O Pedido



She may be the mirror of my dreams

Ela pode ser o espelho dos meu sonho

A smile reflected in a stream

Um sorriso refletido em um riacho

She may not be what she may seem

Ela pode não ser o que aparenta

Inside her shell

Dentro de sua concha



***



- Sabe de uma coisa, eu acho que você está me roubando! – Rony falou, sorrindo, enquanto espremia os olhos para ver que cartas ele tinha na mão. Por que fora beber toda aquela margarita trouxa?

- Oh, como você me acusa de tal absurdo? – Hermione se levantou, igualmente bêbada com a margarita. – Pois saiba que assim eu não quero mais jogar.

- Ótimo! – Rony se levantou também. – É um jogo trouxa muito estranho esse tal de Rôquer. Espere, é Côrrer? Não, não é... ah, qualquer coisa.

- É PÔQUER... – Hermione o corrigiu. – Espere, tive uma idéia... vamos pintar o Harry?

- O Harry? – Rony olhou para o amigo adormecido no sofá de sua casa, ainda abraçado a uma garrafa de tequila. – Ah, o Harry! O que o Harry tá fazendo aqui bêbado? Ele devia estar cuidando da minha irmã e de sua filha!

- Ele veio beber com a gente, lembra? Mas ele nunca agüentou mais de duas rodadas de uísque de fogo, coitado... – Hermione pegou um pote de tintas que Lily tinha usado para pintar. – E agora nós vamos pintar ele!

- Ok.

Harry se mexeu poucas vezes enquanto eles o pintaram. Hermione desenhou uma grande flor na sua bochecha enquanto Rony pintava sua boca de vermelho e seus olhos de azul, como uma sombra.

- Mas o que é isso aqui? – Gina perguntou, descendo as escadas.

– Sujou, vamos correr! – Hermione puxou Rony pela mão e eles se trancaram no banheiro da casa de Harry, ainda ouvindo Gina gritando. (Eu vou dormir e deixo vocês sozinhos por algumas horas e vocês caem bêbados e pintam o rosto do meu marido?).

- Essa foi por MUITO pouco... – Hermione disse, lavando a mão na pia. Viu-se no espelho, mas estava vendo duas dela, e não sabia dizer qual delas estava meio descabelada e com a maquiagem borrada nos olhos.

- Muito pouco mesmo... – Rony se aproximou da pia para lavar as suas mãos também. – Ei, você está meio suja de tinta na testa... bem aqui ó...

Ele virou delicadamente o rosto dela com a mão, e com a outra mão molhada, limpou a gota de tinta vermelha na testa dela. Ele nunca mais tinha chegado tão perto do rosto dela. Não desde o hospital, mas desde então, e já tinha um mês que aquilo aconteceu, eles vinham se tratando como amigos apenas. Bons amigos, mas não era só isso que Rony desejava. E estar assim tão perto do rosto dela lhe lembrou do turbilhão de sensações que o invadia sempre que a agarrava pela cintura e lhe beijava suavemente.

- Ainda está sujo? – ela perguntou timidamente, esquecendo toda a tontura que sentia. – Você está me olhando tão fixamente, estou tão descabelada assim?

- Não... – Rony passou a mão em seus cabelos macios. Nunca mais tinha feito isso também. – Você está perfeita, como sempre.

E sem pensar, sem saber qual seria a reação dele, ela o beijou.



***



Era estranho pensar nela e não sentir aquela pontinha de tristeza. Era estranho pensar nela e sentir vontade de dar socos pro ar e sair gritando que estava explodindo de amor. Era estranho saber que ela o amava de novo. Era estranho acordar e sentir o corpo dela abraçado no seu. Era estranho, tudo era estranho, mas Rony não trocaria isso tudo por nada.

Depois daquele beijo no banheiro de Harry e Gina, eles reataram o namoro. Ninguém precisou dizer nada, eles apenas voltaram declararem que se amavam a cada instante. Como se nunca tivessem parado. E na verdade nunca tinham, nenhum deles se deixou de se amar ao longo desses seis anos que passaram separados. E agora, mesmo um mês depois de terem voltado a namorar, Rony ainda sentia calafrios quando ouvia o nome dela, e o coração de Hermione ainda palpitava quando ouvia a voz dele. Exatamente como acontecia em Hogwarts, quando eram só amigos e quando passaram a namorar. Nada havia mudado.

Pensando nisso tudo, Rony resolveu tomar uma decisão.



***



She who always seems so haapy in a crowd

Ela que sempre parece tão feliz na multidão

Whose eyes can be so private and so proud

Cujos olhos podem ser tão discretos e orgulhosos

No one's allowed to see them when they cry

Ninguém pode vê-los quando choram



***



Não foi fácil, mas finalmente ele tinha encontrado a perfeita. Ele passou um dia inteiro revirando todas as lojas de Londres, e quando a encontrou, parecia que não caberia em si de felicidade.

- É uma peça rara e muito bonita. – A vendedora lhe dizia. – Tem mais de 100 anos. É de ouro branco e diamantes.

Era exatamente o que ele esperava. Tinha um desenho antigo, como anéis de princesas, um diamante grande no meio e vários diamantes ao redor. Era perfeito, e combinava com Hermione. Ele nem quis saber o preço.

- Certo, eu vou levar.

Agora só faltava arrumar a situação perfeita pra lhe pedir que fosse sua para sempre. Saiu da loja com o anel no bolso e o coração inflado de alegria.

Como tinha chegado em casa primeiro que ela, resolveu preparar-lhe um jantar. Tudo sairia perfeito, ele já tinha tudo na cabeça. Arrumou tudo até a hora em que ela chegaria, avisando pela coruja, um pouco antes, que tinha faltado luz em casa e que ela não se assustasse se aparatasse em casa e visse que estavam a luz de velas.



***



Hermione demorou um pouco mais para sair do escritório, tinha uma reunião de departamento. Quando aparatou em casa, assustou-se a princípio com o escuro, mas lembrou-se do aviso de Rony que estavam sem luz.

- Essa tecnologia trouxa... – ela pensou alto, enquanto notava que tinha aparecido no ambiente uma mesinha com uma vela e um cartão. – Hey, você não deveria estar aqui... – ela caminhou até a mesinha e leu o cartão.



Vá para o quarto.



Ela conheceu a letra de Rony, e estranhou a casa estar muito silenciosa. Na certa ele estava aprontando alguma e ela estava sem muita paciência para descobrir o que era depois de uma reunião particularmente chata. Mas, curiosa como estava, resolveu ir até o quarto. Subiu as escadas, Rony tinha colocado uma vela pequena em cada degrau, como que iluminando seu caminho. Só então ela percebeu que estava pisando em pétalas de rosas, que desenhavam no chão o caminho que ela deveria seguir.

Ao chegar à porta do quarto, viu pela fresta que a luz estava acesa, e não estava faltando luz, como Rony estava dizendo.

- Ron? – ela disse, enquanto abria a porta vagarosamente. Depois desse mistério todo, já estava meio preocupada de que algo tivesse acontecido com ele. – Ron, você está aí?

A claridade repentina doeu em seus olhos, mas assim que ela pôde abrir os olhos, viu em cima da cama o vestido vermelho mais lindo que ela já tinha visto na vida, com outro bilhete de seu namorado.



Vista-o e vá para a cozinha.



Ela detestava receber ordens, ainda mais de um bilhete idiota. Mas o vestido era tão bonito que ela achou que era um desperdício ir brigar com Rony por lhe dar ordens por bilhetes sem nem ter o provado antes. Vestida, ela se olhou no espelho. Era realmente perfeito e coube perfeitamente em seu corpo. E ela esqueceu toda a vontade de ralhar com Rony, só queria beijá-lo e agradecê-lo pelo presente.

Desceu, então, as escadas, esquecendo de acender a luz, ou sem querer acendê-las para não quebrar o clima que ele tinha criado, e foi até a cozinha, abrindo a grande porta de correr que a separava da sala de jantar. E lá estava ele, seu Rony, vestido de terno e sentado numa mesa posta para dois.

- O vestido ficou perfeito, como eu imaginei! – ele se levantou, oferecendo-lhe uma taça de vinho. – Me desculpe, eu já servi o vinho, mas você demorou um bocado...

- Eu... – ela não conseguiu falar no início. Ele tinha preparado todos os detalhes, as rosas na mesa, todas as louças postas como nos restaurantes mais chiques, o cheiro delicioso do jantar no forno... tudo perfeito. – Eu tive reunião... desculpe por não avisar! – ela sorriu. – Rony, o vestido é lindo, a mesa está perfeita... eu... oh, puxa, muito obrigada!

Ela o abraçou e o beijou.

- Eu quis preparar algo diferente pra você... – ele riu. – Eu fiz até as costeletas que eu tinha prometido que ia fazer desde sempre...

Ele tirou a bandeja do forno e serviu-a. Ela sentada, estava maravilhada com o namorado perfeito que tinha.

- Existe alguma comemoração especial por causa disso?

- Podemos falar sobre isso depois? Vamos jantar primeiro, depois tem a sobremesa, e aí depois eu falo sobre a ocasião especial, ok?

- Ok! – ela sorriu.



***



She may be the love that cannot hope to last

Ela talvez seja o amor que não pode ter esperança de durar

May come to me from shadows of the past

Talvez venha a mim das sombras do passado

That I remember till the day I die

E vou me lembrar até o fim da minha vida



***



O jantar tinha saído exatamente como ele planejara. Ela estava acabando a sobremesa de chocolate que ele tinha feito, e ele já suava um pouco com a expectativa de lhe pedir em casamento. Quando ela terminou e lhe elogiou, ele viu que esse era o momento perfeito.

- Mione... eu... eu fiz tudo isso porque quero te fazer um pedido... – ele a puxou para se levantar, e a levou até a varanda da casa. – Eu não sei nem como começar...

- Ai Rony, pede logo... – ela riu. – Você quer aceitar aquele emprego de jogador de quadribol, não é?

- Não, meu amor, não é isso. – ele riu. – Embora nós conversaremos sobre isso depois. É uma grande oferta, sabia?
- E sobre o que é, então?
- É uma coisa muito melhor. E muito, muito mais importante... – ele tirou uma caixinha do bolso e se ajoelhou.

- Oh céus! – Hermione percebeu o que aconteceria.

- Hermione Granger, não é segredo que eu a amo. Não é segredo que eu nunca deixei de te amar. Eu percorri vários caminhos, mas todos eles me levaram até você. Porque nosso amor é puro e forte, e é para sempre. Por isso eu pergunto... você quer se casar comigo?

- Oh Rony... – ela se ajoelhou e o abraçou. – Oh, Rony, não há nada mais no mundo que eu queira tanto.

Rony abriu a caixinha do anel, revelando-o.

- Então isso pertence a você... – ele colocou o anel em seu dedo, e a beijou.



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Nossaaaaa quanto tempo!!! É muito bom encontras inspiração para finalmente escrever o final de She. Espero não tê-los desapontado ou coisa assim. Enfim, eu acho que esse é o penultimo capítulo, então... aguardem o gran finale.

Bom, quem quiser ver uma foto de como eu imaginei que era o anel que o Rony dava, pode ver aqui: http://www.goldenmine.com/ProductImages/Rings/image/RH191.jpg.

É isso, beijinhos e é bom estar de volta!! Ahh, e comentem!

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