Sorrisos e Brincadeiras



4. Sorrisos e Brincadeiras


Tonks olhava em todas as direções tentando achar alguma brecha para poder escapar, mas não havia nenhuma: a porta permanecia trancada e a janela estava mais perto da criatura do que dela mesma.
- Sai! Eu não quero te machucar- a moça disse erguendo sua varinha e ao mesmo tempo comprimindo seu corpo contra a parede oposta.
O lobisomem porem não demonstrava agressividade. Ele até parecia recuar de uma forma submissa e cabisbaixa, porem sem tirar os olhos da companhia, pois até podia jurar que conhecia aquele ser de algum lugar. Olhou ao redor do cômodo e viu algumas roupas ajeitadas organizadamente numa cadeira num canto e seus olhos se arregalaram: aquelas eram roupas de Lupin, já que ele as usava no dia anterior. Não era tão difícil se lembrar de quem usa roupas detonadas quando se trabalha num lugar como no Ministério, onde o status é valorizado. Aquele quarto era de Remo, só podia ser. Será que ele estaria vivo? E como deixaram aquilo entrar na casa? Ninguém o viu?
- Isso mesmo, fique na sua!- Ninfadora deu um sorriso ao perceber que “controlava” o lobisomem. – O que você fez com Lupin?- A metamorfomaga podia jurar que o animal soltou um muxoxo, porem continuou.- Seu assassino! Se é algum Comensal, seus dias de artes das trevas acab.....AI!
Ela nem terminou de falar quando, ainda se movimentando de costas pelas extremidades do quarto para se manter longe da fera, pisou em falso num sapato masculino jogado no chão e torceu o tornozelo, fazendo-a cair com tudo no chão.
- Hoje por acaso é sexta-feira 13?- reclamou sarcasticamente.
O lobisomem veio devagar em sua direção, mas sem tirar seus olhos dos do dela. Suas feições eram calmas e tranqüilas, chegando até em aparentar que gostaria de ajuda-la. “Estou ficando louca! Desde quando um desses quer me ajudar?” pensou. Se apoiando nas paredes, Tonks conseguiu se levantar mostrando dificuldade e isso foi o suficiente para que a criatura se aproximasse mais ainda dela.
- Eu disse para ficar aí. ESTUPEFAÇA!- Ninfadora gritou apontando sua varinha.
O oponente, que se encontrava a alguns metros, pareceu desmaiar. Seu corpo peludo desabou no chão, fazendo um pequeno estrondo com a colisão. A bruxa, agora de pé, foi até a porta mancando e começou a bater na mesma.
- EI! ALGUEM AÍ! SIRIUS!
Mas era em vão. Parecia que o quarto tinha um feitiço à prova de som. Tonks se
voltou para a criatura e a fitou. Alguma coisa em si dizia-lhe que cometera um erro ao ataca-la, mas o por quê se sentia assim, ela não sabia. Sentindo uma ponta de culpa, a moça se abaixou e ajoelhou ao lado da cabeça do lobisomem, que permanecia de olhos abertos e fixos no teto sem exibir nenhuma expressão na cara. Parecendo que aquela posição para ele não era das mais agradáveis, a auror pensou em leva-lo para a cama para que acordasse melhor depois de uma noite de dores com a transformação.
Quando ia encostar na fera para puxa-la, Tonks pensou melhor. Por que ajudaria um Comensal da Morte? Vai saber com que intenções ele entrou na Sede... E mesmo assim, a Ordem pode precisar dele para tirar informações sobre Lord Voldemort. Que espécie de auror seria se não o capturasse? Já era ótimo deixar o animal trancado no quarto sem lhe causar danos.
Convencida em deixar tudo como estava, Ninfadora teve outros pensamentos depois. Apesar do monstro ser um Comensal, não deixava de ser um humano com a maldição. Passou por uma dolorosa transformação e sofrimento, não seria justo abandona-lo ali para que se torturasse ainda mais.
- Às vezes eu queria ter um coração não tão mole.- sussurrou enquanto pegava o lobisomem por debaixo dos braços e o arrastava até a cama, onde o deixou. Ajeitou seu travesseiro, porem ele continuava de olhos abertos.
Um outro problema surgiu para a garota. Como sairia dali? Não podia ficar a
noite toda ali, pois mesmo tendo jogado um feitiço poderoso, a criatura poderia despertar e lhe destroçar. Tentando mais uma vez, começou a jogar magia na porta e gritar, sendo tudo em vão. Cansada de tanta insistência, Tonks se ajeitou na cadeira de roupas de Remo, jogou-as no chão para esperar sentada que a noite acabasse logo, afinal alguém abriria aquele quarto de manhã (ela torcia). Mesmo já sendo madrugada, a auror não resistiu e acabou dormindo sentada porque, alem do sono, estava muito cansada com os problemas do dia.






Pequenos feixes de luz entravam pela janela, e com a claridade, Tonks acordou. Abriu lentamente os olhos e se levantou. Despreguiçou-se e começou a se alongar, pois não dormira nada bem daquele jeito, toda encolhida numa cadeira. Ao dar alguns passos, finalmente ela percebeu que aquele não era seu quarto. Completamente distraída, foi até a porta e, numa tentativa inútil, tentou abri-la. Como um relâmpago, lembrou-se de tudo o que lhe acontecera na última noite e seu sono, que ainda estava presente nela, passou instantaneamente.
- Ainda não abriram.- murmurou, encostando a testa na porta e fechando os olhos desanimadoramente. De repente, como se tivesse recebido uma carga elétrica, lembrou-se - O lobisomem!
Abrindo os olhos, Tonks voltou-se para a cama e verificou se seu prisioneiro estava lá. Bem, de fato ele estava, mas com outra aparência, já que a lua cheia se fora. Ao olhar para a pessoa, um grito agudo saiu dos lábios de Ninfadora, embora ela não soubesse exatamente o motivo. Não sabia se isso aconteceu porque se tratava de Remo Lupin ou se porque ele estava totalmente nu na sua frente, ainda olhando para o teto.
- Eu não acredito....por que comigo? Se Cris souber.....- ela dizia com o rosto virado para o lado, embora tivesse no fundo um certa curiosidade em ver mais.- Se Cris souber que dormi com um homem pelado, mesmo que indiretamente, ele..ele....ai.....eu tenho que ser mais certinha e não me envolver aonde não sou chamada.
Procurando a varinha nas vestes, a auror a retirou (com um pouco de dificuldade pois seus olhos estavam semi-cerrados para que não visse mais nada além do necessário no quarto) e pensou “finite”, apontando- a para o vulto de Remo.
Em poucos segundos, ele começou a se mover lentamente e a piscar. Sentou-se na cama com a mão na cabeça e meio tonto, permanecendo mais um tempinho assim até se acostumar com sua forma humana novamente. Mesmo apesar de ter anos de experiência, aquele mal estar sempre o matava. Sem perceber que não estava sozinho, massageava o couro cabeludo com a cabeça baixa até que alguém lhe dirigiu a palavra.
- Que idéia mais divertida a sua.
Lupin parou o que estava fazendo e olhou em volta, vendo assim uma mulher de cabelos roxos e de costas para ele.
- Tonks, você.....como você.......por que.....- Lupin falou confuso- Ah, não, agora me lembro. Você entrou aqui antes da porta se trancar. Mas por que..... como soube que.....
- Desculpe, mas quem faz as perguntas aqui sou eu.- a moça o cortou autoritariamente ainda de costas.- Como pôde enganar a todos? Até Dumbledore?
- Eu....eu não enganei ninguém. Sou um lobisomem desde os 10 anos. Todos da Ordem sabem disso.
- Pelo visto eu era a única que não. Na última guerra, os lobisomens ficaram do lado de Você-Sabe- Quem. Quem me garante que não é um espião? – Tonks começou a alterar a voz.
- Não sou um espião nem um Comensal. Se eu quisesse prejudicar a Ordem, por que acha que me isolo toda noite de lua cheia?
Um silencio audível predominou ali. Qual era o problema de Tonks? Era
Compreensível que aquela não fora uma de suas melhores noites, mas pegar no pé de um coitado que sofre fisicamente dores mensais pelo resto de sua vida. A moça pensou um pouco. Remo nem ao menos tentou ataca-la. E se ele estivesse dizendo a verdade? A porta estava trancada, não haveria maneira de afetar os outros da Ordem. Tentando ser menos chata, ela concordou.
- Eu sei. Me desculpe. O problema foi que a última noite você me assustou.- murmurou a moça.
- Desculpe. Eu queria te falar, mas não podia. Lobisomens não falam, não pensam, são só instinto.- sua voz era quase inaudível.
- Mas...então....por que não me atacou? Tudo estava fechado. Um lobisomem comum ataca seja quem for.
- Sim, mas eu tomo a Poção Mata-Cão que o Snape prepara. Tenho total controle das minhas ações e pensamentos. Coloquei no quarto um feitiço à prova de som porque, mesmo com a poção, ainda há dor e não consigo conter os gritos. Enfeiticei a porta para que se trancasse no horário exato em que a lua cheia aparece, mas parece que ela se adiantou ontem.- e Remo sorriu de um modo fracassado.
- Então foi por isso que não consegui abrir a porta e ninguém veio me socorrer. Ninguém sabia que estava aqui. Mas se só o Sirius mora aqui e toda a Ordem sabe da sua maldição, porque se trancou se pode perfeitamente controlar tudo o que faz?
- Acontece que ontem à noite os Weasley vieram para cá. Mesmo eles sabendo da minha verdadeira condição, eu não quis que me vissem assim, na forma de um monstro.
- Entendo. Não conheço os Weasley’s direito,sei que dois deles trabalham no Ministério.
- É.
E ficaram poucos minutos mais uma vez em silêncio com Tonks olhando para
a parede e Lupin para suas costas.
- Lamento se a assustei. Já deveria ter me acostumado.
- Sem problema, vi dezenas de lobisomens como você na minha vida. Eu estranhei ver um aqui, porque você sabe a opinião pública sobre eles.......que são traiçoeiros e incontroláveis mesmo com a Poção.....é....bem...me desculpe...não quis falar isso.- a moça tentou se retificar.
- Tudo bem, estou acostumado.
- Não, eu não quis dizer isso. É sério. Quis dizer que....
- Como está seu tornozelo?- Lupin a interrompeu. Na verdade, Tonks ficou agradecida por isso, pois quando ela abre a boca para falar algo, não se sai da situação muito bem.
- Ele está melhor. Passei a noite toda imobilizada naquela cadeira para dormir que até sumiu a dor.
- Eu tentei te ajudar a andar, mas quando me aproximei, você fez o favor de me estuporar.- Lupin contou com um leve sorriso na boca.
- Me desculpe, eu não sabia que era você. Obrigada, Pensei que quisesse...er....então.....
Quando Tonks estava falando, ela se virou e encontrou Lupin de pé na mesma situação em que estava a pouco na cama. Sem querer, ela o olhou e viu coisas que preferia não ter visto, fazendo-a virar o rosto e corar.
- Se não se importa, poderia se vestir Lupin?
O bruxo olhou para seu corpo e percebeu o que era que deixou Tonks tão
constrangida. Foi correndo pegar o lençol da cama e se enrolou nele.
- Er....me desculpe......é que....sempre estou sozinho quando acordo da lua cheia e já me acostumei. Desculpe mesmo, se o seu namorado souber....
- Ele não vai saber, pelo menos eu não vou contar.- Tonks replicou, virando-se para encara-lo, agora que podia. -Tudo bem. Já vi um monte de revistas femininas nas bancas desse estilo.
Lupin ergueu uma sobrancelha. Aquela moça era difícil de entender. Às vezes
parecia uma criança sempre procurando a proteção da mãe, assim como no noivado de Tiago; outras vezes, parecia totalmente independente e senhora de si. Alguém que fazia tudo o que viesse na cabeça sem se preocupar com as conseqüências. Nisso, ouviu-se um breve estalo do outro lado da porta e alguém entrou, destrancando-a.
- Ah, finalmente eu te encontrei. Mas não era esse quarto que havia dito, Tonks. O que está fazendo aqui?- perguntou Sirius com um sorriso malicioso nos lábios.
- Não é o que está pensando, Sirius. A Tonks veio no quarto errado e entrou antes da porta se trancar.- argumentou Lupin.
- Nossa. Vocês nem esperaram tempo para passar a noite juntos e acho que deve ter sido muito bom, porque Aluado ainda está de lençol. Se quiserem continuar, eu saio..
Sirius nem teve tempo de prosseguir, pois foi acertado em cheio no
peito por um “ridículus” mandado por Lupin e Ninfadora ao mesmo tempo. Isso fez com que seus pés escorregassem para trás, levando-o na direção do corredor. A expressão de ambos era “Você me paga!”.

- Ai gente foi só uma brincadeira.
Com uma cara bem contrariada, a auror saiu do quarto, deixando os dois amigos
ali.
- Ela é gostosa, teve sorte Aluado.- falou Sirius ainda olhando para a porta que Tonks saíra.
- Essa foi uma brincadeira muito sem graça!- Lupin se aproximou do amigo
com a raiva estampada no rosto. – Você não tinha esse direito! Ela tem namorado sabia? O que vai pensar de mim?
- Vai pensar que você vale mais a pena do que ele. Qual é, ela tem namorado e não marido. Aposto que ela te admirou mais do que ele. – e Sirius riu, diferente de Lupin.
- Você não tem jeito, porém vai se explicar para ela.
- Tá bom. Não é pra tanto Aluado. Mas pela cara dela...- e Sirius se aproximou mais do amigo- ela gostou do que viu. Molly está lá embaixo- e ele reatou sua voz habitual- deve estar preparando o café. Se troque logo. Muita gente já te viu de lençol hoje.
E Sirius saiu, deixando-o sozinho antes que pudesse retrucar.




Tonks desceu as escadas calada, não porque ficou magoada com as brincadeiras
de Sirius, mas por Remo não ter contado a ela aquele segredo. Se todos da Ordem sabiam, por que não lhe dizer ? Mesmo por ser uma auror, Kim também não era? Nunca que sairia contando para todos o que sabia, nem para gente do Ministério, é claro. A moça avistou um sofá, que outrora fora de couro marrom de dragão pois sua cor era indistinguível, na sala vazia em que chegara. Na verdade, estava andando pela Mansão Black sem um rumo certo; única coisa que era certa era que queria ficar sozinha com seus pensamentos. Sentou-se no móvel e olhou ao redor. Aquilo devia ter sido um lindo cômodo, porque havia vários quadros de bruxos Black ( provavelmente antepassados seus e de Sirius); todos dormiam (ou pelo menos fingiam). O lustre, agora envolvido por inúmeras teias de aranha, permanecia apagado. A tinta das paredes, já velha, se descascava, enquanto os móveis se faziam reservatórios de pó.
Mesmo com toda aquela sujeira, a bruxa não resistiu e sentou no sofá exausta. Tentou ficar sentada, mas o cansaço a venceu e a obrigou a deitar, apoiando a cabeça no braço do apoio. Talvez... Devesse entregar a Ordem para Fudge. O que adiantava participar de algo que nem lhe confiam um segredo? Era definitivo, ia sair dali e contar tudo o que sabia para seu chefe. No fundo, não era esse seu maior desejo porque ao mesmo tempo em que queria se livrar de tudo aquilo, não queria trair Dumbledore que a aceitou de braços abertos. Quase voltando atrás de sua decisão, um pensamento veio à cabeça de Ninfadora: o diretor de Hogwarts também estava envolvido na verdadeira condição de Lupin, afinal era bem possível que o bruxo tenha acatado ordens de sigilo de Alvo. “Não, Dumbledore não obrigaria ninguém a fazer nada contra sua vontade. Mesmo assim, não posso fazer parte de tudo isso. Tô fora!”
Ainda deitada, Tonks até pensou em se levantar e sumir dali naquele momento, mas sua preguiça fora tão grande que a fez adormecer ali, no sofá da sala, já que duas noites mal dormidas por causa de preocupação não foram o suficiente para repor as energias gastas. O sono era tão pesado e profundo que a moça nem despertou quando Sirius e Remo desceram as escadas perto da sala praticamente brigando.
- Francamente, nem foi tão desconcertante assim vai.- disse Sirius.
- Não foi? Ela vai pensar que sou um tarado, que não me cobri quando podia e quando tinha própria consciência. – argumentou Remo.
- Ok,ok.....quantas vezes tenho que pedir desculpas?
- Não é a mim que deve fazer isso, mas sim a Tonks.
- Já entendi. Caramba Aluado, até parece que eu ficou profundamente sentido com o que minha priminha possa pensar de você. Por acaso você....
- Por acaso o quê?- Lupin perguntou em tom sério e parando ao pé da escada esperando uma resposta do amigo, que ao perceber aonde Lupin ficara, também parou.
- Calma Aluado.Não precisa ficar irritadinho.Só estava pensando se por acaso você não estaria se......hum.....simpatizando com minha prima- Black mediu suas palavras com cuidado para que não surgisse outra possível discussão entre eles. Porém, aquele não era seu jeito exatamente de se expressar para o que queria dizer.
- É claro que simpatizo com ela. Mesmo com aqueles cabelos roxos, ela me parece alguém que luta pelo o que quer.
- Mas você não é assim. Na verdade, até já perdeu aquela garota para o nosso....
Mas Sirius nem pôde continuar porque foi interrompido por Lupin.
- Nem me lembre daquilo, sim? Eu só tenho que encontrar Tonks e lhe contar tudo.
Enquanto ambos estavam ali, uma nova pessoa apareceu. Era uma mulher ruiva, baixinha e gordinha, mas com um rosto bem maternal. Usava algumas roupas de segunda mão. Ela entrou no hall onde estava os bruxos e se dirigiu a eles, porem Remo lhe cortou antes dela começar a falar.
- Ah, Molly, que bom que vocês chegaram em segurança. Me desculpe não ter ido receber você e os meninos, mas é que......
- Lua cheia- foi a vez da mulher lhe interromper- Não precisa se explicar, Remo. Eu sei que esses dias é a lua cheia. Todos perguntaram por você: a Gina, o Rony, a Hermione....
- A Hermione também veio?- Lupin perguntou.
- Sim. Ela foi para a Toca ontem então a trouxemos.
- E Harry?
- Bem, Dumbledore disse que logo o traremos para cá. Eu não queria que passasse as férias naquele lugar de trouxas que o maltratam. Aquele garoto já sofreu demais na vida.
E suspirou. Por um momento, todos ficaram pensativos. Molly não gostava de ver o amigo de seu filho sendo tratado como um animal, porque para ela era como se fosse um filho; Sirius tinha saudade de Harry, pois , de algum jeito, ele lhe lembrava Tiago; quanto a Lupin, bem, também sentia um enorme apego por ele. Não era por ter sido somente seu professor, mas outro motivo pessoal era o responsável. Quebrando o gelo, a sra. Weasley tornou a falar.
- Ah, esqueci de perguntar a vocês. Quem é aquela moça de cabelos roxos deitada no sofá?
Os dois se entreolharam.
- Em que sofá? –perguntou Lupin. Este pôde jurar em ouvir Sirius soltar uma leve risada.
- Da sala de estar. Quem é ela?
- Uma auror do Ministério. Dumbledore a recrutou para a Ordem. É minha prima, Ninfadora Tonks.
- Prima?! Oh, ela parece ser bem.....
Mas Lupin não ficou lá para ouvir o resto da conversa. Tinha que falar com
Tonks. Depois da última noite, ficara com a consciência pesada. Indo até lá, Remo a viu deitada, parecendo uma um anjo (um anjo de cabelos roxos!). Suas feições eram de exaustão e desânimo. Ele se aproximou do sofá e não sabia exatamente se deveria acorda-la ou leva-la para algum lugar, senão acordaria com uma terrível dor nas costa por dormir assim.
- Então Aluado, vai ficar olhando ela o dia todo?- perguntou Sirius, que veio para junto dele com Molly.
- Remo, é melhor levar a senhorita para algum quarto. Quando ela acordar, não vai agüentar de dor por ter dormido nesse sofá tão velho e duro.
- É Aluado. É melhor leva-la para o quarto.- falou Sirius com um certo sorriso de segundas intenções em sua voz. Sorte que os pensamentos da sra Weasley estavam longe, pois ela procurava outra saída para acomodar a hóspede. Lupin, porém, jogou para o amigo um olhar de puro desagrado com o que ouvira.
- Por que não leva você, Almofadinhas?
- Ah, não posso. Bicuço está me esperando para comer. Ele fica de mal humor se não come na hora. Até mais.
E Sirius se retirou com outro sorriso de vitória no rosto.
- Ora vamos Remo. Não podemos deixar a pobrezinha assim.
Lupin suspirou e cedeu.
- Certo, vou levar para algum quarto de hóspedes.
- O do lado dos gêmeos está vazio e não está tão empoeirado.
- Acho que vou faze-la levitar então.
A mulher o olhou contrariada.
- Remo, ela pode bater a cabeça em algum objeto no caminho. É melhor carrega-la normal.
Vencido, ele concordou.
- Vou leva-la lá.
Com cuidado, Remo se abaixou na altura do sofá, colocou o braço esquerdo na nuca de Tonks e o direito na dobra dos joelhos. Lentamente, se levantou para não perder o equilíbrio. Começou a subir as escadas, junto com Molly. Até pensou que deixaria a moça cair por causa de seu peso, mas a agüentou até chegarem no quarto que lhe fora dito. A mãe de Rony abriu a porta para que ficasse mais fácil a entrada dos outros dois. Com cuidado, Lupin depositou primeiro a região da cabeça da auror e depois o resto do corpo na cama, com a ajuda de Molly para cobrir o corpo, ajeitar o travesseiro e tirar seus sapatos.
- Definitivamente, é bem mais confortável. Vamos, é melhor deixa-la descansar.
- Sim, vamos - respondeu Lupin enquanto a olhava ternamente.
Quando saíram do quarto, Molly lhe dirigiu a palavra.
- Vou fazer o café da manhã. Os garotos já devem estar acordando. Venha comer, Remo.
- Já vou.
E o lobisomem seguiu pelo corredor, indo em direção de outro quarto para encontrar outra pessoa, que por sorte, ela saiu de algum lugar da Mansão.
- Ora, pensei que estivesse dando comida para o seu hipogrifo.
- É. Mas ele não queria comer. Quem diria, não? – disse Sirius com cara de cínico.
- Muito engraçada sua brincadeira lá em baixo.-Lupin falou ironicamente.
- Que bom que gostou, Aluado.
- Ora, seu....
- Não fique assim, vamos, a Molly deve estar fazendo o café e francamente, estou morrendo de fome.
Já acostumado com o jeito do seu amigo, Remo não insistiu. Sabia como ele era
e não mudara em anos. Desde da adolescência tentava bancar o cupido para cima de todos. Só que com ele nunca houve sucesso.



Quando Tonks acordou, o dia não era exatamente dia nem noite. As janelas ainda mostravam a claridade da tarde, embora houvesse várias nuvens de chuvas, já que são inevitáveis no verão. A auror acordou e uma longa preguiça a possuía, deixando-a deitada por mais alguns minutos até que tivesse coragem em sair dali. Aquele quarto estava basicamente limpo, mas algumas concentrações de poeira estavam presentes. De cabeça baixa, Ninfadora se segurou numa barra de dossel na cama e começou a se levantar manhosamente. Se espreguiçou com vontade e saiu do lugar arrastando os pés, que calçaram seus respectivos sapatos.
Andou e andou por um longo tempo, contudo não chegava a lugar nenhum. Ela nunca soube se isso acontecia por ainda estar com sono ou a Mansão ser enorme. Sim, pois tinha certeza que foi a moradia dos Black por causa dos quadros, que tinham sempre as mesmas pessoas que nos outros cômodos. Provavelmente as mais importantes da família eram elas.
Ainda continuando seu caminho que nunca chegava a lugar nenhum, subindo e descendo escadas, virando as curvas dos corredores, a metamorfomaga murmurou:
- Ai! Quero chegar logo na cozinha!
Logo, uma das pinturas respondeu. Era uma senhora com certas afinidades físicas de sua avó, mãe de Andrômeda, com olhos muito azuis e um riquíssimo vestido de luxo mais ou menos da época da 1a Guerra no mundo dos trouxas.
- Como uma colorida como você conseguiu entrar na sagrada Mansão dos Black?
Tonks a ignorou. Com certeza uma discussão com um quadro não era
exatamente ela queria. Não teve outro remédio, deixou a parente falando sozinha. Continuou andando, embora aquilo já começara a lhe dar tontura por causa da pouca luz do corredor. Com a visão meio fosca, só conseguiu ouvir uma voz preocupada vinda de algum lugar daquele patamar.
- Ei!
- Lupin! O que faz aqui?- perguntou Tonks ao ver o lobisomem.
- Bem, fui ver se já tinha acordado. Já são cinco da tarde, sabia?
- Eu...bem....o que aconteceu? Como vim parar nesse fim de mundo?- ambos andavam em direção oposta em que Ninfadora ia antes de encontrar com o colega.
- Você caiu no sono lá embaixo. Então nós a trouxemos para um quarto.
- Nós quem exatamente?- Tonks ergueu uma sobrancelha.
- Er....eu e Molly.
- Molly? Essa mulher me carregou?
- Não.....eu a trouxe sozinho.
Um silêncio constrangedor apareceu. Lupin ainda estava chateado pelo que fez a
mulher passar na outra noite. Talvez merecesse morrer por isso; nunca fizera nada direito em toda sua vida. Tentando acadar com a quietude novamente entre os dois, ele disse:
- Perdoe-me pela outra noite.
- Nós já conversamos sobre isso, não foi? – comentou Tonks sem fitá-lo, apenas olhando para a frente.
- Sim. Er...não ligue pelo o que Sirius disse. Ele adora fazer aquele tipo de brincadeira. Sei que seu namorado não aprovaria, mas.....
- Já disse que não contarei nada. Cris, de fato, é ciumento, mas tudo ficará bem.
Mais uma pausa aconteceu e, do nada, Tonks começou a dar uma gargalhada.
Tentando entrar no espírito da risada, Remo interveio.
- O que foi?- um sorriso nos lábios era possível ser visto enquanto a olhava.
- Bem, ninguém me disse que teríamos um lobisomem domesticado aqui na Ordem.
Remo também riu.
- Mas nem sempre sou assim. Posso ser malvado se quiser.
- Ui, que medo!- ela exclamou com ironia.- Pensei que existisse um animalzinho seria um cachorro por exemplo.
- Bem, mas há um cachorro.
- Como assim?
- Sirius. Sirius é um animago. Pode se transformar quando quiser.
- Eu sei. Ele me contou. Bem, pelo menos eu creio que ele não me esconde nada.
Lupin engoliu em seco. Chegou a hora. Teria que lhe confessar o verdadeiro
Propósito por ter ocultado a verdade.
- Bem, teve um motivo por não ter lhe contado tudo.
- E qual é? Posso saber agora?
- Bem, não queria que me desprezasse.
- Perdão? – ela parou de andar e o acompanhante foi obrigada a lhe imitar.
- É. Gostei de você desde o primeiro que te vi. Me pareceu ser uma pessoa bacana e diferente. Não queria que quando soubesse sobre meu probleminha me tratasse de outra forma. É como se estivesse implorando pela amizade.
Ninfadora o olhou no fundo daqueles olhos azuis e penetrantes. Seria capaz dela
fazer algo daquele tipo?
- Eu não acredito! Nunca faria algo assim, Remo. Sou uma auror não posso me manter distancia das outras criaturas. É a profissão que escolhi.
- Sirius me disse que estava sendo um idiota por não lhe contar.
- Era isso que me escondeu? Tem mais algum segredo que queira me falar?
Ele sacudiu a cabeça. Andaram mais alguns metros quando Tonks interrompeu
mais uma vez.
- Remo, você já foi rejeitado alguma vez por causa da maldição? Tipo, alguém deixou de ser seu amigo ou alguma garota lhe deu um fora?
Lupin umideceu os beiços com a ponta da língua e respondeu.
- Sim, várias vezes.
- Ah.
E andaram mais um pouco em silêncio. Tonks já reparou que em alguns
assuntos, Remo era bem monossilábico.
- Pode me contar mais uma coisa?
- Vamos ver.
Tonks fez uma careta.
- Tá, vamos tentar. Por que Sirius virou um animago?
- Bem, essa eu posso responder.
E foi assim que a metamorfomaga ficou sabendo sobre grande parte da
adolescência dos marotos, do mapa, da Casa dos Gritos e tudo mais que fosse preciso. Finalmente, chegaram a cozinha e lá encontraram várias pessoas de cabelos ruivos, Sirius e uma moça loira de cabelos armados.
- Oh, Tonks, que bom que acordou. Já ia te chamar.- falou Molly afetuosamente.
- Ah Molly, Remo não ia perder esse gostinho.- murmurou Sirius mais para ele do que para alguém.
- Ah não, que horas são? – perguntou a auror com uma cara de que um banho de água fria viesse a sua cabeça.- Devia estar no Ministério.
- Bem, você está fazendo hora extra ultimamente?- questionou Artur.
- Não.
- Então por que quer trabalhar num sábado?
Com a resposta, ela pôde respirar aliviada. Pensou que faltara mais uma vez no
trabalho. Talvez.... a decisão de sair da Ordem poderia ser adiada por algum tempo, afinal tudo só estava começando.
- Ora essa, nem nós apresentamos para a jovem moça. Eu sou Molly. Aquele é meu marido Artur ( ele lhe fez um gesto com a cabeça para lhe mostrar cortesia), meus filhos Gui, Carlinhos, Fred, Jorge, Rony e Gina (alguns lhe acenaram e outros apenas sorriram) e essa é Hermione ( a garota lhe sorriu).
- Mas eu já conheço o Gui! Estudamos juntos em Hogwarts, se lembra?- em seus olhos, havia um brilho de excitação.
- Claro, com esquecer de você? – ambos riram
- Muito prazer em conhecer vocês. Sou Ninfadora Tonks. Por favor, não me perguntem da onde minha mãe inventou esse nome ridículo. Me chamem apenas de Tonks. – ela se dirigiu aos outros.
- Claro, Tonks- responderam os dois gêmeos em coral.
- Ei, não está faltando algum dos Weasley? Um que trabalha com Fudge? É Percy o nome?
Nisso, Mollly puxou um lenço do meio da roupa e desabou a chorar, depois de instantes de ter ouvido aquilo. O marido
passou a mão pelo ombro e a abraçou. Os filhos olharam para qualquer lugar que não fosse os pais, fazendo-se de desentendidos. Apenas os gêmeos pareceram não se incomodar. Hermione, Sirius e Remo apenas olharam Tonks.
- Eu disse algo errado? Ah, por favor, se eu o fiz, me perdoem, faço besteiras o tempo todo.
- Nã...não....está tudo bem querida.- falou Molly enxugando as lágrimas.- Você não tem culpa.
- Eu sinto muito- tentou se corrigir a moça, embora não soubesse do quê.
- Er.....que tal se comermos? Eu estou faminto.- sugeriu Sirius para quebrar aquele clima.
- Não, eu não posso. Eu combinei de sair com meu namorado hoje.
- Ah, então tá.- falou Sirius desapontado. Mas não sabia exatamente se era por causa do jantar com a ausência da prima ou porque ela estava firme com Cris.
- Bem, até logo a todos. E....me desculpem de novo.
- Eu te acompanho até a porta. Hoje não poderei ir com você até sua casa porque, mais tarde...- e Remo fez breves movimentos com as mãos, se referindo à lua cheia.
- Tudo bem, vamos. Até mais.
Ao saírem dali, Tonks o interrogou.
- O que eu fiz? Por que Molly começou a chorar?
- Bem, Percy os abandonou há pouco tempo. Acha que Dumbledore está louco e se recusa a entrar na Ordem. Artur não aceitou a opinião do filho e ele saiu de casa.
- Nossa, eu nunca que ia imaginar. Nunca conversei com o garoto direito, mas como ia imaginar.......ah, que burra que fui. Por que tenho que abrir minha boca?
- Você não teve culpa, não sabia de nada.
- É, mesmo assim. Bem, agora já foi. Tenho que ir Remo. Cris está me esperando para sairmos. Até.
- Até.
E assim, depois de desfazer todas as trancas do lugar, ela saiu pela porta principal e Lupin apenas a observou se afastar.





Com o passar do tempo, Tonks começoua se acostumar com todos da
Ordem. Pediu desculpas aos Weasley por sua mancada, conheceu novos bruxos e suas tarefas começaram a ser mais práticas do que antes. Começou a esquecer da idéia de sair da organização e até se ofereceu em ir com um grupo buscar Harry Potter, que não estava na melhor situação com o mundo mágico. Junto com Kim, Lupin, Moody e outros bruxos experientes montaram um plano em resgatar o garoto dos tios. Ela teve fundamental importância ao plano, pois falsificou uma carta que tirava os Dursley de casa por uma noite.
Trouxeram o bruxo em segurança para a Sede e, logo, se juntaram a uma reunião que começara havia tempo, enquanto haviam ido até Little Whinging.
Ao entrarem na cozinha, outros bruxos estavam em torno da mesa: uns que nem conhecia direito, Dumbledore, McGonnagal, Sirius e, para o desagrado dele, Snape ao seu lado.
-Oh, finalmente chegaram, sentem-se. Pensamos que poderia ter acontecido algo a vocês.- disse Dumbledore indicando as cadeiras vazias à sua espera. .
Como sempre, Tonks não poderia deixar de passar a cena em branco, sem fazer nenhuma trapalhada. Enquanto ia para sua cadeira, tropeçou num dos pés das outras cadeiras e caiu, fazendo um som audível. Alguns tentaram conter o riso ( como Snape), outros a fitavam sérios e outros lhe ajudaram a ficar em pé.
- – Tiveram algum problema?- perguntou o diretor ao ver que a moça já se ajeitara.
- Não, não, em absoluto- respondeu Moody.- o que perdemos?
- Rowffield estava nos contando sobre seu relatório. Fale a eles o que nos disse.- pediu Alvo.
Um bruxo loiro e de baixa estatura se levantou não muito longe de Artur e
começou a lhes contar.
- O problema é que vários Ex- Comensais estão rodiando o Departamento de Mistérios. A entrada das pessoas é restrita e, curiosamente, todos que estão entrando lá sem autorização, já foram seguidores.
- Não acredito que estejam interessados naquele lugar. Não há nada que possa ajudar o Lord deles a destruir o Potter.- falou um bruxo de bigode ao estilo francês.
- Talvez, Harry me mandou uma carta dizendo que tem tido sonhos com um lugar de várias portas. Provavelmente, seja o Departamento de Mistérios.- argumentou Sirius.
- De fato, se Voldemort ( quase todos da sala se arrepiaram) está interessado lá, deve estar passando esses pensamentos ao Harry involuntariamente. Rowffield, o que há exatamente lá?- perguntou Dumbledore ao bruxo.
- Bem, muitas salas não têm sentido ainda. A única que temos mais conhecimento é a Sala das Profecias.
Houve um silêncio. Dumbledore, que se sentara na ponta da mesa, cruzou os
dedos e se inclinou para trás na cadeira, pensando. Depois de quase um minutos assim:
- Só pode haver uma explicação. Voldemort está atrás da ARMA.
Todos aproximaram seus rostos o Maximo possível do bruxo por causa que
queriam saber mais.
- Há uma profecia sobre Harry Potter e Lord Voldemort lá. Ela diz quem poderia derrotá-lo.
- Mas é claro! Ele quer saber como derrotar o Potter com ela! – exclamou Minerva.
- Por isso os Comensais estão atrás.- sussurrou outro integrante.
- O mais conveniente é vigiarmos a Sala de Profecia para impedir qualquer ação do oponente.
- De dia não é o problema. Nós aurores estamos sempre lá.- disse Shacklebolt.- Mas à noite...
- Teremos que nos revesar para espionar a Sala.- falou Hestia.
- Correto. Quem se oferece em começar primeiro em alguns primeiro. Temos que nos certificarmos antes de que ninguém nos verá.- foi a vez de Dumbledore.
- Isso não é o problema. Tenho minhas capas de invisibilidade. – comentou Moody.
- Bem, quem se oferece para ir primeiro?
Sirius de imediato levantou a mão.
- Lamento Sirius, mas se alguém do Ministério pegar um de nós ainda que podemos contornar a situação, mas você não consegue. Melhor ficar aqui.
Black fez uma cara de decepção, ao contrario de Snape, que falou.
- É melhor mandarmos algum auror, que já conhece o território bem.
- Concordo.Quem de vocês gostaria de ir?
A pergunta se aplicava à Tonks, Kim e mais dois colegas de trabalho. Ninguém
tomou iniciativa, porem Tonks, ao perceber isso e louca para fazer algo prático para a Ordem, ergueu a mão.
- Oh, teria que passar a noite toda lá no Ministério, concorda com isso senhorita?- perguntou Dumbledore.
- Sim, não fiz muita coisa até agora e quero ajudar.
- Pois bem. Mas serão necessárias duas pessoas para a primeira noite pelo menos, mas sem ser um auror agora. Quem se habilita?
Gui levantou a mão. Ninfadora ficou feliz, pois gostaria de ver seu amigo de
Hogwarts com ela numa missão, mas sua felicidade logo sumiu.
- Agradeço sua intenção Sr. Weasley, mas preferia alguém da antiga Ordem. Eles tem mais experiência com os Comensais.
Com uma cara de chateação, Gui abaixou a mão. Isso se resumia a três pessoas:
Lupin, Moody e Snape. Sirius não podia sair da Sede e Minerva entrara agora na Ordem praticamente. Tonks torceu com todas suas forças ser Lupin, porque a idéia de ficar sozinha com bruxos como Moody e Snape lhe assustava. Não gostava muito deles. Então, Alastor fez menção em levantar a mão, porem ( por acaso ou não) Lupin foi mais rápido e o fez.
- Explêndido! Já temos nossa primeira dupla.- disse Dumbledore com um sorrisinho.- sr. Lupin e srta. Tonks irão primeiro em alguns dias, quando tudo estiver arrumado. Alguma dúvida de alguém?
Ninguém respondeu.
- Bem, vou encerrar a reunião nesse caso. Boa noite a todos.- se levantou e saiu pela lareira, que estava com chamas verdes. Era evidente que o diretor estava cansado depois de tantos anos no mundo da magia.
Alguns o imitavam e iam embora pela lareira; outros, pela porta. Molly ,
que havia entrado antes em silêncio na reunião disse:
- Vou chamar as crianças para comer.- e saiu.
Alguns bruxos ainda conversavam; Gui e Artur conversavam ao canto baixinho.
Tonks foi onde estavam Sirius e Lupin.
- Aew Remo. Nossa primeira missão juntos!
- Não acho que será tão fácil, Tonks. Teremos que ficar acordado a noite inteira.
- Já estou acostumada. Ah, vamos ajudar os outros bruxos a saírem pela porta. Com todas aquelas trancas até eu me confundo.
Pegando o colega pela manga da jaqueta esfolada e puxando-o para fora da
Cozinha, Sirius apenas os observou com um discreto sorriso nos lábios.


8O8


N/a:


Sim, sou eu mesma. VC nao está tendo uma visao....depois de 2 meses consegui tr tempo em fazer outro capitulo.

Boa noticia: como estou de férias......terei muito tempo para acabar a fic logo......

Esclarecimento.....

Nesse capitulo, teve muita "desculpas", eu sei. Mas foi nessessário. Vcs sabem, o Lupin sempre se condena por causa da maldiçao e se sente culpado com o q possa acontecer com os outros ( de acordo com o 6o livro); jah a Tonks, com as besteiras q faz ( e não são poucas) sente que atrapalha os outros tambem, como o 13o parágrafo da pagina 67 da Ordem da Fenix.

Como, de fato, faz muito tempo q não atualizo, até me esqueci aonde parei nos agradecimentos.
Dessa vez, nao os farei individualmente...só posso agradecer a todos que leram e comentaram, me desculpem de novo (huahua...sindrome de Lupin).......
Pensei muito seriamente se deveria continuar escrevendo pois recebi, em outro lugar, criticas nem tao positivas sobre esta fic.


Enfim......FELIZ 2007 PARA TODOS! Nao esqueçam de deixar a opiniao de vcs registrada com comentários. Obrigada a todos.

Beijos,
Gude Potter






















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