse Rony de forma tempestuosa.

- Cale a boca Rony! – Draco disse baixo, sua voz concentrada em um sussurro extremamente contido de raiva pelos mesmos motivos que Rony.

Tonks continuou, e a cada palavra a mulher parecia diminuir cada vez mais.

- O ponto é: não entreguei o caso para vocês naquele momento por inúmeros motivos. Um deles, e eu assumo, era a minha dúvida se vocês dariam conta de achar mesmo esse criminoso, o outro infelizmente eu não posso dizer, por que é uma promessa feita a uma pessoa que amo muito que jurei não contar para mais ninguém. Por fim, já haviam se passado dois anos e pouco que eu já sabia sobre o Camaleão. Os arquivos sobre ele tinham outro pseudônimo, chamávamos o Camaleão de “O Invisível”. Na mesma época, vocês resolveram um caso bem difícil sobre um homem que esteve envolvido em uma série de assassinatos, tanto de bruxos como de trouxas. Ele usava um vira-tempo para matar as pessoas em algum momento do passado. Aquele que quase seqüestrou Arthur uma vez.

- Ah, o tal de Henry? Eu me lembro... Mas o que ele tem haver com o Camaleão? – questionou Harry.

- Bem, vocês o prenderam com êxito, - explicou Tonks. - Depois de dois meses ele morreu misteriosamente em Azkaban. Dreik e Pitter foram incumbidos de ir até a prisão por insistência dos guardas, que alegavam não saber o que dizer sobre a morte de Henry. Pois bem, fiquei muito intrigada com isso, e como fazia tempo que não colocava a mão na massa, e estava enferrujada por causa do trabalho burocrático de chefe resolvi acompanhar os dois até a prisão. Quando chegamos lá, vimos o porquê da preocupação dos guardas assim que nos deparamos com o corpo. Uma visão horrível. Alguma coisa, ou algo, sei lá, fez os ossos dele derreterem. Os órgãos viraram suco, - Tonks se arrepiou com a lembrança. - Isso me impressionou muito. Na cela, não sabia para onde eu olhava. Se era para a maneira como Henry organizava os pertences dele meticulosamente, ou se prestava atenção a uma série de diagramas complicados na parede, ou os desenhos indicando cálculos de pulo no tempo. As informações rabiscadas mostravam todas as mortes que ele tinha cometido, por que cada uma tinha um nome e uma data, que batia com nossos registros sobre os assassinatos que ele cometeu. Não havia um único lugar nas paredes que não estivesse tomada pelos cálculos e por frases sem sentido como:

“Ele voltara e vingara a morte de seu pai”

“Suas raízes movem o ódio, para uma vingança plena, a cada minuto. Angelus ruma ao poder incalculável que tanto almeja”


- Isso era impressionante, - disse ela. - Mas depois de muito, muito tempo mesmo vendo cada ponto das paredes achamos uma coisa muito significante que ligava esse homem ao nosso criminoso misterioso. Em um cantinho perto da cama escrito em outra cor, que descobrimos ser o próprio sangue de Henry, ele escreveu:

“Chega de compactuar com os meus inimigos, nessa cela imunda vou saborear os minutos contados. A Esfinge matara aqueles que não merecem seguir Angelus. Ela matara em nome da nossa incalculável lealdade!
Vocês pagarão com o a vida a traição há Grindelwald!”

“Deixo para aquela que me é fiel o meu mais puro ódio, que lhe sirva de alimento, a mão minha que nunca me abandonou se encarregara de proporcionar dor inconcebível ao ser mais podre que já existiu. Eis que de todos a Esfinge punira com maior empenho a besta impura que cegou Angelus com seus brinquedinhos do ministério.

Os outros sofrerão, mas aquele que assina com a rosa sofrera até o último suspiro, todo o horror que existem em mim. O Camaleão do ministério pagara sua indignidade, e seu sangue derramado pela Esfinge, lavara a minha alma e a gloria será em nome de Grindelwald!”


- Abaixo dos rabiscos havia outros cálculos, três para ser mais exata. – Explicava Tonks. - Com mais desenhos. Existiam três pseudônimos: Testrálio, Acromulata, e Camaleão. Desse jeito descobrimos por que o Camaleão é o envolvido mais perigoso. Por que Testrálio, Acromulata são duas pessoas que morreram, e nós as identificamos. Dois búlgaros em missão, na captura de Angelus Grindelwald, o filho. Os agentes são: Kresna Gully e Lyaskovets Peak.

Kresna era Acromulata, e Lyaskovets o Testrálio. A mulher e o homem eram da primeira equipe de aurores búlgaros, e pelo que eu sei se infiltraram entre os seguidores de Grindelwald na tentativa de pegá-lo.

O parceiro deles, Kuzman Knoll, morreu um ano antes, provavelmente a mando de Angelus. – Confidenciou Tonks. – Descobrimos que Kresna Gully e Lyaskovets Peak, Eram Testrálio e Acromulata por meio do ministério búlgaro, que compartilhou da informação na esperança de que nós soubéssemos quem era o Camaleão. Até então eles sabiam que os dois aurores tinham conseguido se infiltrar por intermédio de um agente duplo, mais eles nunca ficaram sabendo da identidade dele, só sabiam que ele, ou ela era denominado, Camaleão.

- Céus! É por isso que não descobrimos quase nada a respeito de Kresna Gully, Lyaskovets Peak, por que eles trabalhavam para o ministério búlgaro, e como eram aurores, e deviam ser dos bons, tinham suas identidades protegidas como as nossas! Devíamos ter desconfiado que duas pessoas que “pareciam” ser comuns nos arquivos do caso tinham um envolvimento maior... Não poderia ser mesmo simples cidadões, isso nunca fez sentido. – disse Draco.

- Exatamente. – concordou Tonks em um sussurro cansado.

- Quando a morte deles aconteceu, - continuou a auror. - Um dia depois da morte de Henry, o Camaleão já deixava as rosas nas cenas dos crimes. Não tínhamos contato com o ministério búlgaro a respeito desse caso ainda, o nosso trabalho sempre fora em conjunto na tentativa de localizar Angelus, filho do outro Grindelwald, aquele que foi morto e derrotado por Alvo Dumbledore. Os búlgaros e nós acreditamos que as barbaridades que estão ocorrendo em Sófia, a capital da Bulgária, e aos arredores de Macedónia seja da responsabilidade dele. Há uma movimentação estranha acontecendo, algo grande, que não partilhamos com vocês por ser um assunto sigiloso, com proteção de todos os ministérios.

- Na verdade Angelus se movimenta pelo pais todo, mas os indícios mais evidentes são nesses locais. Após as mortes dos dois aurores, o ministério búlgaro entrou em contato conosco quase imediatamente. Eles temem assim como nós que uma nova tentativa de seqüestrar Arthur seja feita. E dessa vez pelo Camaleão, a mando de Angelus, que esta de olho e de alguma forma vem se apoderando de nossos segredos. Cremos que Arthur corre risco. Por que sendo seqüestrado, ele, com o cargo que ocupa, poderia entregar o ministério para Ângelus que... – Tonks enquanto falava analisava o rosto de cada um, então com clareza viu a expressão de susto no rosto dos três. - Ao que tudo indica. – Ela forçou-se a continuar. – Ele pretende iniciar uma nova era, aonde a arte das trevas será a lei. Nosso ministério tem o departamento de defesa mais forte do continente, sem contar que nosso departamento de mistérios lidera as mais valiosas pesquisas sobre feitiços em desenvolvimento, e segredos ligados a longevidade e magia avançada. Por isso que redobramos a segurança do ministro, e mais cuidados foram implantados até sem o consentimento de Arthur. Eu mesmo me responsabilizei, e como chefe venho me encarregando desse assunto pessoalmente.

- Como vocês leram nos arquivos que eu compartilhei, os dois aurores foram brutalmente assassinados, Kresna Gully, Lyaskovets Peak. E depois disso a esperança de saber mais sobre os passos de Grindelwald, o filho... Tornaram-se uma completa incógnita. Kuzman Knoll fazia parte da mesma equipe que os assassinados pelo Camaleão. Acromulata, Trestálio e Kuzman Formavam uma equipe e tanto, e trabalhavam sem descanso na captura de Angelus Grindelwald. Mesmo fora da jurisdição búlgara, por que os assassinatos ocorreram aqui em Londres, eles querem se meter no caso para confirmar se o autor do crime foi realmente o Camaleão, ou se foi o Camaleão e a Esfinge. De qualquer jeito, acreditam que desse jeito vão chegar até Grindelwald, e evitar uma nova guerra. – O olhar de Tonks era cada vez mais suplicante diante dos olhos raivosos e aterrorizados de surpresa de Draco, Harry e Rony.


- Outra coisa, - complementou ela. – Sabemos sobre essa tal de Esfinge tanto quanto sabemos sobre o Camaleão, ou seja: Absolutamente nada. – Tonks suspirou depois de tanto tempo falando sem descanso.

- Gue-gue-rrraaaa? - apavorou-se Rony ao perguntar incrédulo, lembrando do rosto dos seus filhos sorrindo para ele.

- Sim. – Confirmou ela temendo pela pior parte do seu erro, ocultar o risco eminente de uma suposta guerra. - Os Búlgaros acreditam em uma nova guerra.
Não sabem ao certo o que Angelus vem tramando durante anos, muitos assassinatos seqüenciais, pessoas começaram a desaparecer na Bulgária e nos arredores. Recentemente, ligamos uma série de assassinatos que aconteceram aqui em Londres, as pessoas que supostamente o seguem. Não temos como provar nada, e por isso acho que não devemos escancarar o assunto sobre ele por ai. A maneira com que ele age, demonstra muito mais frieza e astucia do que Voldemort, por que não tem obsessão por nenhum bebê ou garoto, como Voldemort tinha por você Harry. – Disse a auror encarando o moreno de olhos verdes com os sulcos do rosto fundos demonstrando a raiva que trepidava dentro dele.

- Após a morte dos aurores búlgaros, - continuou a mulher. - Ocorreram mais roubos, perdemos mais informações, alguns artefatos, mas não ocorreu mais nenhuma morte. Eu não contava com o ministério búlgaro no nosso encalço. Eles começaram a pressionar, não cooperando tanto, e pelo que puder ver até agora, os métodos deles são mais ortodoxos do que os nossos, o que não facilita em nada. Infelizmente com a gana de vingança eles pretendem fazer o maior alarde possível, e isso não nos ajuda, só atrapalha o nosso trabalho. Estão me pressionando cada vez mais esses últimos meses, exigindo a posse do caso, por isso que acabei metendo vocês nisso tudo como minha última esperança.

- Eu me impus e estou me impondo até agora, por que se o caso passar para eles as conseqüências serão piores. Se colocarem a boca no mundo, o Camaleão sumira, ou pior. Por isso retardei a participação deles em tudo isso. Quando o caso passar para as mãos búlgaras, eu estou frita, além de demitida vou ficar em maus lençóis, colocando Arthur em uma enrascada também, por que ele não esta a par de tudo, ele sabe só a parte que liga Angelus a sua tentativa de seqüestro, que quase resultou na morte de Pitter, um tempo antes de vocês prenderam Henry. – A metamórfica alisou os cabelos com as mãos trêmulas, sem coragem ela prosseguiu. - Consegui um prazo com os búlgaros depois das mortes dos aurores. Se não houvesse mais nenhuma morte direta do pessoal do ministério deles, eu teria três anos, e nem mais um dia para achar e prender o Camaleão, já se passaram dois anos e meio, e eles já estão sem paciência. Se não pegarmos esse sujeito logo, teremos mais alarde do que quando você-sabe-quem deu as caras!


- Nossa! Que confortante! Então temos seis meses para capturar o Camaleão se não vamos ter sérios problemas, além de sermos tachados de incompetentes? – disse Rony finalmente. Mas sua voz roca não continha nem uma pitada de misericórdia, ao contrario, estaca impregnada de sarcasticamente.

- Temos no máximo seis meses. - Corrigiu Tonks.

- Puta Merda! – falou Harry com a voz alterada de raiva. – Tonks como pode passar o caso para nós sem nos dizer nada disso? E quando achou que seria necessário nos dizer essa pequena informaçãozinha?

- O que acha que deveríamos fazer com você agora Tonks? – perguntou Draco. – O que você fez não tem explicação! Achei que a maior cagada do século foi do Fugde, escondendo o jogo sobre Voldemort, mas me enganei... Por que se você não fez o mesmo, veja só, fez pior! – Gritou o loiro.

- Draco. – pediu Harry. – Isso é perda de tempo.

- Ah Harry! Vá se danar! Só eu entendi o que eu entendi? Ou vocês dois tem titica de hipogrifo na cabeça? Ela ferrou com tudo! E ainda nos arrastou! Quer que eu faça o que? Bata palmas? De uma festa? Melhor! Vamos colocar um outdoor com os dizeres:

“Querido Camaleão! pode se entregar a nós, por favor? Antes que Angelus Grindewald com a sua ajuda comece uma guerra? Atenciosamente, os imbecis que te procuram! PS: Por acaso pode nos apresentar a sua amiga? A Esfinge?”



E se não bastasse Draco não parou de destilar a sua raiva, e sua acidez chegava a ser mórbida.

- Eu tenho vontade de rir! – bradava o loiro. - Ah, sem esquecer de um pequeno detalhe não é! O ministro, PAI, do meu amigo aqui, por que não posso dizer nosso amigo não é Tonks? O ministro dessa bodega aqui, onde você recebe para deixar seu traseiro inerte! Ainda corre risco de ser morto, seqüestrado, torturado... Ou sabe-se lá Merlin o que! Toda essa situação se estendeu, e tudo por que você teve orgulho demais e estragou com tudo. Nas condições que estamos agora só quero encontrar a primeira parede e meter a minha cabeça contra ela! – Draco resfolegou ao ver a primeira lágrima de Tonks manchar o rosto derrotado dela o loiro se sentiu mais insultado. - Se burrice pega Tonks, - disse ele. - Por favor... Fique longe de mim!

A mulher mantinha os olhos focados assustados nos três homens a sua frente, sabia que era completamente compreensível a fúria deles, ela se preparou para aquele momento, só não imaginava que seria tão doloroso quanto estava sendo.

Rony entre os três se sentiu o mais prejudicado de todos pela proximidade da auror com os seus familiares por longos anos, e principalmente por temer pela vida de sua família com Hermione e pela vida de seus irmãos e pais.

- Minha família Tonks? Você bebeu? TENHO TRÊS FILHOS E UMA ESPOSA! E o meu Pai! SEU AMIGO TONKS! O CARA QUE TE DEU ESSA MERDA DE CADEIRA! Pensou nele? Acho que não! Só no seu umbiguinho maravilhosamente treinado todos esses cinco anos para dar ordens! Se não fosse pela consideração que eu tenho por você, alias, tinha, te faria um olho roxo igual ao meu! Mais nem isso você merece.... – gritou Rony magoado.

- Bem, é só isso? Por que se estamos mesmo ferrados, não vou ficar ai gritando com isso... – disse Harry com desprezo apontando para Tonks. – Precisamos nos adiantar, suponho que não tenha nos escondido mais nada não é? – questionou o moreno.

Tonks não se movia. As lágrimas que beiravam seus olhos, afoitas para se precipitarem tremiam em suas pupilas tristes, uma segunda lágrima rolou mais grossa que a anterior como um pressagio de sua dor. Como uma estátua ela se concentrou em contemplar praticamente em choque Draco, Harry e Rony.

- Ótimo! – disse Harry frio e contido. – Você botou a única família que eu conheço em risco, para mim já basta de explicações furadas, motivos sem sentido e toda a estupidez que você cometeu. Isso significa que para mim você não é mais nada, além de alguém que me causa pena! – conclui Harry, e seus olhos estavam cheios de decepção. A mesa de Tonks voou pela sala colidindo com toda força na janela falsa, enfeitiçada para irradiar o pôr do sol artificial.

Harry se levantou e virou para sair da frente da auror, controlando a raiva para não explodir mais nada na sala. Rony caminhou até os destroços da mesa, pegando do chão uma plaqueta que tinha entalhado os seguintes dizeres:

“Para minha amiga e agora chefe, uma pessoa que eu estimo como filha, Ninfadora Tonks! Conto com você para ser o meu braço direito hoje e sempre! Atenciosamente, Arthur Weasley. Primeiro Ministro.”



- Toma, - disse Rony à mulher catatônica. – Você vai precisar olhar bem para isso, para se lembrar onde esqueceu a sua dignidade!

- De todas as coisas que você poderia fazer, tinha mesmo que mentir para nós Tonks? Não consigo imaginar o que é trair as pessoas que amamos, e você o fez, e o fez muito bem, espero que não consiga dormir sem pensar nisso. - Draco lançou seu último olhar inflamado a mulher antes de sair da sala, após Harry.

Assim que Rony fechou a porta atras de si escutou Tonks soltar um grito desesperado, e soluçar com força enquanto chorava sonoramente por remorso.

Os três seguiram sem dizer uma só palavra, lado a lado até a lareira do saguão do ministério.

- Que dia de cão! – Harry chutou a lateral da lareira bravo com tudo que acabara de ouvir, sentindo-se apunhalado como os seus amigos.

- É... Acho que depois de hoje, Tonks não vai mais aparecer na Toca para o jantar não é? – disse o ruivo triste.

- Se ela tiver alguma decência, vai se manter longe. Se eu fosse Tonks nesse momento, estaria com a cabeça dentro de uma pia cheia de água tentando me afogar nela. – Respondeu Draco.

- É melhor irmos. – Cortou Rony. – Preciso me preparar para o jantar, e com toda essa confusão, e esse olho roxo na minha cara Hermione vai ter um enfarte se me atrasar para chegar em casa.

- Concordo. –Respondeu Harry. - Vou para casa e amanhã vamos nos concentrar nesse caso. Logo cedo vou conversar com Pitter e Dreik, para saber mais sobre o lance da prisão e passar o andamento dos outros casos para eles. Temos que nos concentrar em Angelus, na Esfinge e principalmente no Camaleão.

Draco instintivamente enfiou a mão no bolso da veste e seu rosto empalideceu um décimo quando voltou a encarar Harry e Rony.

- Merlin... O que foi agora? – quis saber Rony. O loiro deu um passo para trás respirou com força e disse:

- Minha varinha! A desgraçada levou a minha varinha! – Harry passou as mãos pelos cabelos espetados, chutando a borda da lareira novamente exasperado.

- Agora sabemos que a varinha que me causou esse olho roxo era a de Draco! – disse Rony com sarcasmo. – Mas não esquenta meu camarada! O que é um peido molhado para quem já esta cagado?

- É melhor você ir embora Rony, antes que eu te cause mais um hematoma. – Ameaçou o loiro.

- Que medo! Vai fazer o que Draco... Lançar um feitiço em mim? Oh... Mas cadê a sua varinha para fazer isso? – Quando Draco abriu a boca para protestar Harry interviu.

- Hey... Se vocês dois vão começar a brigar me avisa com antecedência, não trouxe a pipoca para assistir ao espetáculo.

Rony fechou a cara, e se possível Draco fez o mesmo de maneira ainda pior. Como duas crianças mimadas eles se despediram secamente e entram na lareira.

Harry fez o mesmo por último, pensando em todo o assunto que havia se desenrolado sem desatar na sala de Tonks. E com todas as informações que conseguira absorver uma dúvida sobre um detalhe crucial e imperceptível não havia lhe escapado. Quando chegou em seu deprimente apartamento as palavras ainda ecoavam na cabeça dele:

“O ponto é: não entreguei o caso para vocês naquele momento por inúmeros motivos. Um deles, e eu assumo, era a minha dúvida se vocês dariam conta de achar mesmo esse criminoso, o outro infelizmente eu não posso dizer, por que é uma promessa feita a uma pessoa que amo muito que jurei não contar para mais ninguém...”



Tivera que ser duro com a amiga metamórfica dizendo tudo aquilo. E pelo olhar dela ela esperava toda essa reação e um pouco mais dele de Rony e de Draco.

Mais sua intuição lhe dizia que Tonks tinha mais motivos para negligenciar o caso do que conformidade com as regalias de chefe. Se mais alguém sabia de outros motivos ele também descobriria, e rápido, só esperava não ter sido duro demais a ponto de Tonks fazer mais uma besteira.

Se lembrando do rosto da mulher da penúltima vez que há viu o moreno percebeu que não foi de repente que a auror chefe estava abatida, isso era de tempos, e provavelmente o remorso por tê-los metido em encrenca sem ser totalmente sincera só vinha somar aos seus problemas.

Analisando com mais calma o comportamento muito diferente da metamórfica Harry teve uma súbita certeza: Tonks estava com problemas mais graves, o que poderia significar duas coisas: Remus Lupin e seus erros no trabalho.




Continua...





N/A: Troquei a capa, mas não consegui colocar o poema em cima, por isso coloquei no começo do capitulo. Espero que tenham gostado, é de minha autoria também.

Como explicação pessoal, pela demora do capitulo só posso dizer que tem coisas demais acontecendo na minha vida. Fico aliviada que uma grande parcela dessas novidades sejam boas. Infelizmente, o tempo não me da tréguas, entre inúmeras coisas que preciso fazer, ver, ler e rever, aprender, substituir e ganhar.. etc, etc e tal, por dia, a fic vai por si só envelhecendo sem meu consentimento.

Jamais vou desistir, podem ter certeza. Por isso, peço paciência ok?

Agradecimentos: Mike Magid, Prika Potter, Cláudio Souza, Tucca Potter, Carol Potter, Maria Lucinda Carvalho de Oliveira. Agradeço também aqueles que votaram e aqueles que somente leram.



Master Agradecimentos:

Felipe Vieira: Fê, sorry. Sei que prometi muito mais rapidez no capitulo, e falhei miseravelmente de novo. Precisei sumir, e foi muito de repente. Logo mais estou de volta, e espero bater muito papo com você no msn... quero saber das novis! Beijocas.

MarciaM: Tem certeza que é só minha amiga e beta? Estou começando a achar que você também é o meu anjo da guarda além de cúmplice, psicóloga e uma porção de outras coisas boas. Muito obrigado mesmo miga, te adoro. Beijocas e nunca se esqueça: “LOUCAS SIM, PANACAS NUNCA!”


Até a próxima e muito obrigado.

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