O Cavaleiro de Armadura Brilha



Cap 2.

- Nos realmente temos que ver outra igreja?? – lamentou-se Glória – Estou farta de igrejas. ELA não poderia encontrar algo melhor para vermos??
- Disseram a ELA, que buscasse lugares históricos. – replicou Lily, mais alto do que deveria.
- Não vi nada de mais no comentário de Muffin, e não vejo razão para se irritar. Estou começando a me arrepender de ter te trazido.
- Me trazido?? – disse Lily, mais ele se distanciou para abraçar Glória . – Estou pagando minha parte!! – murmurou para o nada.
Evans não entrou na Igreja com Snape e companhia. Em lugar disso, permaneceu do lado de fora, caminhando pelo cemitério, observando distraída as antigas tumbas. Tinha que tomar algumas decisões sérias e desejava tempo pra pensar.
Devia ficar, e se cuidar para não estrangular Glória e seu querido Dady, ou deveria partir?? Se fosse embora, sabia que Severus nunca a perdoaria, e todo seu tempo e esforço que havia investido nele, teriam sido em vão.
- Hi!!
Se assustou ao ver Glória parada bem atrás dela. Sua pulseira de diamantes refletia a luz do sol.
- Que?? – perguntou sem muita educação, ou melhor, sem nenhuma educação.
- Você me odeia?? – respondeu, Glória crispando o lábio inferior.
Lily suspirou:
- Eu não te odeio. Porque não está la dentro com seu Papi, olhando a igreja??
- Estou entediada. Essa blusa é muito bonita, parece cara. Ganhou da sua família rica??
Observou a garota, deu a volta e começou a andar.
- Espera!! – Gritou Glória . – Aiii!!
Liliy olhou por sobre o ombro, e um sorriso surgiu em sua face. Acabara de ver uma cena que gostaria de ter provocado, Goria estava estirada junto a uma lápide de superfície áspera, parecendo um filhote de baleia encalhado.
Suspirando, voltou para ajuda-la , e para sua consternação a menina começou a chorar, não gostava de ver ninguém chorando, ainda mais uma criança, e apesar de não poder abraça-la, por motivos óbvios, lhe deu umas palmadinhas no ombro. O braço dela estava machucado no lugar que tinha batido na pedra.
- Não pode estar doendo tanto, coloca sua pulseira nova nesse braço que eu aposto que a dor vai acabar. – Lily falou.
- Não é isso. – respondeu Glória . – É que você me odeia. Dady me disse que você achava que a minha pulseira ia ser um anel de compromisso.
Evans retirou sua mão do ombro da menina, e enrijeceu-se.
- O que o fez pensar assim??
Glória a olhou com o canto dos olhos.
- Ah, ele sabe de tudo. Sabe que você acreditava que a surpresa seria um pedido de casamento e que pensava que o cheque para a joalheria era para um anel de compromisso. Papai e eu rimos muito disso!
Lily estava tão rígida que seu corpo começou a tremer.
A menina sorriu maliciosamente.
- Papi disse que você é um verdadeiro incomodo, sempre rondando, e o olhando com olhos de vaca. Papai disse que se não fosse tão...er... tão... boa na... ah você deve saber onde, já teria se livrado de você!
Nesse momento, Lily esbofeteou a cara gorda e presunçosa a sua frente.
Severus saiu da igreja justo a tempo de ver o tapa. Glória correu chorando para os braços de seu pai.
- Me bateu sem parar. – gritou – e machucou meu braço.
- Por Deus, Lily!! – lhe disse Snape, horrorizado. – Não posso acreditar que fez isso. Bater em uma criança.
- Criança!!!! Já estou farta dessa criança!!! Já estou farta da forma que você a mima!!! Já estou farta da forma que me tratam.
Ele a olhou fixamente.
- Nos fomos amáveis e prestativos durante a viajem inteira, enquanto você foi ciumenta e rancorosa. Nós nos desviamos do nosso caminho para te satisfazer.
- Não fez nenhum esforço para me satisfazer, tudo foi por Glória . – seus olhos se encheram de lágrimas. – Vocês riram de mim pelas costas.
- Agora está imaginando. Já que não é feliz conosco, deve ficar melhor sem a nossa companhia. – deu a volta, com Glória abraçada de lado, e se dirigiu ao carro.
- Sim, quero ir pra casa!! – replicou Lily, e se inclinou para recolher sua bolsa. Não estava ali. Olhou atrás de algumas lápides mais não havia nem sinal dela.
Levantou a vista quando ouviu que um automóvel estava sendo ligado. Severus estava arrancando o carro!!
Tentou alcança-los mais o automóvel já se distanciava. Observou horrorizada como Glória colocava a mão pra fora da janela com sua bolsa entre seus dedos gordos.
Correu atrás deles por um momento, mais desapareceram rapidamente de sua vista. Assustada e surpreendida, caminhou de volta para a igreja.
Se encontrava em um país estranho, sem dinheiro, sem cartões de crédito e nem passaporte. Mais o pior de tudo era que o homem que amava tanto,a havia abandonado.
A pesada porta de mogno da igreja estava aberta, e entrou. O interior estava frio, úmido e escuro, as altas paredes de pedra deixavam o lugar com uma sensação de calma imponente.
Tinha que pensar sobre isso, tinha que considerar tudo antes de tomar uma decisão. Chamaria seu pai, recobraria o domínio de si mesma e lhe pediria que a enviasse dinheiro; teria que explicar que sua filha mais nova havia falhado outra vez em algo, que nem sequer podia sair de férias sem arranjar problemas.
Seus olhos se encheram de água ao pensar no que diria Petúnia, sua irmã mais velha: “ E agora, qual foi a grande proeza que a nossa pequena e atarantada Lily realizou?? “ Severus havia sido o motivo para que sua família se sentisse orgulhosa dela. Ele não era como os outros homens malucos que sempre havia saído; era tão respeitável, tão conveniente, mais o tinha perdido. Quem sabe se houvesse controlado seu temperamento com Glória...
Os olhos já não puderam conter as lágrimas quando olhou para o fim da igreja. O sol penetravam pelas antigas janelas de vidro que se encontravam sobre sua cabeça, e seus raios iluminavam a tumba de mármore branco que se encontrava ao lado esquerdo do altar. Caminhou até ali. Na parte superior da tumba havia uma escultura, também de mármore branco, do corpo inteiro de um homem, que usava uma armadura e antigas calças curtas.
- James Stafford – leu em voz alta – conde de Thornwyck.
Estava cumprimentando-se pela forma com que estava se comportando, apesar das circunstancias, quando de repente a realidade a golpeou, e caiu ajoelhada, com as mãos na tumba e a face contra o mármore frio.
Começou a chorar desesperadamente, dês de o mais profundo do seu der. Se sentia uma fracassada, total e absoluta fracassada. Seu pai a havia tirado de centenas de apuros. Do “garoto” de que ela se apaixonou quando tinha dezesseis anos e ele vinte e cinco e de brinde, uma ficha extensa na polícia. Terminaram quando foi detido por um grande roubo. Ahh, também teve o pastor que namorou aos vinte, que utilizava os fundos da igreja para jogar dados em Las Vegas. A lista da a impressão de ser interminável. Severus parecia tão diferente, tão respeitável, mais não havia sido capaz de conservar o relacionamento.
- O que há de errado comigo?? – gritou aos soluços.
Através de suas lágrimas olhou o rosto do homem da tumba. Na idade media os casamentos eram arranjados. Pensando nisso, se lembrou de quando tinha vinte e dois anos, e havia encontrado seu último amor, antes de Snape, um corretor da bolsa, este foi preso por utilizar informações reservadas em seus negócios; então correu aos braços de seu pai e pediu que lhe elege-se um marido.
Henry Evans riu.
- O seu problema, querida, é que ama somente a homens que precisam demasiado de você. Deve encontrar alguém que apenas a ame.
Ela se queixou:
- Certamente!!! Um cavaleiro de armadura brilhante que desça de seu cavalo branco e me ame, tanto que me leve para seu castelo, onde viveremos felizes para sempre.
- Algo parecido. Lily, a armadura está bem, mais se usar uma jaqueta de coro preta, esteja em uma moto, ou receba ligações telefônicas na calada da noite, fuja!! Corra o mais rápido que puder!! Ok??
Chorava com mais força, quando de lembrava dos tempos que teve que pedir ajuda a sua família. E agora deveria rogar-lhes mais uma vez, e admitir que havia se comportado igual uma tonta com um homem inapropriado.
- Me ajude!! – murmurou, colocando sua mão sobre a da estátua de mármore. – Ajude me a encontrar meu cavaleiro de armadura brilhante. Ajude-me a encontrar um homem que me ame.
Se sentou sobre os joelhos e, com as mãos sobre rosto, voltou a chorar copiosamente.
Depois de um bom tempo, se deu conta de que alguém se encontrava perto dela. Virou a cabeça e o brilho ofuscante do metal, a atingiu de tal maneira que caiu sentada sobre o piso de pedra, levantando as mãos para proteger os olhos.
Um homem estava de pé frente a ela. Um homem que parecia usar uma... armadura.
Permaneceu quieto, observando-a tontamente. Ela o mirava surpreendida, com a boca aberta. Era um homem extraordinariamente bonito, e levava o disfarce mais autentico que jamais havia visto. Tinha um pequeno colarinho ao redor do pescoço e uma armadura até a cintura. “Mais que armadura!!!” Parecia feita de prata e tinha fileiras com desenhos de flores gravadas, com incrustações de metal dourado. Dês da cintura até o joelho, onde era amarrada com uma fita dourada, usava uma espécie de calça curta inflada. E nas pernas, muito musculosas por sinal, usava um tecido prateado que deixava os tornozelos a mostra. Calçava sapatos antigos, como que feitos de pano.
- Bem, bruxa. – lhe disse com voz de barítono. – você me invocou, o que quer de mim??
- Bruxa?? – respondeu soluçando.
Retirando um lenço das calças, a entregou. Lily limpou o nariz ruidosamente.
- Meus inimigos a contrataram?? Voltaram a confabular contra mim?? Sou tão alto que não alcançam minha cabeça sozinhos e precisam de uma feiticeira?? Ponha-se de pé, senhora, e explique-se.
“Esplêndido, mais não estava com um cavalo!!” pensou ela.
- Escute, não sei do que você esta falando. – levantou-se – Agora se me desculpa...
Não disse mais nada, pois ele tirou uma espada gigantesca e colocou a ponta afiada na garganta dela.
- Anule seu feitiço, bruxa. Quero voltar!!!
Era muito pra Lily, primeiro Severus e seu filhote de paca mentiroso, agora esse Hamlet louco. Mais uma vez começou a chorar e se apoiou contra a fria parede de pedra.
- maldição!! – murmurou o homem, e logo a levantou e a levou até um banco da igreja.
Parecia que não podia parar de chorar.
- Este foi o pior dia da minha vida. – se lamentou. O cavaleiro a observava com as sombrancelhas contraídas, como alguém saído de um filme de Bette Davis. – Sinto muito. Geralmente não choro tanto, mais fui abandonada pelo homem que amo e atacada pela ponta de uma espada, tudo no mesmo dia, acho que me superei!! – Ela olhou para o lenço. Era muito grande e as beiradas continhas tirinhas de seda. – Que lindo!!
- Não há tempo para frivolidades. Minha alma esta em perigo e a sua também. Repito: anule o seu feitiço.
Finalmente Lily estava se recuperando.
- Não tenho a menor idéia do que você está falando. Eu estava chorando tranqüilamente sozinha, quando você, e esse absurdo traje chegaram aqui, e começou a gritar com a minha pobre pessoa. Tenho muita vontade de chamar a polícia ou o que quer que exista aqui, nos campos, da Inglaterra. É legal você andar com uma espada por ai???
- Legal?? – respondeu o homem, olhando para seu braço.- É um relógio, isso que você tem no braço?? E que tipo de vestimenta é essa??
- Por suposto que é um relógio. E estas são minhas roupas para viajar a Inglaterra. Conservadoras. Nem calças jeans nem camisetas. Uma bonita blusa e uma bonita saia. O tipo de roupa da Miss Marple.
A observava com o cenho arqueado.
- Falas de maneira estranha. Que classe de feiticeira és??
Lily agitou a mão com desesperação, e logo se pos de pé. Ele era muito mais alto que ela. Tinha o cabelo negro e apesar de estar bastante bagunçado, era visível que com um bom pente e um profissional descente, poderia-se fazer maravilhas com aquele cabelo, que era liso e chegava até o maxilar.
- Não sou uma bruxa e não sou parte de um drama isabelino. Eu vou embora agora, e se tentar algo engraçado com a sua espada, gritarei até que todos os vidros dessa igreja estejam quebrados. Aqui está seu lenço. Lamento que esteja tão molhado e agradeço o empréstimo. Adeus, e espero que sua peça obtenha boas críticas!! – deu as costas e saiu da igreja.
- Pelo menos, nada pior pode me acontecer!! Não, depois disso. – murmurou enquanto se distanciava.
Na esquina tinha uma cabine telefônica, que era vista dês da porta da igreja. Deveria estar cedo em Maine.
Petúnia, sonolenta, atendeu o telefone.
“Justo ela!”, pensou Lily. Preferia falar com qualquer outra pessoa no mundo do que com sua irmã maior.
- Lily, é você?? – pergunto Petúnia. – Tudo bem?? Não está com problemas de novo, verdade??
Lily apertou os dentes.
- Óbvio que não. Papai ou mamãe estão em casa?? – “ou algum mendigo da rua?”, pensou contrafeita. Qualquer um menos a perfeita Petty.
- Não, foram para as montanhas. Estou cuidando da casa e redigindo um trabalho.
- Pensa que vai ganhar o Premio Nobel??
Petúnia fez uma pausa.
- Muito bem Lily, o que aconteceu?? Seu cirurgião a abandonou em algum lugar??
Lily riu.
- Petty, você é tão divertida. Severus, Glória e eu estamos desfrutando muito, se quer saber. Temos muitas coisas para ver e fazer. Está manhã vimos uma peça medieval. Os atores beiravam a realidade.
Novamente sua irmã fez uma pausa.
- Lily, está mentindo. Te conheço e percebo mesmo através do telefone. Que foi?? Precisa de dinheiro??
Se esforçou para não dizer que sim.
Na sua família adoravam contar o que chama de histórias de Lily. Como por exemplo, a vez em que ficou trancada, pelo lado de fora, do quarto do hotel, coberta apenas por uma toalha. Ou então sobre a ocasião, que foi ao banco depositar um cheque, e acabou como testemunha de um assalto em que os ladrões estavam armados com pistolas de brinquedo.
Agora, imagine os risos de Petúnia quando contasse a todos os primos e primas Evans, quando a pequena Lily viajou a Inglaterra, e foi abandonada na igreja, sem dinheiro, e como foi atacada por uma ator shakesperiano.
- Não, não preciso de dinheiro. – respondeu. – Só queria dizer oi, espero que termine seu trabalho. Nos vemos.
- Lily...- disse Petúnia, mais sua irmã já tinha desligado.
Lily se recostou contra a cabine. As lagrimas rolavam outra vez.
Tinha o orgulho dos Evans, mais precisava de razões para se sentir orgulhosa. Tinha três irmãs mais velhas que eram modelos de êxito. Petúnia, editora chefe e apresentadora do noticiário vespertino; Catherine, química investigadora; e Anne, advogada criminalista. Lily parecia ser o faça-me-rir dos Evans, uma fonte de hilaridade interminável entre os familiares.
Enquanto estava ali apoiada, com os olhos cheios de lágrimas, viu o homem vestido de cavaleiro sair da igreja, e caminhar pela pequena estradinha de pedra, que conduzia ao portão. Observava as antigas lápides sem muito interesse, e logo estava fora do portão.
Pela ruazinha, se aproximava um dos pequenos ônibus ingleses, como sempre a setenta quilômetros por hora, pelo lado contrário da estrada.
Lily ficou de pé. De alguma maneira, soube instintivamente que o homem ia atravessar na frente do ônibus. Começou a correr. Quando pegou impulso, o vigário, que saía da parte traseira da igreja, viu o que acontecia e também começou a correr.




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