A maior cicatriz de Harry



Capítulo 4 – A maior cicatriz de Harry


Capítulo dedicado a Rosana Franco, Helena Almeida, Luiza Potter, Isis Brito e Pamy Malfoy.


 


 


Caminhando rapidamente, como um guepardo que persegue sua presa, Severo Snape, com suas mesmas vestes de sempre, adentrou num recinto escuro, úmido, em que mesmo a luz do sol seria absorvida pelas trevas que habitava naquela sala. Se deparou com o Lord das Trevas examinando uma pequena aresta da janela que havia no local.


– E então? – indagou Lord Voldemort.


– O garoto está realmente desaparecido, - confirmou Snape impassível.


Lord Voldemort se voltou para Snape e caminhando lentamente sentou sobre uma cadeira que lembrava um trono.


– Interessante.


Ele voltou seu olhar maligno para seu servo.


– E então?


– Com todo respeito, milorde, o senhor pediu minha opinião e admito, por nenhum momento ela mudou. Acho que foi uma estratégia errada. Dumbledore deixou ordens. Eu já havia lhe informado.


Por segundos eternos Voldemort manteve seu olhar sobre Severo Snape, que por sua vez não abaixou a cabeça mantendo contato visual.


– Muito bem, Severo. Entendo seus motivos. No geral você está sempre certo, no entanto, você bem sabe que precisamos dar dois passos mais importantes que, neste momento, são mais importantes que Harry Potter.


– Eu entendo, milorde.


– E como você bem sabe, meu amigo Severo, minha varinha é inútil frente a Harry Potter. Preciso de algo a mais para destruí-lo, algo que ainda não encontrei, mas pretendo encontrar o quanto antes.


Severo Snape demonstrou uma curiosidade repentina que não conseguiu esconder.


– Milorde?


– Esqueça sobre o assunto, Severo. Futuramente conversaremos a respeito. Nem Harry Potter, nem qualquer outro bruxo pode se esconder de Lord Voldemort para sempre.


– Ainda mais Potter, - comentou Snape irônicamente. – Pegue seus amigos, senhor, assim ele cairá na armadilha de um resgate, milorde.


– É por isso que você é o melhor e mais valioso comensal. Diferente dos demais você possui um cérebro e o usa para melhor servir a causa da Arte das Trevas.


Sem qualquer timbre de hesitação Severo Snape se curvou.


Houve uma batida na porta, Snape rapidamente se recompôs e manteve seu posto. Através do portal, entrou Belatriz Lestrange com sua imponência de assassina arrogante. Passou por Severo segurando a vontade de matá-lo. Os lábios de Snape crisparam, fora isso não demonstrou qualquer sentimento pela presença da assassina de Sirius Black.


– Está tudo pronto, estamos todos reunidos como o senhor mandou, milorde.


Voldemort soltou a sua gargalhada mais fria.


– Muito bem, Bela. Muito bem mesmo. Então vamos libertar nossos amigos. Vamos levar nosso novo amigo conosco, vamos colocá-lo a prova para causar ainda mais terror. Diga a todos os comensais que ajam como quiserem, eles tem liberdade para matar todos os guardiões de Azkabán se assim decidirem.


“E também vamos punir aquele que acha que errar demais é um esporte com o qual eu compactuo”, pensou Voldemort com um olhar cruel, que faria qualquer um que fosse, correr o máximo na direção oposta.


 


 


– Harry? Harry? Você está bem? – chamou Lupin.


Harry esfregou a cabeça, mais precisamente sua cicatriz. Tudo tinha acontecido muito rápido. Quando percebeu, viu que estava de joelhos. Sentiu mãos lhe puxando, era Lupin e Tonks obviamente. Abriu os olhos, ainda sentindo dor na sua cabeça. Viu o prédio em quer Hermione residia, apesar de toda aquela neblina.


– Você está bem, Harry? Está apertando sua cicatriz, - disse Tonks aflita.


Tentando manter a calma, Harry procurou limpar sua mente.


– Eu estou bem. Foi só a minha cabeça. Será que podemos continuar nosso caminho? – perguntou ainda esfregando a testa.


Lupin e Tonks se entreolharam incertos. Deviam chamar Alastor e Arthur?


– Vamos indo, - disse Harry quase ordenando. – Foi uma dor atoa.


Foi caminhando com um passo mais apressado. A mão de Lupin ainda estava sobre seu ombro. “Calma, está tudo bem, ele está longe, não há comensais por perto”, pensou tentando se tranquilizar. Tinha medo de Hermione ficar preocupada e ir até eles, o que era desnecessário.


Olhou o prédio grande a sua frente, forçou seu campo de visão e reconheceu Hermione com um olhar preocupado, percebendo que alguma coisa errada havia acontecido. Pronto, o circo estava montado.


Ainda com a cabeça dolorida, Harry percebeu que Lupin fez um gesto para a garota permanecer onde estava. Pela cara que a amiga fez, ela não parecia muito contente. Em menos de um minuto alcançaram o enorme saguão do prédio.


– O que aconteceu? Foi você Harry? – perguntou Hermione para o vácuo entre Lupin e Tonks. Sabia que Harry estava lá.


– Oi para você também. Relaxe. Estou bem.


A cara de Hermione expressava preocupação. Ela conhecia Harry melhor do que ninguém, apenas uma coisa poderia ter acontecido. Harry notou que a garota trazia a varinha pronta em sua mão, pronta para azarar o primeiro que ameaçasse a chegada dos três.


Harry se desvancilhou do casal e sentiu a varinha de Tonks batendo sobre sua cabeça, aquele calor já familiar lhe subiu pelo corpo. Ele estava visível novamente.


– Tudo bem? – perguntou Harry sorrindo, estava feliz por ver a amiga. Inesperadamente a sua cicatriz parou de doer e Harry nem mesmo percebeu.


Por um momento, Harry viu Hermione avançar para dar-lhe um abraço, entretanto, foi impedida por Lupin que esticou o braço e apontou sua varinha para a garota.


– Ainda não, Hermione. Me responda, no que o bicho-papão transformou durante seu exame no terceiro ano?


Harry balançou a cabeça frustrado. Aquilo era desnecessário. Será que eles não enxergavam o suficiente? Assistiu o rosto de Hermione corar, obviamente era uma memória que ela não guardava com prazer. Precisava de mais provas do que as reações da sua melhor amiga?


– Será que vocês não percebem que o comportamento de Hermione até aqui, jamais seria imitado por um idiota com uma poção polissuco? Vocês não conseguem ver que é a verdadeira Hermione que está a nossa frente? – perguntou um pouco mau humorado.


Aquela não era a melhor forma de agradecimento por terem levado Harry em segurança até ali. Tonks arregalou os olhos.


– Fique tranquilo, Harry - respondeu Hermione com simplicidade, depois olhou para Lupin e Tonks pedindo desculpas. – Foi na professora Minerva, - sua voz tremeu no fim.


Um segundo de silêncio permaneceu no grupo.


– Me desculpem pela minha reação, é que... – o garoto procurou estabelecer seu ponto de vista com clareza. – Para mim essas perguntas de nada servem. Me perdoem pela minha reação.


Hermione sorriu impressionada. Harry pedindo desculpas rapidamente? Aquilo era um recorde, alguma coisa havia mudado no garoto.


– Está tudo bem, Harry. Agora você está entregue. Podemos ir em paz, sabemos que Hermione não deixará que você faça qualquer besteira,- respondeu Lupin com humildade.


A reação de Harry não foi outra senão rir. Lupin não estava errado.


– Vocês chegaram rápido. Pensei que demorariam um pouco mais, - disse Hermione tentando mudar o foco da conversa. – Assustei quando o Patrono de Olho-Tonto invadiu meu quarto.


– Teríamos chegado há umas duas horas, não fosse Olho-Tonto – explicou Tonks sorrindo, abraçando a garota, em seguida Lupin fez o mesmo.


Lupin olhou para trás e se voltou para Harry.


– Precisamos ir, demorar aqui trará atenção desnecessária.


– É aqui que nós o deixamos, Harry – disse Tonks. – Não deixe aqueles comensais acabarem com você. E espero você no nosso casamento. Juízo vocês dois, – completou com uma piscadela, como se pudesse ver algo que Harry e Hermione não pudessem enxergar, nenhum dos dois corou, estavam acostumados com aquelas insinuações.


“Ela lê Rita Skeeter demais e provavelmente não sabe sobre Gina”, pensou Harry.


– Ande logo ou Moody virá buscá-lo, - falou Tonks ao ouvido do noivo,antes de voltar para o carro, deixando os garotos a sós com Lupin.


Harry e Hermione se entreolharam rapidamente. Lupin não havia permanecido sem motivos. O semblante dele era tão sério como Harry jamais vira.


– Sua cicatriz parou de doer, Harry? – questionou Lupin.


Antes de responder, Harry escutou um múrmurio de “eu sabia”, vindo de Hermione.


– Estou bem sim, professor.


– Será que chegará um dia em que você deixará de me chamar de professor? – questionou Lupin rindo, depois sua face voltou a ficar séria. – Fico satisfeito de ter deixado você aqui sem qualquer contratempo, Harry. Não que fosse difícil, com todos os acessórios e proteção fornecidos por Dumbledore. Entretanto, você sabe, precisamos estar preparados para o pior.


Remo Lupin fez uma pausa e encarou os dois jovens a sua frente.


– Com certeza, a uma hora dessas, Voldemort já sabe que você está desaparecido e isso fará com que ele fique mais perigoso. Não faça mágicas a não ser que seja muito necessário e evite atrair atenção para si. No mais, espero vocês no casamento.


Harry não falou nada sobre o que viu.


– Estaremos lá, Remo – afirmou Hermione.


– O senhor parece bem tranquilo em me deixar aqui, - observou Harry.


Os olhos de Remo viraram para a nascida trouxa, sorrindo para ela.


– Não posso negar que esteja, Harry. Apesar de não ser um adepto da idéia de Dumbledore, como você já deve ter percebido, não posso duvidar dos planos dele. Hermione consegue manter seu juízo em ordem e você ficará bem com ela. Tenho certeza que lá no fundo você concorda comigo. E sem dúvida, Hermione estava a par do plano, estou correto?


Hermione balançou a cabeça, estava sorrindo ligeiramente sonhadora.


– O senhor não está errado.


As suspeitas de Lupin se confirmaram. Faltava apenas uma coisa, ele enfiou a mão no bolso interno das vestes como se procurasse algo. Acabou retirando um pergaminho muito velho.


– Tenho uma coisa para você, Harry, - disse Remo oferencendo aquele papel vagabundo ao filho de seu amigo. – Dumbledore pediu para lhe entregar, durante a minha última vez em que nós conversamos, e como você pode ver, está todo em branco. Ele não me disse para o que servia, ou como você devia utilizá-lo, pediu somente que te entregase. Eu acredito que na sua experiência com pergaminhos velhos, você já sabe que nem tudo que é velho e encardido, quer dizer que é imprestável, ainda mais se isso vem de Dumbledore.


Harry recebeu o pergaminho pasmo. Sabia que aquilo era um tesouro que muitos bruxos gastariam uma fortuna para ter. Era um pergaminho muito velho e muito gasto, muito mais velho que o pergaminho do Mapa do Maroto, não havia nada na sua superfície; Harry guardou no bolso da calça cuidadosamente.


– Ele não disse nada? – adiantou-se Hermione.


– Bem, - respondeu um Lupin pensativo, – ele comentou que Harry encontraria um modo de encontrar as informações que estão contidas aí e ficou por isso. Acho que isso deve conter a herança de Dumbledore


Ouviu-se um estampido em algum lugar. Harry guardou o pergaminho com todo cuidado.


– É melhor eu ir, - disse Lupin, mais uma vez sorrindo, – antes que Alastor nos transfigure em doninhas ou algo do tipo.


O lobisomem se adiantou e ofereceu a mão a Harry, ele a apertou com energia e encarou a face do ex-professor. Lupin realmente parecia mais jovem depois de oficializar seu relacionamento com Tonks.


– Vejo vocês n’A Toca. Vigilância constante até lá.


Remo Lupin se abaixou e passou um dedo pela cabeça de Edwiges, se ergueu e virou as costas, indo em direção a rua completamente vazia, estava se sentindo bem e tranquilo. Gostaria muito de saber de onde Dumbledore tirou aquela idéia, queria muito saber quais eram seus motivos, tinha certeza que deixar Harry ali não era nenhum blefe. Se tinha alguma coisa que aprendeu sobre o ex-diretor de Hogwarts era que ele não era o tipo de pessoa que corria riscos, tudo fazia de parte de um plano maior, tudo era perfeitamente calculado.


 


 


– Acho que temos muito o que conversar, - disse Harry com displicência.


Hermione observou o garoto preocupada.


– Você o viu não foi? Não era para ter acabado?


– Não é só você que quer respostas, Mione – falou Harry maliciosamente. Naquele jogo dois poderiam jogar, Harry queria saber de tudo, assim como Hermione queria informações do que aconteceu.


Outra vez Hermione ficou impressionada com seu amigo. O comportamento dele havia mudado em poucas semanas. Seria apenas a morte de Dumbledore? Maturidade finalmente?


– Vamos subir, assim podemos conversar com calma.


– Eu concordo, - respondeu Harry tentando não mostrar que estava se divertindo.


Harry puxou seu malão e Hermione levantou a gaiola com a coruja do garoto.


– Como vai, Edwiges? Aguarde só mais um pouco e a soltaremos.


A coruja piou de agradecimento.


Harry sentiu um arrepio na nuca e de alguma forma ele sabia que era o efeito do desiluminador de Dumbledore acionado por Lupin. O barulho lá fora aumentou consideravelmente.


O menino-que-sobreviveu acompanhou Hermione pelo longo saguão de entrada, durante o percurso, observou a amiga com mais atenção, definitivamente ela estava muito diferente da Hermione de Hogwarts. Os cabelos estavam lisos, não lembrava nenhum pouco aqueles cabelos lanzudos de meses atrás e ela vestia um vestido floral de alças que jamais usaria no castelo, seu rosto carregava um sorriso gentil que no geral ela não oferecia as pessoas.


– Por que o silêncio, Harry?


Harry raciocinou rápido.


– Gostei do seu prédio.


– Eu trocaria com você, adoraria morar em uma casa.


– Você ficaria com os Dursley e eu ficaria com seus pais? Não acha uma troca injusta?


Mais uma vez, Hermione o encarou, estava feliz com a presença do seu melhor amigo. A porta do elevador se abriu. No fim do saguão Hermione apertou o botão do elevador que logo se abriu.


– Vamos?


– Primeiro as damas.


– Desde quando você se tornou cavalheiro?                 


– Desde quando você possui cabelos lisos? – perguntou Harry marotamente.


– Essa é fácil de responder, - disse Hermione entrando no elevador, Harry a seguiu. – Fui em um salão trouxa com minha mãe ontem a tarde. Não é permanente, mas se eu fazer uma porção, ficará fixo. Mais alguma pergunta?


Harry riu.


– Tenho muitas, nenhuma relacionada com o seu cabelo.


– Espere e você terá suas respostas, assim como eu terei as minhas.


– Você não vai fazer esse elevador subir?


E quando Hermione apertou o botão que os levaria ao último andar, Harry sentiu que a convivência com a amiga naqueles poucos dias não seriam apenas em cima de livros. Contudo, faltava uma coisa, ou alguém para que tudo ficasse perfeito, era uma pena que Rony não estivesse ali, o lado positivo era que se tudo corresse bem, eles iriam encontrá-lo dali a poucos dias.


Será que Dumbledore trabalhou para todos se sentirem bem, e ficarem tranqüilos daquele jeito? E como ele conseguiria desvendar o enigma do pergaminho?


O elevador apitou e as portas se abriram, eles chegaram ao décimo quinto andar. Ele se preocuparia com o pergaminho e com a história de Hermione mais tarde.


Estava tudo muito tranqüilo. Seria uma brisa que antecedia a tempestade? Será que naquela hora, Voldemort já havia destruído Azkaban?


 


 


Quando Hermione abriu a porta, a primeira coisa que Harry viu foi uma magnífica sala de estar. Era muito bem decorada, e bem maior que a sala de estar dos Dursley; havia uma porta enorme que levava para outra sala e duas grandes janelas que no momento estavam fechadas, tinha também uma escada na lateral que levava para um andar acima, era óbvio que Hermione morava em uma cobertura, constatou Harry. A garota colocou a gaiola de Edwiges ao lado da porta.


– Ponha seu malão aí ao lado, Harry, - disse Hermione – Depois levaremos tudo ao quarto.


Harry ainda estava admirando o apartamento silenciosamente.


– Mãe! Pai! O Harry já chegou! – anunciou a garota em voz alta.


O Sr. Granger veio caminhando da sala, era um senhor com pouco mais de 40 anos, tinha os cabelos negros começando a figar grisalhos, cuidadosamente arrumados, o rosto era fino e tinha aparência bem humorada associado a um aspecto de serenidade, não lembrava Hermione em nada, exceto pelos olhos e usava uma camisa de futebol vermelha e um bermudão, trazia o Daily Mail nas mãos e jogou-o sobre o confortável sofá da sala.


– Harry Potter, é um prazer, - disse o Sr Granger, apesar de tê-lo visto anteriormente, Harry jamais conversara com ele. – Venha, vamos entrando. Jane venha cá, - chamou o Sr. Granger, - Harry está aqui!


Um sentimento que todos já sabiam que Harry ia para lá, menos ele próprio, se alastrou pela mente. Certas coisas nunca mudavam.


O garoto seguiu o Sr. Granger e Hermione pela porta que dava na outra sala, esta era um pouco menor que a sala de estar e Harry pôde ver que havia quadros da família pela parede, havia também uma mesa para oito pessoas e um armário de utensílios encostado na parede lateral, observou ainda uma porta que entrava para a cozinha e um corredor que provavelmente levaria aos quartos, a frente havia uma porta para varanda. Harry gostou muito do apartamento. Talvez nem tanto quanto A Toca. Era muito mais arrumado, contudo, como era a maioria das casas dos trouxas. Harry tinha certeza que sua tia Petúnia aprovaria a casa dos Granger.


A Sra. Granger veio da cozinha, usava um avental rosa, com rendinhas, tinha os cabelos lisos e claros, embora desse a aparência de ter sido lanzudos como os da filha, carregava um olhar severo, mas bondoso, lembrando um pouco a professora Minerva. Rindo por dentro, Harry não pôde deixar de notar que a sra. Granger era uma versão perfeita e mais velha de Mione, exceto pelos olhos. Ela também estendeu a mão, carinhosamente.


– Harry, estou encantada – disse com um sorriso maternal, - é realmente um prazer! Temos escutado Hermione falar tanto de você durante esses anos, (a garota parecia muito interessada em olhar para o chão), fique a vontade, você está na sua casa, como se estivesse na própria casa dos Weasley.


– O prazer é todo meu, Sra. Granger – respondeu um pouco sem graça.


Harry ficou um pouco desconcertado com a hospitalidade dos Granger. Então, Hermione o puxou pela mão.


– Venha Harry, vou-lhe mostrar o quarto que você vai dormir e o resto da casa.


O corredor ligava a sala a duas suítes e dois quartos, um para as visitas e outro onde os Granger usavam para estudos, além disso havia um banheiro. O quarto de Hermione, na visão de Harry, era a cara da amiga. Era um quarto muito bem arrumado, que cheirava a pergaminho, a janela decorada com cortina rosa, uma cama com uma escrivaninha ao lado e um enorme guarda roupa com estantes recheadas de livros. Havia várias fotos dela, Rony e Harry em um mural.


– Onde está Bichento? – questionou Harry quando não viu o gato de Hermione.


– Está lá em cima, ele gosta de ficar ao ar livre. Vamos até lá Harry, aí poderemos sentar e eu lhe contarei tudo e você pode soltar a Edwiges um pouco, - disse em tom imperativo.


Eles subiram as escadas da sala de estar, Harry levando a gaiola de Edwiges. Harry adorou a visão da cobertura, embora ela fosse urbana demais, registrou que o céu ali deveria ser mais bonito que o da rua dos Alfeneiros, teria certeza não fosse pela névoa que encobria a cidade.


Edwiges sacudiu as asas e saiu voando satisfeita.


Os amigos sentaram-se frente a frente, próximo a pequena piscina que havia na cobertura. Era a hora que Harry mais aguardara durante aquele dia. Bichento veio andando preguiçosamente e subiu no colo de Harry, que coçou sua cabeça.


– Então Harry, - começou Mione, - creio que você quer saber que diabos é o plano de Dumbledore, que fez você parar aqui, certo? E por que o ambiente aqui parece muito mais tranqüilo que o normal?


– Se resumirmos bem as coisas, é isso mesmo, fundamentalmente eu quero saber também por que não fiquei sabendo de nada. De novo. – concluiu Harry encarando os olhos da amiga.


– Muito bem, - considerou Hermione rindo. – Eu, por outro lado, preciso saber de poucas coisas, comparado com o que eu vou te contar. Vamos fazer um trato? Responda primeiro as minhas perguntas e depois você vai saber de tudo o que eu puder lhe dizer.


– Tudo bem, - respondeu Harry. – Você quer saber sobre o que eu vi, estou errado? E provavelmente, se eu já sabia sobre a existência do pergaminho.


Hermione confirmou com a cabeça.


– O pergaminho eu sei que você não sabe nada a respeito, nós vamos examiná-lo mais tarde. Quero saber se sua cicatriz doeu alguma outra vez durante férias.


Harry balançou a cabeça negando.


– Hoje foi a primeira vez, desde o fim do quinto ano, - respondeu o garoto tentando afastar uma amargura por lembrar da morte de Sirius.


Com rapidez, Harry relatou a Hermione tudo o que viu, não esqueceu qualquer detalhe. Quando finalizou, viu uma Hermione pensativa, Harry sabia que assim como ele, muitas perguntas pipocavam na mente da garota.


– Dumbledore não disse que Voldemort estava usando oclumência contra você? Não disse que não aconteceria de novo?


– Bem, ele disse que Voldemort estava praticando oclumência contra mim, mas nunca disse que não aconteceria de novo, - comentou Harry. – Na realidade, Dumbledore ainda mencionou que a cada dia que passa, a ligação entre nós ficava mais forte, embora eu não tenha entendido o quis dizer com isso e ele nunca tenha me explicado.


– Você se deu o trabalho de perguntar? – inquiriu Hermione usando sempre seu jeito sagaz.


Mais uma vez Harry balançou a cabeça, desanimado.


– Não, nem isso e nem outras centenas de perguntas que deveria ter feito.


– Está tudo bem, - afirmou Hermione, procurando consolar o amigo, - qualquer um esqueceria, Harry. Estou preocupada com outra coisas, é óbvio que Voldemort já sabe que você já não se encontra mais na casa de seus tios. Ele comentou que tem duas prioridades maiores que você, uma você já relatou, a outra é meio evidente...


– Tomar o Ministério da Magia para si, - completou Harry.


– Exatamente. O que nos leva a pensar que ele pode estar perto de conseguir.


Harry apoiou o queixo sobre as mãos, Bichento pulou de seu colo e saltou sobre o colo de sua dona.


– Infelizmente isto acontecerá cedo ou tarde, Dumbledore era o único, que talvez, poderia impedi-lo.


Hermione concordou.


– Sem Dumbledore o caminho de Voldemort fica livre. Porém... – Hermione hesitou, - porém, o que mais me preocupa é esse algo a mais que ele procura. Você não imagina o que seja?


O garoto encarou a paisagem em meio a neblina, o que Voldemort estaria tramando? O que ele tinha em mente para derrotar Harry? Se concentrou ao máximo.


– Voldemort busca algo que só é retratado em lendas, um artefato mágico que nunca foi encontrado e que possui um tremendo poder, - informou Harry.


– Como? – perguntou Hermione apavorada. – Como você pode saber disso?


Harry balançou a cabeça confuso.


– Não faço a mínima idéia. Não sei de onde tirei isso.


Fez-se de desententido na esperança que Hermione não insistisse no assunto. No entanto, era de Hermione Granger que se tratava, a garota que nunca deixava um ato ímpar passar sem ser desvendado e sobretudo a pessoa que mais entendia Harry Potter no mundo, exceto talvez por Dumbledore.


– Você leu a mente de Voldemort, - acusou Hermione.


Não adiantaria negar.


– Um pouco talvez, - admitiu Harry. – Fiz sem querer, apenas me questionei o que Voldemort estaria buscando e as palavras saíram.


– Isso é perigoso, sei que é instigante saber o que ele pensa, mas você deve controlar esses impulsos.


– Prometo tentar, - disse Harry. – Tenho praticado Oclumência todas as noites para evitar que certas coisas voltem a acontecer.


– Meus parabéns, fico orgulhosa de você.


Harry desviou seu olhar, estava feliz pelo elogio de Hermione, ainda que um pouco envergonhado também.


– É só isso que você queria perguntar, Mione? Não tem mais alguma coisa? – interrogou Harry.


Hermione buscou se endireitar sobre sua cadeira. Sim, ela tinha mais uma pergunta a mais. Pelo olhar da menina, Harry entendeu que vinha algo importante.


– Tenho uma última, Harry, mais uma só, - a garota encarou aqueles olhos intimidadores. – Você já tem um plano?


O maior medo de Harry foi exposto sem piedade. Um frio percorreu por sua espinha.


– Nada mudou, Hermione, - respondeu bastante sem graça. – A única coisa que tenho em mente é partir para Godric’s Hollow. Preciso saber sobre minha família, sobre mim mesmo. Foi lá em que tudo começou...


–...para você, - completou Hermione. Sim, eu entendo. E as Horcruxes? Como você sabe e disse, Voldemort vai conseguir o ministério, será muito mais poderoso e será ainda mais ameaçador. Você sabe por onde começar?


Mais uma vez o garoto balançou a cabeça desolado.


– Não faço idéia. Preciso achar o medalhão perdido. E depois rastrear as demais Horcruxes, infelizmente, eu tenho que admitir: não sei como dar o primeiro passo. O próprio Dumbledore dedicou sua vida a rastreá-las e olha quanto tempo ele precisou para ter sucesso em uma e ter falhado em outra. E quem sou eu perto...


Hermione pegou a mão do garoto não deixando que finalizasse. Olhou para seu amigo cheio de ternura.


– Posso ver que você ainda não descobriu o quão grande você é e o tanto que você é poderoso.


Harry retirou sua mão. Será que nem mesmo Hermione o entendia?


– Não se trata disso, Mione. Não é questão de poder ou tamanho. Eu só sinto um peso enorme em minhas costas e ninguém me pergunta o que eu desejo. Percebo que todos querem que eu lidere uma empreitada contra Voldemort e não vejo ninguém preocupado com o que eu sinto. Todos querem que eu me saia bem, ainda assim não vejo muitos oferecerem ajuda e muito menos preocupados em saber se eu estou preparado para esse fardo. Sei que chega a ser egoísmo da minha parte, porém, admito, muitas vezes isso me cansa. Eu não me sinto preparado Hermione, eu quero acabar com Voldemort ou morrerei tentando, só não me sinto preparado, - confidenciou Harry.


– Eu sei muito bem que você não gostaria de ser outra pessoa. Lamento muito. Sei que não é fácil. O único consolo que posso lhe dar é reafirmar que estarei ao seu lado seja qual for a circunstância. Farei o que puder para te ajudar a derrotar Voldemort. Eu prometo.


Foi a vez de Harry buscar a mão da garota e segurá-la. Hermione viu que Harry sorriu sem graça.


– Muito obrigado. É nessas horas que você não me deixa desistir e me faz seguir em frente sempre. Sou muito grato sabe por conta de que?


– Não.


– De todas as pessoas que conheci, apenas duas não me viraram as costas, por mais que a adversidade fosse grande, Dumbledore e você. Vocês nunca me deixaram só e eu nunca agradeci por isso.


– E você sabe que não precisa agradecer. Ver você vencendo qualquer contratempo me faz sentir orgulho. Para mim já basta, - contou Hermione satisfeita. – Sei que não somos Dumbledore, no entanto, creio que encontraremos uma forma de descobrir onde estão as demais Horcruxes.


Harry procurou controlar sua emoção. Hermione nunca foi a mais otimista do trio, para ela ter falado algo do tipo não deve ter sido fácil. Uma preocupação passou pela sua mente, ele já sabia a resposta da amiga, ainda assim convinha perguntar.


– Você sabe que o caminho não será fácil. Passaremos por dissabores dos piores, enfrentaremos situações que podem levar a um revés. E para mim, seria o fim se qualquer fatalidade acontecesse a você.


– Eu sei onde estou entrando, Harry. Eu já sabia disso desde que me tornei sua amiga. Essa é a minha escolha e não vou mudar minha opinião. Não vou deixar você e Rony enfrentarem essa missão sem que eu faça parte dela. Eu sei dos riscos, sei que posso morrer.


Durante mais uma vez, Harry olhou para a paisagem, buscando enxergar algo que não fosse neblina.


– Tem certeza que não prefere me deixar ir sozinho?


Hermione se irritou.


– Você está me ofendendo, Harry. Pertenço a Grifinória como você, não sou uma covarde. É melhor mudarmos de assunto. Minha opinião não vai mudar mesmo que você continue insistindo.


– Vejo que você não entendeu minha pergunta, Mione. Me perdoe se eu não soube me expressar. Não estou questionando sua coragem.


Por um curto instante, Harry Potter encarou Hermione como jamais tinha feito e ele suspirou. Hermione sentiu um frio percorrendo sua barriga. Os olhos de Harry estavam sobrecarregados de sofrimento. O garoto tornou a mirar o horizonte.


– Durante uma guerra, aqueles que mais perdem são aqueles que amam, - começou Harry. – E eu já perdi quase tudo.


A garota ia contrapor Harry, todavia, um sentimento intenso a fez parar. Viu que Harry estava hesitando, percebeu que seu amigo gostaria de falar algo e não sabia encontrar as palavras corretas. Hermione estudou a íris esverdeada de Harry, uma dor intensa residia ali dentro.


– As pessoas julgam a minha cicatriz de forma errada, - explicou Harry com um certo desabafo. – A maioria acredita que essa é a marca que me distingue e me torna especial. Não é bem assim, ela é apenas uma cicatriz de um feitiço que falhou e me liga aos pensamentos de Voldemort. Ponto final.


Harry fez uma pausa e Hermione não ousou dizer sequer uma palavra.


– O que ninguém sabe e você vai ser a primeira a saber, é que, a maior e verdadeira cicatriz que possuo se encontra aqui dentro, - afirmou apontando para o próprio peito. – Invisível aos olhos de todos, até aos meus, embora eu a sinta me machucar sempre. É a minha cicatriz pela perda de pessoas que eu amo. Nasceu com o assassinato dos meus pais, cresceu com a perda de Sirius e agora com a morte de Dumbledore...


As lágrimas de Hermione escorreram face abaixo, jamais esperava um pronunciamento daquele vindo de Harry. Percebeu que os olhos do garoto estavam prontos para ceder as lágrimas e ele insistentemente se segurava.


–...a cada pessoa que perde a vida simplesmente por estar no lugar errado, como Cédrico, ela aumenta também. Ela vai se desenvolvendo como se tivesse vida própria, parecendo não ter limites e o receio que eu tenho, é não saber o que poderá me causar no futuro.


Finalmente, uma lágrima escorreu dos olhos de Harry. Seus olhos encontraram os de Hermione, os olhos da amiga já estavam marejados de pranto.


– E agora eu lhe pergunto Hermione, como você acha que ficaria essa cicatriz, se eu perdesse você?


Hermione ficou atônica, era uma resposta em que ela, definivamente, não encontraria nos livros.


– Eu tenho receio de responder essa pergunta. Não sei do que eu seria capaz, não faço idéia do que iria fazer, - continuou Harry, a tristeza estampada em cada vocábulo. – Não sei mesmo. Acho que minha vida perderia o sentido por completo. Naquela noite em que invadimos o Departamento de Mistérios, por um terrrível momento eu pensei que você estivesse morta, poxa, senti que era o fim.


Hermione tentava captar o sentido da frase de Harry, seu coração bateu mais forte. Era a primeira vez que seu amigo comentava sobre o ataque que ela sofreu.


– Eu não quero que nada aconteça a você e ao Rony. Não quero e não posso perder vocês. De todas as pessoas que eu amo, só me restam vocês, Hermione. Será que agora você entende o que eu quero dizer?


O coração de Hermione se conteve, por um rápido instante acreditou que Harry estava falando de algo inimaginável. Ela balançou a cabeça afirmativamente.


– Essa foi a coisa mais linda que alguém já me disse, Harry. E por mais que eu o conheça, nunca esperava que você dissesse...


Ela limpou suas lágrimas cuidadosamente e voltou a encarar o amigo. Se ergueu, retirando Bichento de seu colo e foi até Harry, abraçando-o por trás.


– Fiquei emocionada. Não sei o que responder. Agora, por favor, entenda que eu também não quero e nem posso te perder. Por mais que você insista, eu vou com você, Harry. Ainda que você procure ser nobre contínuamente, meu lugar sempre será ao seu lado. Nunca se esqueça disso.


Hermione apertou mais o garoto e antes que pudesse se decidir se era certo ou não, pela segunda vez na vida, lhe deu um beijo no rosto.


– Afinal, amigos servem para isso. Você é o meu melhor amigo e eu também amo você.



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Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!! Por que não beijou, Hermione?


Podem me matar, mas eu não poderia entregar o Harry para Hermione assim, logo no início!!! Querendo ou não, eu estou levando em conta os seis primeiros livros e a Hermione ainda gosta do Rony e o Harry ainda sente um resquício de carinho pela Gina...


Enfim... como os capítulos anteriores ficaram enormes, eu dei uma maneirada neste! Não queria deixar vocês de saco cheio de ler...


Agora eu preciso dar umas notícias não muito boas, eu voltei a escrever uma fic que enrolei durante um bom tempo, para quem não conhece, ela se chama Dívidas do Passado, e eu não quero largar ela de lado mais uma vez. É lógico que a Batalha Perdida é minha prioridade, mas dar um gás em Dívidas pode me ausentar aqui um pouco. Além disso, eu vou tentar colaborar com a fic da Lílian Granger Potter chamada Harry Potter e o Príncipe Mestiço 2.0, aí como vocês podem concluir... bem, eu vou tentar manter esse ritmo de postar um capítulo por semana, ao menos.


Como vocês devem ter percebido, eu postei uma enquete, preciso muito escutar a opinião de cada leitor. Pode parecer besteira para alguns, mas esses comentários já me deram muitas idéias. Eu já esperava que os personagens que morreram e que vocês desejam que não morram, sabia que não ia fugir disso. Quanto aos que vocês gostariam de ver morto... foi uma boa surpresa! Eu confesso que não tinha traçado o futuro de Draco e Gina e sequer tinha pensado em matá-los! Continuem comentando... uma penca de idéias sempre emanam quando vem um comentário!


Agora vamos as respostas:


Helena Almeida: Figura, como eu gosto dos seus comentários! Racho de rir, me inspira a escrever mais e curto muito sua falta de memória! Sobre o Fudge, a morte dele será esclarecida futuramente... não foi por qualquer motivo não... a la Tiradentes foi ótimo!! Acho que te desapontei quanto a cena H/H, né? Foi realmente brochante! Mas compensarei futuramente, é uma promessa!! Agora, 21 de dezembro está batendo na porta, será que até o juízo final eu termino essa fic?? Tomara!! Hahahaha...


Vi também seu comentário quanto a enquete. Não posso prometer muita coisa. Lembre-se o que o Dumbledore disse certa vez, não há magia que traga os mortos de volta a vida. Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuut, I’ve got some plans for Sirius Black! Nada formado ainda, mas seria bom se ele aparecesse aqui ou ali...


E por fim, sobre Lupin e Tonks, detestei que eles morressem na história. Não pensei ainda no que fazer com eles... não sei mesmo. Você me deu idéias hoje!!! Muito obrigado


Só uma coisa, você já pensou em se tornar uma escritora de fics? Você escreve muito bem.


Luiza Potter: Sempre presente!! Muito obrigado mesmo!! Então, os dementadores fizeram o Duda enxergar algumas coisas em que ele sempre foi cego. E essa Tonks, poxa, eu simplesmenta amo essa figura!! Achei um crime que ela não tenha tanto destaque nos filmes, me desapontou profundamente... Bom, acho que vc não está mais ao modo freaking out depois de como esse capítulo terminou!! Hehehe... Foi realmente brochante, mas você entende meus motivos? Desculpe o desapontamento!!!


Hillary J. S. Lestrange: Uma das coisas que eu mais senti falta no DH foi a ausência completa de um plano a la Dumbie... Pelo fato que ele sabia que sua morte estava chegando, eu acho que ele devia ter deixado alguma coisa a mais pro Harry se guiar. E o plando do Dumbledore ainda não está completamente estabelecido na minha cabeça... isso vai dar merda, escuta o que eu estou dizendo! E em relação ao ataque do Lord Voldie... estamos em guerra, precisamos de sangue o quanto antes!! Continue comentando, please!!!


Só uma dúvida, você é fã do casal H/H?


Bethany Jane Potter: entãããão, o plano de Dumbledore, como sempre, é algo complicado de ser resolvido e cheio de charadas. Eu tenho uma coisa pré-estabelecida já, mas falta alguns muitos pedaços para por em prática... O pergaminho faz parte dele. O que achou desse capítulo?


Márcio Black: Velho, pode falar... o Harry ficou bem frouxo nesse capítulo, né? Mas é que o cara ta carregado de responsabilidades e preocupado em falhar... futuramente isso irá mudar um pouco... a cena que ele falou do Rony, putz... foi um mal necessário...


Para que vença essa guerra, o Harry terá que assumir um papel de liderança no início e não no fim como a JK fazia...


Quanto a suas sugestões, só posso dizer que a família Weasley é muito grande... não tem como todos sairem vivos no fim! E tem que morrer um que marque mesmo... Você sabia que o Sr. Weasley morria no sétimo livro e a JK desistiu de matá-lo?


Eu entendo o seu lado, as pessoas as vezes não entendem que para um capítulo sair, você precisa sentar e estar com a cabeça em ordem para escrever, senão você não escreve nada... Mas... tente postar! Sinceramente, até agora, é a melhor fic de universo alternativo que eu já li. No geral eu passo reto nessas fics e nem leio... Se bem que a maioria de fics UA escreve de vampiros malucos e outras coisas que eu não curto. Fazer ao modo Assassin’s Creed foi fantástico! Uma ótica sensacional! Não desista! Grande abraço!!


Pedro Fattore: cara, lógico que você pode falar nomes, fique a vontade!


Sobre o plano de Dumbledore, eu tenho sim um plano a respeito de feitiços, o grande problema é que dará as caras somente no finalzinho. As vezes, se eu tiver uma nova idéia, pode aparecer antes. Mas O feitiço será só no fim. E sobre o Snape, sou muito fã dele. O futuro dele... bom, infelizmente não posso dizer!


Muito obrigado pelos elogios! Sobre as lutas/duelos, aparecerá um pouco no próximo capítulo, se bem que será mais um massacre!! Hahaha...


Do casamento em diante aparecerá uma penca de duelos e mortes!!! Postarei os primeiros cinco capítulos da fic antiga assim que postar o próximo capítulo! Grande abraço!! Continue opinando!! 


Isis Brito: Figurinha, que fic sensacional a sua!! Você vai terminar na melhor parte! Meus parabéns mesmo!! Sua fic foi uma das boas surpresas que surgiram no FeB esse ano, senão a maior surpresa. Acompanharei com toda certeza a parte 2!!


Você tem uma boa memória. Eles se aproximam demais, só que dessa vez eu pretendo maneirar um pouco! Pelo menos pretendo, vai saber se vou conseguir... hehehe


E você é muito malvada!! (se bem que eu percebi isso no modo que você escreve) Eu tenho planos para os pais de Hermione, achei interessante a sua sugestão! E considero um crime a JK ter deixado os pais dela meio por fora da história. Você sabia que originalmente a Hermione tinha uma irmã mais nova na saga, mas por falha da JK, ela acabou desistindo? Fico pensando se ela seria uma bruxa ou uma Petúnia...


Se cuida ae!! Continue comentando!! Beijo!!!


Rosana Franco: Você é outra que sempre dá essa força para continuar escrevendo!! Infelizmente, a Hermione só vai contar para o Harry no próximo capítulo, a idéia era por nesse, o grande problema é que o capítulo ficaria enorme!! E dessa vez eu quis maneirar.


E quanto a enquete, eu gosto muito do Dobby, foi muito triste o modo que ele morreu. Não pretendo matá-lo aqui... E ele servirá de grande ajuda para o Harry em sua jornada.


Me diga, o que achou desse capítulo??


Jade Moreira: Muito obrigado por continuar comentando Jade! É a razão de continuar escrevendo semanalmente! Espero que você tenha gostado!! Beijos!!


Gabriel Pontas Potter: Cara, seja bem vindo! Muito obrigado pelo comentário! Curti demais!!! Eu sempre leio fics H/H em busca de inspiração, então quando li seu comentário fui em busca desse autor, que particulamente, não sei quem é, infelizmente não o encontrei, pelo novo formato alguns autores foram excluídos do FeB. Contudo, as fics dele continuam, você sabe o nome de alguma?


Desde que comecei a escrever essa fic, eu fico me perguntando se Harry mataria ou não, algum comensal ou o próprio Voldemort (lembre-se, derrotar não quer dizer matar), e ainda não cheguei a conclusão adequada. Agora, a Belatriz... nossa, você me deu uma idéia muito legal para traçar o fim dela.


Sobre o Sirius, dá uma olhada no que eu falei para a Helena Almeida. Definitivamente tenho planos para ele. Continue comentando! Você me deu boas idéias hoje!!


Saulo: Seja bem vindo, meu caro! Continue comentando, por favor! Haverão novas enquetes a qualquer momento. Achei interessante você ter falado da Gina. Como disse acima, era uma personagem que não havia pensado qual seria o papel correto no fim da fic. Você me deu no que pensar! Continue comentando, grande abraço!!


Bom galera, fico por aqui. Como eu sempre digo, a melhor maneira de incentivar um autor, é comentando em suas fics, então, please, deixe um cometário!! Não demora cinco minutos!!


Se possível, não deixem de responder a enquete. Eu não estou brincando quando digo que ao responder, vocês me dão algumas idéias. Se tudo der certo, um novo capítulo sairá dentro de uma semana! Valeu!!


PS: Dessa vez dei uma rápida passada de olho no capítulo a procura de erros. Mas sempre há erros aqui e ali. Se acharem algo, me perdoem e me corrijam, por favor!!

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Comentários (7)

  • rosana franco

    Adorei o cap.prometo depois fazer um comentario melhor.

    2012-08-09
  • Isis Brito

    Ah é!! Fiquei toda bobona com sua dedicação no começo do capítulo!! *---* Brigada, viu? Eu adorei demais!! ^^"Só mais uma coisinha: eu lembro de uma cena da versão anterior e que eu fiquei maravilhada ao revê-la!!  Junto com ela e todo o discurso do Harry, e de como ele se sentiria se perdesse a Mione, foram minhas partes favoritas!! Onde que eu encontro um Harry desses, hein? *----* Simplesmente adorei!!Por favor, continua!! =D "– Desde quando você se tornou cavalheiro?                  – Desde quando você possui cabelos lisos? – perguntou Harry marotamente."

    2012-08-09
  • Isis Brito

    Capítulo quase tranquilo... Lógico! Afinal tio Voldy tem que dar o ar de sua graça em cada capítulo, não é? xD E eu ainda tô MEGA-curiosa pra saber quem é esse aliado misterioso do Voldemort!!! Quando vc vai dizer quem é?? Eu não lembro dele na versão anterior dessa fic... =/Ah, quanto ao Harry e à Hermione... Não maneira, não!! (rsrsr) Eu adoro essa aproximação que eles têm nessa parte!! *-* Se for mudar, que os aproxime ainda mais rápido!!! ^^" Tá, eu sei que tem toda aquela dúvida sobre o Rony e a Gina, mas... Ah, deixa eles pra lá!! ^^" (Estou blefando, mas vai que funciona, né? xD Não exclua os ruivos, afinal eles podem unir nosso casal ainda mais ;D)E eu não sou malvada!! Apenas te dei uma ideia... ^^" Eu não sabia que a Hermione QUASE teve uma irmã, mas acho que a prefiro como filha única mesmo... Combina mais com o Harry, e os dois podem formar uma família grande do jeito que sempre sonharam. xD E você tem que concordar comigo... Uma tragédia como a morte dos pais da Mione, ou até dos pais do Rony (como vi uma sugestão de outro/a leitor/a daqui), ia abalar geral!!! Daria aquele toque de drama que existe em toda guerra, a sensação de que o chão sumiu de debaixo dos pés, a incerteza de continuar vivendo ou não... Enfim, acho que você entendeu. xDE mais uma vez um MEGA-OBRIGADA!! Fico radiante ao ler seus comentários na minha fic, e fico ainda mais contente ao saber que está gostando... O epílogo deve chegar até domingo. xD

    2012-08-09
  • Jade Moreira

    Adorei o capitulo mais por favor =))))

    2012-08-08
  • Nina Granger Potter

    Adorei o capítulo!!O Harry é muito fofo. hahahahaNão demore a postar, por favor. 

    2012-08-08
  • luiza potter

    NÃO ENTENDO COISISSIMA NENHUMA! E EU ESTOU MAIS FREAKING OUT AINDA!Maaaaaaaaaaaaaas como você dedicou esse capitulo a mim S2S2S2S2S2S2S2S2S2S2S2S2 Eu te perdoo. "meu lugar sempre será ao seu lado." YES YES YES YES YEEEEEES OH GOD YES! Mas né, J.K. fumou um cigarrinho do capeta e fodeu a porra toda sai/ Me responde uma coisa, se puder é claro, essa fanfic vai ser Drinny ou Draluna? I L-O-V-E Draluna. Mas sem pressão ok?  <3 Não demore a atualizar. 

    2012-08-08
  • SAULO

    Fics de Black Wolf   Apocalipse: O caminho do caos = http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=21983   Armagedon = http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=24319   Hell: O Inferno é na Terra = http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=21648   Marginal League = http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=30810 Acho que essa é algumas das fics que Gabriel Pontas Potter estava falando.

    2012-08-08
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