Passeio no Parque



CAP 10- Passeio no Parque

O jantar transcorreu muito bem e, ao fim da noite, todos estavam muito
satisfeitos e contentes, talvez não mais que David, mas estavam.
Ele não sabia como aquela encantadora mulher à sua frente podia ser a tão temida
“Senhorita Weasley”, que todos o haviam alertado para não tirar do sério. A
ruiva era linda e contagiante! Todos à mesa pareciam hipnotizados com a sua
presença, e ele mais do que ninguém, por conta daquele cheiro bom que a
envolvia... Na verdade tudo parecia muito bom naquela mulher, não sabia o por
quê, mas era o que achava.

A noite estava sendo mais que agradável para Virginia; as pessoas eram
agradáveis e a conversa não podia ser melhor,apesar de se sentir um pouco
constrangida por sempre perceber Zabini olhando-a estranhamente. Mesmo assim, a
noite estava sendo muito boa. E ela não podia condená-lo por olhá-la daquela
maneira, afinal, ele era melhor amigo de Draco, e não dela.

- Bom... Já está tarde, então acho melhor irmos para casa, o que vocês acham? –
disse James, perguntando aos outros, que assentiram com satisfação, já que a
hora estava ficando avançada.

Eles pagaram a conta, se levantaram e saíram do restaurante.

- Então eu já vou indo, foi um ótimo jantar com vocês e foi ótimo conhecer você,
Vedder. – Gina se virou para o moreno, e olhou dentro daquelas orbes
verde-brilhantes. Nossa, como ele era lindo! E pensar que a ruiva o imaginava
como um nerd feio...

- E você, Viriginia, vai sozinha? – perguntou seu chefe um pouco preocupado – Já
está tarde e acho que não é muito seguro...

- Ah! Que isso James! Eu vou aparatando, não há perigo de eu ser pega por nenhum
tarado ninfomaníaco!- ela acrescentou com humor.

- Mesmo assim! Você é a minha melhor empregada e não posso me dar o luxo de
perdê-la! – o homem disse no tom de quem dá encerrada uma conversa. – David,
você se incomodaria de acompanhar a senhorita Weasley até a casa dela?

- De jeito nenhum, chefe! Na verdade seria um prazer acompanhá-la – o moreno
respondeu estampando o seu melhor sorriso no rosto e virando- se para Gina.

Ela corou ao ver aquele sorriso lindo que ele lançava em sua direção.

-Hum, ok!Mas antes eu preciso dar umas palavrinhas com o Zabini.- Sam olhou-a de
olhos arregalados esperando o pior, mas sua amiga sorriu ao encará-la – Ora
Samantha, por favor!O Blaise não faz o meu tipo, você sabe bem disso!Só queria
falar com ele uns instantes...

- Por mim tudo bem Weasley, pode falar... – Blaise disse tentando parecer
indiferente, mas estava curiosíssimo para saber se a ruiva queria que ele desse
algum recado à Draco.

- É que, bem... Eu saí aquele dia da sua casa sem me explicar e eu estou me
sentindo mal, sabe?
Queria que você me desculpasse, só isso!- ela disse aquilo sentindo um enorme
alívio; não era de seu feitio ser uma pessoa mal agradecida.

- Ah! Por Merlim, Weasley! Não se preocupe em pedir desculpas! Na verdade eu sei
muito bem o porquê de você ter ido embora sem se despedir ou se explicar – ele
disse diminuindo o tom de voz ao perceber que todos à sua volta estavam muito
curiosos em saber exatamente sobre o quê eles falavam- E se você quer saber o
que eu acho,você e o Draco estão ficando loucos,afinal, vocês se gostam!

Depois de dias essa foi a primeira vez que ela ouvia o nome dele, e a sensação
não era nada agradável, na verdade ,doía muito.

- Eu pensei que ele estivesse começando a gostar de mim Blás ,mas me enganei e
não quero gostar sozinha, entende? – ela falou mais séria do que nunca.

- Ele gosta de você também ruivinha, eu te garanto! Mas sabe como isso é difícil
pra ele, não sabe?- ele tentou fazer algum gesto que mostrasse que ele entendia
como era sofrido aquilo para ela, mas sua educação sonserina não lhe ajudava nem
um pouco em casos assim – Afinal, ele é um Malfoy e sonserino, ainda por cima!
Para ele esses tipos de sentimento são complicados e inaceitáveis demais!
Confesso que até pra mim, que não sou um Malfoy, é difícil.

- Mas e eu Zabine? Você acha que pra mim também não é difícil assumir que me
apaixonei por um Walfoy?! Afinal eu sou uma Weasley! E ele é um Malfoy filho de
uma boa mãe! Como você acha que estou me sentindo? – ela disse com os olhos
cheios de água, tentando obter uma resposta, afinal nem ela sabia direito.

Zabini nunca fora bom com os sentimentos assim como Draco ,mas naquele momento
ele sentia um grande afeto pela ruiva que estava ali à sua frente e não podia
deixar de sentir pena dela. E ele sabia que ela ainda sofreria muito por causa
do Malfoy e não queria ver a amiga de sua namorada sofrendo. Sentia um grande
carinho pela garota que era quase como uma irmã pra Sam.

- Só posso te dizer para ter paciência Virginia, acredito que as coisas vão
melhorar. – ele disse por fim tentando dar o seu sorriso mais animador.

Ela sorriu, gostaria mesmo que as coisas melhorassem e, afinal, Blaise não era
tão ruim quanto ela imaginara. Ou então Sam estava dando aulas de boas maneiras
a ele, ou coisa do tipo.

Ela desejava que Draco fosse compreensivo assim como o Zabini, mas se ele fosse
assim, não seria o mesmo Draco que ela conhecia e também não seria um legítimo
Malfoy.

- Hum...Senhorita Weasley!- David chamou-a meio ressabiado – Está ficando tarde,
acho que realmente devemos ir.

- Me chame de Gina, ok? – ela sorriu ao dizer – É verdade, eu também acho. E
obrigada por me compreender, Blaise.- ela falou por ultimo dirigindo-se para o
moreno que estava ao lado de Samantha.


A ruiva se despediu de todos e seguiu caminho com David. Passaram quase o
caminho todo sem dizer uma única palavra. Gina porque estava lembrando de tudo
que havia conversado com Zabini e David porque não sabia o que falar.


Finalmente depois de alguns minutos de caminhada eles chegaram em frente ao
prédio de Gina. Ela morava em um bairro bem situado e uma de suas maiores
alegrias de morar ali, além de a vizinhança ser bem tranqüila, era o fato de que
bem em frente ao prédio existia um parque, não muito grande, mas que a acolhia
todas as vezes que precisava pensar na vida, ou então esquecer algo que a
perturbava.


- Chegamos!- a ruiva constatou olhando distraidamente para as arvores do parque
do outro lado da rua – Posso te perguntar uma coisa? – ela emendou para o homem
a sua frente e ele assentiu como resposta – Por acaso você está muito cansado?

Ele piscou algumas vezes pra tentar entender o que a ruiva havia falado, mas
porque ela queria saber se ele estava muito cansado ou não?E sem entender
resolveu simplesmente responder.

- Não, não estou. Porquê? – ele tentou parecer desinteressado, mas não
conseguiu.

Ela sorriu ao olhá-lo ali todo curioso com a sua pergunta. Ele era um rapaz
encantador.

- Bom... É que eu pensei se vo...você não queria dar uma volta comigo pelo
parque antes que eu entre. Não estou nada a fim de me trancafiar lá em cima com
uma noite tão linda aqui fora, sabe...?- por alguns instantes Virginia se
sentiu completamente infantil e, pensando isso, ela ficou da cor de seus
cabelos.

David sorriu ao ver como Gina havia ficado vermelha e percebeu que se a
decepcionasse e dissesse que não a acompanharia no passeio ele corria o risco de
vê-la cair aos prantos ali no meio da rua.

- Claro! Porquê não? – o moreno disse super animado estendendo o braço para a
pequena. – Desde que eu cheguei em Londres que não faço uma caminhada num
parque,e, quer saber?, você tem razão! A noite hoje está maravilhosa para se
ficar dentro de um apartamento.

A ruiva não pôde se conter e abriu um largo sorriso. Essa noite estava sendo uma
das melhores que ela havia tido dentro dos últimos meses e, pensando nisso, ela
entrelaçou o seu braço no de David.Eles passearam por um bom tempo e conversaram
sobre tudo! Virginia se impressionou em como ela conseguiu se abrir tão
facilmente com uma pessoa que tinha acabado de conhecer; nem com a Sam era tão
fácil assim!
Depois de algumas voltas eles resolveram sentar-se em um banco em frente ao
prédio de Gina. Ela estava com um pouco de frio, mas não se importava, estava
gostando do papo com o Vedder. Fazia tempo que não conversava com alguém que a
tratava tão bem por mais de 10 minutos e nem tivesse tanto em comum com ela.

- Sabe, eu tinha medo de você... – David disse mas, ao vê-la arregalando os
olhos, parou no meio da frase.

O que será que tinham falado de tão ruim assim dela? Era enérgica algumas vezes
no trabalho, mas não era nenhum monstro!

- Mas, porque você tinha medo de mim? – ela perguntou num tom meio que urgente.

- Bom...Porque me disseram que você era uma pessoa super enérgica e que prezava
a profissionalidade acima de tudo, ou seja, eu logo concluí que você era algum
tipo de professora velha e chata de História da Magia, sabe? – ele terminou se
sentindo envergonhado – mas depois que eu conheci você vi que era tudo ao
contrário do que eu imaginava.O que foi? Eu disse algo engraçado? – ele
perguntou, pois a ruiva estava se contorcendo em cima do banco de tanto rir.

- Ah! Não, claro que não! Eu ...eu só não pude me conter ao pensar que as
pessoas me acham tão dura assim no trabalho!- ela se ajeitou no banco e colocou
uma mecha do cabelo atrás da orelha – Eu só faço o que tenho que fazer, entende?
Na verdade, em todas as áreas da minha vida eu sou assim. Talvez...talvez seja
por isso que eu não ande me dando tão bem pessoalmente... – ela terminou com um
suspiro triste.

Ele ficou observado-a e se deu conta de que toda aquela alegria contagiante que
o tinha tomado a noite toda era pura fachada. Suavemente, David pousou sua mão
no queixo da ruiva e levantou seu rosto para que pudesse encará-la. Foi então
que viu que os olhos dela não brilhavam; eram opacos e tristes, e então entendeu
que Virginia Weasley estava sofrendo.

- Olha Gina, eu não sei o que você tem, mas você sabe que pode contar comigo,
não sabe? – ele estava dizendo aquilo e mal a conhecia. – Então, qualquer coisa
que eu possa fazer por você pode contar comigo, me considere como seu amigo,
ok??

Ela sorriu e deixou que uma lágrima finalmente cruzasse o seu rosto.

- Obrigada David, e eujá te considero como um amigo sim, mas... – ela olhou o
horizonte – Eu acho que ninguém pode me ajudar, não agora...Mas, quem sabe, mais
tarde você não possa fazer algo por mim? – e dizendo isso ela o pegou pela mão e
lhe deu um beijo na bochecha.

Os dois levantaram-se ao mesmo tempo e com um abraço ela se despediu de David.

- Boa Noite David e obrigada por tudo.

- Não foi nada Virginia ,você não sabe o quanto me faz bem saber que eu tenho
pelo menos uma amiga nesse lugar estranho...– David disse estampando um enorme
sorriso.

- Mas afinal de onde você é? Você tem um inglês perfeito!

- Eu sou italiano ,mas vivi muito tempo em Oxford,por isso não tenho sotaque. –
ele explicou.

- Entendi! Então nos falamos segunda-feira no trabalho! E não pense em se
atrasar, ouviu, mocinho? – e dizendo isso ela finalmente seguiu para seu
apartamento.

Mal sabia ela o quanto aquilo que havia dito a David sobre ele ajudá-la mais
tarde faria sentindo...


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NA: Olá!!!!Esse cap aqui não é o meu favorito,mas vai deixar algumas coisas no ar se vocês forem espertos e atenciosos!rsrs
E quem se propõe a tentar adivinhar o que se passa na cabeça dessa louca autora??hahaha
Juro que não é nada de mal,pelo menos eu acho!Só que eu também não posso garantir que essa idéia vá virar realidade,porque eu tenho idéias a todo o momento,sabem???rs
Esse cap aqui é todo da Gi,porque o próximo vai ser do nosso gostosão adorado e uma pontinha só do nosso casalzinho perfeito ( Blás e Sam é claro),ok?
Espero que gostem e leiam tudo direitinho e mandem –me muitas reviews porque sem elas não tem próximo cap tão cedo,ok??
E já posso adiantar que tenho boa parte dele pronto,então se vocês o querem logo,comentem bastante!=p
Aproveitando pra agradecer o Thurzinho que é quem anda revisando os meus caps e aturando as minhas historias mirabolantes no msn e foi ele que me ajudou a “encaixar” a nacionalidade italiana do David!rsrs
*Tre sofre de tesão reprimido por italianos mininas!* hauhauahuahau mas isso é segredo,ok?não contem pra ninguém!rsrsrs
Deixa eu parar de falar!
E mais uma vez obrigada a quem comentou!^^
Amo vocês!=]

Cuidem-se!!
=*

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