Capítulo 13: Um último dia dou

Capítulo 13: Um último dia dou



Olá! Hoje vou sair um pouco do costume e fazer um comentário inicial. Basicamente o que quero dizer é: Desculpa!!!! Eu sei que a atualização tá demorando e talz... Mas eu tenho uma explicação. Consegui um estágio e o tempo tá ficando muito apertado mesmo... Pra vocês verem, tem uma semana que eu não escrevo nada... Já estou até ficando agoniada. Bom, mas uma parte do capítulo está pronta (aproximadamente 30 páginas), só que ainda tem muita coisa pra contar neste flashback. Então encontrei uma solução, vou postar a primeira parte do capítulo. Sei que vocês vão querer me matar por isso, mas acho que não dá pra ficar sem ele que dará muitas explicações do porquê da vida dos nossos heróis estar configurada desta maneira. Lamento, mas acho que só poderei atualizar novamente daqui a 15 dias... mas se tiver alguma coisa pronta, posto assim que puder certo?

Também tenho mais duas novidades. Não sei se vocês perceberam que eu resolvi colocar títulos nos capítulos... É que eu fiquei pensando, “Capítulo 13 – Parte I” fica muito estranho... ^.^

Ah!!!! Se não perceberam, voltem para o menu. Porque minha fic tem uma capa linda!!!! Feita pela minha amigona Nary! Eu particularmente acho que ela fez um trabalho lindo, e vocês? Brigada Nary!!!!!

Bom, agora vamos ao pedaço do capítulo... E por favor, não desistam da fic!!!! Eu irei terminá-la com certeza! Só vai demorar mais do que eu esperava...

Boa leitura!

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UM ÚLTIMO DIA DOURADO DE PAZ – PARTE I


***FLASHBACK***

Harry estava em seu quarto, na Rua dos Alfeneiros nº. 4, com o nariz grudado na janela. Fazia um belo dia de sol, mas isso não era o bastante para animá-lo. Sua cabeça estava fervilhando de pensamentos e planos de como agir. Recebia corujas com freqüência, todas informando aquilo que já sabia: nada, nenhum sinal de Voldemort. Seus comensais continuavam atacando, mas o seu mestre continuava escondido. Snape também não aparecera, mas Harry estava disposto a encontrá-lo e iria fazer com que pagasse pela traição. Ao menos seus amigos estavam bem, era o que diziam nas cartas com textos rápidos. MAS por quanto tempo?

Ele não queria estar ali, queria estar buscando as horcruxes, mas sabia que era o desejo de Dumbledore que continuasse mais alguns dias na casa de seus tios onde estaria protegido até sua maioridade. Proteção... Dumbledore... O maior bruxo dos tempos modernos, o mais sábio, o mais humilde, o mais bem-humorado, o único a quem Voldemort temia... Estava morto. Harry sacudiu a cabeça na tentativa de desviar sua atenção destes pensamentos, eles só lhe traziam duas coisas: uma tristeza escura como o lago vítreo onde encontraram a falsa horcrux (que o garoto mantinha sempre junto de si) seguida de um ódio profundo do homem no qual seu mestre, amigo e protetor confiava plenamente, Severus Snape.

Pôde ver quando seu tio saiu com Duda, provavelmente ia lhe comprar uma nova luva de boxe ou algo aparentemente inofensivo do qual seria extraído um potencial mortífero nas mãos do garoto e sua turma. Tudo estava aparentemente normal para os trouxas e eles prosseguiam com suas vidas calmamente. Harry havia se levantado e estava alimentando Edwirges, sua coruja branca como um floco de neve. De repente ouviu batidas vindas da porta e uma voz tímida perguntar:

- Harry, posso entrar?

- Tia Petúnia?! – respondeu um tanto quanto surpreso. O que ela queria com ele? Tinha certeza que não havia feito nada para desagradá-la, afinal, mal aparecia na frente da família – Claro...

- Será que podemos conversar? – ela estava fechando a porta atrás de si, Harry ficou parado, olhando para ela com a testa franzida e a boca entreaberta – Sei que pode parecer estranho pra você eu estar aqui... Bem... E.. Você está bem? – Disse as últimas palavras num fôlego só.

- E desde quando vocês se preocupam com meu bem –estar – Respondeu o garoto com desdém

- É... Que... Sabe... Tudo o que está acontecendo... Primeiro o Sírius e agora o Dumbledore...

- C-como... – a cabeça de harry dava voltas, sua tia falando de bruxos assim... Como se fossem conhecidos de longa data?

- Eu os conheci Harry. Dumbledore em pessoa levou sua mãe a Hogwarts. Éramos trouxas, nossos pais não faziam idéia do que esperava por Lílian, por isso Alvo Dumbledore foi até nossa casa nos explicar o que estava por acontecer. Passou um dia inteiro conosco e... Devo admitir que ele era divertidíssimo, além de parecer muito sábio...

- Ele não parecia, ele era!

- Eu sei Harry... Era também um cavalheiro, pois não me deixou constrangida lembrando esses acontecimentos, quando esteve aqui o ano passado para lhe buscar. Quanto a Sírius – acrescentou ela antes que Harry tivesse tempo de falar algo – Bom, após a formatura deles, Lílian trouxe seu pai para apresentar à família, Sírius Black veio junto e ficaram duas semanas conosco... Outro cavalheiro... Bom, não que eu gostasse deles, mas não mereciam morrer...

- Claro que não! O que você quer com isso? Por que está me dizendo essas coisas? Nunca se importaram comigo! - O garoto não podia acreditar que ela estava ali. Estaria com pena dele? Este pensamento o deixou profundamente irritado.

- No natal Dumbledore nos enviou uma carta, pelo correio, avisando que estas são as últimas férias que você passa conosco. Quando você fizer 17 anos vai embora?

- Obviamente, nada mais me prende aqui.

- Eu sei... Harry... Só gostaria de lhe dizer que... Por favor, não deixe o desejo de vingança superar a nobreza de sua missão...

- Eu sei exatamente o que devo fazer... Ei, o que você sabe sobre minha missão? Desde quando você sabe o que está acontecendo comigo?

- Eu posso não ter sido uma boa guardiã, mas era necessário que eu soubesse tudo sobre quem eu estava abrigando...

- Então...

- Exatamente, Dumbledore me deixou a par de tudo o que estava acontecendo e eu sei que a continuação do mundo como conhecemos depende daqueles que se unirem contra Voldemort.

Harry estava estático. Tentava assimilar tudo o que ouvia, era fantástico demais...

- E eu confio em você – continuou ela – para liderar a batalha contra o Bruxo das Trevas. Você é forte, Harry. Fisicamente é idêntico ao seu pai, mas...

- É, tenho os olhos da minha mãe, verdes como os dela! – Estava acostumado a ouvir isso, mas de sua tia Petúnia era muito estranho.

- Não são apenas verdes como os dela. Como ia dizendo, você é fisicamente idêntico ao seu pai, mas sua essência... Suas atitudes, sua determinação... Nisso você é igual a sua mãe... É isso que está nos seus olhos, o mesmo brilho que ela tinha nos dela, a mesma força, algo que eu nunca tive... Bem, estou aqui pra dizer que tudo poderia ter sido diferente, mas não foi. Nunca quis por em risco a minha vida perfeita. O que posso fazer agora é desejar boa sorte e dizer mais uma vez, eu confio em você. – e foi saindo do quarto

- Tia Petúnia... – Chamou o garoto – Eu farei o possível para que sua vida, e de todos, continue como está.

- Eu sei, porque você é Harry Potter.

E antes que a porta se fechasse ele pensou ter visto um esboço de sorrido no rosto cavalar da tia.



Harry fechou os olhos e suspirou diante desta lembrança. Tinha sido uma conversa tão estranha com tia Petúnia! Tia. Tia. Ela era sua tia. Irmã da sua mãe. Ela era sua família.
Ele soltou um risinho... Família! Sua família o odiava... E ele não ficava muito atrás.
Mesmo assim, havia prometido proteger sua família. Irônico não?

Por que toda essa guerra tinha começado? Ódio. Ódio de bruxos contra trouxas. Só então ele teve um estalo: era por isso que os bruxos mantinham sua identidade desconhecida! Não porque os bruxos os odiavam, mas porque o sentimento era recíproco! Sua tia odiava sua mãe... Sua família o odiava porque não era “normal”. Ser
diferente era a razão de ser odiado... Mundo injusto ! Pessoas injustas. Sociedade injusta!

Olhou para cima e viu a copa verde da árvore onde havia subido horas antes. Precisava ficar sozinho e aquele galho parecia perfeito para isso. Sempre que brincavam de esconde-esconde, quando menores, era ali que ele ficava... Ninguém o achava. Mas já era hora de descer e voltar para dentro da casa. Não queria preocupar mais ninguém.

Olhou para baixo a fim de encontrar apoio na descida, mas seus olhos se depararam com a figura dela. Gina estava sentada na beira do lago olhando para o nada. Não tinha percebido onde ele estava. Ele deu graças por isso. Mas não podia descer, ou chamaria a atenção dela e seu esconderijo seria descoberto. Não podia aparatar, já que um feitiço antiaparatação havia sido colocado na região por McGonagall.

Maldito feitiço!

Gina abraçava as pernas e encostava o queixo nos joelhos. A coisa mais linda que Harry já vira. Os cabelos vermelhos balançando ao vento... No que estaria pensando? Talvez, no que havia acontecido ontem à tarde. Na explosão de sentimentos depois da travessura que ele havia armado para Rony. Talvez não fosse sobre isso...

Ele não suportou mais e desceu. Aproximou-se e ficou de pé diante dela. Ela levantou os olhos para ele, séria. Ele sorriu e lhe estendeu a mão. Ela parecia confusa mas esboçou um sorriso e segurou na mão dele, usando-a como apoio para levantar. Ele a puxou para si capturando os lábios dela em um beijo apaixonado. Ela retribuiu o gesto imediatamente. “Eu amo você”, ele murmurava entre beijos e ela sorria, ainda com os lábios colados nos dele...

De repente algo fez com que Harry acordasse de sua fantasia. Gina estava se levantando e esticava o corpo. Ele balançou a cabeça a fim de afastar as sensações que seu devaneio havia proporcionado. De cima daquela árvore, ele viu Gina caminhar lentamente em direção à Toca.

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- Ele o quê?! – Hermione perguntou.

- Ele me beijou ontem... – Gina respondeu.

- Mas...

- Eu provoquei – disse após um longo suspiro – Eu provoquei... Droga! Ele disse que era louco por mim!

- Isso todo mundo sabe...

- Agora tá me evitando...

- Percebe-se.

- Idiota! Idiota! Por que eu fui me apaixonar pelo cara mais idiota da face da Terra?

- Ele gosta de você Gina...

- Eu sei disso! O pior é que eu sei disso! Não duvido dos sentimentos dele... Mas as atitudes dele machucam sabia?

- Oi! – disse Ron colocando a cabeça para dentro do quarto

- Dá o fora Ron!!! – gritou Gina.

- Eu só vim chamar vocês a pedido da mamãe – ele reparou que a irmã estava chorando – o que aconteceu?

- Dá o fora!!! – repetiu a ruiva.

- Vai Ron, a gente chega daqui a pouco – Hermione interveio.

- Foi o Harry?

Gina se levantou e começou a empurrar o irmão para fora do quarto. Hermione ficou entre os dois, ou ia “rolar fight”.

- Vai Ron... – a morena pediu novamente.

- Ele não pode fazer isso com você – ele falou suavemente e Gina parou onde estava, não mais se importando com a cachoeira que brotava de seus olhos.

- Sai Ron – pediu – E não fala no nome dele perto de mim...

Ron se virou e saiu.

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Rony encontrou o amigo na porta da cozinha. Segurou seu braço com força e o conduziu para perto de uma árvore fazendo com que ele sentasse no chão e murmurou um feitiço para abafar o som.

- O que você pensa que está fazendo?

- Do que você está falando?

- Da minha irmã! O que você pensa que está fazendo com ela?!

Harry olhou para o amigo. Sentia raiva dele, mas não podia culpá-lo, não podia tirar a razão dele. Queria não ter que ter aquela conversa, mas agora não podia mais fugir.

- Estou protegendo ela...

- O quê? Ficou maluco!

- Se continuarmos juntos, ela vai ser um alvo...

- Se liga cara! Se você ainda não percebeu ELA JÁ É UM ALVO!!!! Todos nós somos alvos cara! Não há nada que você possa fazer em relação a isso.

- Eu sei, mas o fato de ela ser minha namorada... O fato de eu ser perdidamente apaixonado por ela...

- Será que você não pensa? Snape sabe. Draco sabe. Consequentemente todos os Malfoy sabem... É lógico que Voldemort sabe!

- Mas... Eu não sei quanto tempo essa guerra vai durar! Não quero que ela espere por mim.

- Tem certeza que não quer? – Harry não respondeu, apenas baixou os olhos – Ela esperou por 5 anos cara! 5 anos!!!

- E se eu não voltar? – Rony abriu a boca para responder, mas Harry o interrompeu – Pode acontecer qualquer coisa comigo! Eu posso simplesmente não voltar. E como ela vai ficar? EU NÃO QUERO QUE ELA SOFRA!

- Ah não? Tem certeza? Porque essa sua atitude está fazendo a Gi sofrer muito. Sabe... Eu não tô te reconhecendo...

- Ah, não Ron...

- Ah, não uma ova! Você vai me ouvir. Ela vai sofrer de qualquer jeito! POR QUE ELA AMA VOCÊ!

- Então a solução é fazer com que ela deixe de me amar... – Harry murmurou mais para si mesmo.

- Ficou realmente doido...

- Como eu vou prendê-la ao meu lado? Ia ser egoísmo...

- Egoísmo é o que você está fazendo agora! Deixa de ser burro e aproveita! Aproveita cada minuto seu com ela. Aproveita para ser feliz um pouco, para fazê-la feliz. Não é difícil cara... Basta um sorriso, um passeio à tardinha... Um abraço... Eu não acredito que vou dizer isso... Um beijo... Um “eu te amo”...

- Ah é? Então porque você não segue seus próprios conselhos? Se é tão fácil, faz! Você não tem moral para me dar esses conselhos! Sabe, esse negócio de “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” pra mim só cola com poetas e compositores! – Rony olhou para ele confuso – E não se faça de desentendido! Há quanto tempo você e a Hermione estão adiando uma boa conversa? Hein?

- A conversa aqui não é sobre isso! Você está mudando o foco!

- Você não sabe nada Ron!

- Ao menos, nós não ficamos chorando pelos cantos! Ao menos eu tenho o prazer da companhia dela... Ao menos eu tenho o prazer de vê-la sorrindo para mim... Ao menos o olhar dela não é carregado de mágoa. – virou-se deixando o moreno sozinho.

Harry olhou para o amigo que caminhava para dentro da casa. As palavras de Ron haviam despertado uma idéia dentro dele

Ela vai sofrer de qualquer jeito! POR QUE ELA AMA VOCÊ!.”

Ele já sabia exatamente o que fazer.

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Ronald entrou dentro de casa com a cabeça fervilhando. As palavras de Harry não deixavam de ser verdadeiras. Há quanto tempo ele e Hermione evitavam ficar sozinhos juntos? Mas era tudo tão diferente. Tinham medo. Seus temperamentos fortes podiam acabar com a amizade caso algo mais acontecesse. E ele sabia que não iria suportar perdê-la.

Estariam juntos na guerra, mas toda sua atenção estaria voltada para ela. Para protegê-la. Como podia censurar o amigo se tinha idéias idênticas às dele? Ao menos ele tinha tudo àquilo que dissera a Harry. Embora quisesse mais...

Entrou no seu quarto com a cabeça baixa e fechou a porta. Precisava ficar um pouco sozinho, mas não ia. Ao levantar a cabeça encontrou Hermione sentada em sua cama. Ela tinha a postura reta e o olhar apreensivo. Estava tão Hermione... Ele sorriu por dentro.

Deus, como eu a amo!

- E então? – ela se levantou – Falou com ele? – Rony apenas balançou a cabeça afirmativamente – O que ele disse?

Rony não respondeu. Apenas caminhou até ela e a abraçou forte. Ela estranhou a atitude do amigo, mas não conseguiu conter aquela torrente de sensações que emanavam do ruivo e que brotavam nela toda vez que ele se aproximava. Passou os braços ao redor do pescoço dele e sentiu o cheiro daqueles cabelos... A respiração dele em seu pescoço.

Merlin... Eu amo esse ruivo!

Ele se afastou um pouco e olhou para o rosto dela enquanto o acariciava com os dedos. Inclinou-se e depositou um beijo na testa dela. Ela estremeceu e passou os dedos pelos cabelos dele. Tanta coisa dita em um simples gesto... Ele havia prometido que tudo acabaria bem, que jamais a deixaria e que quando tudo acabasse, eles resolveriam tudo o que estava pela metade. Ela havia dito que acreditava nele... Que ficariam sempre juntos e que esperaria o tempo necessário.

Hermione não suportaria mais tanto tempo dentro do mar que eram os olhos de Rony e se jogou novamente em busca de um abraço. Ele apertou Hermione em seus braços e sussurrou em seu ouvido:

- Eu não posso censurar o Harry... – seus olhos estavam marejados.

- Eu sei... Eu sei... Porque eu também não posso – respondeu apertando o abraço.

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A toca estava agitada naqueles dias. Todos estavam envolvidos com o casamento de Gui e Fleur. Esta morava junto com os Wesley para acompanhar de perto os preparativos. Junto com ela vieram Gabrielle, sua irmã, e Amélie, uma prima. Amélie tinha 17 anos e cursava o equivalente ao sexto ano em Beauxbatons. Era um pouco mais baixa que Harry e tinha longos cabelos louros e olhos verdes escuros. Sua beleza não negava as origens veela.

Gina e Hermione não a suportavam. Então ela e Gabrielle passavam a maior parte do tempo com Fleur. Entretanto esta precisava de tempo para o noivo, por isso se refugiavam na companhia de Rony. Hermione ficava furiosa, mas não deixaria que ele percebesse nunca! Harry havia se isolado um pouco, e os amigos não conseguiam quebrar a barreira. Só ficavam juntos quando tinham que traçar planos e estudar e treinar. Obviamente, faziam isso escondido.

Entretanto, após a conversa com Rony, Harry havia mudado um pouco. Tentava ser mais sociável e sorria mais. Conversava mais com Amélie e Gabrielle. Ria da situação do amigo, ao ver que Gabrielle se insinuava cada vez mais para o ruivo. O moreno sabia o quanto Rony gostava de Hermione... E tentava a todo custo ser simpático com a irmã de Fleur, para não magoá-la. Parece que contra a paixão, o encanto veela não funcionava. Harry sabia disso e também não fugia tanto da companhia de Gina, isso a deixava encantada, mas não alimentava suas esperanças.

Voldemort estava mais quieto e seus comensais também. Talvez estivesse comemorando a vitória sobre Dumbledore, ou simplesmente preparando um ataque violento. Essas especulações fizeram com que a segurança que rodeava a Toca fosse quadruplicada. Cogitaram fazer o casamento na França, mas acharam melhor lançar uma “notícia” enganosa. Fazer a festa em terreno inglês era óbvio demais, portanto anunciaram que o casamento seria em uma fazenda no interior da França, como uma isca falsa.

O trio já havia comunicado sua decisão ao restante da Ordem. Harry explicara tudo o que ele e Dumbledore descobriram sobre Voldemort e suas horcruxes. Após muitos protestos de Molly, conseguiram convencer os demais. Mas sob uma condição: não sairiam feitos loucos após a festa. Ficariam mais um mês recebendo treinamento intenso e pesquisando. Para isto receberiam auxílio de todos os membros e tentariam reunir aqueles participantes da Armada de Dumbledore que estivessem interessados. Mesmo assim, a condição dos três foi enfática: somente eles iriam atrás das horcruxes, os outros poderiam apenas dar cobertura à distância e se comunicariam através de patronos e espelhos. Os pais de Hermione também estavam ali, ainda não sabiam que não era seguro voltar às suas vidas normais. Hermione ainda não havia contado o plano de protegê-los arquitetado pela ordem.

Cada um deles possuía um elo mental entre si e com algum membro da ordem: Hermione com Lupin, Rony com Carlinhos e Harry com Mody. Assim se alguma coisa acontecesse o conhecimento adquirido não se perderia.

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Faltavam dois dias para o casamento. E Harry estava pronto para colocar seu plano em prática. Tudo estava acertado... Ao menos sua razão dizia que sim, embora seu peito apertasse toda vez que repassava mentalmente o que devia ser feito. Não podia voltar atrás, as relações já estavam estabelecidas, mas devia esperar até o fim da festa... Queria seu último dia de paz, onde poderia pôr pra fora todos os seus mais verdadeiros sentimentos. Seguiria o conselho de Rony: se permitiria ser feliz, ao menos por um dia. Depois... Que viessem as tribulações.

Neste dia, ele estava com Hermione e Rony trancados no quarto deste pesquisando sobre os pertences de Ravenclaw e Gryffindor.

- Hermione, quer parar de ser teimosa! Você mesmo disse que já tinha revirado esse livro de cabeça pra baixo... – exasperou-se Rony.

- Não custa nada ler mais uma vez! – respondeu ela.

- Custa tempo Mione, - retrucou o ruivo – e tempo não é algo de que dispomos muito não acha?

- Eu quero ler esse livro e vou ler esse livro! Não vou deixar nada passar despercebido!

- Sinceramente, não sei como você agüenta ler “Hogwarts, uma história” pela milionésima quinta vez!!!

- Já chega vocês dois! – esbravejou Harry – Com essa briga nós só perdemos tempo... Mione, não acha que o Rony tem razão?

- Não! Ele não tem razão!

Os garotos acharam melhor não discutir mais. Pegaram dois livros de uma pilha que já alcançava a metade da parede do quarto e começaram a folhear e examinar os índices. Momentos depois ouviram batidas na porta.

- Olá? Posso entrar?

Harry congelou. Era a voz suave de Gina, mas ele pôde detectar que havia ansiedade em suas palavras, embora ela tentasse transparecer que não. Hermione levantou-se, murmurou um feitiço e a porta se abriu. Gina entrou com cautela e fitou os três.

- Antes de qualquer coisa, eu queria pedir que vocês ficassem calmos... – ela falava baixo, mas de forma decidida sua expressão indecifrável – tudo está sobre controle.

- O que está acontecendo Gina? – Harry se adiantou e ela segurou sua mão para acalmá-lo.

- Nós temos visita... E vocês não podem nem imaginar quem está lá na cozinha... – apertou as mãos de Harry para que ele não corresse escada abaixo – Papai pediu para que vocês desçam agora...

Eles desceram a escada rápida, mas tranquilamente. Gina ia à frente os conduzindo, ainda com suas mão entrelaçadas às de Harry, Rony e Hermione vinham logo atrás. Lupin estava na porta da cozinha de cabeça baixa e segurava algo dentro do bolso de suas vestes. Antes que Harry entrasse no recinto, o maroto lhe lançou um olhar significativo, como se pedisse calma... Isso o estava deixando cada vez mais angustiado. Mas quando finalmente cruzou a porta, compreendeu os pedidos de Gina e Lupin. Compreendeu, mas não aceitou, pois quando viu o cabelo oleoso, a pele pálida e o nariz adunco de Severus Snape, não conseguiu se conter e avançou para cima do ex-professor. Sendo detido por Lupin, Carlinhos e Arthur.

- Harry... – pediu Gina em seu ouvido – Por favor... – Olharam ao redor e viram que praticamente todos os membros da Ordem estavam ali.

- Calma Harry – disse Remo – A varinha dele está comigo, ele mesmo me entregou, não pode fazer nada contra nós.

- O QUE PODIA TER FEITO DE PIOR, JÁ FEZ! – gritou Harry.

Rony deu um passo firme em direção ao sonserino, mas sentiu o toque apertado da mão delicada de Hermione na sua. Virou-se para encará-la e recebeu um olhar apreensivo seguido de um gesto negativo com a cabeça. Obedeceu a pedido silencioso da amiga.

- Harry – Arthur começou – deixe-nos explicar...

- EXPLICAR O QUÊ? ESSE HOMEM MATOU DUMBLEDORE!!! O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI? COMO ENTROU AQUI?

- Tenho meus meios Potter. – respondeu calmamente Snape. – Entreguei minha varinha ao amigo do seu pai... Pode ficar tranqüilo.

- Só ficarei tranqüilo quando você e Voldemort forem destruídos!

- Harry, querido... – Molly interveio – se acalme... Nós iremos explicar.

- Vocês o trouxeram pra cá? – Rony interrompeu a mãe.

- Não, eu obriguei o Lupin a me trazer. – Snape se pronunciou.

- Ele descobriu meu disfarce junto aos lobisomens – explicou Lupin – E exigiu que eu o trouxesse para cá...

- Cretino! – disse Hermione.

- Onde está o respeito Granger? – dessa vez foi Hermione que não se conteve e avançou para cima do homem de preto, Rony a segurou pelos ombros e a abraçou por trás, mantendo-a presa junto a si – Muito bem Wesley... Vejo que criou um pouco de juízo, está até conseguindo conter a Granger!

- É melhor ficar calado, posso muito bem esquecer de me conter – respondeu ele friamente.

- Quietos! – disse Olho Tonto e virou-se para Snape – Você descobriu o disfarce de Remo, não o delatou, nos entregou sua varinha e pediu para vir até aqui... O que quer de nós?

- Proteção – respondeu simplesmente.

- Você só pode estar tirando uma com a nossa cara! – Harry não segurou uma risada sarcástica. Ainda segurava a mão de Gina que lhe olhava angustiada.

- Sempre querendo ser igual ao seu pai... – continuou Snape em tom de desprezo – E está conseguindo... Tantas morenas e louras bonitas por aí e você se encanta por uma ruiva. É patética essa sua obsessão!

O casal passou a respirar pesadamente, como para se controlar. Gina soltou bruscamente a mão do moreno e correu pra junto do pai que a abraçou. Remo colocou a mão no ombro de Harry para lhe passar segurança.

- Mas como eu ia falando – continuou o ex-professor – Não é para mim que quero proteção. Minha vida pouco importa agora.

- Bom saber disso... – interrompeu Harry.

- Olá galera! Belez... – Tonks ia entrando na cozinha quando estancou ao lado de Molly – O que ele está fazendo aqui?

- Calma, meu bem – Lupin acariciava seu rosto – Nós estamos no controle...

- Como vai Nimphadora? – cumprimentou Snape.

Ouvir seu nome na voz sarcástica daquele idiota era demais para ela. Ela bufou e avançou para cima dele proferindo palavras não muito amigáveis. Lupin a segurou e a levou para sala, a fim de explicar o que estava acontecendo.

- Como eu ia dizendo... – disse Snape após um suspiro impaciente – Quero proteção para Narcisa e Draco.

- Ficou doido! – falou Rony.

- E porque faríamos isso? – perguntou Arthur.

- Porque eles também são inocentes pagando o preço de uma guerra... Porque vocês são pessoas boas, Homens de Dumbledore, assim como eu.

Após ouvir as últimas palavras, nem Hagrid seria capaz de segurar Harry. Ele pulou em cima de Severo e deu-lhe um soco bem no meio do nariz. Ele apenas baixou a cabeça e tentou secar o sangue que escorria em sua face enquanto todos os homens do recinto seguravam o moreno. Molly murmurou um feitiço e de repente o sangue parou de jorrar do rosto de Severo.

- Você mentiu e enganou Dumbledore – Hermione tinha mágoa e raiva na voz – Não pode ser um de nós...

- Eu tinha um elo mental com ele, e fiz o que devia ser feito. Apenas obedeci às ordens do homem que confiou em mim quando ninguém mais confiava. Ele me pediu para me infiltrar e servir de espião junto à Voldemort. E assim o fiz. – a respiração dele tornou-se irregular e suas expressões ficaram duras – De acordo com o plano do próprio Dumbledore, se algo saísse errado, eu devia acabar com a vida dele. Dessa forma, a confiança de Tom Riddle em mim seria fortalecida. Dumbledore me forçou a fazer um voto perpétuo.

- Quem foi a testemunha? – disse Gui.

- Minerva – respondeu – logo depois, ele retirou esta lembrança dela com um feitiço. Apesar de confiar plenamente nela, ele temia por sua segurança. Ela sempre foi a aluna preferida dele.

- E por que ele não contou nada a ninguém? – perguntou Gina.

- Porque a informação podia vazar. Na noite em que Hogwarts foi atacada, ele me transmitiu todos os acontecimentos que Harry e ele haviam presenciado inclusive a poção. Nós sabíamos que não havia tempo de preparar um antídoto para o veneno, mesmo porque nem conhecíamos os ingredientes... Ele me disse o que tinha de ser feito, e eu fiz. – olhou ao redor e continuou – Dumbledore sabia que eu estava preso a dois votos perpétuos: um com ele e outro com Narcisa. Eu tinha que proteger Draco e honrar a confiança que Alvo tinha em mim... Ele me deu a solução, se eu tivesse recuado teria sido pior.

- Draco devia ter matado Dumbledore... E não conseguiu... Como Voldemort o perdoou? – Lupin, que voltara para o recinto com Tonks, perguntou.

- Belatrix foi a testemunha do meu voto perpétuo com Narcisa. Ele compreendeu minha atitude, mas não aceitou a desobediência de Narcisa. Encarregou-me de dar um jeito nela, e eu estou fazendo isso...

- Por que está agindo dessa maneira... Pra proteger Draco e Narcisa? – perguntou Molly.

- Você me compreende não é Arthur? – disse ele encarando o Sr. Wesley. – É incrível o que somos capazes de fazer para proteger aqueles com quem nos importamos.

- Ele está mentindo! – gritou Harry – como podemos ter certeza de que isto não é um plano?

- Duas palavras Potter: penseira e veritaserum. Definitivamente, você é um aluno medíocre.

- Mas ele saberá que você não cumpriu a ordem – disse rapidamente Arthur antes que Harry pudesse dizer alguma coisa.

- Eu já tenho um plano para isso. Vou precisar da ajuda de vocês. – todos lhe lançaram um olhar inquisidor – Algum de vocês vai ter que me lançar um imperius, que não seja o Potter... – olhou significativamente para o garoto – e me ordenará que eu acabe com eles. Obviamente irei obedecer. Mas vocês a salvarão. A lembrança de Narcisa e Draco sendo salvos será retirada de minha mente, assim como tudo o que vi aqui. Também usarei oclumência. Treinar contra Tom me deixou realmente poderoso nisso.

- Onde estão os dois? – perguntou Rony.

- Em um lugar seguro. Os trarei para a guarda de vocês. Mas acho que antes vão querer ter certeza sobre minha honestidade...

- Certamente – disse Olho Tonto – Carlinhos e Gui, quero que vão à Hogwarts falar com Minerva e tragam a penseira de Dumbledore, assim como todos os pensamentos que puderem encontrar.

- Há veritaserum na minha sala... – começou Snape.

- Sua sala?! – disse Tonks – Você não tem mais sala em Hogwarts... E não lhe daremos uma poção feita por você, pode haver um ingrediente errado.

- Brilhante Tonks! – Snape bateu palmas – Tudo bem, eu bebo uma poção que não tenha sido preparada por mim... Mas só ser for feita pela Granger. Tenho medo de ser envenenado por algum erro dos meus alunos medianos. E se isso acontecer, não poderei ajudá-los...

Todos olharam de Snape para Hermione que ria com desdém. Ela se aproximou dele e disse em tom provocativo:

- Será um prazer professor. Ficarei muito feliz em preparar uma poção para alguém que tem o sangue tão ruim quanto o meu, para um “príncipe mestiço”... – enfatizou bem a última palavra.

Rony inspirou profundamente esperando a reação que não veio. Hermione apenas virou-se e caminhou para a porta.

- Rony – chamou ela suavemente – Você pode me ajudar com os ingredientes e o caldeirão?

- Claro – ele lançou um olhar mortal para Snape e seguiu para as escadas.

- Sempre subjugados pelas mulheres – murmurou Snape para si mesmo – É o nosso destino...

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Ainda naquela noite, a penseira de Dumbledore chegou à Toca. Harry, Hermione, Rony, Arthur, Olho Tonto e Lupin puderam conferir que as palavras de Snape, apesar de inusitadas, eram verdadeiras. Mesmo diante das circunstâncias, Severus Snape era realmente um dos homens de Dumbledore. Harry não ficou feliz ao constatar isso. Ainda odiava o antigo professor do mesmo jeito. O mesmo ocorria para os seus dois amigos.

No dia seguinte o plano foi realizado com sucesso. Narcisa e seu filho foram levados para a Toca. Lá seria o último lugar onde Voldemort iria procurá-los. Mas Snape ia cuidar para que ele acreditasse na morte dos dois. Obviamente, não participariam da festa de casamento.

- Obrigada por nos acolher em sua casa Molly – disse Narcisa um pouco constrangida – Sei que nunca nos demos muito bem... Mas, digamos que eu “quebrei a cara”...

- Não temos o luxo com o qual está acostumada – começou a Sra. Wesley.

- Mas tem o mais importante, a segurança – interrompeu Narcisa – Nada será capaz de pagar o que estão fazendo por mim... Obrigada.

- É uma pena que seu marido receba a notícia de suas mortes...

- Lucius escolheu seu caminho. Terá o que merece quando o Lord for destruído. Não tenho pena dele... Ele nos abandonou – havia rancor em sua voz – Mostrou o quão fraco é.

- Você não ama seu marido?

- Amor? – Narcisa deu um sorriso sarcástico – Em nosso mundo não existe amor. Somente aquilo que é conveniente. E na época, meu casamento com Lucius era perfeito do ponto de vista material. Mas não pode haver amor em uma casa onde seu dono serve ao senhor do ódio.

- E seu filho?

- Draco... Ele sempre foi minha luz... Meu bote salva-vidas. Você não imagina o tamanho da minha felicidade, do meu alívio ao saber que ele não vai seguir o caminho do pai. Que ele ainda pode ter amor em sua vida.

- Snape parece gostar muito de você...

- Severus... – ela sorriu ternamente, e depois ficou séria – Ele odeia Voldemort... Com todas as suas forças.

- Por quê?

- Voldemort arruinou a vida da mãe dele... Mas Eileen Prince era um ser muito insignificante para o Lord das Trevas lembrar... Já Severus... Ele lembra perfeitamente de tudo o que Voldemort fez para sua família. Por isso tanto interesse pelas artes das trevas. Por isso tanto ódio dentro de si. Mas comigo é diferente. – sua voz tinha o tom sonhador. – Eu vou esperar por Severus. Até tudo isso acabar. Até o Lord ser destruído. E então poderemos viver aquilo que começamos em Hogwarts, mas agora sem ter que se esconder, sem medo. Seremos livres finalmente.

- E eu desejo profundamente – disse Molly segurando as mãos da mulher e olhando em seus olhos – que vocês consigam ser felizes. Todo mundo merece ser feliz e vocês não são diferentes. Embora tenhamos nos enganado muito com você... E com ele também.

- Obrigada... Muito obrigada Molly – disse a loura com lágrimas nos olhos – Ao contrário do que me foi ensinado, vocês são donos de uma riqueza maior do que a de qualquer banco. Obrigada de verdade. – ela enxugou as lágrimas e sorriu – Mas, eu vejo que vocês estão às vésperas de um casamento... Se quiserem, eu posso ajudar.

- Claro! Nós ficaremos muito felizes de ter sua ajuda Narcisa.

*************************************

Draco estava encostado na janela da sala da Toca olhando para fora. Havia muita gente ocupada na arrumação da festa. Ele não podia nem botar o pé fora da casa, era para sua proteção. Pensava em seu ódio. Em quanto odiava estar ali. Em quanto odiava as pessoas que o deixaram nessa situação.

- Olá – Gina o tirou de seus pensamento – Você quer comer alguma coisa?

- Não.

- Então... Beber alguma coisa?

- Não.

- Que tal sorrir um pouco? Ou quem sabe tomar uma dose de veneno? – disse ela sarcástica.

- Não enche Wesley!

- Você é ridículo sabia? Como alguém pode viver assim, odiando o mundo?

- Não odeio o mundo garota. Somente as pessoas que queria retirar a coisa mais importante da minha vida, minha mãe. Odeio Voldemort... E o meu pai. Ah, e só pra não perder o hábito, odeio “o cicatriz” também. – e sorriu ironicamente.

- Vamos Malfoy... Dumbledore acreditava em Snape e estava certo. Tenho certeza que não errou com você também... Eu aposto que você é um bom menino.

- Vai ajudar sua cunhadinha, garota Wesley. Aposto que ela está precisando de você. – A expressão de Gina mudou na hora – Viu? Você também odeia alguém... É bom saber que não estou sozinho no mundo.

- Você é ridículo! – e Gina correu para as escadas esbarrando em Lupin que descia com Snape.

Severus já tinha repassado todo seu plano de espionagem (à base de veritaserum) para os membros da Ordem. Agora ele tinha que voltar para junto de Tom. Quando ele estava saindo, cruzou com Harry que entrava na casa.

******************************

Ao perceber que Snape estava saindo, Narcisa correu da cozinha para se despedir dele. Ignorou os pedidos de Molly e correu para o jardim.

- Severus! – chamou ela.

- Cissy, volte para dentro! – brigou ele.

- Ia embora sem se despedir de mim...

- É melhor assim.

- Tome cuidado! – disse ela o abraçando fortemente.

- Eu vou voltar pra você – disse ele encarando os olhos azuis dela – Eu prometo! Não saiam daqui por nada, está ouvindo? Você e Draco estarão seguros aqui. Não vou abandoná-la nunca, está ouvindo? Nunca!

Ele capturou os lábios da mulher em um beijo forte, apaixonado. Depois beijou a cabeça dela, retirou um pequeno frasco de suas vestes e puxou sua varinha.

- Eu amo você Cissy...

- Eu também amo você meu querido!

Ele encostou a ponta da varinha nos cabelos negros e retirou de lá um fio prateado que colocou dentro do frasco entregando para ela em seguida. Logo após, caminhou para fora dos terrenos da Toca, onde poderia aparatar. Narcisa apertou o frasco contra o peito e correu para dentro da casa.

Dentro da sala Harry observava a cena que se desenrolava do lado de fora através de uma janela ao lado de onde Draco estava.

- Isto não te enoja? – Perguntou para Draco.

- No começo era estranho, eu confesso – respondeu o louro friamente – Muito estranho... Mas agora eu já me acostumei... Ele faz minha mãe feliz e isso é o mais importante para mim.

Harry não esperava uma resposta desta. Sentiu uma pontada no peito... Talvez um pouco de inveja do amor que Draco devotava à mãe... E ele nunca pôde experimentar isto. Pensou, no fundo, se não estava enganado sobre Malfoy. Talvez ele tivesse algo de bom dentro dele.

**********************************

Era uma tarde agradável de verão. Nem muito quente, nem muito vento. Tudo perfeito para um casamento.

- Peraí... Tô acabando – disse Gina passando a última camada de gloss nos lábios de Hermione – pronto! Levanta pra eu te ver... – Hermione obedeceu e deu uma voltinha ao redor do próprio corpo – Mione, você tá linda!

Hermione vestia um conjunto de corpete com saia verde escuro, que mais parecia um vestido. O modelo lembrava os vestidos medievais e realçavam bem as curvas da garota. Seus cabelos estavam soltos em cachos grandes que desciam por suas costas e com alguns brochinhos com pedrinhas em formato de flores espalhados sobre as ondas em sua cabeça.

- O Rony vai morrer quando te vir!

- Não fale bobagens Gina!

- Ora... Por que bobagens?

- Gina...

- Sinceramente, eu não sei por que vocês ainda não se agarram de uma vez e resolvem logo este negócio.

- Ginevra!!!!

- Tá bom... É que eu gosto tanto de você Mione... Fico doida pra você fazer realmente parte da família Wesley!

- Bom, então eu tenho que me apressar – disse a morena em tom sarcástico – Só sobraram 5 opções, já que o Gui tá casando né?

- Deixa eu ver... – Gina fingia pensar seriamente sobre algo – Acho que o Carlinhos é muito velho pra você... E também ele tem uma namorada na Romênia que eu sei! Ela é auror. Bem... Se você ficar com o Percy eu não te perdôo nunca – um acesso de risadas – Fred e George... Acho que não fazem seu tipo, muito menos eu – Hermione fez uma cara de “é claro que não!” – Ops! Acho que só sobra o Ron, que coisa não? – A ruiva proferiu as últimas palavras em um tom irônico e lançou um olhar significativo para a amiga.

- Tudo ao seu tempo Gina.

- Ô tempinho demorado heim? – a ruiva foi para frente do espelho – E esse vestido ridículo! Ai como eu odeio a Fleur!!!!

Gina estava com um vestido tubinho na cor champagne bem simples, mas todo bordado com pedrarias de cor um pouco mais escura que o tecido. As alças finas desciam cruzando várias vezes em um generoso decote em suas costas. Os cabelos cor de fogo estavam presos em um rabo de cavalo alto, com algumas mechas soltas na franja. E em suas mãos, as benditas luvinhas de renda que iam até os cotovelos.

- Você tá linda! Conseguiu dar vida a esse vestidinho sem graça, ele ficou perfeito em você. Aposto que deve estar horrível na Gabrielle.

- Ah tá...

- Eu tenho certeza eu o Harry vai adorar.

- Que é isso Mione! O Harry nem olha pra mim.

- Gina, a gente sabe que isso não é verdade. O Harry só falta babar de tanto olhar pra você.

- Tá. Esse é o problema! Eu não quero o Harry só olhando pra mim. Eu o quero me beijando. Quero as mãos dele tocando meu corpo... Quero o corpo dele colado ao meu...

- Ginevra!!!

- Ai, que é isso Mione?! Deixa de ser puritana! Vai dizer que nunca pensou no Rony dessa maneira...

Hermione corou furiosamente. Mas Gina segurou o riso, não queria deixar a amiga mais constrangida. Imagens de sonhos vinham à mente da morena. Sonhos em que Rony finalmente a tomava nos braços. Ela sacudiu a cabeça discretamente para espantar estes pensamentos.

- Eu já vou descer. Tenho que ficar com meus pais – disse ela.

- E eu vou esperar a “Fleuma” – disse Gina indo para o quarto onde a noiva se aprontava.

Hermione desceu as escadas para encontrar seus amigos. Viu que eles já estavam na sala e conversavam animadamente com Amélie. Na verdade, ela e Harry conversavam mais. Rony apenas concordava com algumas coisas e sorria das observações deles. Depois voltava seu olhar para um ponto específico no assoalho.

Ele parece nervoso... Pensou Hermione.

Rony pareceu sentir a presença dela quando esta chegou ao último degrau. Olhava-a com admiração e a respiração profunda.

- Nossa Mione! Você tá linda!

- Obrigada Harry – Hermione agradeceu corando um pouco. Rony permanecia calado olhando para ela.

- E então, vamos? – Harry deu o braço à francesa.

- Clarrro – ela respondeu e acompanhou Harry até a porta. Hermione não gostou nem um pouco daquilo.

Hermione seguiu atrás deles, mas a mão de Rony em seu braço a deteve. Ela se virou devagar para enxergar-se dentro do azul daquele olhar.

- Vamos? – ela perguntou sem jeito.

- Você está encantadora – ele sorriu e ela retribuiu com um sorriso tímido – Parece uma daquelas mulheres... Que os gregos acreditavam... Sabe aquelas que protegiam a natureza – ele fez uma careta tentando lembrar o nome delas – uma... Linfa?

- É “ninfa” Ron, “ninfa”... – Hermione abriu seu maior sorriso.

- Exatamente isso o que eu queria dizer!

- Obrigada! – ela passou a mão pelo traje de gala preto que ele usava – E você está parecendo um Lord!

- Obrigado! – suas orelhas ficaram rubras. E ele estendeu o braço para ela – Vamos?

Hermione apenas sorriu e enlaçou seu braço no dele. Juntos foram para o jardim onde seria realizada a cerimônia.
********************************************

A música começou a tocar e todos se voltaram para ver Fleur seguindo para o altar. Gina e Gabrielle iam à frente. A ruiva carregava as alianças enquanto a irmã da noiva espalhava pétalas de rosas brancas pelo caminho. Gui estava maravilhado. Ainda tinha algumas cicatrizes marcando seu rosto mas a felicidade em seus olhos parecia apagar completamente aquelas marcas.

A cerimônia foi linda. Os votos ditos pelos noivos fizeram praticamente todas as mulheres chorar. Após a benção do mago-sacerdote o jardim foi transfigurado em um belo local cheio de mesas e cadeiras, uma pista de dança ricamente decorado.

Hermione, Rony e Harry estavam sentados em uma mesa, não muito longe da que havia sido reservada para os pais de Hermione e Rony. O trio bebia cerveja amanteigada e conversavam animadamente sobre coisas diversas. Nada de planos e estratégias por hoje. Gina se aproximou deles com um sorriso forçado no rosto.

- Agora deixa eu desemparafusar o meu lindo sorriso! – disse ela entre os dentes e depois massageou o maxilar com a ponta dos dedos – Eu não agüentava mais tantas fotografias!

- Relaxa Gininha – Rony falou e ela bufou – Você está linda com essas luvinhas.

- Eu acredito! – disse ela perigosamente.

- Está sim – disse Harry baixinho.

Gina olhou para ele corando, depois encarou Hermione que lhe deu um sorrisinho cúmplice e encorajador. Então ouviram o som de uma valsa. Quando olharam para a pista viram Fleur e Gui dançando. Após a primeira música Gui dançava com a mãe de Fleur e esta com seu pai, para depois o noivo dançar com sua mãe e a noiva com o pai deste. Aos poucos a pista foi sendo preenchida por outros casais. Tonks tentava guiar Lupin. Hagrid conduzia Maxime...

Harry levantou-se e estendeu a mão direita para Gina que o mirou espantada. Hesitante ela pegou a mão do rapaz e foram juntos para a pista de dança. Hermione sorria, exultante, Rony olhou para ela também sorrindo.

- Você sabia? – perguntou a morena.

- O que ele ia fazer agora? – respondeu ele – Não. Sabe, acho que ele está agindo por impulso.

- Ás vezes, as melhores coisas são feitas por impulso – ela disse e recebeu um olhar assustado do amigo – Certo... – respondeu ela sem jeito – Somente às vezes... Bem poucas vezes...

- Veja como estão felizes... – disse o ruivo.

- Estou tão feliz por eles! – Hermione, sem pensar, jogou os braços ao redor do pescoço do ruivo. Ele segurou-a como podia, já que estavam sentados, mas não afrouxou o abraço.

- Dança comigo? – sussurrou no ouvido dela.

Ela se afastou e olhou nos olhos dele.

- Eu prometo não pisar muito no seu pé... – completou ele – eu andei treinando.

- Treinando? – ela perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

Com quem será que ele andou treinando?

- Tonks – respondeu ele simplesmente – Ela me deu aulas...

Hermione sorriu e deu um beijinho no rosto de Rony.

- Claro que quero – disse ao ouvido dele, mas depois se afastou um pouco, ao perceber que seus pais estavam olhando.

Ele levantou e deu a mão a ela. Ela sorriu para a mãe e seguiu o ruivo.

********************************************

Harry conduziu Gina entre os casais. Parou em um local mais afastado e a envolveu em seus braços e começaram a se mover no ritmo da música.

- Você está realmente linda – ele disse – Eu nem consegui enxergar a noiva quando você entrou...

- Está dizendo isso só pra me agradar. – ela respondeu cautelosa.

- Se a verdade te agrada... Isto me deixa muito feliz.

Gina se afastou para olhá-lo. Ele sorriu e a trouxe para mais perto e ela encostou a cabeça no ombro dele. Harry fechou os olhos e sentiu o perfume dela. Encostou a face nos cabelos vermelhos e pôde sentir a maciez.

- Fica comigo... Hoje.

- Fico... – ela respondeu – Sempre.

O monstro no peito de Harry rugiu feliz. Ele não pôde conter o sorriso de felicidade em seu rosto. Sentia que a moça também sorria. Ele a apertou mais e ela se aconchegou nos braços dele. Pararam de dançar, para apenas se abraçarem. Após um tempo assim voltaram a seguir o ritmo da música. O garoto abriu os olhos e percebeu que o mundo adquirira uma nova tonalidade. Estava mais colorido, mais feliz. As pessoas ao seu redor pareciam felizes... Eles estavam em uma ilha de felicidade em meio a toda a escuridão.

********************************************

Rony e Hermione dançaram por um bom tempo. Músicas agitadas e até lentas. Ele cumpriu a promessa e se mostrou um dançarino até habilidoso. Algumas vezes foram interrompidos por Gabrielle que pedia para dançar com o ruivo, mas logo que a música acabava, ele voltava para junto de Hermione. Então se sentiram um pouco cansados e com sede, foram para a cozinha. Somente lá havia água. Ela estava vazia. Hermione apoiou-se na pia enquanto Rony pegava um copo e o enchia com água para entregar a garota:

- Se está cansada, porque não senta um pouco? – Disse o ruivo enquanto encostava-se também na pia.

- Porque logo iremos para fora novamente – ela disse ficando de frente para ele e pegando o copo que lhe era oferecido e sorrindo, continuou – Gabrielle gosta de você, talvez estejamos assistindo ao nascimento da nova versão Harry Potter/Gina Wesley... – mas parou de repente.

“Oh meu Deus, porque estou dizendo isto?”

- Sabe – respondeu ele corando e fitando o copo na mão de Hermione que agora estava em cima da pia – Eu aposto que não. Tá, ela é quase uma veela... Mas tenho que admitir, são um pouco abusadinhas... E... Erm... Bem, acho que já tive minha cota de namoradas abusadas saturadas pela Lilá...

Ambos sorriram. Agora ela podia sorrir, mas não esquecia da tortura que era conviver com um Rony que vivia soterrado por abraços e beijos de uma Lilá apaixonada. Ficou observando o sorriso do amigo. Desde quando Rony tinha um sorriso tão perfeito? Cada traço do seu rosto contribuía para a harmonia daquele sorriso: os dentes perfeitos, os lábios entreabertos, os olhos apertados meio que cobertos por mechas de cabelos cor de fogo que teimavam em cair sobre eles... Num movimento rápido e impensado ela levantou uma mão e levou aos cabelos do garoto a fim de tirá-los do rosto. Quando o toque foi totalmente completo sentiu que Rony havia estremecido (ou seria ela mesma?) e seus olhares se cruzaram. Não sorriam mais. Estavam sérios, concentrados em uma espécie de transe. Hermione sentiu que a coisa mais sensata a fazer era tirar a mão daquele mar de fogo, mas não conseguia, era como um imã muito forte. Ela sentiu quando os dedos dele cobriram os seus em cima da pia, agora sem o copo que estava solto em algum lugar por ali. Sentiu que os dedos iam subindo por seu braço, devagar, suavemente... Percebeu quando os olhos do ruivo passaram a percorrer todo o seu rosto e de repente pararam fixando seus lábios.

Ah, Merlin... Ele vai me beijar...

Os dedos continuaram subindo e pousaram na parte de trás do pescoço da garota, ela sentia seu estômago encolher, era como se ele estivesse sendo jogado no Lago de Hogwarts em pleno inverno.

Ah, Merlin... Ele vai me beijar...

Sentiu que ele fazia uma leve pressão para trazer a cabeça dela para mais perto da dele.

Ah, Merlin... Ele vai me beijar...

A menina deixou-se conduzir e instintivamente fechou os olhos, no momento em que Rony fazia o mesmo.

Ah, Merlin... Ele vai me beijar...

Podia sentir o calor que emanava do corpo dele, seu hálito doce.

Ah, Merlin... Ele vai me beijar...

Ela entreabriu os lábios para receber os do amigo, uma distância mínima impedia que o contato se concretizasse...

- Rrronald, cadê você? Prrrecisso de ssua ajuda...

Hermione teve um sobressalto e empurrou o amigo para longe caminhando para a janela. Pôde ouvir um suspiro impaciente vindo do lado para onde Rony fora empurrado. Ela mesma suspirara também, queria esganar aquela francesinha idiota...

- Ah Rrrronald, você está aí... Herrrmione, seus pais estão te prrrocurrrando.

- Eu já estou indo.

Ela percebeu que o garoto olhava para ela, mas não retribuiu o olhar, estava confusa e envergonhada demais para isso. E caminhou para a porta enquanto ouvia uma voz entediada atrás de si:

- Diga Gabrielle, em que posso ajudá-la?

Enquanto caminhava de volta para a festa, um turbilhão de pensamentos faziam Hermione sentir-se tonta.

Ele ia me beijar... Por quê? Por que me olhou daquele jeito? Por que me tocou daquele jeito? Por que EU o toquei daquele jeito? Por que aquela garota estúpida tinha que existir?

Sem perceber, passou direto pela mesa onde estavam seus pais e o Sr. Wesley e parou na frente da mesa de bebidas.

Acho que preciso de um gole de whíske de fogo, só um, não vai fazer mal...

Pegou um copo e virou num gole só, sentiu-se incendiar por dentro, suas pernas bambearam e ela a teve que se apoiar na mesa. Então ela viu Gina e Harry de mãos dadas indo para um lugar mais afastado. Ela suspirou e abriu um sorriso.

Ao menos eles vão se entender...

********************************************

- Eu quero beijar você... – Harry sussurrou. Gina olhou para ele estática. – Eu quero muito beijar você.

- Harry... Eu... Ah, não faz isso comigo... – pediu Gina chorosa.

- Esquece tá? Eu só falo besteira... – respondeu ele afrouxando o abraço.

Gina olhou para o garoto. Droga! Eles mereciam ser felizes... Ao menos por hoje. Sem lembranças, sem promessas, sem batalhas, sem planos... Somente felizes. Gina sorriu para ele.

- Não fala não... Você apenas falou algo que nós dois queremos. Vem comigo – e puxou ele para longe da multidão de convidados.

Caminharam lentamente de mãos dadas por um tempo. Então Harry a abraçou e continuaram o passeio com os corpos unidos. Quando deram por si, estavam na margem do lago. Gina indicou um lugar embaixo de uma árvore onde poderiam sentar. Harry conjurou uma toalha e sentou encostado no tronco com Gina entre suas pernas encostada em seu peito.

- A festa está linda – começou ele – vocês capricharam!

- Obrigada... Eu sei que nós fizemos um bom trabalho...

- Convencida!

- Realista! – eles riram.

- Então, como foi a experiência de carregar alianças?

- Horrível! Eu me senti como se fosse uma bonequinha de porcelana...

- Porrrcelaine - Harry imitou Fleur e Gina sorriu. – Você fez um bicho-papão do vestido... Eu pensei que ele tinha cogumelos pendurados, sei lá! Mas na verdade, ele é muito bonito... – Gina colocou o braço na frente dos olhos dele – Eu acho que a luvinha ficou bem em você...

- Eu não. Se você gosta, usa!

- Não... Eu prefiro cores mais escuras...

- Você está muito gaiato hoje Sr. Potter. Comeu carne de palhaço foi?

- Comi o quê?

- Carne de palhaço oras!

- Quem é o gaiato aqui?

- Merlin! Isso é contagioso! – Gina se afastou e o encarou fingindo surpresa.

Ficaram se observando por um tempo. Ela percebeu que ele tinha um sorriso estampado no rosto. Parecia feliz. Ela também devia estar com a mesma expressão. Não era pra menos, estavam os dois conversando sobre coisas banais, mas divertidas, em baixo de uma árvore como se nada estivesse pra acontecer. Como quando eram namorados em Hogwarts. De repente, a ruiva percebeu uma névoa perpassar os olhos verdes, somente por alguns segundos. Como uma sombra de tristeza que se faz presente de forma fulgás. Logo após, ele já estava rindo de novo.

- Você reparou no Rony e na Hermione? Eles parecem estar muito bem né?

Gina endireitou o corpo e ficou de frente para ele.

- É reparei sim... – ela sorriu maliciosa – Não sei o que eles estão esperando pra se agarrarem no primeiro canto escuro que aparecer... – de repente ela se calou e ficou séria, não devia ter dito isso. Mas o fez. Sem nenhuma malícia, sem nenhuma intenção, mas fez.

- Você está coberta de razão – disse Harry para em seguida agarrar a moça e perder-se entre beijos e carinhos.

********************************

Ahhhh... acabou por enquanto... estou doida pra colocar o final do capítulo e o farei o mais breve possível. Prometo!

A cena em que Gina diz que vai “desemparafusar o sorriso” foi inspirada no filme “Miss Simpatia” que eu acho muito legal! Vou comentar o comentários rapidinho, porque tô meio sem tempo, viu pessoal? Só porque adoro vocês ^.^

Nary: Menina, também quero falar contigo... ô saudade! Viu sua obra de arte? ^.^ Tá linda... o que achou o pedaço de capítulo? Beijo pra ti...

Gabi W.: Que bom que você tá gostando! É tão legal ter comentários de novos leitores... Obrigada pelos elogios! Até agora o Potter tá bonzinho, mas no próximo capítulo a burrada dele vai ser exposta viu? Beijos!

Natinha: Eu também acho que o Rony ama a Hermione, por isso a fic é R/H... além do mais, ela ainda não está terminada. Nem sei se você ainda vai ler a fic, mas o que posso dizer é: paciência, a história precisa ser desenvolvida.

Emiliana Rosa:
Enviado por Emiliana Rosa ([email protected]) em 16/08/2006
esatava relendo o capitulo..... sabe q euacho q vc anda lendo meus pensamentos? vivi uma cena de ataq de ciúmes parecidissima outro dia hahahahahahhahahahahahhahahhahaha.. Amigos, amigos... mas... ñ controlam o coração hahahaha, disfarçam maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaall rsrs bjssssssss
Nota: 5

Amanda Regina: kkkkkkkkkkkkkk Que coisa feia... se aproveitar de uma pessoa bêbada tsc, tsc, tsc... kkkkkkkkkk As brigas estão só no início, é porque a tensão está aumentando. Tem que ser assim, afinal eles são Rony e Hermione! Obrigada e Beijos!

Uanda ElvePotter: Que bom que você gostou da cena de ciúmes... haverão outras (rsrsrs) Se vocês estão curiosas pra saber o que o Harry fez, eu tô doida pra contar! Mas tem que ser dentro da fic... e tô muito sem tempo mesmo... desculpem tá? Na próxima atualização eu coloco essa cena nem que tenha que pular todas as outras! Beijos!

Sally Owens: Obrigada pelos elogios! Pois é, Harry fez burrada mesmo, e a Gina e bem ruiva né? Rsrsrs Teimooooosa, mas acho que ela não esqueceu ele completamente, veremos! Beijos! Ah, obrigada por recomendar minha fic!

Raiza: Gracias, gracias, gracias! Fico tão feliz que esteja gostando! Ah, quanto à música da Alanis... não a escolhi aleatoriamente. Fiz uma longa pesquisa, pois queria uma música que tivesse a letra bem singela e aquele ritmo alegrinho dos filmes de comédia romântica. Eu acho a letra dela muito linda e reflete o amor verdadeiro, o qual quero representar na história. Atualizarei assim que puder viu? Beijos!

India: kkkkkkkkkk Como é? Deixar o Harry chapado na festa? Kkkkkkkkkk Mulher... não ia prestar, ele precisa de uma boa reputação... mas que ia ser engraçado ia. Tipo, a Hermione ficar com o carinha? Você gosta de ver a coisa pegar fogo né? Mas o que posso dizer é: a Hermione não é freira viu? Beijos!

Lais KK: Obrigada! Você quer ver alguma coisa entre o Rony e a Hermione? Em breve... ^.^ Beijos!

Charlotte Ravenclaw: Obrigada! Estou feliz por estar gostando da minha história! Espero vê-la sempre aqui! Beijos!

Priscila/ Cinderela: Que bom que fiz o natal de uma criança feliz! ^.^ Estou sendo má com o Harry, mas quando eu começar a ser boazinha vou compensar tudo prometo. Sei que eu instiguei todo mundo dizendo que ia explicar a história toda, mas é porque não deu mesmo... sorry! Beijos!!!!

Annabelle Potter: Obrigada querida! Continue lendo viu? Beijos!

Srtª Lara: Menina! Pensei que tinha desistido da minha fic... Obrigada mais uma vez pela comitiva, fico muito feliz! Bom, Remo, sinceramente eu acho você tudo de ótimo! Você não é só fofo não... é muito charmoso viu? *Lady Eldar estirando a língua pro Sirius* Olá Thiago! Morro de rir com seus comentários modestos... ai, ai! Ah, você está aí Sírius? *Lady Eldar com cara de quem faz pouco caso* Por acaso você tá dando em cima de mim? Sei não viu? Você não toma jeito né? Ah, deixa eu dizer... amo cachorros, ainda mais quando são fofinhos como você ^.^ Beijos e apareçam sempre!

Nox

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii maiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis

    2011-10-01
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