Não Posso



Chapter IV – Não Posso

I’d Do Anything

Simple Plan

Haviam-se passado dois anos desde o episódio no Três Vassouras, o último encontro entre os dois. E agora Hermione estava voltando apenas para ver o casamento do homem que mais amava. Gina estava feliz. E daí que ela própria chorava tanto a cada noite que parecia morrer afogada nas próprias lágrimas? Não era importante. Era segredo.

Another day is going by
Outro dia está passando
I’m thinking about you all the time
Estou pensando em você o tempo todo
But you’re out there
Mas você não está aqui
And I’m here waiting
E eu estou aqui esperando

Harry puxou a foto da mesa de cabeceira. Ia se casar. Por Merlin, Morgana, Morgause, Dumbledore e todos os seres mágicos do Lago de Avalon, ele ia se casar com uma mulher sendo que a sua cabeça pairara durante três anos em outra! Tapou os olhos com as mãos, afastando-as em seguida, num gesto profundo de puro desespero. E se, na hora de dizer “sim”, ele resolvesse se revoltar, acabar com tudo e ir para Paris atrás de Hermione? Sua cabeça andava tão revolvida e revoltada que ele sabia ser bem capaz de fazer algo assim.

Ergueu-se e colocou o porta-retrato de volta sobre o móvel. Tinha seis horas até o casamento. Entrou no banheiro e tomou um banho demorado. Recebera folga do trabalho e fazia questão de aproveitar suas últimas horas de homem não-casado – porque solteiro ele não era havia mais de cinco anos – como nunca aproveitara um dia na vida. O primeiro item da lista era tomar whisky de fogo até não conseguir distingüir azul de verde. Esse, no entanto – e ele ainda estava querendo se matar por aquilo – ele fizera na noite anterior. Não sabia de nada do que acontecera entre a sexta garrafa e ele deitar na cama.

O segundo item ele já riscara da lista havia meses: encontrar Hermione, confessar que a amava e pedir desculpas. Quem sabe, repetir o incidente do banheiro. Mas ele já riscara. Não era como se fosse uma página virada. Verdadeiramente, a página continuava ali, intacta, imóvel, longa, escrita, mas mal-acabada, com grandes manchas de tinta negra apagando palavras marcantes. Fundamentais. Harry pensara em terminar a história. Fechar o livro. Queimar as outras páginas. Mas quem conseguiria fazer a porcaria do isqueiro funcionar? Nem Merlin. Suspirava sempre que pensava nisso. Nem Merlin. Era tatuagem permanente desenhada sem consentimento.

O terceiro item era passar o dia inteiro sem nem resvalar o pensamento no trabalho. Esse, ele estava conseguindo. Ao menos um. A ressaca o pegara com força total, então ele mal se movia, quanto mais pensava, ainda mais em trabalho. E queria que continuasse assim. Sirius uma vez mencionara que quem pensa demais faz bobagens demais. Harry acreditava piamente nisso. Pensara demais com Hermione. Bingo!, ele estava prestes a se casar com Gina. Reviravolta do destino, brincadeira de mau gosto da vida, punição pelos pecados não cometidos, chamassem como quisessem. Não que Gina fosse uma má pessoa. Ela era linda. Era inteligente. Era adorável, sob todos os aspectos. Talvez fosse melhor que Hermione. Só que não era ela.

And I wrote this letter in my head
E eu escrevi essa carta na minha cabeça
Cuz so many things were left unsaid
Porque tantas coisas foram deixadas impronunciadas
But now you’re gone
Mas agora você foi embora
And I can’t think straight
E eu não posso pensar direito

Pegou a pena. Seria mais uma tentativa frustrada? Talvez. Quem sabia? Ele não sabia. Ele nunca sabia. Nunca, até os pergaminhos estarem atirados ao chão, e ele desistir novamente. Essa era a 5840ª tentativa. Ele contara. Dois anos. Trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Média de oito tentativas por dia. E a maldita carta simplesmente não queria passar para o papel. Ele a tinha imaginado desde que Hermione dissera-lhe que o amava pela primeira vez, mas só depois que ela se fora é que ele começara a pensar em escrevê-la. E a carta se recusava a dar o ar de sua graça. Os pensamentos se embaralhavam, se confundiam, misturavam as essências, os trejeitos, tudo. Ele se perdia. Tentava, tentava, e desistia. Era uma batalha perdida.

A daquele dia também foi. Seu casamento parecia uma sombra permanente espreitando as palavras que ele em vão tentava escrever. A ressaca afetava-lhe os meios de impedir que os pensamentos indesejáveis adentrassem sua mente. Droga! Nunca terminaria a carta?! E como diria à mulher que o deixara que ainda precisava dela, e que continuaria precisando mesmo depois de casado?!

Raiva. Vontade de estourar as fundações da casa com apenas um grito, a plenos pulmões, sem tempo sequer para correr antes de desabar. Mas parece que quando mais se deseja algo, mais longe esse algo tende a ficar.

This could be the one last chance
Essa poderia ser minha última chance
To make you understand
De te fazer entender

Hermione desceu do trem, a echarpe fluindo ao sabor do vento londrino. Como sentira falta daquela cidade! Paris era bela, mas, como dizia sua mãe, “não há lugar como o lar”. Ela era agora obrigada a concordar. Seguiu o vago e impreciso mapa que sua mente ainda tinha esboçado para encontrar a casa de Harry, que, pensava ela, seria a de Gina também. Ela não sabia que os amigos moravam separados. Também, como poderia? Durante dois anos eles mal haviam dado sinal de vida!

Andou pela calçada, encontrando por fim a casa de Harry. Casa era menosprezar: era uma mansão gigantesca, com direito a jardins descomunais e muito bem tratados, portões altos de metal brilhante e caminho de quartzo até a entrada. Com cautela, ela apertou o interfone. Olhou no relógio. Tinha quatro horas e meia até o casamento. Poderia conversar com o casal, rever os amigos, a cidade. Ouviu a voz grave de Harry, e, mesmo estando esta deturpada pelo aparelho trouxa, não deixava de provocar arrepios na garota. Relutante, ela respondeu:

— Ahm... Harry... Sou eu, Hermione... – Ela pôde ouvi-lo se engasgar, e então o portão se abriu.

Dentro da casa, Harry tratou de se vestir. Olhou para o reflexo no espelho. Ela estava ali, e ele nem ao menos tirara as fotos dela da mesa de cabeceira e da cômoda. Nem sabia o que dizer. Nem sabia como verbalizar a carta que nunca escrevera. Estava inacreditavelmente estrepado.

Chorus:

I’d do anything
Eu faria qualquer coisa
Just to hold you in my arms
Só para te segurar em meus braços
To try to make you laugh
Para tentar te fazer rir

— Olá – disse a mulher, risonha, assim que ele abriu a porta.

— Oi – respondeu ele, rouco, os cabelos molhados pingando na camisa branca. – Que... surpreendente te ver aqui.

— Não sei por quê. – Ele deixou que Hermione entrasse. – Vocês me convidaram para o casamento e para dar um “oi”, lembra?

— É, sim, claro... É que quem cuidou dos convites foi a Gina... – justificou ele. Era a mais pura verdade. Gina não deixara que ele chegasse a menos de cinco metros dos convites.

— Porque, se não tivesse sido ela, eu nem saberia, não é? – acusou-o a mulher. Harry voltou-se para ela, assustado, mas ela sorriu.

— Eu nunca teria deixado de te convidar, Hermione – disse ele, bagunçando os cabelos molhados.

— Pára, ‘tá me molhando! – Ela riu. – Só achei que você não ia querer um quase ex-namorico de colégio se descabelando no seu casamento.

— Primeiro: – Ele ergueu o indicador – o casamento não é meu, é da Gina. Eu, por mim, passaria a vida interia apenas namorando, e seria muito feliz. Ela é quem quis casar. Segundo: – Ele ergueu outro dedo, e prosseguiu contando – você nunca se descabelaria no casamento da Gina. Você a ama demais para isso. Terceiro: você não é um quase ex-namorico de colégio.

Ele parou a contagem. Deixou no ar, o impacto da frase não de todo perceptível. Não aplicaria definições: se ela entendesse, ótimo; se não, tudo bem, ele não se importava. Muito.

— É, a expressão ideal seria affair de banheiro. – Ela riu. Ele sentiu-se bem por perceber que ainda sabia fazê-la rir.

Sentou-se, a mulher a seu lado. Com cuidado, passou o braço pela cintura fina de Hermione, puxando-a para perto. Merlin, se ele morresse naquele momento, teria morrido feliz. Sentir o calor daquele corpo junto ao seu era reconfortante, animador, real.

— Harry, você vai se casar – disse ela, despertando-o.

— Você não é menos minha amiga por isso – replicou ele, resoluto.

Somehow I can't put you in the past
De alguma maneira eu não pude te pôr no passado
I’d do anything
Eu faria qualquer coisa
Just to fall asleep with you
Só para cair no sono com você

— Você sabe tão bem quanto eu que nenhum de nós dois esqueceu o passado – murmurou ela, apreensiva.

— Como eu poderia te colocar no passado se a única mulher pela qual meu coração ainda bate é você? – tornou o moreno, fitando-a fundo nos olhos. – Mesmo com aquele francês a tiracolo.

— Você me viu indo embora com Charlie – concluiu Hermione, tristemente.

— Vi, sim, e não me importa se ele está com você ou não – retrucou ele, seguro.

Um suspiro divertido pôde ser ouvido. A mulher abriu os braços e envolveu o amigo e amor de longa data pelo pescoço.

— Ainda bem, porque eu nunca estive com Charlie. Ele é só um amigo. Eu ainda te amo – sussurrou ela ao ouvido do rapaz.

Pouco depois, recriminou-se por isso. Como ela tinha coragem de confessar – novamente – o seu amor pelo quase marido da sua melhor amiga? Merlin, como ela podia ser tão baixa?!

Foi ele quem começou...

“Como se fizesse alguma diferença! Morgana, como é que eu vou encarar a Gina...”

Não sendo com uma cara de “Olá, eu passei na sua casa e dormi com o seu noivo”, não tem como ficar ruim.

“Mas eu não dormi com ele!”

Ainda.

— O que você está pensando? – perguntou Harry, despertando-a.

— Se eu sou muito falsa por ter vindo torcer pela felicidade de vocês... – Ela hesitou. – É como torcer para o time adversário, sendo que ele joga em casa.

Will you remember me?
Você irá lembrar de mim?
‘Cuz I know I won’t forget you
Porque eu sei que eu não irei esquecer você

Harry riu da analogia, segurando entre as suas as mãos da mulher que amava. Perscrutou-lhe os olhos, o verde tocando o castanho com um amor transcedental. Parecia que faltava algo.

Óbvio!, pensou ele, rindo por dentro da própria ignorância. Faltou toda aquela cena de “Oh, céus, minha amiga, eu amo o noivo dela, como eu vou viver com isso?”, e aquela insistência chata estilo “Ela nunca vai saber, por favor, só me deixe te beijar mais uma vez!”, como dramas antigos...

Ele sabia que, se os dois não precisavam daquilo tudo, era porque não tinham dúvidas. Não precisava haver cautela ou meios-termos. Eles se amavam. Ponto. Eles passaram boa parte da vida pensando um no outro. Ponto de novo. Eles precisavam um do outro. E não era a mente quem dizia isso. Eles sabiam.

— Hermione... – Ele não a beijara, em momento algum, e parecia não querer que ela se assustasse. – Quando isso tudo acabar... Você vai lembrar de mim?

Ela o fitou, perplexa. Ameaçou se erguer, mas manteve-se sentada e sorriu. Tocou o rosto do moreno.

— Sempre, Harry. – Ela tocou-lhe os lábios num beijo suave. – Sempre.

Hermione não precisava perguntar a ele. Sabia a resposta. Saberia sempre.

Together we forget all the rules
Juntos nós esquecemos todas as regras
Dreaming of dropping out of school
Sonhando em cair fora da escola
And leave this place
E deixar esse lugar
To never come back
Para nunca mais voltar

Estavam na porta da igreja. Hermione, Rony e Harry falavam sobre os tempos de adolescente. As regras. As detenções. As mentiras em série. Os medos. Riam, enquanto a solenidade não começava. Tinham meia hora, ainda. Durante aqueles momentos, Harry queria estar relaxado. E, óbvio, na frente de Rony ele não demonstraria nenhum sentimento além da amizade para com Hermione.

— Hermione, Gina quer te ver – disse Lilá, que estivera ajudando a noiva a se vestir.

— Ahm... Tá, claro. – Ela beijou os amigos no rosto e foi para o local em que Gina se arrumava.

— Mione! – exclamou a ruiva, atirando-se nos braços da amiga. – Como você está?

— Feliz – respondeu ela, sincera. – O que houve?

— Hermione... Estão dizendo... Você sabe que as pessoas são cruéis, às vezes... Estão dizendo que você e o Harry... – Ela engoliu em seco. – Não naquele dia, Hermione, diga que não na última vez em que eu te vi... Diga que não foi por isso que você foi embora...

— Não entendo, Gi... – Era a mais pura verdade, Gina parecia estar falando grego.

— Diga que você não... – Ela baixou muito a voz. – Diga que você não fez amor com Harry naquele dia.

O tom de voz dela era óbvio, suplicante. Hermione sentiu seu sangue se esvair quando respondeu:

— Claro que não, Gina! – Era verdade, eles não haviam chegado tão longe. – Nós somos amigos. – Meia-verdade; não eram mais apenas amigos. – Ele te ama mais que tudo.

E a última frase foi o recorde! A mentira mais deslavada da vida de Hermione acabara de ser proferida por ela mesma. Sentindo-se culpada, ela deu um último abraço na amiga e se retirou de sua presença. Mentira com um descaramento exemplar. E teria que encarar Gina. Ela se complicava cada vez mais.

So now
Então agora
Maybe after all these years
Talvez depois de todos esses anos
If you miss me have no fear
Se você sente falta de mim, não tenha medo
I’ll be here
Eu estarei aqui
I’ll be waiting
Eu estarei esperando

Estava frio ali no altar. Harry esfregava as mãos, nervoso. Instintivamente, retesou a mão e sentiu o toque suave de Hermione. Era apenas uma lembrança, ele sabia; a mulher estava de pé perto da porta de entrada, quase escondida atrás de um arranjo floral. Sorria, e chorava, Harry podia ver o reflexo das lágrimas. Era desesperador. Hermione não pensava que ele pudesse vê-la.

A marcha nupcial começou a tocar. Harry viu Gina se aproximar, atrás das três mais novas Weasley, filhas de Fleur e Gui, o braço seguro no do pai. O moreno não tinha mais certeza de coisa alguma. Não podia simplesmente dizer que não queria se casar ali. Tivera tempo de mais para fazê-lo, e não o conseguira. Quando o senhor Weasley entregou-lhe a mão da filha, Harry sentiu um peso se abater sobre seu peito. Não era tão sangue-frio a ponto de fazer isso com Gina. Era como condená-la a uma vida infeliz.

Olhou para a porta, buscando Hermione, por um momento. Os olhares se encontraram, e ele pôde quase ouvir o que os lábios da mulher esboçaram: “Eu estarei sempre esperando você.”

Resoluto, ele fitou Gina, como se pedindo perdão.

— Padre, eu gostaria de adiar o casamento – disse o moreno, sem fraquejar, num controle absoluto.

— Por que razão, meu filho? – perguntou o idoso, complacente.

— Não posso me casar sem ter comigo uma coisa – replicou ele, aliviando-se do peso. – E, infelizmente, eu ainda não a tenho. Quero apenas mais algumas horas. Quatro devem ser o suficiente.

This could be the one last chance to make you understand
Essa poderia ser minha última chance de te fazer entender
And I just can’t let you leave me once again
E eu simplesmente não posso deixar você me abandonar de novo

Gina pareceu não entender o que ele dizia, mas não teve nem oportunidade de contestar. Harry deixou-a e saiu pela porta da igreja, correndo desabalado para casa. Encostou a porta do quarto e suspirou, sentando-se na cama e pensando no que fizera.

— Harry! – exclamou a voz de Hermione, que acabara de fechar a porta. Ele sabia que ela a seguiria. – Como você teve coragem de fazer isso com Gina?

— Eu não posso ser tão retardado, Mione, não posso esconder para sempre! – Ele exasperara-se. – Como você acha que eu me sentiria quando ela descobrisse?

— Por Merlin, Harry, isso foi baixo!

Ele não podia dizer que não se importava. Importava-se, e muito. Amara Gina. Antes de amar Hermione daquele jeito febril. Mas agora não a amava mais. Isso era tudo o que ele conseguia entender.

— Eu não posso amar duas mulheres ao mesmo tempo, Hermione – disse ele, pegando-a pela mão. Um toque no pulso. O tão familiar convite.

— É o dia do seu casamento – objetou a mulher, mas ele nem pareceu se importar. Com um sorriso quase maroto, puxou-a para si.

— Eu sei.

Foi a última sentença que ela ouviu da boca de Harry antes de ele a beijar. Hermione não queria, a princípio, mas o homem tão esperado, tão ansiado durante tanto tempo estava ali, se entregando a ela. Desta vez, não havia meios-termos: ele a dilacerava, dilacerava seu orgulho, sua resistência, a sensibilidade de sua pele. Aproveitava cada instante, cada milésimo, cada chance. Sem deixar que seus lábios se separassem, ele tirou o smoking, ajudado pelas mãos ágeis de Hermione. Colou seu corpo no dela, sentindo o calor que dela emanava. Sentiu os dedos esguios da garota abrindo os botões da sua camisa, as unhas arranhando-o tão de leve que o movimento o arrepiava. Ele encontrou o nó da echarpe da mulher e o desfez, descobrindo o pescoço alvo. Os lábios deslocaram-se, enquanto as mãos dela ardiam nas costas nuas do moreno, tão ansiosas que quase o feriam. Num suspiro pesado e calmo, ele encostou a boca na ouvido dela e sussurrou:

— Eu nunca tive coragem de te confessar, Hermione. Eu te amo. Hoje e sempre.

O espírito da mulher se iluminou. Ela vivera por aquele momento. Por amor.

[Chorus]

I close my eyes
Eu fecho meus olhos
And all I see is you
E tudo o que eu vejo é você

Havia terminado exatamente como os dois predisseram que acabaria.

— Você é linda, sabia? – perguntou ele, tocando-lhe a face corada.

— Você é cego, sabia? – replicou ela, afagando-lhe o pescoço com uma das mãos.

— Foi a melhor noite da minha vida – tornou o moreno, brincando com uma mecha do cabelo da amante.

— São... – Ela olhou o relógio. – Seis horas da tarde.

Ele beijou-a, sorrindo em seguida. Hermione nunca mais poderia responder à pergunta que Gina lhe fizera. Agora, ela se entregara totalmente ao moreno. Sentiu-o puxá-la contra si, o contato da pele nua sob o lençol. Eles se haviam desafiado, e cumprido o desafio. Eles se completavam. Sabiam disso.

— Você não tem um casamento para o qual ir? – perguntou ela, o olhar perdendo-se nos orbes verdes do moreno.

— Não... – Ele a beijou, envolvendo-a com todo o amor de que era capaz.

— Sua noiva virá atrás de você... – murmurou ela, entre um beijo e outro.

— E daí...? – Harry afagou os cabelos da mulher deitada a seu lado.

— Harry, é sua noiva – disse ela, sorrindo.

— Eu não me importo.

I close my eyes
Eu fecho meus olhos
I try to sleep I can’t forget you
Eu tento dormir, eu não consigo te esquecer

Era a mais pura verdade. Dessa vez, ele não se importava. Ele acabara de viver os momentos mais felizes de sua vida com a mulher que mais amava. Não havia motivos para ficar se preocupando com outra. Mesmo que essa outra houvesse ficado a seu lado durante tanto tempo. A porta se abriu. Ele nem fez questão de se esconder.

— Harry! – exclamou Gina, vendo o casal ainda abraçado sobre a cama.

Harry sorriu por dentro. Não importava mais. Ele estava completo.

And I’d do anything for you
E eu faria qualquer coisa por você

[Chorus]

~ღ~~ღ~~ღ~ Gina-Harry & Hermione-Rony ~ღ~~ღ~~ღ~

Último capítulo!! Espero que tenham gostado da fic...

Hermi Potter, desculpa pelo susto, mas o final feliz (?) foi meio repentino, mesmo...

Nick Granger Potter, teve, siim, mais um capítulo, mas agora é definitivo, a fic acabou...

Às pessoas que começaram a ler mas não tiveram paciência para terminar ou esqueceram de comentar, vocês também são importantes, viu?

Para quem quiser saber o que vai acontecer entre Gina, Harry e Hermione, uma nova fic, com a Ginny como protagonista: Os Cinco Passos. Passem lá... ('Diagnóstico' a ser postado ainda hoje...)

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