Capítulo 11



CAPÍTULO 11 - Kisses, como um relacionamento deve ser


Draco enviou um bilhete para Hermione, para que ela o encontrasse na biblioteca, na seção de Livros de Poções, assim que o pôr do sol começasse a aparecer. Na hora marcada, Hermione chegou na biblioteca, ela sempre ficava vazia essa hora, porque a maioria do estudantes estavam ou namorando nos pátios da escola (só depois de meses que os alunos tiveram coragem de sair de novo para os pátios do castelo) ou aprontando alguma coisa.



Draco não notou Hermione chegar, estava muito absorto em livro grosso de capa preta e encardida que lia. Ela sentou do seu lado e começou a falar:



- O que você está lendo? - ela perguntou tentando ver a capa do livro.



- As 1.000 Poções Principais da Magia Negra. - ele respondeu, ainda lendo o livro.



Hermione olhou para ele com uma cara de quem não estava entendendo nada. Ele a chamara na biblioteca só para ela ficar olhando para ele?



- Draco, eu tenho que estudar, se você quer me dizer algo realmente importante, diga logo. - ela disse batendo o pé no chão.



Draco fechou o livro, mas não respondeu, ficou alguns minutos olhando perdido para a sua capa. Hermione se irritou com a atitude do garoto e começou a reclamar. Draco a escutava perdido em pensamentos e sabia que nenhuma palavra sairia de sua boca, só poderia agir. Agarrou a mão de Hermione que apontava para o seu rosto, fazendo com que a garota se assustasse e calasse a boca. Ele soltou a sua mão e ficou encarando Hermione por um instante. Os olhos de Hermione também o encarava. Lentamente, Draco aproximou a mão do rosto de Mione e começou a acariciá-lo. Ela fechou os olhos, como se estivesse em um sonho. Ele levantou do banco e ela também. Ela o abraçou por longos momentos. Então, Draco em um impulso a beijou, com muita paixão, um beijo longo e com gosto de menta.



Foi quando pequenos fogos de artificio coloridos, vermelhos, verdes, roxos, laranjas, rosas, azuis e dourados começaram a explodir em volta dos seus pés e pequenas estrelas cairam em seus rostos e cabelos. Eram Paula e Elizabeth rindo atrás da prateleira e lançando alguns feitiços para deixar o ambiente mais romântico. 



Finalmente, Draco beijou Hermione, mas como seria a sua vida e a vida de seus familiares a partir de agora?

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Harry e Rony estavam a mais de meia hora ensaiando no dormitório dos garotos como cada um ia se declarar. Enquanto Neville passou todo esse tempo no banheiro.



- Você acha que a Murta o sugou pela privada, Harry? - perguntou Rony fingindo uma cara de aflito.



- Não, Rony, não seja dramático! - disse Harry também em tom de brincadeira - Acho que ele só está com uma dor de barriga.



Os dois começaram a rir nervosos, queriam e não queriam falar com as garotas, era a covardia e o nervosismo, juntos ao mesmo tempo nos dois.



Quando a porta do banheiro se abriu, os dois garotos levaram um susto: Neville passou todo aquele tempo se arrumando, ou seria melhor dizer, se piorando? Ele usava um terno roxo com listras grossas brancas e uma gravata borboleta amarela com bolinhas vermelhas. Passou gel no cabelo e usava um par de sapatos brancos de bico fino. Os queixos de Rony e Harry estavam no chão. Neville apanhou uma rosa vermelha e saiu do quarto com o nariz empinado e uma expressão de confiança no rosto. Assim que ele saiu do quarto, Harry e Rony se entreolharam ainda assustados e PAFT! Caíram no chão e começaram a rir descontroladamente por uns 15 minutos...



- Você viu Harry? - disse Rony tentando se recuperar do acesso de riso - Cor sim... cor não... - E os dois caíram de novo e ficaram mais 15 minutos rolando no chão entre gargalhadas. As barrigas dos dois estavam doendo e as lágrimas rolavam pelos seus rostos. Quando conseguiram se recuperar e ficar em pé, Harry disse:



- Eles está parecendo alguma experiência cientifica mal sucedida! - Os dois voltaram a cair no chão, mais uma vez, mas pararam logo que viram duas garotas entrando no quarto.



- Paula, Lizzy! - exclamou Harry parando de rir - O que vocês estão fazendo aqui?



- Viemos contar as novidades! - respondeu Elizabeth com um sorriso, esfregando as mãos.



- Ah, já sei. - disse Rony com um sorriso saliente - Vocês viram a assombração que o Neville se tornou? Bem, só já vimos, é realmente assustador! - ele disse com uma cara de pânico.



Harry e Rony começaram a rir, mas pararam quando viram as expressões sérias e zangadas nos rostos das meninas.



- Não, não é isso, é que... Peraê! Quer dizer que você viram o Neville sair daquele jeito e não falaram nada! - reclamou Paula irritada.



Eles abaixaram a cabeça, evergonhados, como toda vez que faziam quando levavam bronca de uma das meninas.



- Que vergonha! - disse Elizabeth colocando a mão na testa teatralmente - Justamente, numa ocasião tão especial... Quando ele tomou coragem para se declarar! - ela acrescentou com um sorriso.



- Mas nós já demos um jeito nele. - acrescentou Paula também sorrindo. - Jogamos um feitiço nele e agora ele está vestido de uma forma decente, que não agride a visão de ninguém... Hum... Por que vocês dois estão com essa cara de peixe morto?



A palavra "declarar" dita por Elizabeth fez com que os garotos lembrassem do que tinham que fazer. Era realmente uma vergonha, pensava Rony, Neville era mais corajoso que ele. E Harry, achava que era muito mais fácil encarar um Dementador, um Comensal e até mesmo Voldemort, do que encarar os olhos de Paula e dizer tudo o que sentia. Rony tentou dizer algo, mas a única coisa que saiu de sua boca foi:



- Hã... Para quem ele vai se declarar? - ele perguntou com uma cara de banana.



- Pra Gina. - falou Elizabeth normalmente.



- O QUE?!!!!!!! Para minha irmãzinha não! - gritou Rony indignado, saindo apressadamente do quarto.



- RONY! O que você vai fazer?! - Elizabeth saiu correndo atrás dele, deixando Paula e Harry sozinhos.

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Draco e Hermione se soltaram devagar e continuaram com os olhos fechados, só os abriram depois de alguns minutos e quando seus olhares se cruzaram, eles se abraçaram como se estivem se consolando, procurando apoio um no outro.



Hermione se soltou de Draco e os dois sentaram novamente. Draco voltou a se concentrar na capa do livro, perdido em pensamentos. Enquanto isso, Hermione tirava algumas das pequenas estrelas que tinham chovido neles do cabelo de Draco. Ela estava feliz ("Uau! Que beijo!"), mas preocupada não queria que nada de mal acontecesse com Draco. Ela tinha medo por ele, pois não sabia que coisas poderiam acontecer.



Draco virou o rosto para poder ver Hermione e finalmente falou algo:



- O que vai acontecer agora, Mione?



Ela notou que algumas nuvens escuras começavam a se formar nos olhos de Draco, embaçando o verde esmeralda dos seus olhos. Eram lágrimas. O malvado e metido Draco Malfoy chorando nos ombros de uma grifinória sangue-ruim, dificil de acreditar e doloroso de ver. O mundo dava voltas, Hermione sabia disso, só não sabia que eram tão radicais e complicadas.



- Meu pai daqui a pouco irá saber que a Maldição foi quebrada...



- Como? - ela perguntou, mas já sabia a resposta, Lucius Malfoy tem seus meios.



- Ele tem seus meios. - Draco disse sem emoção - Mione - ele começou desabafar - Você não sabe o que é crescer temendo uma maldição, crescer temendo a sua família, crescer tomando uma maldita poção para alterar o seu próprio comportamento... Enquanto a maioria das famílias criavam os seus filhos para serem boas pessoas, os Malfoy criava o seu filho para ser um bom mal bruxo... Isto é tão estranho, não acha?



Hermione só podia ficar em silêncio, nenhuma palavra agora o ajudaria. Sua presença e carinho era a única forma que ela encontrava para ajudá-lo. 



Ela sempre teve a convicção de que em um relacionamento deveria ser assim: Confiança, Amor, Amizade e Beijos. Ela não incluia sexo nessa lista, porque ele era consequência de todos esses itens juntos. No seu relacionamento com Draco só faltava o último item, mas agora... A lista estava completa e por isso ela estava pondo em prática os três primeiros itens neste momento.



Depois de muito tempo sem nenhuma palavra dita, ele desencostou a cabeça do ombro de Hermione, abriu um sorriso e olhou para ela. Ela percebeu que já não haviam mais sinais de lágrimas.



- Mas já que o mau está feito - ele disse maliciosamente - Vamos aproveitá-lo.



Os dois ficaram se beijando mais uma vez até a bibliotecária os expulsarem da biblioteca, "pois ali era um lugar para leitura e não para sem vergonhices". 



Eles sairam rindo da biblioteca e foram namorar sossegados nos jardins de Hogwarts. Esta foi, sem dúvida alguma, a tarde mais feliz da vida de ambos.

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