Noite das Bruxas - parte 2: A

Noite das Bruxas - parte 2: A



Capítulo 7
Noite das Bruxas – parte 2: A Velha


“E eu voltaria daquele lugar escuro
Daquele lugar gelado
E eu colocaria minhas mãos frias sobre você
E te arrastaria
Até a morte em vida
Até o horror te comer por dentro”


Mercy Hospital. O Hospital da Misericórdia. Por dentro da ampla vidraça da entrada, uma variada sorte de pessoas, entre trajes cotidianos e as mais extravagantes fantasias, se empurravam diante de uma indiferente enfermeira, que não demonstrava a menor surpresa com a mistura de roupas inusitadas ou qualquer outra loucura. Em longos anos de trabalho, ela já tinha visto de tudo, e uma família, mesmo sendo Morgan, entre aflita e ruidosa, não era nada que pudesse afetá-la. Tendo indicado uma sala de espera privativa, a mulher se limitou a dar um olhar mortal e fazer o gesto universal que indicava silêncio. E mesmo sendo uma figurinha mirrada, as pessoas costumavam obedecê-la. Não foi diferente daquela vez.

Quando entrou na espaçosa sala de espera, em meio aos parentes e amigos contritos, a única coisa coerente que Ginny Morgan pôde fazer, foi se atirar nos braços de tia Candie. Uma tia Candie que tentava se mostrar tranqüila, embora a palidez do rosto não ajudasse neste intento.

- O que aconteceu? Como ela está? – ela tentou não deixar a voz tremer.

- Está sendo tratada, querida. Foi o coração. Vovó sentiu-se mal em casa e a trouxemos o mais rápido possível. Ela está com os médicos agora. Por enquanto é tudo o que sabemos.

- Mas ela vai ficar bem? Ela vai?

- Claro – as mãos de Candice estremeceram, e por um motivo que não soube identificar, procurou pelo olhar de Sirius, encostado a uma janela, logo ali. Procurou por Sirius, mesmo que Patric Avery estivesse ao alcance de seu braço esquerdo. A força, às vezes, vinha dos lugares mais inesperados.

Virgínia procurou se acalmar, acreditar piamente no que a tia dizia, mesmo não sendo tão simples quanto desejava. Enquanto Candie acariciava seus cabelos, a garota procurou se controlar, prestando atenção à sala espaçosa onde estavam. Havia parentes apinhados, pessoas conhecidas, outras nem tanto, e pelo ruído vindo de fora, mais gente era encaminhada para lá.

Bastou se afastar do abraço, para que visse Harry surgir pela porta como um furacão, a substituindo na tarefa de envolver a tia nos braços, invertendo os papéis e acalentando a mulher, dizendo que ficaria tudo bem, mas mesmo assim, parecendo tão necessitado de apoio quanto a ruiva estivera.

Ron e Hermione estavam a um canto, a garota apertando a mão dele, dizendo algo em voz baixa, algo que fez o rapaz esboçar um quase sorriso e levar a mão dela até a boca, no que parecia um suave beijo de agradecimento. Naquela hora, a garota auto-suficiente tinha a boca entreaberta, os olhos muito meigos, e com a mão livre, meio que hesitante, alisava os cabelos vermelhos do rapaz, ajeitando as mechas para trás das orelhas. Um ir e vir de carinho e pequenos gestos.

No sofá, Lizzie estava entre o pai e a mãe, inclinada para frente de tal forma que o capuz vermelho quase encobria seu rosto por completo. Parecia trêmula, solitária, mas só quando não se reparava em seus pais. A garota estava de mãos dadas com a mãe, e o pai acariciava suas costas com carinho, como se Lizzie fosse um bebê crescido e muito amado.

Para qualquer lugar que olhasse, Ginny via apoio. Sarah Mae escondendo discretas lágrimas enquanto era consolada pelo marido, Samuel Lonigan. Parentes servindo café uns aos outros, outras pessoas, que a ruiva mal conhecia, falando baixo, esperançosas, confortadoras. Seus olhos se encontraram brevemente com os de Sirius Black, uma compreensão aguda surgindo rápido. Eram os únicos realmente sozinhos na pequena multidão. Ela abaixou a cabeça, depressa. Era vergonhoso ser pega tão desprevenida. Sem o abraço de Candice, ela se encontrava só. Confusa e insegura demais para procurar aconchego em qualquer pessoa que não fossem as suas duas Morgan. A que, no momento, estava lutando pela vida e a que estava nos braços de Harry.

Algumas vezes a sensação de não fazer parte daquele lugar, daquela gente, reaparecia, mesmo com as pessoas a aceitando, lhe fazendo pequenos afagos como agora, gestos de saudação, ou lhe lançando sorrisos encorajadores. Nestas horas, em meio à multidão simpática, a solidão parecia ainda mais gelada. Difícil manter o medo longe quando se enfraquecia assim.

Harry ainda envolvia tia Candie, embalando e conversando baixinho, e só depois de receber o sorrisinho que necessitava, a soltou gentilmente. Os dois adolescentes se observaram então, como se fosse algo inevitável e natural se procurarem com os olhos e pensamentos. Ginny teve aquela sensação estranha, como que querendo que Harry a abraçasse também, como tinha feito com a tia, talvez um abraço ainda mais forte, que durasse por muito mais tempo. E mais estranho ainda era saber, de um jeito maluco, que naquela hora, Harry sentia a mesma vontade que ela.

- Como ela está?! Ah, meu Deus, como ela está?!

Uma voz aguda quebrou o momento, e a ruiva viu uma mulher loira de ares aristocráticos entrar esbaforida, fazendo um ruidoso clap-clap com os saltos altíssimos dos sapatos. Por trás dela, a enfermeira mirrada parecia capaz de um assassinato.

- Querida! – a mulher se atirou sobre Candice, fazendo os parentes trocarem olhares significativos entre si. Alguns exasperados, outros, mais numerosos, levemente divertidos.

- Onde ela está?! Como está?! – a loira falava como se a tragédia, ou ao menos o drama, batesse as asas negras sobre suas cabeças.

- Estamos esperando Sissi. Sem notícias ainda. Mas não vai ser nada. Não vai... – Candice respondeu com o semblante cada vez mais cansado.

A mulher, Sissi, não pareceu nada satisfeita com a resposta, continuando a interrogar Candie implacavelmente, enquanto um homem loiro, parecendo ser o marido, se mantinha discretamente próximo à porta, numa mão o ocupado celular, na outra uma inusitada bengala extravagante. Não precisava ser bom observador para perceber que o acessório era um simples adorno e não uma necessidade.

Pessoas estranhas, Ginny pensou. E ela mesma, parada ali e vestida de fada da floresta, não estava contribuindo em nada para a normalidade do momento. E a mulher loira só vazia falar e falar, usando um tom de voz cada vez mais estridente.

Patrick Avery tinha procurado se postar de modo a responder por Candie, mas a estratégia não dera resultados e ele voltara, derrotado, para a cadeira que estivera ocupando até então. A prima Bernadette se aproximara falando tranquilamente, usando sua voz treinada de advogada racional, mas também não conseguira nada. Era a tal prima, a que gostava de charutos cubanos e a que sempre tinha todos os argumentos imagináveis. E pelos cochichos, se ela não conseguira... Era uma luta perdida. Bernadette, dando meia volta, fez um gesto com os ombros, desistindo, mas ao mesmo tempo lançando uma olhadela para Elza. “E então, vai ficar parada aí?” As duas se comunicaram sem palavras.

Enquanto Ginny já não entendia bem o que acontecia, prima Elza pareceu estalar o pescoço. Quando sua voz, bem mais estridente que o normal, se interpôs à de Sissi, sobressaltou até aos mais atentos:

- Narcissa! – Elza deixou a mão de Lizzie e se levantou do sofá, como que impulsionada por uma alavanca. – Deixe a prima Candie em paz. Não está vendo como já está sendo difícil para a pobrezinha?

Discretamente, o primo Gerald fez um gesto eloqüente na direção de um outro parente, Todd Morgan, algo que se parecia muito com uma aposta. Hum, então prima Elza era a “arma secreta” da família.

- É claro que estou vendo, Elza! – a outra retrucou com os olhos arregalados de indignação. - Por acaso acha que está sendo fácil para alguém? Só acho que precisamos de mais explicações...

- Ah, claro, explicações – Elza tinha se colocado entre Candie e a mulher. – Então tente ser útil, Sissi. Porque não faz o favor de procurar por algum médico, de preferência numa ala bem distante desta, e depois informa a todos o que descobriu? Na verdade não precisa nem voltar, é só fazer uma chamada que já vai estar de bom tamanho.

- Não sou garota de recados, Elzinha – a voz da outra se tornou mais baixa e mais ferina. – Ao que eu saiba, fofoca é a sua área de trabalho, querida. Se esqueceu?

A prima Elza pareceu engasgar.

- Fofoca? – ela imitou o tom viperino, colocando as mãos nas cadeiras - Se você julga que um colunista social não passa disso, então eu realmente merecia o cargo bem mais do que você.

- Bem, não há dúvida que merecia. Um jornaleco como aquele não sustentaria o tipo de classe que eu teria a oferecer.

No profundo silêncio que se instalou, ninguém soube dizer se havia uma fera à solta ou se o rosnado ouvido saíra mesmo da garganta da prima Elza.

- Cuidado Sissi queridinha, ou posso desempinar seu nariz, esfregando toda essa classe no chão. Outra vez.

Olhando de uma para outra, Ginny, num momento de irrealidade, pensou que Elzinha e Sissi queridinha fossem de fato se engalfinhar. Pela cara dos parentes não seria a primeira vez.

Era impressão ou uma nota alta de dólar tinha passado das mãos de um resignado primo Gerald para as mãos de um satisfeito primo Todd?

Foi quando as figuras de Lizzie e Draco, este último afobado e surgido pela porta neste minuto, se aproximaram de suas respectivas mamães, tentando afastá-las antes que a ameaça explícita se concretizasse em pancadaria pós, bem pós, adolescente. Mais atrás, e muito quietos, os maridos pareciam pouco dispostos a qualquer intervenção, se limitando a lançar olhares cortantes um ao outro. Graham Dixon e Lucius Malfoy tinham mais jeito de querer imitar as esposas do que de apartá-las.

- Mãe... – Draco segurou o braço da mulher com delicadeza, mas insistência. – Mãe, não é hora disso.

- Venha aqui, mamãe. Venha comigo – Lizzie repetia em voz baixa, sem levar os olhos na direção de Draco e Narcissa.

Agora sim, a nota de dólar definitivamente tinha sido devolvida e com muita má vontade, de ambas as partes. Então, não teriam uma briga... Os parentes pareciam ter este hábito, conseguir fazer graça até em meio às piores atribulações.

As mulheres finalmente se afastaram uma da outra, sem dar o braço a torcer, sem desfocar os olhos chispantes. Quando atingiram uma distância segura, Lizzie afundou no sofá, arrastando a mãe para a posição anterior.

Draco notou tudo isso do outro lado da sala, e também notou que o olhar gelado do pai de Lizzie, desta vez, se dirigia a ele. E o rapaz sabia exatamente o porquê. Em sua cabeça ainda estava muito vívida a conversa que tiveram poucos dias atrás, quando Draco, ganhando uma longa batalha contra seu orgulho, decidira ir até a casa de Lizzie, fazendo um convite formal para o baile de Halloween. Havia pensado que assim poderia finalmente se acertar com a garota e, de quebra, desfazer a má impressão que os pais dela pudessem ter a seu respeito. Ledo engano. Como ele poderia saber que as objeções de Graham Dixon não eram baseadas apenas numa má impressão? Fora uma conversa, um monólogo, que não deixara muitas opções ao rapaz.

“Seu pai é um marginal sujo, Malfoy, o que te coloca numa posição muito semelhante. Eu me pergunto o que alguém do seu nível, criado sem a mínima noção moral, teria a oferecer à minha filha. Não é difícil imaginar, não é? Você não é uma boa influência, não é confiável e não é, nem de longe, o suficiente para chegar aos pés de Lizzie.”

Aquelas palavras certeiras o escaldaram como óleo fervendo sobre a pele. Draco não costumava se preocupar com as atividades do pai, não costumava se importar com o que diziam a respeito de sua família. Ou sempre se convencera disto. Era muito ruim finalmente descobrir que palavras como aquelas se encaixavam em algo que acreditava, algo bem escondido em si. O senhor Dixon não dissera nenhuma mentira, Draco sempre se aproveitara da posição do pai, engrossando as fileiras do “se o mal é inevitável, melhor tirar vantagem”, e pensando por este caminho, o que ele tinha a oferecer à Lizzie? Por este ângulo, de fato, Draco parecia ser muito pouco para ela.

Mas vê-la no baile...

Tinha ligado o piloto automático a noite toda, segurando a mão de Gabrielle, procurando se divertir. Com um pouco de sorte se manteria longe de Lizzie o suficiente, com mais sorte ainda não se importaria ao vê-la. O problema é que a sorte andava em falta no mercado. E observar a garota agora, quieta e frágil entre os pais, cabeça baixa, não colocando os olhos sobre ele nenhuma vez... Era vazio. Dolorosamente vazio. Como se todas as possibilidades que imaginava quando estavam próximos não pudessem mais existir, deixando, em seu lugar, um grande espaço oco no peito.

Draco sabia por instinto que, sendo necessário tirar alguém de sua vida, não se devia pensar sobre a pessoa, não se devia fantasiar sobre ela. Exatamente o contrário de tudo o que estava fazendo naquele momento. Fantasiar estar tocando o rosto triste de Lizzie, só tocar com a ponta dos dedos, afastar os cabelos que haviam crescido no último ano. Segurar as pontas que tocavam o meio do delicado pescoço, talvez deslizar os dedos para a pele clara. Ele se permitiu, só por alguns momentos, viajar novamente pelas possibilidades, agora impossibilidades, e mal notou quando braços femininos o envolveram pela cintura tal como finos tentáculos de um polvo.

- Eu realmente sinto muito por isso – a voz da garota falou bem perto do seu ouvido.

Aquele perfume era... ? Ele arriscou um olhar para a cabeleira platinada. Como Gabrielle tinha chegado até ali? Mas ele logo descobriu como, quando Cho Chang lhe deu um aceno de mão, encostada perto de Sirius. As duas garotas tinham casacos de frio sobre as fantasias, que, mesmo assim, ainda estavam bem à vista.

E sem saber como tinha sido colocado naquela situação, Draco assistiu Narcissa caminhar até os dois, comentando em voz bem audível o quanto Gabrielle era linda e o quanto se parecia consigo mesma, e perguntando por que o filho ainda não havia apresentado a sua adorável namoradinha à família. Sem olhar para ninguém, em especial para Lizzie, Draco desejou muito poder enfiar a cabeça num lugar escuro e permanecer assim por semanas.

De seu posto, Ginny pensava que, certamente, a noite tinha que terminar ali. Nenhuma outra confusão poderia acontecer até o médico vir e dizer que bisa Eugênia estava bem. Definitivamente, aquela família podia deixar qualquer um maluco. Se tudo não fosse tão assustador e se ela não estivesse sentindo aquele gosto metálico de medo na boca, provavelmente estaria rindo. Uma daquelas risadas que se dá quando tudo parece um bolo compacto de confusão surreal. Mas a última coisa que conseguia fazer era achar graça em algo. Não quando o estado da bisa ainda era uma incógnita.

Ao enxergar a massa de parentes abrir espaço de súbito e um homem vestido de negro entrar, Ginny suspirou desanimada, além de não ser o médico, mais uma pessoa dentro da sala significava mais perguntas, mais aperto. O lugar estava prestes a explodir de tão cheio. Se tivesse prestado atenção, veria que a família e agregados abriam espaço com expressões de espanto, e que o homem responsável por tal feito, deslizava feito serpente até tia Candie.

- Minha querida - a voz era como o dono, fria e sibilante. – Vim trazer meus préstimos. Como está nossa Eugênia?

Foi quando Candice endureceu as feições que Ginny percebeu não se tratar de alguém qualquer.

- Vovó está sendo cuidada e logo estará perfeitamente bem – a tia falou com uma voz surpreendentemente firme. – Foi apenas um susto, um mal-estar.

- Fico feliz em saber - a voz do homem era agora quase um cicio suave -, embora uma sala como esta, tão cheia de familiares preocupados, sempre faça imaginar o contrário. Mas seja o que for, você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, querida. Qualquer uma.

Ao lado dos dois, a ruiva sentiu um arrepio gelado correr sua espinha, como se ventasse forte. Mas não tinha nenhuma corrente de vento ali dentro. Eram os olhos do homem. Refletiam algo estranho, misto de desejo e morbidez.

Com um som parecido com um rosnado baixo, Harry se colocou na frente do homem, entre a tia e Ginny.

- Ninguém aqui quer qualquer ajuda que vier de você, Riddle. Fica longe da minha tia. Longe dessa família. Leve sua fala mansa e peçonhenta daqui.

- O jovem Potter... – Riddle falou como quem não entendesse a afronta. – Já faz algum tempo que não tenho o prazer de vê-lo. E mesmo que não seja há tanto assim, será que preciso lembrá-lo de que também pertenço a esta família? Que também tenho sangue Morgan nas veias?

Harry já tinha aberto a boca numa intenção pouco educada, quando percebeu a alteração no semblante do homem. E seguindo a direção dos olhos mortiços de Tom Riddle, percebeu que estes estavam pousados sobre a fada ruiva, num modo que lembrava uma serpente fitando um indefeso passarinho.

- E esta? É a pequena Virgínia, não é? A pequena herdeira.

Quem não o conhecesse não teria notado diferença, mas Harry já tinha visto aquela expressão mais atenta, o brilho mais intenso dos olhos mortos. Riddle parecia ter descoberto algo com que se regozijar.

- Que bela menina crescida – Riddle tornou a falar, avançando a mão suavemente na direção da garota. - Com estes cabelos vermelhos, só podia ser filha de Arthur.

Uma coisa ruim parecia emanar daquele homem refinado, daquele homem estranhamente velho e jovem, feio e belo, como que congelado à força no tempo. Algo que fez a jovem se retrair instintivamente. Mas nem precisaria se dar ao trabalho. Harry já se interpusera entre eles, barrando o avanço do homem e praticamente estalando os ossos dos punhos, tal a violência de seus músculos tesos.

- Qual parte de cai fora, você não entendeu?

O homem olhou rapidamente ao redor, assumindo uma postura quase debochada.

- O menino parece bastante alterado, não é mesmo? – disse para todos e para ninguém em especial. - Presumo que os ânimos estejam tensos no momento.

Num piscar de olhos, Sirius estava junto ao afilhado, com uma mão colocada sobre o ombro deste, como se para contê-lo. Não foi sem surpresa que Ginny escutou algo bem diferente do que imaginara a princípio.

- Riddle, creio que você devia escutar o “menino” – Sirus tinha o tom tranqüilo, mas sério, de quem dava um ultimato. - Mais um minuto e, em vez de segurá-lo, vou ajudá-lo a te pôr na rua. E acredite, seria uma tarefa muito agradável.

- Ora... o cão de guarda dos Morgan continua com os dentes afiados.

Um movimento de Harry e a mão de Sirius o apertou um pouco mais, em aviso.

- Sempre, Ridlle – Sirius concordou. - Foi um desprazer, como sempre – e assim o forçava a se despedir, antes que a coisa realmente esquentasse por ali.

Muitos olhos raivosos sobre ele, outros tanto temerosos. Tendo testado até o limite, talvez um pouco mais, Riddle percebeu já ter chegado a seu objetivo. E uma vez que já o tivera bem debaixo de seus olhos, quase tocando, podia partir sabendo bem o que fazer.

- Não se preocupem - Tom continuou, se afastando do rapaz ligeiramente –, só tinha vindo para prestar meu apoio irrestrito à Candice. Mas se não sou bem vindo...

- Você não é – Harry falou entre os dentes. – Fora!

Tom poderia ter tripudiado mais um pouco, poderia ter provocado um tanto a mais, por pura diversão, só não contava com certa presença recém chegada. Um se afastar dos parentes, dando espaço para a figura que encheu a sala e pareceu resplandecer, de certa forma. Ladeada pelos dois netos, uma senhora de idade o fitou com olhos miúdos e maus.

Ginny assistiu a entrada de Keisha, Blaise Zabini e a mulher que, sem qualquer razão aparente exceto seu olhar forte, parecia diminuir o homem estranho, fazê-lo se retrair e rumar ziguezagueante para a saída.

Um suspiro pareceu ser ouvido assim que Riddle saíra porta afora. Alívio? Os parentes tinham algum motivo para temê-lo? E qual poder aquela mulher miúda, mas de presença gigante, teria sobre ele? Ginny tinha mil perguntas espocando na cabeça, mas como sempre, o momento não era o mais adequado, e não estava em condições de se desligar o suficiente da preocupação pela bisa para se informar. E as pessoas também não pareciam dispostas a tocar no assunto, a não ser consigo mesmas. Um zum-zum-zum discreto começou a se formar, sendo abafado constrangidamente.

A velha senhora não dirigiu os olhos a ninguém, seguindo reto e numa indiferença absoluta até se postar diante de Candice Morgan e entabular um estranho e ligeiro diálogo. Vozes tão baixas que eram quase sussurros.

- Vim para ver a Eugênia.

A voz dela soava rouca, como são as vozes de pessoas velhas com um longo histórico de fumantes. Embora o ar não recendesse a nicotina, mas a flores e... fumaça? Ginny lembrou-se dos defumadores durante as missas assistidas com a mãe.

- Justine... – Candie assentiu levemente e um tanto surpresa, mas como sempre, se recuperando rapidamente. – Eu também gostaria muito que você pudesse ver a vovó, mas ela... Eu temo que seu estado ainda não esteja estável.

A mulher inspirou vivamente, seus olhos se fechando quase por completo:

- Estável... – ela repetiu para si mesma. – É, talvez ainda não, mas está a caminho.

Ao contrário de se portar com estranheza ou indiferença sobre aquelas estranhas palavras, tia Candie quase se agarrou aos braços finos da mulher.

- Está a caminho, Justine? Tem certeza?

A outra só fez sorrir de lado, meio como se não quisesse.

- É só esperar. Só esperar.

A mulher deixou tia Candie sem cerimônias, como se já tivesse feito sua obrigação indo até ali. Ela se perdeu no meio dos Morgan e logo desapareceu de vista, se aproveitando da onda de conversas para se retirar. Os netos a acompanharam, pressurosos. Zabini trocando breves palavras de despedida com Malfoy e Keisha quase se esbarrando em Cedric, mais um que acabara de chegar.

Keisha havia reparado no recém chegado, logo lançando a Ginny uns olhos esgazeados, cujo significado não fez muito sentido para a ruiva. Mas afinal, o que fazia sentido ali? Tudo era como um enorme circo de horrores e susto, brigas, conforto e risadas. Uma confusão sem tamanho. E aquela velha mulher? Tinha entreouvido direito ou ela insinuara que a bisa iria melhorar? E como ela poderia saber?

Tom e Justine tinham se ido, mas deixaram ecos pela sala toda. Os rumores eram mais fortes, o semblante de tia Candie mais cansado, mas também mais tranqüilo. O único que parecia inalterado era Harry, ainda meio tremendo de raiva a seu lado, os cabelos negros sendo afagados pela tia, sem parecer notar. Ele tinha jeito de não se acalmar facilmente.

A ruiva pensou em atrair o primo com o olhar e tranqüilizá-lo de alguma forma, supondo que houvesse um jeito de atrair pessoas com a mente. Mas suas especulações não saíram do plano abstrato, já que logo sentiu uma mão tocar seu ombro e pulou, sobressaltada, com um medo ridículo de que alguém pudesse saber o que estava pensando.

Cedric Diggory e seus belos olhos cheios de preocupação. Preocupação por Ginny. Ele tinha apreensão estampada no rosto e um genuíno ar de que faria o que fosse para confortá-la. O problema é que com sua chegada, Harry havia resmungado algo ininteligível e saído de perto de Ginny como um tufão, rumando para fora e sendo imediatamente seguido por Cleópatra Cho Chang. E não, por mais que fossem boas as intenções de Cedric, aquilo não a confortava de jeito nenhum.

As horas foram passando, a noite das bruxas dai a pouco atingiria o seu ápice. Uma Ginny exausta, sozinha, dava uma volta pelo pequeno pátio externo à sala, querendo apenas respirar. Harry há muito já tinha voltado para dentro, e ela tinha que reconhecer: fosse o que fosse que Cho conversara com ele, certamente dera algum resultado. Pareceu miragem quando dois médicos, com seus imaculados jalecos brancos, passaram pela ruiva, adentrando a sala e logo fazendo um espantoso rugido ressoar pelos corredores silenciosos.

- Mas agora o quê? Isso já foi longe demais. Vão sair todos, ora se vão. – e enfermeira ranzinza corria com passinhos miúdos para o centro do alvoroço. – Nada dá o direito de...

Ginny deixou de ouvir as ameaças, sentindo as pernas bambas de alívio, conseqüência de uma forte descarga hormonal, como se acabasse de escapar ilesa de uma hora de viagem sobre uma montanha russa desgovernada. Sim, aquele som tinha uma única explicação. A mais maravilhosa, mais confortadora...

- Ora... – a mesma enfermeira voltava do aposento com um inusitado ar indulgente, uma ruguinha risonha em cada canto da boca. – Não está tão barulhento assim. É como eu sempre digo, nada como um pouco de felicidade para finalizar um plantão cansativo. Sim senhor...

O monólogo descongelou a garota, fazendo com que finalmente suas pernas moles se movessem e ela corresse até a sala, para os braços de Candie e de quem mais estivesse comemorando.

XXX

Sim, um dia em forma de montanha russa emocional. A sala esvaziando, parentes se despedindo, aliviados, prometendo visitas. Cedric já se fora e Sirius havia pedido ao afilhado para levar as garotas, Cho e Gabrielle, para casa, o que o rapaz fez, sem deixar de lançar à ruiva um olhar especulativo, antes de sair. Poucas pessoas ficaram, na verdade, apenas as que tia Candie não tinha podido despachar para suas casas. Sirius e Patrick, tentando agir como se não se dessem conta das respectivas presenças, Sarah Mae, que nem os céus afastariam de “Dona Eugênia, abençoada seja”, e Ginny, caindo de sono sobre o colo da tia. Por fim, a ruiva também fora despachada para dormir na casa de Lizzie, o que, nem de longe, a garota pretendia fazer. Tinha concordado, mas estava louca pela sua cama.

Agora, dentro do carro dirigido por Samuel Lonigan, a garota se esforçava para manter os olhos abertos. Pelo retrovisor, Samuel se preocupava com a palidez da menina Ginny, não parecendo muito convencido a deixá-la sozinha em casa. Mas, como dona Candice não tinha dito nada a ele...

Ao estacionar diante dos portões da Casa Morgan, o homem não desligou os faróis, arregalando os olhos para o punhado de inusitados artefatos amontoados na calçada, bem diante do portão de ferro trabalhado. Imitando o gesto de Samuel, Ginny desceu o mais rápido que pôde, descobrindo o motivo de tão súbita mudança no comportamento do sempre afável motorista.

- Minha nossa! Não chegue perto, menina Ginny! – ele segurou seu braço, antes que ela pudesse de fato se aproximar.

- Mas, o que é isso, Sam?

O homem fez um olhar feio, quase bravo:

- Um trabalho de vodu. Está tudo aí.

O tudo a que ele se referia, parecia ser o punhado de alimentos, bebida e velas espalhados pela calçada. Algo escuro, líquido, salpicava a superfície de tudo. Algo de cheiro metálico. Havia uma pequena bonequinha no meio?

- Venha pra cá, menina – Sam a arrastou de volta para o carro, e logo deu duas buzinadas breves, alertando os guardas da rua.

Pela conversa que Samuel começou com os dois homens uniformizados, ficou claro que nenhum deles pareceu ter visto nada de anormal.

- Nada, é? – Sam ficou ainda mais bravo. – Então, querem fazer o favor de dizer que diabo é isso aqui?

Os guardas, vendo do que se tratava, pareceram apreensivos, até receosos. Palavras confusas, algo sobre muitas recepções de Halloween pela vizinhança e crianças peraltas à solta. Um doce ou uma travessura?

- Isso aqui não é travessura – por mais que Samuel se esforçasse, sua voz chegou clara até a garota. – Essas manchas aí... Isso parece... – e então se voltara confuso para ela, evidentemente não querendo alarmá-la.

“Como se ele pudesse...”, Ginny pensou. Só queria descanso, e não seria meia dúzia de coisinhas bizarras que a impediria de conseguir o que seu corpo clamava.

- Tudo bem, Sam, é só uma bobagem. Não vou ficar com medo nem nada. Agora só quero entrar e cair na cama, ok?

Ele lançava os olhos para o local e para ela, parecendo pesar as evidências.

- Hey, Samuel – um dos guardas chamou. – O sistema de segurança está intocado, mas a gente pode entrar e dar uma olhada na propriedade.

- Ah, vamos sim, olhar o jardim e a casa toda – e se voltando para a garota. – Fique no carro que a gente volta logo, logo. E não saia.

Ela assentiu, não muito conformada. Queria chorar por um banho.

Inesgotáveis minutos se passaram, mas Sam e os guardas só voltaram quando tiveram a mais absoluta certeza de que o lugar estava livre de intrusos ou quaisquer artefatos estranhos. Guardas dispensados, ela abriu um sorriso cansado. “Grande, ora de entrar”. Mas Samuel barrou sua passagem.

- Ah, menina Ginny, não gosto nada da menina ficar sozinha. Ainda mais com essas coisas na porta. Acho melhor te levar para a casa de algum parente. A menina vem de outro lugar, não é que nem a gente que cresceu vendo de tudo por essas bandas. Pra “olhos de fora” isso aí pode parecer bobagem, mas pros daqui não é não.

- Está tudo bem, Sam – ela sorriu pacificamente, se esforçando para eliminar a única barreira entre ela e sua sonhada cama. - Vocês revistaram tudo, o alarme está funcionando e é Halloween. Lembra o que o guarda disse? Com tanta criança por aqui, isso me cheira a traquinagem. E além do mais, essas coisas só funcionam pra quem acredita nelas, e eu não acredito. Não vou ficar vendo sombras, morrendo de medo, nem nada do tipo.

O homem coçou a cabeça, dividido entre continuar suas explanações sobre como o vodu era coisa séria, e se calar, sabendo que a última coisa que deveria fazer era assustar a jovenzinha. E, em todo caso, existia um pouco de verdade no que ela dizia: o mal era indiscutivelmente mais prejudicial a quem o temia. Não gostava nada de deixá-la sozinha, mas estava exausto depois daquele dia de cão.

- Se a Sarah não tivesse ficado com sua tia, não ia deixar a menina...

- Olha, é só não dizer nada pra ela – Ginny percebeu que ganhava terreno. - Estou morrendo de cansaço, você também. Tenho guardas, uma casa protegida, toda a segurança que alguém pode ter. Porque você não vai arrastar a Sarah Mae do hospital e vão os dois pra casa dormir? Além disso, estou querendo ligar pra Lizzie, combinamos que o pai dela iria trazê-la pra dormir comigo – ela mentiu, doida por um banho e cama, e nada disposta a passar a noite fora de sua casa.

Sam pensou, coçou a cabeça mais uma vez e, finalmente, suspirou derrotado.

- Está bem, então – ele decretou. – Vou pedir aos guardas que fiquem de olho na casa – apontou para a guarita no final da rua. – E a menina fique bem quietinha dentro de casa até a pequena Lizzie chegar.

Ginny assentiu feliz, enquanto era guiada para dentro. Samuel fez questão de levá-la até a porta e se certificar de que estava trancada, só então deixando a ruiva em paz.

“Enfim...”, Ginny suspirou, pelos músculos doloridos, pela cabeça estranhamente leve e pela fantasia que agora se tornara desconfortável, pinicando e espetando seu corpo.

Ela subiu descalça a escadaria, bem devagar, apagando o excesso de luzes e deixando apenas algumas pelo caminho. Ia relaxada, escutando o silêncio da casa. Fosse qualquer outro dia, teria estranhado a falta dos estalidos e pequenos sons que as casas muito grandes ou antigas costumam fazer. Tudo quieto. Quieto demais. Mas estava muito cansada para se ocupar daquilo. A explosão de ansiedade e, por fim, de alívio, deixaram seu corpo mole, mole, e ela já tirava a roupa antes mesmo de entrar para o quarto e rumar imediatamente para o banheiro.

Começara a dormir na banheira. Que idéia... Tomar banho de banheira quando se está morta de cansaço. Tinha acordado de súbito, com uma sensação de estranha urgência, como se alguém tivesse chacoalhado o seu braço dizendo: “Acorde! Saia da casa agora!” Coisa esquisita.

Com o corpo reanimado pelo banho, ela vestiu o pijama e catou todo o caminho de roupas até o banheiro. Tinha a sensação de precisar gastar até a última gota de energia antes de conseguir dormir. Bom, isso ia ser moleza, ainda tinha que pentear os cabelos úmidos, e do jeito que estavam compridos...

Um barulho de água correndo. “Mas o que...?” Andando até o banheiro descobriu a torneira da banheira aberta. Não pingando, aberta. Engraçado, tinha jurado girar a torneira direito.

Escovando bem os cabelos, Ginny voltou para o quarto, se postando diante do imenso espelho junto a sua penteadeira, ajeitando os fios vermelhos para que secassem direito. Por um momento surreal, pensou captar um movimento logo atrás. Não era nada. Devia estar no limite, seus olhos cansados vendo formas em tudo.

Foi quando outra percepção, esta bem mais forte, se somou à primeira. Aquela percepção típica, que ela nunca poderia ignorar. Virgínia teve a infalível impressão de alguém. Uma presença. Relanceou os olhos pelo espelho e pareceu enxergar um vulto sólido no fundo do quarto.

A escova caiu quando ela se virou de supetão, vasculhando o lugar com os olhos muito abertos.

Nada.

Ela esfregou a pele arrepiada dos braços, fixando bem o canto onde jurava ter visto uma figura. “Que coisa estranha...” Fazia séculos que não acontecia. Nunca mais tinha tido essas sensações. Mas no passado, sempre que as tinha... bem, sempre eram sinal de alguma coisa.

Devia estar dormindo em pé.

Quando se preparava para esquecer, para aceitar como natural, as luzes do quarto falharam brevemente. Uma piscada rápida que a deixou no escuro por um segundo. Um segundo bem comprido. Ginny permaneceu olhando para a lâmpada como se esta pudesse lhe responder que raios estava acontecendo.

“Acorde! Saia da casa agora!”, ela lembrou, ou antes imaginou. A garota abanou a cabeça. Agora estava dando pra imaginar coisas, é? Fazendo mais feitiços involuntários? Provavelmente era só a luz querendo queimar. Quis rir a respeito, mesmo nervosamente, mas sua pele ainda estava muito eletrificada para conseguir relaxar. Como não era a primeira vez que tinha “sensações”, Ginny usou sua velha tática: se forçar a agir com normalidade até a impressão estranha passar. Nada era pior do que ceder ao medo.

Afastando um tremor involuntário, a ruiva se abaixou, pegando a escova do chão. Enquanto voltava à posição anterior, de frente para o espelho, sentiu um arrepio violento eriçar todos os cabelos de sua nuca. As luzes se apagaram de uma vez. A do abajur, do banheiro, do teto. Todas. Só restou a fraca luz noturna que entrava pela sacada. Ginny não pôde evitar. Mesmo sabendo que não devia, que era melhor apenas andar de cabeça baixa e sair do quarto, da casa, o quanto antes, ela não conseguiu deixar de olhar.

Levantando os olhos, muito devagar, ela observou sua imagem no espelho. E descobriu que não estava sozinha. E descobriu que não era um vulto.

Tinha uma velha atrás dela. Uma velha de cabelos brancos desgrenhados e olhos cheios de malícia. A observando diretamente por cima dos ombros, a cinco centímetros de distância. Prestes a tocar.

A Velha.

A escova tombou novamente. Os dedos da garota tremendo, olhos se arregalando, os dentes se apertando com força. E horror dos horrores, a velha foi abrindo um sorriso que crescia em tamanho, satisfação e maldade.

O calor fugiu de todo seu corpo, o coração parou de bater. Ginny percebeu que aquilo não era um ser vivo. Não era humano.

“Eu vejo você... eu vejo”, a voz estava em sua cabeça, um som áspero, rachado. Maldade em forma de palavras. “Agora te achei.”

Ginny não decidiu, apenas pulou até a porta, os movimentos estouvados parecendo excessivamente lentos, como nos pesadelos, quando você parece se mover embaixo d’água, o coração na boca, a garganta fechada. E tremendo, soluçando de pânico, ela experimentou a porta. Travada. Tão completamente travada.

Escutou o cicio de seda se movendo, se movendo para ela. Estava vindo, vindo de mansinho.

Não. Não olhe para trás. Não olhe. Abra a porta. Abra a porta. Saia. Saia da casa já!

Ginny finalmente encontrou sua voz e começar a gritar a plenos pulmões.

Seus punhos esmurrando a porta, a maçaneta emperrada. Algo gelado a tocava? “Meu Deus... não...” Ela gritava tão alto que acordaria toda a casa.

Mas não havia ninguém em casa.

“Sozinha”, a velha suspirou.

Com o som de seu próprio horror nos ouvidos, Ginny forçou e esmurrou e num clique de mágica o trinco cedeu.

Estava fora. No escuro da casa deserta.

Agora corra!

Correu às cegas pelo corredor atapetado, derrubando coisas, caindo de joelhos, se levantando, trombando nas paredes. E gritando. Gritando porque sua vida dependia disso.

A velha estava às suas costas, ela sabia. A Velha. Sorrindo por trás de seus ombros. Querendo...

Ginny só parou de gritar quando tropeçou no meio da escadaria que levava ao térreo e rolou. Flashes coloridos de dor. Mas ela não sentia, não via. Ginny só se desesperava.

Vodu. A rua. Precisava chegar à rua.

Virgínia chegou ao pé da escada, se erguendo desequilibrada, e correu mais uma vez, desorientada, indo se chocar contra uma figura negra a sua frente. Um obstáculo intransponível.

Seu coração parou. A velha estava ali. Sentiu seus gritos agudos arranharem a garganta antes que pudesse pensar.

- Não!!! Não!!!

Ela estapeou a figura no escuro, e aquilo tentou retê-la, tentou falar com ela.

- Ginny!

O desespero era tanto que não atinou que aquela voz era humana, conhecida.

- Não!! Eu não quero! – ela tentava escapar das mãos que prendiam os seus braços.

- Pára com isso, Virgínia! – a figura a segurou com mais força. – Sou eu! É o Harry!

Harry segurava os braços gelados, chocado com o que via dela na semi escuridão da sala. Viu que não respondia à razão, que estava totalmente fora de controle. Então, arrastou-a para perto da janela, onde a luz da lua fez suas feições ficarem visíveis.

A garota parou de gritar, mas tremia inteira, a boca formando um “O” perfeito, sem som, os olhos arregalados correndo por todos os lados, hiperventilando. Parecia nem ter dado por sua presença.

- Me-me deixa sair daqui... me deixa...

- O que aconteceu com você? – ele temeu que houvesse um invasor na casa, mas não parecia ser tão simples. Algo lhe dizia que não era por ali.

- Me deixa sair! – ela voltou a repuxar os braços e a se debater como um peixe.

Harry percebeu que era uma questão de segundos antes que recomeçasse a gritar.

- Olha pra mim! Agora, Virgínia! – Agora foi ele a chacoalhar os braços dela, a forçar o rosto da moça até que seus olhos se focassem nos seus. – É o Harry! Acabou! Você está segura, ouviu?! – As palavras saíram sem que precisasse raciocinar. – Acabou!

A luz voltou como por efeito de um encanto. Luz suave vinda de alguns abajures. Luz distante vinda da varanda e do segundo andar. Virgínia deixou os braços caírem, enquanto algo nela aceitava que Harry estava ali, segurando seus braços e dizendo que nada iria acontecer. Ela se lançou contra ele, afundando o rosto no peito do rapaz enquanto agarrava com força a camisa escura.

- Harry... por favor, por favor, me tira daqui.

Ele não esperou um segundo pedido. Levando um braço por baixo dos joelhos dela, levantou a prima nos braços e antes mesmo que conseguisse deixar a casa, escutou um choro sentido e alto em seu pescoço.

Harry saiu para o jardim lateral e pensou no que fazer, não poderia sair da propriedade com ela naquele estado, duvidava que o soltasse se a levasse até o carro e tentasse colocá-la no banco do passageiro. Não conseguiria dirigir com ela no colo, e em todo caso, para onde a levaria? Só havia uma solução, acalmá-la ali mesmo, no lugar onde ela dissera ser o mais bonito, no qual parecera tão integrada e tranqüila.

Ele apertou o corpo da moça com mais força, como se tivesse acabado de tirá-la de um prédio em chamas ou de um afogamento no mar. Foi com passos largos que chegou até o balanço do antigo carvalho.

- Shhh... está tudo bem... – ele falou baixo, se acomodando com a ruiva no colo. Aquele choro doendo nele mesmo, o deixando fisicamente mal. – Você está segura agora. Nada vai te acontecer. Nada, está bem?

Harry não sabia por que estava agindo de forma tão irracional. Devia estar vasculhando a casa, chamando os seguranças da rua, a polícia, exigindo saber o que tinha acontecido, mas seu coração dizia que estava fazendo o que era certo. E ele se deixou levar por seus instintos. Instintos que ficavam estranhamente mais fortes quando estava perto dela. Ele também era um Morgan, diabos! Também sentia coisas ao seu redor. E na infância tinha cansado de observar aparições esbranquiçadas e fugazes. Sempre num piscar de olhos. Seres fracos, inofensivos em sua maioria. Ela teria visto algum? Será que um fantasma translúcido tinha colocado sua prima, sempre segura de si, naquele desespero? Deus... ela parecia um bichinho acuado, tremendo nos seus braços.

- Gin... estou aqui com você... shhh... – continuou falando em voz baixa, embalando a garota, a abraçando apertado, até que o choro fosse se acalmando e ela finalmente desenroscasse os dedos de sua camisa, abraçando-o pelo pescoço. – Não vou te deixar, Gin... não vou.

Ela estava tão diferente do modo que costumava ser... Harry nunca a vira tão fragilizada, e a espantosa visão do seu desespero, escutar seu choro, sentir aquele corpo morno, trêmulo e encolhido junto ao seu, despertou em si um feroz instinto de proteção. Não era da boca pra fora, não ia deixar que nada de ruim acontecesse a ela. Naquele momento seria capaz de matar o filho da mãe que a tinha deixado naquele estado. E se fosse um fantasma, melhor ainda, só precisaria despachá-lo direto para o inferno.

Ele não sabia que podia se preocupar tanto com outra pessoa. Não sabia que tinha sentido tanta falta dela, de sentir seu corpo tão próximo. E pensar que fora logo ali, debaixo do velho carvalho, que provara o melhor gosto e também o mais doloroso de sua vida. Doloroso porque não devia e porque, mesmo assim, sabia que faria tudo para prová-lo novamente.

A embalou como um bebê, até o choro ir diminuindo aos poucos, agora já não passando de leves ruídos junto a seu pescoço e alguns tremores que ainda a sacudiam. Harry achou que já podia se arriscar a saber o que houvera.

- Gin, vou soltar você agora. Só um pouco – se apressou em dizer ao notar o espasmo de rigidez no corpo dela. – O suficiente pra poder te olhar, ok?

- Não. Por favor, não – ela disse com a voz rouca de choro, voltando a se apertar ainda mais contra ele.

Harry experimentou certas sensações começarem a ser despertadas pelo cheiro da garota, pelo jeito como ela se agarrava a ele com seu corpo quente. E eram sensações que conflitavam intensamente com seu instinto protetor, devia salientar. Não era hora para aquilo. Talvez houvesse um intruso dentro da casa e tudo o que seu maldito corpo podia pensar era como os dois se encaixavam tão bem, como se tivessem sido projetados para se moldarem com perfeição.

- Gin, preciso olhar pra você, ver se não se machucou. Você deve ter rolado uns bons degraus naquela escada – foi o subterfúgio que usou.

Sua mente insistiu no pensamento de que podia haver algum marginal dentro da casa.

- Não – ela falou mais racionalmente. – Não é nada disso.

- Nada disso o quê? – Ele correu a mão para o queixo dela, querendo trazer o rosto úmido para o seu campo de visão.

Ela resistiu ao toque delicado, se recusando a desenterrar a cabeça do seu esconderijo.

- N-não tem ninguém lá dentro. Você sabe que não tem – ela só precisava ficar assim com ele. Só precisava fechar os olhos e se concentrar nele, esquecer qualquer coisa fora do universo daqueles braços.

Como se transmitissem sensações um para o outro, Harry sentiu o próprio calor crescer, se avolumar dentro de si.

- Vai precisar me dizer mais do que isso, Gin – relutante, ele finalmente tomou a atitude sensata e a forçou a encará-lo, tendo a nítida impressão de que a ruiva tinha lido as palavras em sua mente. – Se não é um intruso, o que aconteceu com você? Quem era?

Ela desviou os olhos e balançou a cabeça negativamente. Não podia falar sobre aquilo, falar seria tornar real, reviver o horror. Lágrimas quentes voltaram a correr por seu rosto e ela se surpreendeu quando sentiu os dedos de Harry traçarem o caminho salgado, as enxugando.

- Tudo bem, não precisa me dizer nada agora. Me deixa só avisar tia Candie ou te levar para a casa da Lizzie. Preciso dar uma boa olhada na casa.

- Não – ela o encarou intensamente. – Ninguém pode... você não vai dizer nada. Jura que não, Harry.

- Do que tem tanto medo? Pode não querer falar comigo, mas seja o que for, elas vão entender.

- Harry, não. Você vai jurar que não vai dizer. Vai jurar. Tia Candie já tem a bisa pra se preocupar, e minha mãe... se ela souber...

- Você não vai mesmo me dizer? Viu alguma coisa, não viu?

- Por favor, hoje não. Só preciso que fique perto de mim.

- Eu já estou – ele sorriu docemente. - Mais perto que isso seria impossível. Ou quase.

Ela se deu conta de como estavam. Precisava se levantar. Depressa. Mas algo a impedia. Seu corpo relutava em deixar o contato com ele, ao mesmo tempo em que percebia a situação embaraçosa de se ver sentada daquele modo no colo do rapaz.

Harry pareceu adivinhar seu constrangimento e a colocou de pé, se levantando junto, mas sem soltá-la de todo.

- Não quer mesmo ir para a casa de alguém? Tia Candie deve demorar. Era melhor eu te levar até a Lizzie.

- Não. Não posso ver mais ninguém.

- Ok. Então, eu posso vasculhar a casa e te levar até seu quarto.

- Eu não vou voltar pra lá – ela ofegou. – De jeito nenhum.

Harry passou a mão pelos próprios cabelos arrepiados, pensando no que realmente teria acontecido com ela. Ginny nunca tinha parecido indefesa, muito menos uma menina assustada, que tem medo do escuro. Mas a nota de pânico em sua voz, quando ele apenas sugeriu a levar para dentro, fez com que ele avaliasse sua última opção. Não poderia levá-la para um hotel e deixá-la sozinha naquele estado, não poderia ficar com ela em outro lugar e deixar a casa desprotegida. Certo, havia todo um sistema de segurança e guardas no quarteirão, mas não era sobre essa proteção que ele estava refletindo. Se algo sobrenatural tinha ocorrido com a prima, e ele estava inclinado a pensar que sim, era possível que ocorresse com Candie ou a bisa Eugênia, quando voltassem. Alguém precisava estar alerta. Em posse dessas considerações, Harry tomou uma decisão.

- Vamos pro meu quarto – ele a viu assentir imediatamente e quase sorriu.

Tinha que estar num estado muito crítico para não lhe lançar sequer um olhar desconfiado.

Caminharam os longos metros que os separavam do seu destino, mais devagar do que em uma situação normal. Virgínia usava as duas mãos para segurar convulsivamente o braço de Harry e tentava não olhar para os lados. Ele percebia que os menores ruídos noturnos a deixavam quase que paralisada, por isso ia falando baixo pelo caminho, tentando tranqüilizá-la.

Demoraram uma eternidade para atingir o quarto do rapaz, e uma vez lá, Harry se perguntou: e agora?

- Vou pegar um copo d’água – usou a frase tradicional, que não fazia sentido, já que água não era calmante, mas que dava tempo aos dois, para se acalmarem ou se ajustarem a proximidade um do outro.

Depois de encher o copo, Harry se surpreendeu ao se virar, vendo que a garota o tinha seguido até a minúscula cozinha, parecendo disposta a se grudar nele novamente sob o menor motivo de alarme.

“Bem, isso seria agradável”, ele afastou o pensamento inoportuno com um balançar de cabeça.

- Está melhor? – ela tinha bebido todo o conteúdo do copo e agora lançava os olhos pela pequena habitação. Não para reparar no que continha, mas por medo. Ginny não fez nem que sim, nem que não, mas pareceu pensar sobre alguma coisa.

- Harry...

- Hum?

- Eu só quero, de verdade, que este dia acabe logo.

A exaustão emprestava fundas olheiras à garota, aumentando a ilusão de fragilidade. Ela nunca parecera tão pequena.

- É noite das bruxas em Nova Orleans, Ginny. Coisas estranhas acontecem. Podia até ser uma frase cultural, e geralmente é, mas as coisas com você não costumam ser do jeito que a gente imagina. Tem sempre um algo mais, um muito mais.

- E você acha que eu gosto disso? – a voz saiu magoada, não com ele, mas com a situação.

- É evidente que não gosta. Talvez este seja o x do problema.

- O que quer dizer?

- Deixa isso pra depois. Você precisa descansar. - Vendo a moça atingir seu limite, Harry não deu continuidade a seu pensamento. Mas no fundo de seu coração, sabia que enquanto ela fugisse daquele seu lado mais sombrio, mais mágico até, as coisas não seriam muito simples.

Foi quando Ginny, com uma súbita lembrança, foi obrigada a aludir ao assunto do qual queria fugir. Alarmada, ela se lembrou dos objetos no portão de entrada. E se tivessem alguma relação com “aquilo”?

- Tem uma coisa... vodu, no portão da frente.

- Vodu? Aqui? – Harry se espantou com o dado inusitado.

- Tem sim. Bem na entrada.

- Eu não vi nada – ele franziu os olhos. – Ah... tinha água por todo lado quando eu cheguei. Quem lavou?

Ginny pareceu atordoada por alguns instantes, até compreender:

- Samuel – ela murmurou.

- Homem esperto – Harry relaxou o corpo. - Gosto dele. Água corrente é tanto um bom condutor quanto um excelente neutralizador de energias.

- Não acho que tenha sido neutralizado – ela deu as costas e voltou para o quarto, afundando o corpo, em frangalhos, em uma poltrona fofa.

Harry, se movendo com mansidão, colocou um joelho no chão, ficando com o rosto no mesmo nível que o dela.

- Ginny... do jeito que você estava, se foi uma aparição maligna, ela não precisava de mais alimento do que o seu medo. Uma oferenda de vodu é só um chamariz, um petisco, já o medo é um banquete completo.

As palavras dele se casavam exatamente com o que ela intuía.

- Harry... – a voz dela soava como quem implora por clemência. - Será que dá pra não falar mais sobre isso? Por hoje. Estou tão cansada...

Ele fitou com ternura os olhos fundos da garota. Em um único dia, Ginny já tinha passado por todos os limites que uma pessoa suportaria, fosse bruxa ou não.

- Vem dormir – ele levantou e se dirigiu até sua cama, afastando a colcha e gesticulando para ela se aproximar.

- E onde você... – ela olhou significativamente para outra poltrona confortável, abarrotada com peças de roupa do rapaz.

Entendendo a deixa, Harry relutou em desfazer as ilusões da garota. Passar a noite em claro, tudo bem, se fosse para cuidar dela ou por uma questão de emergência. Mas passar a noite moendo o corpo numa cadeira, quando havia uma cama imensa, que caberia quase um time de basquete inteiro, era coisa bem diferente.

- Primeiro vou tomar um banho, depois vejo isso – e planejando ganhar tempo, Harry se encaminhou para o banheiro. – Não se preocupe, volto logo.

- Ah... – ela começou, ruborizada.

- Vou deixar a porta só encostada – ele adivinhou no ato, mordendo os lábios para evitar um sorriso matreiro. – Qualquer coisa... Você sabe.

Constrangida, mas cansada demais para argumentar, ela assentiu, logo escutando os sons de roupas sendo despidas. Roupas dele, despidas no quarto dele, local onde ela estava e onde, obviamente, passaria todo o resto da noite. Na cama dele. “Que dia impossível, meu Deus...” Sob o efeito deste pensamento, ela acabou por se deitar sobre os lençóis macios, puxando as cobertas até o queixo e sentindo o cheiro bom dele, antes de sucumbir ao sono. “Que dia impossível”.


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N/B Sally: Ok! *respira... inspira... expira... inspira... expira... É assim, não é? Sério, eu juro que quase esqueci como fazer. Eu, sinceramente... absolutamente sem palavras. Que show!!!! Minha querida, eu realmente, digo, realmente mesmo, esqueci que estava lendo uma fic, que era UA, e que os personagens vinham de outro livro que não este. Eu disse livro? É eu disse LIVRO. Morgans em peso foi demais. E, céus, eu... EU *olhar atônito* fiquei mor-ren-do de pena do Draco!!! Nunca, nunca achei que isso pudesse acontecer. E o Riddle? Minha Morgana das Fadas eu fiquei gelada com ele. Mas nada, nada, supera A Velha... Fiquei sem ar, corri, gritei, esmurrei a porta junto com a Ginny e... Harry abençoado seja (maninha, ele ficou mais adorável e sexy do que nunca protegendo ela... voltei a ficar sem ar hehe). O que mais dizer além de PARABÉNS!! Assim mesmo, com letras garrafais.


N/A: Que descarga emocional... É o que me ocorre ao terminar este capítulo. Apreensão, temor, pânico, provocação e por fim... os braços bem vindos de um certo rapaz. Cansativo, mas nada mau para um fim de dia. Nada mau mesmo. Pelo menos pra mim, que vivi cada emoção postada. XD (Hum, relendo este trecho, me pareceu meio metido, mas juro que não foi o objetivo.)

E, pelo bem geral da nação mágica e trouxa, declaro que a bisa fica! XD Eugênia, de seu leito, manda agradecimentos a todos que torceram por seu restabelecimento, dizendo que fará uma magia branca assim que melhorar, mandando saúde e amor em retorno. Vi alguém aí, gritar quando ouviu amor? Hehe.
Mas lembrem-se: o destino de Eugênia é como o de qualquer mortal. E sim, mortes poderão ser uma realidade nesta fic. De quem, obviamente, não digo.

Parabéns: Antecipado, para a Milinha Potter, que deixou um coment avisando que faz níver em 17/09. Morgan honorária e leitora querida. Os garotos Morgan mandam beijos mais que especiais. Hum... Safados. ^^

Já li uma escritora dizer que achava a coisa mais brega o tipo de autor que responde às reviews de todo mundo. E hoje, estando também do lado de cá, só posso dizer a respeito: coitada.
Enquanto me restar tempo e forças, e enquanto vocês tolerarem... Aqui estarei.


Agradecimentos mais que especiais (graças a Merlin estão cada vez mais gigantes; daqui uns dias vou postar mais respostas que capítulo. XD):

Lis.Strange: Hum, se a Velha é uma versão de Lasher? Talvez, mas bem menos “sweet”. Rsrsrsrs. Esta cena estava prevista há um bom tempo, e acredito que ela irá mudar o tipo de relacionamento do Harry com a Gi. Mas... *pára com os spoillers, Geo! XD Querida, depois me diz o que achou da minha pequena cena de terror. Conselhos são sempre bem vindos. Beijo grande.

Rochelle Porto: Agradece e reverencia o chamego. Brigada, querida. Um beijo estalado.

Sally Owens: Mana, acho que o capítulo anterior foi leve por um motivo inconsciente: deixar o peso para este. É uma coisa que você sabe melhor do que ninguém, escrever é viver a escrita. Imagine meu estado no final. O.o E sobre a identificação por memória... Ah... quando Lizzie se depara com o Drácula acompanhado, eu me inspirei sim na realidade. Ó céus! Que dor é aquela? Mas eu sabia que momentos assim ainda me serviriam para alguma coisa. Ahauhauhauhauhauahua! Harry, Ginny... ah, tenho planos bem definidos para o próximo. Hihihi. Muito, muito, muito obrigada pelo apoio de sempre. Foi você quem começou a esculpir esta estória comigo, dar dicas, puxar temas, tramas e tretas. ^^ E agora é minha co-pilota. Muito orgulho de te ter como beta, querida. Bjos sempre. PS: eu sei fazer humor??? Ah...\o/ \o/ \o/ (precisa dizer mais?)

Michelle Granger: Mi, cadê usted? T.T Espero que o pc melhore logo. E viu só? A vó está viva! \o/ Pode dar os saltos mortais, irmã. Com saudades do seu carinho e das suas fics. Beijãozão.

Miaka: Sim, a Gi descobrindo o diário do pai foi uma delícia de fazer. Esclarecimentos sobre ele serão feitos no próximo capítulo. XD. Agora sobre o baile de Halloween, sim, desgostos e aproximações. Nada será tão triste, nem tão alegre nesta fic. Tudo tem uma medida, com a ajuda de vocês, espero encontrar a minha. Beijos os montes, querida.

Hannah Burnett: Nooossa! Os ursinhos carinhosos! Agora eu fui looonge no passado. Rsrsrsrsrsrsrs. Mas realmente adorei o termo, e ele se tornou presente sempre que eu escrevo sobre o Harry. Mesmo quando feliz, tem algo meio endurecido dentro dele, um cantinho gelado e escurecido. Quando vc falou sobre o Draco: ele estava quase legal e agora estragou tudo, bom, é isso aí. Não tem ninguém perfeito nesta fic. Ninguém mesmo. Boa sacada, querida. Beijos e até a próxima.

JulyBlack: Ahuahuahuahua! Vitaminada, é? Estou bem precisando dessa sua energia boa. XD Sobre o Harry enfrentar seus demônios pela Gi, sim, ele fará, ganhará de alguns, perderá de outros. Como é na vida. E o Ron pegando no tranco? Menina, nem te conto (e não conto mesmo! Ahuahauha!). Mas o que disse tem um fundo de verdade. Verás, verás... Beijo grande.

Diana P. Black: Ah, Di, escrever é treino, só isso. Quanto mais a gente escreve mais melhora e... mais se dá conta do quanto tem gente melhor que a gente. Hihihi. São ossos do ofício. Fico felicíssima por ter te incentivado. *sorrisão rasgado Escreva mesmo, querida, mesmo quando alguns tentarem te desanimar (é fato, sempre tem algum espírito de porco pelo caminho). Mas nada paga a alegria de criar algo seu, com o seu suor e desejo. Harry dizendo palavrinhas mágicas. Hihihihihi. É verdade. Temos que ver até onde isto vai. Um beijo carinhoso, querida.

Sophia DiLua: Minha nossa senhora das escritoras de fics desgarradas! Ahuahuahuahua! Miga, tomara que eu tenha te deixado ainda mais curiosa com este cap. XD E muito obrigada pelo carinho e pelas risadas. Beijos.

Sil17: Hum, como eu consigo? *Geo pensando nas manas mega talentosas em quem ela se inspira e por quem ela se esforça cada vez mais. Precisa dizer que você é uma das maiores? Agora, momentos de riso puro? Eu, é? O.O Ainda custo a crer. Pôxa, mas que gostoso ler isto. Sabe, mana, vc me pira com suas adivinhações. Sim, é como se vc de certa forma soubesse o que vai acontecer. Talento de escritora nata, mais uma vez. Quando falou sobre a Velha, me deixou com um sorrisão. Realmente, ela atingiu a Gi, e mostrou que não pretende se afastar. Muitos beijos pra você e minha gratidão por ser esta leitora atenciosa de sempre. :-***

Remaria: Estou com saudades de conversar contigo, querida. Irmãs postiças e distantes. XD Hum, mas a Gabrielle foi unanimidade em antipatia. Pudera... ajudou ao Drácula a magoar nossa pimentinha. T.T E deixa o Sirius tentando, apertando o cerco. Aff.. eu bem que queria este aperto. Hihi. De uma fã para a outra: te amo. E manda bala no seu próximo capítulo (ai, aquele banho de banheira não me sai da memória.)

Lilly: Sim, querida. Sirius e Candie tem aquele tipo de amor eterno, que mesmo passados os anos, os sofrimentos mais atrozes, permanece. Mesmo estando separados e tão distantes. Acho que não estou estragando surpresa nenhuma dizendo isto. Afinal, é um fato indiscutível. A Eugênia te manda beijos especiais, viu? E prediz que você se tornará, a cada dia, mais observadora e, por isso mesmo, mais sábia, mais amorosa e, por isso mesmo, mais amada. Beijos e um abraço arrochado. :-)

Lanni Lu: Obrigada pelo apoio, querida. Mas vou ter que pedir, que implorar: cadê a Reviravoltas? Estou minguando de saudades. T.T. E pelo elogio ao doce Harry, ele te manda uma piscadela (só pra vc não se esquecer do quanto ele também é maroto). Hihi. Beijos, beijos, beijos.

Leka Potter: Pôxa, meu abraço carinhoso. Obrigada por me falar desta beleza. A gente às vezes se esquece de olhar nossos feitos com este carinho. Beijos, querida.

Nani Potter: Caçulinha! Ai que saudade de rir contigo... E como foi gostoso o teu review. Franco e deliciosamente lisonjeiro. Eu é que fico me perguntando o quanto sou sortuda de estar nesta família tão seleta e... tão aberta ao mesmo tempo. A começar por você, querida, que recebe a qualquer um com a mesma deferência e amizade espontânea. Obrigada mesmo. Agora, para você, campeã na escrita de Harrys Yamy-Yamy, o meu Harry não manda apenas uma piscadela, mas diz que te mostra pessoalmente seu agradecimento. Humm... Fssssssss ^^ Beijos, maninha.

Nimue25: Ai que delícia provocar paixões! Fico tentando me colocar no lugar de quem diz isto, e se for parecido com minha sensação, só posso te agradecer demais, querida, pq é um imenso elogio. Completa a gente, sabe? Muito obrigada por me acompanhar, por opinar, por pedir atualizações. Obrigada por você. Bjos.

Kelly: Me chame de Geo, querida. Agora, fica difícil agradecer a algo tão especial quanto o teu review. É como pagar com um simples obrigado, um presente sem preço. E acredite, fico com os olhos feito estrelas, sabendo que a estória te afagou assim. *_* Vc disse que tem 25 anos? Você é um bebê. Fiz amigos no mundo HP com o dobro disto. Quem é que disse que tem idade definida pra gostar do que faz a gente feliz, não é? Língua pra quem não tem nossa coragem. De uma bruxa para a outra, beijos.

Livinha: Lili moleca, sempre pondo risos na minha boca. Sei bem o que é esta falta de tempo, até de energia. Já percebi que o jeito é se habituar. ^^ “Eu desprezo os risos da fortuna”... Os inseguros perdem todos os jogos ainda no vestiário. E algumas vezes nem o amor dá jeito, eles só aprendem pela dor. A Gi começou a sentir isto na pele, e o Harry... ah, ele tem um longo percurso até a “cura”. Qdo vc falou sobre eu escrever com paixão intensa, lembrei que já ouvi um ator fazendo este elogio a um diretor de novelas, dizendo que ele punha toda uma carga de acontecimentos sem deixar nada para amanhã. E correndo o risco, novamente, de parecer metida (ó céus...), penso que isso veio de encontro ao jeito que gosto de escrever. Escrevo sem tentar guardar muito para depois, gosto de colocar fortes emoções agora, já. Mesmo que em doses breves, mas constantes. Rsrsrsrsrsrsrs Vixe, deu pra entender esse emaranhado de coisas? Isso é uma prévia para te agradecer, como a amiga que me entende e como a beta querida de tantos atropelos. Brigada irmã. De verdade. PS: o dom é nosso! XD

Ari Duarte: Valeu pelo apoio. XD É verdade, o Harry sempre muda perto da Gi, e agora, nem sempre pra pior. Viva! \o/ Sobre expressar sentimentos: como eu tento... Que bom que está dando certo. Rsrsrsrsrs Ok, ok? Bjokas

Mayra Black Potter: Que contentamento! Sua fic preferida, linda? Ai que bom. *_* O Harry é aquela coisa toda dentes afiados, que de repente se transforma na pessoa mais doce. É uma das suas ambigüidades. E ensinamentos de magia? A magia estará cada vez mais presente, sim. Um monte de beijos.

Amanda Regina Magatti: É querida, o Harry se tornou realmente o porto seguro da Gi, neste capítulo. Que a socorreu, acalmou e acalentou. Eles têm seus altos e baixos, mas são muito fofos juntos. *Geo suspira. E estou construindo Candie e Sirius com muito carinho, assim como os demais personagens. Beijos mil.

Pandora Potter: Pois é, eu já participei de uma festa de Halloween inesquecível, onde decoramos, convidamos, nos matamos de cansaço e dançamos demais. Tinha até caldeirão de desejos. Ai... lembranças... Foi desta festa que tirei a inspiração. As coisas que escrevemos ficam mais verdadeiras quando baseadas na realidade. E o diário que a Gi encontrou é o começo de uma longa descoberta. XD Beijokas.

Paula Nscimento Chamorro: Paulinhaaaaaaaaaaa! U-úuu. Rsrsrsrsrsrs Espero que esteja realmente bem, querida. Foi muito fofo saber que a estória te acalentou e afofou neste período difícil. Sobre o mistério da Velha... hum, ficou mais claro agora? Ficará ainda mais nos próximos. XD Agora, o nosso “Amargurento”(amei isso) está mais doce, né? Ainda tem dentes, mas, por enquanto, só pra mordiscar. E por falar nisso, ele te manda algumas, à guisa de melhora. Hihihi. Muito obrigada pelo carinho, querida. Sempre. 112233445566778899 beijinhos.

Paty Black: Maninha! Terminando e começando fics, é? Então nada de perder tempo: vai escrever, Mariaaaaaaaaaaaa! Ahuahuahuahua! E pode esperar, tem momentos beem calientes guardados para o señor Black. Fsssss... XD Muito obrigada pelo apoio de sempre e alegria constante, querida. Beijo na bundaaaaaaaa.

Anderson Potter: Espero que este também tenha ficado à gosto. XD Beijos, querido.

Gê Gehrke: Ah, muito obrigada pelos elogios. Muito obrigada mesmo. Não me canso de dizer que os leitores são o maior incentivo de quem escreve. Você foi um grande, querida. Comentando, dando um alô pra dizer que não se esqueceu da fic, apesar da demora da autora. Hehe. É por estas e outras que AMO escrever. Eu entendo bem essa coisa de querer mais (sobre uma cena de amor), é por isso que quando estou escrevendo tenho que me controlar, senão ponho tudinho de uma vez. Ahuahuahuahua! Pode sossegar, tem bem mais de onde veio esse fogo todo. Mas postar 20 cap!! O.O Meu sonho. XD Montes de beijos.

Isa Kolyniak: Ahuahuhaua! Tem gente querendo a pele da Gaby. Segura, não explode, o cap demorou mas chegou! XD A bisa está bem agora, pode sossegar, e terá muitas lições ainda pra dar aos seus meninos. Sirius e Candie... humm... tenho planos, muitos planos. Sobre escrever um livro: é uma idéia que vou guardar com carinho, ainda mais tendo amigos tão gentis como vc, me apoiando. Muito grata por seus elogios e carinho, querida. Coments como o seu me deixam com vontade de chorar... De alegria. Bjos mil.

Sônia Sag: Querida, o Harry de Byron é meu sonho de consumo. Ai que bom ser escritora, a gente põe todas as nossas fantasias sapecas à solta. \o/ *Geo se abanando enquanto pensa a respeito. Rsssssssss. E SUPIMPA é ter você comigo, amiga. Beijos aos montes.

Pâmela Black: Amiga, deste jeito você infarta de tantas emoções. Hihihi Mas e o tanto que eu gostei de saber disso? :-D Eu também! Pensei em que roupa eu ia usar! Mas como fingi que era a Gi, coloquei nela uma fantasia bem semelhante a uma que já usei. Fadinha da floresta. Que meigo... Ahuahuhauahua! E deixa comigo, se depender de fogo, este pessoal está assado na brasa! Beijos e um abraço apertado.

Tati: Ufa! A bisa está à salvo. :-) Embora perigos continuem a rondar pela casa Morgan. Búuuuuu... Rsrsrs Um beijão, querida.

Priscila Louredo: Mana, como sempre eu pensei em você quando bolei a fantasia do Ron. Um gladiador bem sexy com os “coxão” de fora. Ahuahuahuhauahua! E quem é a Velha? Esta é a pergunta do momento. Em breve vocês descobrirão. XD Te adoro. :-*

Gina W. Potter: Fique à vontade com o nome, querida. O Harry é muito esperto, o que atrapalha é essa desconfiança, que o deixa inseguro e agressivo. Garotos... Hihi. Mas ele foi bem fofo neste cap, né? Bjuxxx.

Milinha Potter: Felicíssima por me acompanhar, linda. E mais ainda com o carinho. Se você criar raízes na fic, pode deixar que vou começar a te regar todo dia e ainda te plantar bem na janela do Harry. XD Bjinhos.

Bira: Muito obrigada, Bira. \o/ Que bom que está gostando. XD Bjo.

Marcelle: Puxa, querida. Valeu mesmo. Amei dizer que a fic não é apelativa. Tem sido meu maior desafio fazer uma coisa com momentos assim... quentes, mas na medida certa. Sem falar nos momentos de medo. *bate o cabeção. Hehe Escrever é uma paixão, coisa mais que importante pra mim. E a fic, meu meio de expressar este amor. Obrigada por me apoiar e entender tão bem. Bjos, bjos, bjos.

Jeh.: \o/ Ahhhh, que delícia que vc se identifica com as emoções e rolos da nossa galera. E a Eugênia ficou doida pra conhecer a sua bisa. Quem sabe não trocam receitas de bolo ou bruxarias? Pq toda mulher tem seu quê de bruxa. Obrigada demais pelo monte de elogios, que me deixaram toda sem graça e com as bochechas ardendo (é eu coro. Hihi). Bjossssssss

Monalisa Mayfair: Mona, valeu por tudinho, pelos livros, pelas dicas com as corujas (Rsssssss), mas principalmente... Nossa... Ainda não encontrei meios pra te agradecer. Eu é que me sinto tímida ao receber um caminhão de afeto deste jeito. *Geo se afogando em corações e abraços fofos (isso pareceu com os ursinhos carinhosos. :-D). E vontade de escrever um livro... Olha estou descobrindo isso em mim, embora ainda tenha que amadurecer bem a idéia. Mas se depender de insegurança é só reler as coisas maravilhosas que você e mais tantos me escrevem. Sentir-se acarinhado é bom demais! Que Merlin te escute sobre a inspiração eterna. E que também encha sua vida de magia. Feitiços de felicidade e beijos pra vc, amiga.

Carol Lee: Valeu, querida. Tomara que continue por aí e continue gostando. Beijinhos.

Beatriz Evans Potter: Começou e está gostando? Ai... se tem uma coisa que me morde de curiosidade é saber se a continuação ainda está agradando. Espero que sim. Grata pelo apoio, querida. Bjuxxxxxxx

MárciaM: Ai, poder, que saudades tuas... Rssssssss A fervura dos meninos está começando, esquentando... Eita calor! E ainda por cima com o bonitão do Cedric todo encantado pela Gi. O Harry que se cuide. Hihihi. Mas ele também tem seu lado amoroso, o que tentei mostrar neste capítulo. E olha a encrenca em que a ruiva se meteu. “Cuidado com a Velha, que a Velha te pega. Te pega dali, te pega de lá” Rssssss. Beijos demais, amiga.

Daniela Potter: Brigada pelo elogio e desculpa pela demora. É a vida. T.T Espero que tenha gostado, querida. Beijão.

Morgana Black: A Morg gostou! \o/ Encantei seu dia, foi? Quer elogio melhor de uma bruxa, que este? Te fiz arrepiar com a Velha? Tentei com afinco. :-) Acho que foram tantas palavras de receio e melhoras para a bisa, que vou declarar todos os leitores como Morgans honorários. Vc, que se sentiu como um deles, vem na frente. Beijos e abraços, querida.

Juliete Weasley Potter: *Ressucitando Juliete. Volta, amiga! Volta! Capítulo postado! Mas cheio de fortes emoções. Segura o tranco. XD Bjokas

Suzana Barrocas: Eba! Então conseguiu tempo pra ler e, ainda por cima, gostou? Fico radiante ao saber que o esforço de escrever vale a pena e mais ainda. E olha que dá um trabalhão. XD Entendeu o poeminha do começo? *medo. Montes de beijos e até a próxima.

Charlotte Ravenclaw: Então você entende meu fascínio por Nova Orleans. É como um pedaço tropical no meio dos EUA. Um pedaço de Brasil, talvez (um tiquinho mais sombrio). E devo mais uma pra Sally, por ter te indicado a leitura. Muito obrigada pelas palavras delicadas e atenciosas, ainda por cima porque fics UA não são o seu estilo. Fico toda besta. :-) Valeu, querida. Te vejo no Lumus. Bjo

Ana Karynne: Passe sempre que quiser, querida. A Casa Morgan é de vocês. Para visitas, banhos de piscina e marotices. ;-) Beijo grande.

Tonks Butterfly: Uau! *Geo toda corada. Brigada, querida. Sei que é um universo de fanfics, mas não controlo meus dedinhos. Hihi. Acaba ficando meio diferente do que costumo ler, acho que, por isso mesmo, muitas pessoas desistem da fic. Mas tudo bem, tenho vcs comigo e meu coração está feliz por estar fazendo o que a alma mais ama. Beijos imensos.

Maka: Querida, você me deu o melhor elogio do mundo. Dizer que a escrita tem qualidade. É bom demais ler isto. ^^ Sobre a dificuldade em ler o cap 6 no 3V, já entrei em contato com a Pichi. Em todo caso, tbém posto em outros sites (Fanfiction e Floreios e Borrões). Tomara que dê tudo certo. Milhões de beijos.

Fernanda: Ah, querida, que delícia que gostou do estilo dos garotos. Tentei não mudar muito, mas é impossível não interferir um pouco. Principalmente pela estória que quero construir. Outra vez: se o cap 6 continuar dando problema, tbém posto no Fanfiction e Floreios e Borrões. Obrigada e mil beijos.

Aff... como vocês se reproduzem... :-)
Puf, puf... morrendo de tanto teclar... E olha o sorriso colgate!

Montes de amor,
Geo.


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