"Santa Estupidez..."



When I’m With You

Simple Plan






Harry suspirou. Oh, santa estupidez. Às vezes ele preferia ser um pouco menos famoso e muito mais esperto. Olhou para os cabelos castanhos que sumiam de sua vista. Ele fora muito burro ao não responder os bilhetes, e sabia disso. Agora, ele sabia disso. Hermione estava tão triste, quase chorando, e ele não soubera, a princípio, que fora por causa de seu relacionamento com Gina. Ele e a ruiva haviam reatado o namoro havia quase um ano, e desde então, a garota não conseguira mais falar com os dois sem olhar para o chão.

É, se estupidez matasse..., pensou ele, amargurado.Eu esperei a vida inteira por isso. Porque não aconteceu um pouco antes?

— Harry? – chamou Gina, hesitante. – Você está bem?

— É, talvez eu esteja, Gina. – Ele suspirou. – Como foi o teste?

— Normal. – Ela deu de ombros. – Um “Aprovado” está bom.

— Não é o suficiente para ser auror – replicou ele. – Você tem que estudar muito mais.

— Não quero ser que nem a Hermione – tornou ela, decidida.

— Nem conseguiria – murmurou o moreno, vendo a garota adentrando novamente o Salão Principal.

— Como? – disse Gina, sem entender.

Hermione virou o rosto para o local em que Harry sentara-se, tornando então a face uma máscara, imóvel, irreal.

— Nem eu quero, Gina, querida – disse ele, fitando a namorada, mas sentindo seus olhos atraídos pela outra garota. – Nem eu quero que você seja como ela. Nunca valeria a pena.

Não pode haver duas Hermiones nesse mundo.

I’m taking my time,
Eu estou gastando meu tempo,
I’m trying to leave the memories of you behind,
Eu estou tentando deixar as suas lembranças para trás,
I’m gonna be fine, as soon as I get your picture right of my mind
Eu vou ficar bem, assim que eu tirar sua imagem da minha cabeça

— Você está muito calado – murmurou Gina, beijando os lábios eternamente frios de Harry com carinho.

— Pensando – respondeu ele, simplesmente.

— Em quê? – perguntou ela, curiosa, uma curiosidade quase infantil, sem muito ciúme.

— Nada, não, Gi. – Ele afagou as longas madeixas ruivas da namorada, sorrindo em seguida. – Você não está atrasada?

— Para quê? – Ela parecia subitamente confusa.

— Hogsmeade não te lembra nada?

Gina gemeu/gritou um “ai”, e saiu depressa do Salão, subindo as escadas numa pressa delicada, atrás do vestido que deixara no dormitório. Harry riu e voltou o rosto para frente.

— Cuidado com o prato! – exclamou Rony, dando um “pedala” no amigo.

— Mas é um tapado, mesmo, hein, Roniquinho! – replicou o moreno, dividido entre a raiva e o riso.

— Ai! – Ele levou as mãos ao coração, como se tivesse levado um tiro. – Cara, você sabe acabar com a moral de alguém!

— Meu padrinho foi Sirius Black, lembra-se? – Eles riram, mas Harry tornou-se sério em seguida. – Escuta, Rony, você e a Hermione...

— Que que tem a gente? – perguntou ele, confuso.

— Vocês ficaram juntos um tempo, não ficaram?

— Quatro meses, por aí. – Rony deu de ombros. – Por quê?

— Ahm... Ela... Alguma vez, sabe, assim... Tipo... Ela falou alguma coisa sobre alguém...

— Ah, claro que sim! – exclamou o ruivo, entendendo. – A gente terminou porque ela ainda ‘tava afim de você.

Aquilo foi um choque para Harry. Não a revelação, mas a maneira como ela lhe foi apresentada. Rony nem hesitara, e sabia que o moreno era namorado de sua irmã. Caramba. Era verdade. Hermione ainda gostava dele. E já havia muito tempo. Ela ainda ‘tava afim de você. Isso nunca sairia de sua mente. Afim de você. Gelou. Sentiu os arrepios convulsivos tomarem-lhe a espinha.

— Não sonha muito, ou você vai acabar babando, viu?! – exclamou uma voz doce a seu lado.

CHORUS:
I wanna feel the way you make me feel when I'm with you,
Eu quero me sentir como eu me sinto quando estou com você
I wanna be the only hand you need to hold on to,
Eu quero ser a única mão que você precisa segurar

Virou o rosto para a garota. Hermione, vestida com uma saia plissada preta e uma blusa de cashemire combinando. Sorria, dizia-lhe o sorriso inebriante da menina. Um dia vai dar certo.

— Bom dia, Harry. – Ela curvou-se e deu um beijo no rosto do moreno. Aquilo não era uma inocência desmedida, era provocação do destino!

— B... Bom dia, Mione. – Ele retribuiu o beijo, que chegou um pouco mais perto dos lábios do que deveria.

Droga!, pensou consigo mesmo. Oh, Merlin que estais no céu, por que nem sem querer eu consigo beijar essa garota?!

Ela riu. Parecia entender o que o moreno pensava, e isso o fez corar. A garota bocejou, apoiando-se em Harry.

— Tô com sono... – Ela suspirou. Harry sabia que logo mais começaria a suar frio. Porcaria de nervosismo! – Ei, Harry, por que você ‘tá tremendo?

— Não estou tremendo – replicou ele, decidido a não deixar que ela o vencesse. Querendo ou não, ele tinha uma namorada, santa dificuldade! – Você tem a pele sensível demais.

— É – concordou Hermione, aproximando-se mais dele. – Talvez eu tenha.

Harry apoiou as costas da garota, envolvendo-a. O corpo quente o fazia flutuar. Ela continuava com aquele jeitinho inocente, mesmo que praticamente houvesse se humilhado frente ao moreno, um ano ou menos antes. Ele não esquecia. Eu não sei se é ela que me provoca ou se alguém aí em cima está com muita raiva de mim... Mas continua sendo uma senhora d’uma provação!

— Harry... – Ela fitou-o, suplicante, por uma fração de segundo. Por que malditas cargas d’água eles estavam dentro do Salão Principal, em público tão público que não seriam nem três segundos até toda a escola saber?

Peraí!, exclamou ele para si mesmo. Oh, maldição divina, eu tenho uma namorada!

“Grande porcaria.”

Eu amo a Gina...

“Ótimo, então explica pra sua namoradinha por que você ‘tá quase beijando outra garota.”

Quase beijando é um exagero...

“Não se peca só em ações, sabia? Pensamentos também contam!”

Cala a boca, coisa irritante!

“Mas eu nem tô falando...”

— Hermione, licença! – exclamou o moreno, empurrando-a de seu ombro.

— Credo, Harry, que violência! – replicou ela, magoada. – Poxa, o que foi que eu te fiz?

But every time I call you don’t have time,
Mas sempre que eu chamo, você não tem tempo
I guess I'll never get to call you mine
Eu acho que eu nunca vou poder te dizer minha

— Eu... – Ele umedeceu os lábios secos com a língua. – Hogsmeade!

— Harry, a Gina nem se aprontou ainda, seu surtado! – Ela cruzou os braços, baixando os olhos. Suspirou. – Rony, eu vou subir, te encontro aqui embaixo, na porta de entrada, em vinte minutos.

— Você nem comeu! – retrucou o ruivo, preocupado.

— A gente passa no Três Vassouras. – Hermione sorriu. – Eu só vou pegar um casaco, querido.

Harry viu, perplexo, os lábios da garota unirem-se aos do ruivo num beijo cálido e doce. Retesou os punhos, enquanto via a silhueta vestida de negro desaparecer nas escadas. Depois, voltou o rosto para Rony, com uma vontade mais que incontrolável de bater no amigo. Se aquilo não era provocação, Harry não sabia o significado dessa palavra!

— Rony... – O amigo podia quase ver a fumacinha de raiva pairando acima da cabeça do moreno.

— Diga, cara – respondeu ele, escondendo um temor lá no fundo da alma.

— Dá para parar de beijar a Hermione na minha frente? – tornou Harry, resoluto, os dentes cerrados em ódio.

— Então coloca uma plaquinha nela dizendo: “Propriedade de Harry J. Potter. Não toque!” – retrucou o outro, sarcástico. – Harry, faça-me o favor, você não está nem aí pra ela!

— Isso foi só mais um dos seus ataques de idiotice ou esse é você mesmo, hein? – disse o moreno, no mesmo tom. – Se você não entendeu o porquê da minha pergunta em relação ao antigo relacionamento de vocês dois, você é muito burro!

— Você nunca se olhou no espelho, não é? – retorquiu Rony. – Se fosse inteligente, terminava com a Gina e corria para os braços da Mione...

— Isso lá é conselho que se dê para o namorado da sua irmã?! – Harry estava chocado.

— Isso lá é objeção que se faça ao melhor amigo?

— Hey, os dois, menos, tá? – Gina chegara, acompanhada de Hermione. Deu um beijo em Harry. – Que briga foi essa, hein?

— Nós só... Bem... Eu... Nós... Hum... – O moreno engoliu em seco. – Nada não, Gina.

Pronto! Deixara escapar mais uma oportunidade de ficar com a garota que amava. Poderia ter terminado com Gina, e a ruiva nem saberia o que a havia acertado! Estendeu o braço à garota, vendo Rony fazer o mesmo com Hermione. Seu sangue fervia. Se os dois houvessem apontado para ele e se acabado de tanto rir, não teria sido tão humilhante quanto aquela ironia silenciosa expressa apenas em gestos.

You're nothing at all
Você não é nada de mais
I know there’s a million reasons why I shouldn’t call
Eu sei que há um milhão de motivos pelos quais eu não deveria chamar

Andavam pelo caminho calçado de pedras das ruas secundárias de Hogsmeade, apontando para as vitrines e sorrindo feito um bando de crianças. Hermione estava esplêndida, o rosto afogueado de ser puxada para um lado e para o outro por Gina, os olhos brilhantes perpassando a mente de Harry a cada milésimo de segundo como uma lembrança vívida, nítida, sempre que ele piscava. O som de sua risada começava a perturbar-lhe os pensamentos, fazendo-os cair num poço de esquecimento.

— Harry! – exclamou Gina, rindo. – Há quase uma hora eu estou te chamando e você nem tchum!

— Desculpa, Gi, eu estou meio aéreo... – murmurou o moreno.

— Nós vamos ver a loja dos meus irmãos... Quer vir junto? – perguntou ela, sem esmaecer.

— Não, eu estou com frio, vou tomar alguma coisa... Hermione, venha comigo, por favor... É sobre o trabalho de Poções.

— Ahm... – Ela hesitou, mas ele fez uma cara de quem não estava para brincadeiras. – Claro, claro... Gina, dê um alô para o Fred por mim... e um beijinho no George, ok, e não troque!

Concordando, a ruiva se afastou, em companhia do irmão. Harry pegou a garota a seu lado, que esperava por uma explicação, violentamente pelo braço. Hermione sentiu-se apreensiva.

— O que você pensa que está fazendo?! – exasperou-se o moreno, passando a mão pelos cabelos. Havia levado a garota até um beco escuro, e a deixara literalmente contra a parede. – Por Merlin, Hermione, eu sou namorado da sua melhor amiga!

With nothing to say,
Sem coisa alguma para dizer,
Could easily make this conversation last all day
Poderia facilmente fazer essa conversa durar o dia todo

— Harry, eu não fiz nada, eu só estou tentando manter a nossa amizade... – Ela engoliu em seco.

— Péssimo jeito, Mione, horrível! – Ele a segurou pelos ombros, súbito. – Pombas, não dá para conviver com alguém que você ama, não como se a pessoa fosse apenas um bonequinho!

— Mas isso diz respeito a mim, não a você! – replicou ela, sem entender. – Já faz quase um ano, eu sou a culpada por não ter superado!

— Não, Hermione, diz respeito a mim, porque... – Ele mordeu o lábio. Não deveria dizer isso. Como poderia? Ele estava namorando Gina. – Porque você está me enlouquecendo, dizendo que gosta de mim e beijando o Rony, dizendo ser fiel a seus sentimentos e cravando uma estaca neles...

— Você não se importa! – A garota fitou-o, chorosa. – Você nem ao menos quer se importar! Não se importava há um ano e continua não se importando!

— Mentira! – berrou Harry, tapando a boca da garota à sua frente com a mão. – Não diga isso, Hermione, nunca!

Se ele tivesse sido um pouco mais corajoso, poderia ter se tornado o homem mais feliz do mundo naquele dia. Mas ele não podia. Tinha Gina, ela estava ali, na história, uma sombra permanente, risonha, feliz e querida, amiga de Hermione, irmã de Rony e sua namorada. Com a cabeça baixa, ele afastou a mão dos lábios macios e quentes da garota à sua frente. Ergueu o rosto dela, cravando os olhos verdes no fundo da alma da garota. Hermione sentia a dor dentro dele, avassaladora como um terremoto. Sentiu o beijo suave no canto de sua boca, tocando tão de leve a pele da garota que ela poderia nem ter sentido, não fosse o significado desse gesto.

— Harry, eu... Desculpa...

— Não foi nada, Mione. – Ele sorriu, apagando do rosto o sofrimento de vê-la tão subjugada pelo amor que sentia. – Vamos ao Três Vassouras? Eles estranharão se não estivermos lá.

Chorus

Another lesson
Outra lição
I didn't get it to learn
Eu não entendi isso para aprender

Quando chegaram ao bar, Rony e Gina ainda não haviam aparecido. Foi o tempo de eles escolherem uma mesa, sentarem-se e beberem a primeira garrafa de cerveja amanteigada e os ruivos fizeram-se presentes. Gina deu um selinho carinhoso no namorado e sorriu para Hermione.

— Entreguei seus recados – disse a ruiva à outra. – Fred disse que vai ter volta.

— Ele sempre diz isso... – Ela riu. – Como estão eles?

— Muito bem, para falar a verdade... – respondeu Rony, esfregando as mãos para combater o frio. – E vocês, como foi a discussão do trabalho?

— Hum... – Harry fitou a garota, que deu de ombros. – Muito boa, Rony.

O moreno fez um gesto discreto de “não peça detalhes”, mas parecia que o amigo não estava muito sensível àquele tipo de encenação.

— E decidiram o quê? – continuou ele, indiscreto.

— Decidimos... – Harry fez um aceno com a mão. – Deixa pra lá. Não vamos incomodar meu anjinho com isso.

— Mas eu quero ouvir, Harry – afirmou Gina, sorrindo e bebendo um gole de cerveja amanteigada. – Deve ter sido importante para te fazer gastar tanto tempo, até dos dias de folga.

— Eu vou ao banheiro – disse Hermione, se erguendo.

— Eu vou devolver as garrafas! – exclamou Harry, atônito.

Nem Gina nem Rony entenderam o porquê das ações dos amigos, mas não se importaram. Eles eram estranhos, mesmo.

You're my obsession
Você é minha obsessão
I got no where to turn.
Eu não tenho para onde me voltar.

Harry trombou com Hermione enquanto andava de um lado para o outro no corredor dos banheiros, pensando no que inventaria para justificar o tempo perdido supostamente discutindo o trabalho de Poções. A garota se desequilibrou, e apoiou-se nele para não cair.

— Pensando? – perguntou ela, certeira.

— Você lê mentes? – replicou ele, emburrado.

— Não, seu besta. – Ela se ergueu e sorriu. – Só está estampado na sua cara, em letras garrafais: “alguém me ajude, eu não sei mentir para uma garota”. Em vermelho, néon, e está piscando, com as lampadinhas ao redor e tudo.

— Por Merlin, Hermione, ao invés de me atazanar, me ajuda! – suplicou o moreno, descabelando-se.

A garota assumiu uma expressão pensativa, e a preocupação de Harry foi dando lugar a um desejo súbito e intenso de tomá-la nos braços e beijá-la com todo o ardor de que fosse capaz.

Controle-se, você tem uma namorada!

“Ou você para de pensar nessa ruiva ou você nunca vai conseguir ficar com a garota.”

É a minha namorada!

“É o seu carma! Que caramba, ela está aí, na sua frente, e você fica dando uma de namoradinho fiel?! Péssima hora, Harry Potter, péssima hora!”

Tem razão. Péssima hora.

Hermione sentiu a mão forte de Harry despertando-a de seus pensamentos. Era um toque suave, no pulso. Um convite. Sem hesitar ou tentar compreender, ela aceitou. Ele escancarou a porta do banheiro masculino e adentrou-o, levando-a pela mão.

I wanna feel the way you make me feel when I'm with you,
Eu quero me sentir como eu me sinto quando estou com você
I wanna be the only hand you need to hold on to [2x]
Eu quero ser a única mão que você precisa segurar

— Agora me explica que surto psicótico te levou a simplesmente se enfiar comigo dentro desse banheiro – pediu Hermione, sorrindo. – Tem uma pessoa...

— Se você falar nela agora, eu juro que você nunca mais vai ter fôlego para falar – ameaçou-a ele, enlaçando-a pela cintura.

— Harry, quando eu disse que te amava, e repeti isso há pouco tempo, eu esqueci de dizer uma coisa... Eu te amo, mas também amo a minha pele, e, se você fizer isso, seja lá o que for que você está planejando, eu estou sentindo que vou perdê-la antes de dizer “centauro”.

Mas ela não podia fazer nenhuma objeção. Apesar das advertências da sua consciência, a garota não conseguia entender o que havia de errado naquele singelo crime. Foi sem temor que ela deixou que o moreno a puxasse para si. Sentiu o choque térmico de seus lábios, quentes, com os dele, gelados feito a morte, amainado pela paixão com a qual ele se entregava ao beijo. As mãos dele, curtidas pelo atrito constante no Quadribol, tiraram sua capa, num movimento recíproco, e tocaram-lhe a cintura, arrepiando-a. Harry esgueirou uma das mãos, por dentro da blusa dela, para a nuca da garota, colando o corpo esguio e delicado ao seu. Era como uma frágil flor de liz crescendo por entre as frestas de um muro rijo de pedra. Ele não a queria soltar. Hermione enfiou as mãos por entre os cabelos rebeldes do moreno, sentindo que ele a dilaceraria se ela deixasse. E ela sabia estar disposta a deixar.

I wanna be the hand you need to hold on to
Eu quero ser a mão que você precisa segurar

As unhas da garota acabaram por arranhar as costas de Harry, num movimento sutil. Ele fez um ruído semelhante ao de uma dor repentina, mas suportável.

— Desculpa... – murmurou ela, mordendo o lábio inferior.

Recebeu como resposta um som que dizia claramente “não foi nada”, ao mesmo tempo que implorava para que ela não se movesse. Obedecendo, ela deixou-o continuar, os lábios da garota ansiando pela frieza dos dele. O desejo não-manifestado foi prontamente atendido, enquanto ele a soerguia, deixando que as pernas nuas de Hermione enlaçassem sua cintura, os braços envolvendo o pescoço do moreno, completamente entregue. Ele caminhou até o balcão de granito ao lado das pias e sentou a garota ali, aproveitando totalmente a situação, que ele sabia que dificilmente teria coragem de repetir.

Pareceu que horas haviam se passado. Dias. Era um momento eterno, eles sabiam. A única vez em que traíam a confiança de alguém, a primeira vez que deixavam o sentimento falar mais alto. Esperavam conscientemente por aquilo havia um ano. Era excitante mesmo que apenas no conceito mais casual. As mãos sequiosas de Harry não se tinham cansado de percorrer o corpo da garota, movendo-se com perícia e carinho. Os lábios agora quentes do moreno se haviam desviado para o pescoço de Hermione, e no rosto dela pairava a mais absoluta expressão de delírio. Os olhos fechados, o lábio inferior pressionado pelos dentes alvos. Parecia que duraria para sempre, mas...

But I guess I’ll never get to call you mine...
Mas eu acho que eu nunca vou poder te dizer minha...

— Caral... mba! – exclamou Rony, invadindo o banheiro, perplexo. Hermione sentiu o miasma de magia ser quebrado. – Pata caporéu, Harry, a Gina!

Harry ajudou Hermione a descer e a se recompor. Estavam ferrados. Muito ferrados. Redonda, inevitável e pirilâmpicamente ferrados. O que diriam a Gina?

Saíram do banheiro pensando nisso.

~ღ~~ღ~~ღ~ Gina-Harry & Hermione-Rony ~ღ~~ღ~~ღ~

Gente!! Só avisando... A fic é bem rápida... Esse já é o antepenúltimo capítulo...

Obrigada a: Nick Granger Potter (obrigada pelos votos de boa sorte com a fic - eu vou precisar), Jéssy Nefertari (atualize-ei... diga que você leu... *.*), *ღ nani *ღ (postei... obrigada pelo elogio ^^), Srta Aluada (obrigada também pelo elogio e aqui se foi mais um capítulo), PonTas & ALmOfaDinHAs 4 EveR (espero que a fic não as decepcione) e Cecília Granger Potter (sim, sim, o Harry encheu tanto a pobrezinha da Mione que ela acabou contando).

Vocês são dez!

E obrigada também a quem lê, mesmo que não comente...

Kisses and See ya! o/

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