Manifesto (4º dia)

Manifesto (4º dia)



Cap7.: Manifesto (4º dia)

Eu quero imaginar que nada aconteceu entre eu e Draco Malfoy, mas é meio impossível. Ainda mais quando ele está ao seu lado.

Você já dormiu com Draco Malfoy, por acaso? Você sabe o que é sentir aquele cheiro durante uma NOITE inteira?

Pois foi isso que aconteceu comigo. Ele disse que queria dormir comigo, até garantiu que nada ia acontecer. Nada que eu NÃO quisesse. Então, eu acabei aceitando.

Entretanto, eu não deveria. Não deveria mesmo, afinal, quem diz que eu dormi?

Quem diz que eu não tive o medo idiota de achar que ele ia arrancar a minha peruca? E que ia me denunciar?

Só que nesse momento, ele está beijando o meu ombro e perguntando no que eu estou pensando.

E o que eu falo? Ah, eu estou pensando que você vai arrancar a minha peruca? Não, eu NÃO posso falar algo desse tipo, então, digo apenas:

“Nada.”

Sabe, se eu fosse um menino, eu estaria me dispensando nesse exato momento.

“É impossível você não estar pensando em algo.”-ele sussurra no meu ouvido.-“Acho que você está pensando em mim, não é?”

Draco Malfoy, o convencido? Pode ter certeza que sim.

Dou uma risada e falo:

“Não.”

Então me levanto.

“Sabe, Valkiria...”-ele fala.-“Você voltou mais magra.”

Uau, disparando elogios de manhã? Isso é típico de Draco Malfoy, por acaso?

“Obrigada.”-me vejo dizendo.-“Vou me vestir.”

Não, não pense, por favor, que eu não estava usando nenhuma roupa. Eu estava. Era aquela conjunto de camiseta e short de dormir que Valkiria Proust tem.

“Ah, mas se vestir?”-ele diz.-“Você, por acaso, está me expulsando da sua cama?”

Assenti com a cabeça.

“Você está me expulsando da sua cama, às sete horas da manhã?”-só que nesse momento eles está meio incrédulo. Tudo bem, não é muito normal uma garota expulsar Draco Malfoy da sua cama.

“Acho que isso está meio na cara, Malfoy.”-respondo, e quando ia sair da cama,ele me segurou pela cintura.

Aquelas duas mãos geladas estavam na minha cintura.

Ah, meu Deus, eu vou ter um ataque...

“Você está tentando fugir de mim, Valkiria Proust?”

“Hum... não?”-eu digo, um tanto confusa, mas, então, ele faz com que eu me virasse e encarasse aqueles olhos azuis meio acinzentados.

“Porque se for isso...”-ele diz, se aproximando mais um pouco de mim.-“Você não vai conseguir.”

Eu não acredito que ele está falando isso.

Não acredito mesmo.

“O que você vai fazer?”-pergunto, sentindo que uma das mãos dele, acho que a direita, está mexendo nos meus cabelos.

Só que ele não me respondeu, ele apenas ficou mexendo nos meus cabelos, enquanto segurava a minha cintura.

“Eu... quero tomar um banho, Malfoy.”-sussurrei. Nenhuma das minhas ‘colegas’ de quarto haviam acordado.

“Não posso ir junto?”-ele perguntou, mas só lancei aquele olhar para ele.-“Não pergunto mais. Não pergunto mesmo.”

“Ótimo.”-respondo.-“Agora, você pode me soltar?”

Ele fica um tanto irritado, mas acaba cedendo.

“Obrigada.”-digo, dando um sorriso.-“Já venho.”

Eu por acaso estou provocando Draco Malfoy?

Não, não pode ser isso.

Entrei no banheiro, tirei a peruca e me olhei no espelho.

Aquela era eu.

Mesmo com a peruca loira, com os olhos azuis... eu era Valkiria Proust. Aquela garota que aceitou o trato com Draco Malfoy, aquela garota que dormiu na mesma cama que o loiro...

Chega desses pensamentos!!! Liguei o chuveiro e senti a água quente percorrendo o meu corpo. É, eu estava relaxando um pouco, mas quando alguém tentou abrir a porta do banheiro... eu entrei em pânico.

Simplesmente.

“Quem...”-eu perguntei, tentando controlar a minha voz.-“Está aí?”

“Sou eu.”-disse Allen.-“Será que você pode abrir a porta? Eu preciso... ahn, você sabe muito bem o quê.”

“Ok.”-falei, tentando controlar a minha voz.-“Espera só um pouco.”

Fecho a torneira, pego a minha toalha e me enrolo rapidamente, mas, então, vejo o meu cabelo (o verdadeiro)... ele está molhado.

Eu não posso colocar a peruca enquanto o meu cabelo está molhado...Ah, meu Merlim, cadê a minha varinha? Cadê?

Não. Eu a esqueci. Na mesinha de cabeceira.

Faço um coque rapidamente nos meus cabelos ruivos... e coloco a peruca. Olho no espelho e vejo que não tem nenhum cabelo ruivo me denunciando. Graças a Deus.

“Prontinho.”-falo, enquanto saio rapidamente do banheiro.

“Você tomou banho?”-pergunta Allen, estreitando os olhos.

Assenti com a cabeça.

“Você lavou o seu cabelo?”

“Lógico que não.”-falei.-“Você não tá vendo que o meu cabelo tá seco?”

“Ahn.”-disse a garota.-“Então, você pode me explicar porque tá escorrendo água da sua nuca?”

Ah, meu Merlim.

Ela me pegou. Ela me pegou direitinho.

“Eu... molhei a minha nuca.”-disse, de maneira POUCO convincente.

Stephanie Allen apenas estreitou os olhos e disse:

“Não sei porque você acordou cedo, hoje. Você não tem aula agora.”

“Nem você.”-retruquei, lembrando que não tinha mesmo. Essa é uma vantagem de estar no sexto ano...

“Por acaso você esqueceu?”-perguntou Allen.-“Aritimancia.”

“Ah, sim.”-falei.Só que eu nem sabia que a garota estava na classe de Aritimancia.-“Entendo.”

E fui até o armário pegar um uniforme da Sonserina, posso jurar para você que Stephanie Allen revirou os olhos.

Fui até a minha cama e qual é a minha surpresa ao saber que Draco Malfoy ainda estava ali. Deitado.

“Malfoy?”-digo.

Ele, então, abre os olhos, me encara e diz:

“Você não falou que eu tinha que sair.”

“Mas também não disse que você tinha que ficar.”-retruquei, levantando uma sobrancelha.

“Eu não sei se eu te odeio ou se eu te amo.”-ele disse, já se levantando.

Eu encarei aquela barriga e, bom, quase desmaiei ao vê-la. É, o Harry não tem uma barriga, não desse tipo. Não era tanque de lavar roupa, mas era... muito gostosa.

Tenho que controlar os meus pensamentos pervertidos.

“Você vai ter aula do quê?”-pergunto, quando vejo que ele estava abrindo as cortinas verdes.

“Transfiguração.”-ele diz, fazendo uma careta.-“Por que?”

“Ah, eu não tenho a primeira aula, sabe? É livre.”-digo de maneira BEM significativa.

Espera.

POR QUE EU DISSE ISSO? POR QUE?

“Hum... vou ver o que eu posso fazer por você, Valkiria.”-ele diz, mas antes de abrir as cortinas, ele se volta para mim e me dá um beijo.

E eu fico ali. Sorrindo que nem uma idiota.

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Com o cabelo já seco, resolvi fazer a minha maquiagem e colocar o uniforme. Aproveitei também para prender o meu (hahaha) cabelo loiro.

Entretanto, quando desci para o Salão Comunal... eu percebi que estava um caos. Um completo caos.

Afinal, Pansy Parkison e Draco Malfoy estavam ali.

“Volta para mim!!!”-ela berrava-chorava-esperneava tudo ao mesmo tempo.-“Draquinho, eu faço o que você quiser!!! Eu decoro todas as posições do Kama Sutra...só para você!!!”

É, a situação seria MUITO engraçada... se eu não estivesse no meio.

“Para com isso.”-Draco Malfoy tentava dizer, mas não deu muito certo, porque no instante seguinte, Pansy Parkison apontou para mim e disse:

“O que ela tem???”-e nesse momento, ela começou a sacudir o garoto pela gola do casaco.-“Um cabelo loiro? Eu pinto!!! Um olho azul?? Eu transformo!!!”

Meu Deus...

Ela está completamente pirada.

“Você...”-eu acho que Draco Malfoy tentava arranjar as palavras certas, mas não parecia consegui-las.-“Vamos embora, Valkiria?”

Não é a coisa mais... bonita de se falar quando se está brigando com a sua ex. Na frente de todo mundo.

“Vamos embora, Valkiria?”-ela berrou, estressada.-“VOCÊ NÃO VAI EMBORA COM ELA. Você está me entendendo? Você é meu!!! Propriedade de Pansy Parkison.”

Ok, isso está ficando ridículo. Totalmente ridículo.

“Escuta.”-intrometi.-“Ele tem o seu nome tatuado ou algo do gênero?”

Ela me olhou como se eu fosse maluca.

“Hum... não.”

“Ah, então, ele não é seu, queridinha.”-disse, ácida.-“Vamos Draco?”

Assunto resolvido? Acho que não, porque no momento seguinte, Pansy Parkison colocou aquelas unhas estranhamente compridas no meu braço.E simplesmente apertou.

Cara, tenho que dizer. Dói muito.

“O que você pensa que está fazendo?”-eu pergunto, quando vejo aquela cara de maníaca dela.

“Você não vai ficar com o Draco, queridinha.”-ela disse, com aquela voz esganiçada. Realmente, parecia a voz de uma moça sendo possuída. Ou algo do tipo.-“Se você ficar com ele... eu acabo com você. Estamos entendidas?”

“Largue-a, Pansy.”-disse Malfoy, com aquela voz irritada.

Ela me soltou e pude ver as marcas daquelas unhas no meu braço. Coisa maravilhosa.

Então, Draco Malfoy se colocou entre eu e a Parkinson e disse:

“Não encoste mais nela.”

Ela apenas o olhou e saiu.

Simples assim.

Ou não.

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“Então, você vai me falar o que a Pansy disse para você?”-ele me perguntou, enquanto nós dávamos a volta pelo Lago.

Apenas continuei quieta.

Antes, Pansy Parkinson era só uma garota. Uma garota estúpida, mas apenas uma garota.

Agora, ela seria, por acaso, uma ameaça?

E por que ela seria uma ameaça?

Porque ela quer o Malfoy.

Mas você quer o Malfoy?

Meu Merlim, você é uma parte da minha mente. Você, por acaso, não iria querer Draco Malfoy?

Hum, não?

Resposta errada!!! Resposta muito errada.

Você pegou o vírus da Carmen?

Não.Sabe, se não podemos lutar contra o inimigo, nós devemos nos unir com ele.

Eu ainda prefiro a primeira opção.

Você é uma idiota. Simples assim.

“Nada, Malfoy.”-respondi, enquanto sacudia a cabeça.-“Ela não falou coisa com coisa.”

“Você não me engana.”-disse ele, tentando segurar a minha mão.

O encarei e disse:

“Nada aconteceu.”

Ele segurou a minha mão.

Tentei tirá-la, mas não consegui.

Tá, uma parte do meu cérebro falava: o que você pensa que está fazendo, enquanto a outra dava risadas de... satisfação.

Meu Merlim, o que está acontecendo comigo?

Só que tudo foi muito rápido, pois Malfoy me prensou na árvore. E, com o rosto quase colado com o meu, disse:

“Pode ter certeza... que nada vai acontecer com você.”

É, nada.

Nada mesmo.

Ele está achando que eu sou idiota ou algo do tipo?

Porque está acontecendo TUDO comigo.

“Certo.”-eu disse, um tanto ofegante.

Ele colocou uma das mãos dele na minha cintura me apertou um pouco mais contra a árvore.

Nesse momento, eu prendi a respiração.

Ele estava tentando me matar. Por que ele não agia logo? Por que ele estava me fazendo esperar?

Bom, não que eu esteja tãããããããão desesperada.

Mas eu podia, não acha?Ah, você sabe, beijá-lo.

É, não tem nada que diz que eu NÃO posso fazer isso.

A não ser a minha dignidade.

Calma, mas desde quando eu tenho dignidade?

É, quer saber? Eu não vou beijá-lo. Ele que tem que fazer isso.

Então, fechei os olhos. Esperando que ele fizesse algo, mas depois de dez segundos, ele ainda estava me encarando.

Eu não acredito nisso!!! Não acredito mesmo.

Mas eu não estava agüentando mais. Não estava mesmo.

Então, o puxei pelo pescoço e... o beijei.

Ele pareceu surpreso por alguns minutos, mas logo começou a corresponder.Enquanto ele me apertava contra a árvore, eu o abraçava cada vez mais forte.

Quando ele me soltou e eu o encarei, Draco Malfoy fez o que eu havia pensado: ele me beijou.

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“Uau.”-disse Carmen.-“O seu bom humor me dá até medo.”

Apenas entrei na cabine.

“Você vai me dizer o que está acontecendo ou vou ter que ficar passando bilhetes no meio da aula de feitiços?”

“Darr.”-falei,enquanto tirava a peruca e o uniforme.-“Você não vai conseguir passar um bilhete para mim na aula de feitiços.”

“Por que não?”-ela me perguntou, assim que eu saí da cabine.

“Porque as pessoas fazem feitiços?”

“Gina... você quer parar de ser cínica comigo?”-respondeu a garota um tanto magoada.

“Desculpa.”-falei, então disse o feitiço para voltar a ter os olhos castanhos e soltei o cabelo.

E ele estava ondulado. Simplesmente amei.

“Ficou bonito.”-ela comentou.-“Como você conseguiu?”

“Lavei o cabelo e entrei em pânico porque não estava com a varinha.”

“Ah,meu Deus.”-ela diz, pegando a peruca loira.-“Nós temos que arrumar isso daqui. Você sabe que não deveria molhar né?”

“Eu sei.”-falei.-“Mas eu estava desesperada, sabe?”

“Desesperada?”

“Draco Malfoy dormiu comigo.”-escapou. Maldita boca. Maldita boca gigante!!!

“Como?”-ela perguntou, ficando mais perto de mim, enquanto ainda lançava alguns feitiços na peruca.

“Nós podemos esquecer que eu falei algo desse tipo?”-perguntei, meio ansiosa.

Já sabia a resposta da garota.

“Se você começou, termine.”-disse a garota.-“Eu quero saber tudo.”

Hum, acho que eu vou omitir... metade. Ou melhor, vou omitir tudo.

“Ok.”-falei, dando um suspiro cansado.-“Eu dormi com Draco Malfoy.”

“Que safada!”-ela gritou, bem no meu ouvido.-“Olha a peruca. É, acho que assim, está muito bom.”

Peguei e guardei de qualquer jeito na bolsa, Esperanza apenas me olhou horrorizada:

“Eu faço tudo isso para você simplesmente jogar na sua bolsa?”

“O que você quer?”-eu pergunto, lançando um olhar maligno.-“Que eu fale: me desculpe, peruca loira, mas vou ter que enfiar você de qualquer jeito?”

“Realmente, você não está batendo muito bem.”

“Aula.”-disse, ignorando o último comentário.

E saímos do banheiro.

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“Como foi a sua noite de amor com Draco Malfoy?”-escreveu Carmen, no meio da aula de feitiços.

“Eu preciso te dizer que não aconteceu nada? Eu quero prestar atenção na aula.”

“Gina, você vai bem em feitiços. Agora me conta o que aconteceu. O que ele pegou, o que você pegou, o que ambos pegaram.”

“MEU DEUS!!! Você é ninfomaníaca por acaso?”

“Lógico que não. Olha o que você pensa de mim...”

“Eu vou fingir que acredito que você não é ninfomaníaca.”

“Tenha santa paciência, Virginia. Será que você não percebeu que está fugindo novamente do assunto?”

“Nós só dormimos. Na mesma cama.”

“Hahahaha. Que piada engraçada!!!”

“Piada?”

“É. A que você acabou de contar, sabe?”

“Carmen!!!! Não foi piada nenhuma.”

“O quê? Você está me dizendo que Draco Malfoy não tentou avançar o sinal?”

“Estou.”

“Ah, Gina... pára de mentir para mim! Se você perdeu a virgindade e não quer me contar porque está com medo que eu comece a me sentir desvalorizada... você está muito enganada. Eu juro que eu não vou sentir nada disso. Juro mesmo”.

“Carmen!!! Que nojo! Pelo amor de Deus!!!”

“Você está dizendo a verdade?”

“Lógico que sim!!! O que você acha que eu estou tentando fazer nesse momento? Estou tentando tirar os pensamentos impuros que estão nessa sua cabeça.”

“Credo, você falou igualzinho aquele padre da Igreja onde a minha mãe vai todo domingo.”

“Você está precisando de uns conselhos... urgente.”

“Eu preciso de conselhos? Você tem certeza?”

“Absoluta, mas espera que a gente vai ter que praticar.”

E, jogando o bilhete, Gina voltou a prestar atenção na aula.

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“Contrabando de bebida.

Por: A espiã.

Novidade! Mudei de casa. Ou melhor, fui obrigada a mudar, mas isso não vem ao caso. Bom, estando em uma casa diferente da Grifinória, pude ver que existem muitas diferenças. E uma grande diferença é que lá há um consumo exorbitante de firewhisky.

Todos sabem que o consumo exagerado dessa bebida...”

“Sabe, não tá a sua obra-prima, mas pelo menos você não colocou Sonserina ou Casa de Cobras.”-disse Thomas, sem muita convicção.-“Você tem uma caneta?”

“Tenho.”-disse, entregando-a.

E Dino Thomas, começou a riscar algumas frases.

Espera. Eu sei que não está espetacularmente bonito, mas não precisa matar o meu texto, né?

“Sabe, você quer que eu refaça?”-eu pergunto.

“Não.”-ele diz, com aquela voz maligna dele.-“Você sabe muito bem que todas as matérias tem que estar prontas hoje. Para montar o jornal amanhã. E depois de amanhã mandar imprimir a quantidade exata para o pessoal da Grifinória.Para na segunda entregar.”

“Você é um folgado!”-exclamo.-“Sábado e domingo você não pensa em jornal?”

Ele me encara e diz:

“Não.”

Eu vou cometer um assassinato.

“Weasley, um homem como eu tem que ter descanso.”

“Não.”-eu corrijo, ácida.-“Um homem como você tem que tirar o traseiro gordo da cadeira e trabalhar.”

“Você que trabalha para mim.”-ele me responde, dando de ombros.-“Você é a repórter. Eu sou o editor. Quanto ao seu texto, vou ver se posso melhorar um pouco.”

Eu conheço esse um pouco do Thomas. Quer dizer, mudar todo o meu querido e perfeito texto.

“Eu odeio você.”-digo, saindo da Sede do Jornal.

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“Almoço?”-Carmen me pergunta quando sento na mesa da Grifinória.

Tá, eu dei uma desmoronada legal. Se antes eu estava nas nuvens, agora eu estou num tornado. Para mim, tudo está girando...

“Obrigada.”-digo, pegando um prato e colocando um pedaço de frango, com umas batatas assadas.

“Agora você vai me falar? Ou vou ter que passar bilhetes no meio da aula de Adivinhação?”

“Ah, pode passar nessa aula.”-digo, fazendo sinal que não me importava.-“Aquela aula é inútil mesmo.”-e ao terminar a frase, lancei aquele olhar para a Carmen.

Ela me obrigou a fazer essas aulas com ela. Mesmo eu achando uma baita perda de tempo.

“Ótimo.”-disse a garota, não contendo as suas expectativas.-“Quero saber tudinho.”

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“Pode começar.”

Não adianta eu falar que não vou contar para a Carmen. Ela vai me encher pelo resto da minha vida. E eu não quero isso. Não quero mesmo.

“A gente se beijou.”

“Como foi o beijo?”

“Hum... foi bom?”

“Aleluia!!! Deus é pai!!! Você falou que o beijo foi bom.”

“Mesmo sendo com Draco Malfoy.”

“Ah, acabou o milagre?Ele durou o quê? Dois minutos?”

“Carmen... não brinca com isso.”

“Tá.Volta para o beijo, por favor”.

“Bom, a gente se beijou e tal. E ele me convidou para ir para o dormitório dele e eu fui.”

“Você entrou no dormitório dele? Nooosssaa!!! Isso que é história para os meus filhos.”

“Você não vai contar para ninguém, está me escutando? E você acha que os seus filhos vão querer saber sobre isso?”

“Eu vou contar o que você deve ou não fazer. E entrar no dormitório dos meninos, quando se é uma menina pura e gentil, não é adequado.”

“...”

“Eu amo pontinhos!!! Mas e daí? Você entrou no dormitório e...?”

“E ele tirou a gravata e quando ia começar a tirar a camisa, eu o interrompi.”

“Espera um minuto. Draco Malfoy estava fazendo um strip para você e você INTERROMPEU?”

“Aquilo não era um strip.”

“Não. Ele tira a gravata e vai tirar a camisa. E depois vem a calça e a cueca e...”

“VOCÊ QUER PARAR??? EU ESTOU FALANDO QUE NÃO FOI UM STRIP! Ele só começou a tirar a roupa.”

“Isso para mim é um strip.”

“Encare como você quiser, mas antes que ele tirasse a camisa eu falei que nós precisávamos conversar.”

“Você é muito imbecil, mas o que ele fez? Ele não te mandou pastar, mandou?”

“Lógico que não! A gente meio que discutiu.”

“Espera. Deixa-me voltar um pouco. Você é beijada por Draco Malfoy, você acha o beijo bom,você entra no quarto dele, ele começa um strip para você e você... simplesmente diz que precisa conversar? E depois disso vocês começam a discutir. Gina, você não tem cérebro!!!”

“Eu tenho cérebro!!! Você acha que Draco Malfoy merece a minha flor?”

“Hum, merece?”

“RESPOSTA ERRADA!!!”

“Quem você acha que merece? O Harry?”

“Outra resposta errada.”

“Gina... você quer morrer virgem?”

Eu vou matar a Carmen.

Vou fazer picadinho.

“É impossível conversar com você.”

“Eu não acho. Afinal, eu sou muito agradável, não acha?”

“Não.”

“Não o quê?”

“Você não é agradável.”

“Credo, que mau humor.”

“Carmen, qual é.”

“Tá bom. Desculpa. Agora, você pode continuar, por favor (eu estou sendo educada)?”

Suspiro. E volto a escrever.

“Eu vou te responder.”

“Você tem juízo!!! Então, me responda.”

“Bom, ele falou que pensava em sexo e que não podia ficar sem. E eu respondi que era para ele procurar na Parkinson.”

“Resposta errada.”

“Como?”

“Gina. Se ele está com você, ele está procurando em você, saca?”

“Eu sei. Eu não sou tão burra, ok? Mas eu não quero. É isso. Então, eu destranco a porta do dormitório e saio correndo. E a Parkinson aparece e começa a falar que eu roubei o Malfoy dela.”

“Mas você não fez isso?”

“Não. Foi uma maneira de ficar longe de Draco Malfoy. Só que não deu muito certo...”

“Ok. E continue...”

“Nossa, você tá com febre? Por que você não fez nenhum comentário idiota...”

“CONTINUE.”

“Tudo bem. Eu vou continuar. Bom, eu falei para ela engolir o Malfoy, ou algo do tipo. E saí correndo do Salão Comunal da Sonserina.”

“E aí?”

“Ele me seguiu. O Malfoy.”

“Ah, Merlim! Ele está caidinho por você.”

“Ele me seguiu desde o Salão Comunal da Sonserina até o Lago.”

“Nossa... porque até o Lago?”

“Sei lá. Talvez seja porque tudo começa no Lago sabe? Foi no Lago que a Proust ficou retardada.”

“O QUÊ?”

“Eu não te contei?”

“Se eu estou perguntando é porque eu não sei, sua burra.”

“A Proust se embebedou e caiu no Lago. Ela se afogou legal. Mas espera! O que você pensou que aconteceu com ela?”

“Sei lá. Ela é meio burra né? Pensei que ela tivesse sido transferida para uma escola mais fácil ou, então, decidiu viajar.”

“Escuta. Você não pode falar para ninguém. Ninguém sabe disso. Só os professores, todos acham que ela viajou e voltou.”

“Eu não tenho a boca grande como você.”

“Eu tenho a boca grande, é? Então, ótimo. Não vou te contar mais nada.”

“Gininha.”

“Não.”

“Gina!!! Me conta, por favor. Eu preciso saber.”

“Tá bom. Ele falou que vai esperar. Sabe, esperar quando eu estiver pronta.”

“Hum... você tem certeza que falou com Draco Malfoy? Draco Malfoy, o ninfomaníaco?”

“A não ser que alguém enfeitiçou ele ou algo do tipo. Sabe, só pode ser isto.”

“Eu sinto tanta inveja de você, Gina...”

“E posso saber no que você sente inveja?”

“Você está namorando com Draco Malfoy, sua tolinha.”

“Eu não estou!”

“Bom, então, o que ele disse para você foi um sonho?”

“Não, mas isso não significa que ele me pediu em namoro.”

“Então, me explica: por que ele ia querer esperar, se ele não quer nada com você?”

“Você não está insinuando.”

“Não estou insinuando coisa nenhuma! Ele te pediu em namoro.”

“Ah, lógico que foi. Ele fala que espera e que não vai me trair. Isso é igual a um sinal de namoro.”

“Ele falou que não ia te chifrar?”

“Ahn, é.”

“E você não acha que isso significa um compromisso sério?”

“Aham.”

“Você é uma burra!!! Isso mesmo. Uma burra. Sabe, se um garoto falasse isso para mim, eu me derreteria toda.”

“Foi um trato. Só isso.”

“Eu desisto de você. Eu vou parar de passar bilhete com você. Não agüento. Você está acabando com a minha sanidade.”

Quando eu recebo esse bilhete, decido torturar um pouquinho a Carmen e escrevo:

“Você não quer saber o que aconteceu depois?”-e mando.

Só vejo os olhos da espanhola aumentando consideravelmente de tamanho. Ela pega a sua pena e escreve:

“Ok. Eu vou passar mais um pouquinho...”

“Nossa... que mudança repentina.”

“Não tortura. Escreve logo.”

“Ok. A gente ficou muito tempo, mais MUITO tempo mesmo, abraçados. Sabe, observando o Lago, ou qualquer coisa desse tipo.”

“E...?”

“A gente voltou porque eu estava com fome,só que ele não me levou para o Salão Principal.”

“Onde vocês foram?”

“Na verdade, eu não sei para onde ele foi. Ele pediu que eu esperasse na porta do Castelo.”

“E...?”

“E ele voltou com um doce maravilhoso.”

“Doce?”

“Era uma torta de chocolate. E a gente levou para o mesmo lugar onde a gente estava antes. Carmen, você não sabe, mas tava muito perfeito. Muito mesmo.”

“Espera um pouco. Você comeu uma torta inteira com Draco Malfoy?”

“Não. Eu comi dois pedaços, mas Carmen, você não tá entendendo. Era MUITO, mais MUITO boa.”

“Eu tô com fome, então, não tortura.”

“Ok. A gente ficou mais um tempo e ele me perguntou se eu não queria mais um pedaço. E eu disse que não. Foi então que ele me falou que aquela era a sua torta preferida.”

“Jura que ele disse isso?”

“Juro.”

“Gina,ele é muito fofo com você. Ele nem parece Draco Malfoy.”

“Eu sei. E por isso eu estou preocupada.”

“Preocupada?”

“É...”

“Explica melhor.”

“Carmen... não é Draco Malfoy. Draco Malfoy não pega uma torta de chocolate e divide com alguém. Draco Malfoy também não diz que ama torta de chocolate.”

“Não me diga que isso foi um sonho. Porque se for... eu vou te matar.”

“Não foi sonho coisa nenhuma. Eu até me belisquei.”

“Então, aproveita!!!”

“Aproveitar? É, eu até pensei nisso. Sabe, depois de tudo o que aconteceu entre eu e o Harry...”

“E depois? O que aconteceu?”

“Ele acabou deitando no meu colo e eu fiquei um tempo, sabe, mexendo naqueles cabelos.”

“Para!!! Eu to com inveja de você.”

“Bom, a gente ficou um bom tempo sabe, lá fora. E quando nós voltamos, nós pegamos um caminho diferente... e ele me beijou.”

“E...?”

“E foi ÓTIMO! Sabe, se arrancassem o meu coração ou algo do tipo depois daquele beijo, eu não ia me importar. Não ia mesmo.”

“Credo... pelo jeito como você escreve, foi um amasso enorme.”

“E foi! Meu Deus, nenhum menino me apertou daquele jeito. Só que antes que colocasse a mão por debaixo da minha blusa, ou algo do tipo, eu o interrompi.”

“Você é uma drogada!!!!”

“Eu pedi para ele esperar, Carmen. Não falei para ele esperar umas quatro horas ou algo do tipo. Eu falei para ele esperar DIAS, MESES ou até mesmo ANOS.”

“Não sei o que te falar. Na verdade, eu não sei que método de tortura eu uso em você.”

“Não me diga que você acha um absurdo eu ter feito isso.”

“Quer que eu te mostre?”

“Tá bom, ele também não ficou feliz. Na verdade, eu pensei que ele ia me matar por ter interrompido, mas ele disse:

‘Ah, quase esqueci.’-e me soltou.

Então, nós voltamos para o Salão Comunal.”

“E lá, ele pediu para dormir com você.”

“Ele não fez nada demais. Ele me deu um beijo de boa-noite e coisa e tal.”

“Posso pergunta uma coisa?”

“Pergunta.”

“Draco Malfoy ronca?”

“Não.”

“Cacete! Ele não tem um defeito, não?”

“Fora ser um saco com a gente? Tipo, quando eu sou eu mesma?”

“É. Esse defeito é grave. Gina... o que você vai fazer quando ele descobrir que não existe Valkiria Proust?”

“Hum... não sei? Na verdade, eu não quero pensar nisso. Não agora.”

“Ah, tudo bem.”

E eu guardei o bilhete.

Por que eu me sentia tão estranha ao saber que ele vai descobrir?

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“E se você contasse ao Malfoy quem você realmente é?”-perguntou a Carmen, tentando fazer com que eu respondesse, mas saber que um dia ele vai descobrir a verdade,fazia com que eu ficasse meio desesperada.

“Você fumou?”-eu falo, tentando não imaginar eu contando para Draco Malfoy a verdade. Sabe, provavelmente eu falaria no meio do beijo ou algo do tipo. É, do jeito que as coisas andam.-“Você acha que ele não falaria para as pessoas que eu sou Valkiria Proust?”

Carmen me encarou por dois míseros segundos e disse:

“Você que é burra! Por acaso, Draco Malfoy falaria que estava com você, Gina Weasley?”

Tinha isso.

Do jeito que Draco Malfoy era, ele não falaria com ninguém.

“Ele vai se distanciar de mim.”-eu digo, meio triste.

Espera.

Eu estou triste ao saber que eu não vou ter mais Draco Malfoy do meu lado?

Não. Eu deveria estar dando pulos de felicidade.

“É, isso é muito ruim.”-disse Carmen.-“Mas seria pior se ele descobrisse por outra pessoa.”

“Ou não.”-eu falei.-“Ah, merda! Eu não sei o que eu faço. Não sei mesmo.”

“Então, deixa levar.”-ela fala, naquele tom malicioso.-“Você não precisa resolver isso agora.”

E,pela primeira vez, a Carmen estava errada.

Muito errada.

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Enquanto estávamos andando até a as Masmorras (ótimo horário. Primeiro a louca da Trelawney e depois o Slughorn falando que eu tenho que parar de queimar as minhas poções). Eu vejo Stephanie Allen.

Tento ignorá-la como sempre, mas parece meio impossível.

“Machucado bonito, Weasley.”-ela fala, apontando o meu braço onde ainda tinha a marca da unhas de Parkison.

Congelo.

Droga! Porque eu tinha puxado as mangas da minha camisa?

“Não te interessa onde eu arranjei essa marca.”-eu falo e tento entrar na sala de poções.

Carmen que estava ao meu lado, apenas me encara, acho que ela queria falar para eu não entrar em nenhuma confusão.

“Ah, eu adoraria saber.”-Allen me encarou, com aqueles verdes que ela tem.-“Por que eu não quero que os meus colegas fiquem brigando por aí.”

Ah, meu Deus.

Ela está insinuando que eu briguei com alguém? Alguém chamado Pansy Parkinson? Como ela pode pensar em algo do tipo?

“Pode ter certeza, Allen.”-eu digo, tentando esconder um pouco o pânico que eu estava sentindo.-“Que eu te falo quando entrar em alguma briga.”

Ela me olhou daquele jeito irônico e disse:

“Se você me chamar... pode ter certeza que eu ajudo a pessoa com que você está brigando.”

Bom, eu não esperava que ela falava que ia me ajudar,porém, ela precisava ser tão cruel comigo???

Só que eu NUNCA iria dizer isso. Então, entrei na sala de poções.

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“Por que você não enrola o seu cabelo?”-perguntou Carmen, enquanto eu me vestia de Valkiria Proust.-“Eu lembro que a Proust sempre aparecia com o cabelo meio cacheado.”

“Não estou com vontade.”-falei, dentro da cabine, enquanto vestia a saia que apertava a minha cintura.

“O que está acontecendo? Sabe, você está estranha desde que eu falei sobre o Malfoy descobrir a verdade e quando a Stephanie Allen veio com aquela conversa.”

“Esse machucado.”-falei, quando saí da cabine, já com os ‘meus’ cabelos loiros caindo quase até a minha cintura.-“Foi a Parkinson que fez.”

“Ah, você e ela fizeram um duelo para ver quem ficava com Draco Malfoy?”

“Você acha que Pansy Parkinson é capaz de usar a varinha? Ou a Proust?”

“Sinceramente?”-Carmen, me perguntou.-“Quando está em jogo Draco Malfoy, vocês podem fazer tudo, mas eu vou arrumar o seu braço.”-e, dizendo um feitiço, vi que ele estava totalmente curado.

Porém, antes que eu pudesse agradecer, Stephanie Allen entrou no banheiro, junto com aquelas meninas que, quando eu vou Virginia Weasley, me odeiam.

“Não sabia que você conversava com gentinha desse tipo, Val.”-falou Stephanie estreitando os olhos.

Ah, meu Deus.

O que eu faria???

“Ela roubou o meu gloss!!!”-berrei, tentando parecer que era uma tragédia ou algo assim.

“Como?”-perguntou Carmen, me encarando como se eu fosse demente ou algo do tipo.

“Você roubou o meu gloss.”-repeti, lançando aquele olhar de: eu-te-mato-se-você-desmentir.

“Não roubei.”-falou a Carmen, me deixando desesperada.

“Lógico que você fez isso.”-eu disse, até tentei pisar no pé dela ou algo do tipo.

Só que eu estava meio longe da Esperanza, então, ficou meio difícil me aproximar do nada.

“G...quer dizer, Proust.”-começou a garota, a voz meio fraca.-“Sabe, eu posso ser meio viciada em maquiagem, mas que cor é o seu gloss?”

“Hum... roxo?”-é a primeira a cor que eu lembro!!! Meu Deus, quem usaria um gloss roxo?

Olho de soslaio para Allen e as garotas, mas elas apenas continuam nos observando.

É, talvez, elas achem normal uma pessoa usar um gloss roxo.

“Ah, me desculpe, mas roxo não combina com o meu tipo de pele.”-fala a Carmen, com a sobrancelha meio levantada.

Tentando parecer que aquilo é um absurdo, falo para as meninas da Sonserina:

“Vamos sair daqui?”

Elas prontamente me obedecem.

Saímos do banheiro em direção ao Salão Principal.

“Sabe, eu amo gloss roxo.”-diz Elizabeth Jagger.-“Mas acho que não fica tão bem em você.”

Sinceridade? Imagina.

“Ah, mas você não lembra que eu tenho um gloss da sorte?”-falo, rezando para que essa resposta cale a boca das garotas.

Só que todas param e me encaram.

“Gloss da sorte?”-pergunta Stephanie Allen, dando uma risada.-“Você tem alguma superstição?”

Paro.

Provavelmente, Valkiria Proust não tem. Ela deve ser aquele tipo de pessoa que acredita que ela É a sorte.

“Foi um modo de falar.”-respondo, rapidamente.-“Sabe, eu acredito em mim mesma.”

Elas me olham como se entendessem totalmente.

“É, Proust.”-fala uma garota branquela que eu não lembro o nome.Na verdade, Valkiria Proust andava com Stephanie Allen e Elizabeth Jagger. É, apenas essas duas.O resto é... o resto.-“Você está com muita sorte. Draco Malfoy, não é?”

Dou um sorriso bem falso e respondo:

“Será que é sorte?”

“Isso não importa.”-se intrometeu Allen, já ao meu lado.-“Por que você não some, Mills?”

A garota branquela rapidamente saiu da nossa vista.

“Stephanie...”-eu falei.-“Precisava ser tão dura com ela?”

“Você que manda a Mills calar a boca na maioria das vezes.”

Tinha me esquecido.

Valkiria Proust é um saco. É aquela pessoa que não suporta olhar para aqueles que não tem tanto poder aquisitivo quanto ela. Ou não é extremamente bonito ou popular.

Só que eu não respondo o que ela tinha me dito. Ainda estava com o olhar fixo naquele corredor onde a Mills tinha passado.

“Esquece aquela idiota. Ela vai se recuperar um dia.”-falou Allen, me dando um olhar cortante.-“Realmente, Valkiria, você está estranha.”

“Estranha? Eu?”-pergunto, encarando, finalmente, a garota.-“Hum... eu não tenho motivo para estar estranha.”

“Hum... molhar a nuca de manhã.”-ela começa, enquanto as outras meninas,além de Elizabeth Jagger, ficam me encarando como se eu fosse uma pirada, ou algo do tipo.-“Conversar com Carmen Esperanza, defender Helena Mills. Isso não é estranho para você?”

Dou um suspiro cansado e digo:

“Que paranóia!”

“Val.”-começou Jagger, me segurando pelos braços.-“Você está com problemas. É o Draco, né? Ele não quis mais, você sabe.”-e me deu um olhar bem malicioso.

“Ahn, como você sabe?”-eu pergunto.

“Ah, ontem, por exemplo, vocês estavam muito silenciosos.”

“Acho que é porque nós estávamos dormindo.”-eu falei, dando um sorriso irônico.-“A vida, meninas, não se resume apenas a fazer isso.”

Elas me lançaram um olhar escandalizado.

“Você não está dizendo isso.”

“Qual é?”-eu falei, tentando parecer... normal.-“Vocês não pensam em nada além disso?”

“Ahn, eu não estou pensando.”-disse uma garota, que acho que estava no quarto ano.-“Valkiria, você nos falou que não tem nada melhor do que um garoto.”

“Mudança de planos.”-eu falei, tentando não parecer desconcertada, enquanto via a menina do quarto ano, tendo pensamentos... que eu não tenho a mínima vontade de saber.

“Mas o que nós deveríamos pensar?”-perguntou uma outra garota, loira com os olhos castanhos.

“Quantos anos... vocês têm?”-perguntei, casualmente.

“14.”-disse a menina dos pensamentos eróticos.

“15.”-falou a loira com os olhos castanhos.

“13”-disse uma menina que estava bem atrás.

“Hey.”-falou Stephanie, que permanecera bem calada durante todo o meu discurso.-“Você realmente precisa fazer isso?”

“Nós temos que conscientizar essas meninas.”-eu falei.-“Fazer você-sabe-o-quê antes dos 15 anos? É muito feio.”

“Ah, pelo amor de Merlim.”-interrompeu Allen, me fitando irritada.-“Quem perdeu a virgindade aos 12 anos?”

Fiquei vermelha na hora.

“Eu não sou exemplo para ninguém.”-falei, mas antes que pudesse falar mais alguma coisa, Draco Malfoy apareceu.

“Hum... está acontecendo uma manifestação ou algo do tipo?”-ele perguntou, tentando me encarar.

“Eu estou falando para as garotas que elas tem que mostrar o valor que possuem.”

“Você possui algum?”-ele perguntou, levantando a sobrancelha.

“Malfoy!”-falei, tentando não parecer tão desconcertada.

“Ela bateu a cabeça antes de voltar da viagem.”-arriscou Elizabeth, ainda não acreditando no que eu estava falando.

“Concordo com você, Jagger.”-disse Malfoy, enquanto ignorava o meu olhar assassino.-“Meninas, o manifesto acabou! Agora a Valkiria aqui, vai dizer tchau para vocês.”-e dizendo isso, ele simplesmente me puxou pela cintura.

Saímos por um corredor deserto.

E no momento seguinte, Stephanie Allen e Elizabeth Jagger, que nos acompanhavam, simplesmente desapareceram.

“Você quer parar?”-falei, irritada.-“Cadê aquelas duas?”

“Você se importa com aquelas duas... enquanto está comigo?”-ele me perguntou, meio incrédulo.

“Eu não possuo valor nenhum, Malfoy.”-falei, com raiva, andando para tentar ficar o mais longe dele.

“Eu não quis dizer aquilo.”-ele começou, a se desculpar.

“Não quero saber!”-gritei.-“Não estou com a mínima vontade de saber o que você pensa sobre mim.”

“Valkiria...”-ele disse, me puxando pelo braço.-“Não foi com a intenção de te ofender, mas francamente, falar aquilo? No meio de um corredor?”

Eu olhei para o braço de Malfoy e depois para aqueles olhos.

Simplesmente, eu estava me perdendo naqueles olhos cinzas.

Entretanto, eu não deixaria barato o que ele fez comigo. Não deixaria mesmo.

“Ótimo.”-eu falei, de um jeito bem gelado.-“Procura alguma garota sem valor,ok?”-e tentando fazer com que ele soltasse meu braço, eu não percebi que aquele rosto se aproximou de mim.

Ele começou a me beijar.

Parei na hora de tentar me desvencilhar dele. Não me importava mais aquela maldita frase que me deixara totalmente envergonhada. É, toda a minha fúria estava se escondendo, fugindo de mim.

O braço que antes estava me segurando fortemente acabou parando na minha cintura, enquanto o outro ainda estava segurando o meu rosto. Eu sentia o beijo ficando cada vez mais intenso, então,o puxei mais um pouco. Logo estava batendo as minhas costas na parede do corredor.

Quando ele parou de me beijar, ele não me soltou. Ele,tipo, me abraçou e sibilou no meu ouvido:

“Você tem valor.’

Ok.

Voltou absolutamente tudo.

“Não quero saber.”-sibilei, também no seu ouvido.

“Será preciso mais de um?”-ele perguntou surpreso.-“Antes, você era menos teimosa, Valkiria.”

E, não esperando a minha resposta, Draco Malfoy me beijou novamente.

CONTINUA...


N/A: Olá a todos.

Desculpem, mas era para ter postado ontem, só que eu estava com muita pressa e colocar tudo em itálico, em menos de dez minutos fica dificil...

Bom, eu espero que vocês estejam gostando dessa fic!

Ah, e vou agradecer aqui a Ly Weasley e também a Gabrielly Malfoy ; Vocês, meninas, não sabem o quanto que eu fico feliz ao entrar e ver os comentários XD.

Quanto as atualizações, eu não faço a mínima idéia de quando eu vou postar. Já que as minhas aulas começam amanhã T.T

Bom, espero comentários, okk??

Beijos

Anaa

Ps.: Eu sei que o cap ficou meio cansativo, então, me desculpem por isso...

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Comentários (1)

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