O Casamento (Parte I e II)

O Casamento (Parte I e II)



– Saiam da cozinha! – Gritou a Sra.Weasley, e os gêmeos Fred e Jorge encaminharam-se para o jardim.

“Saiam da cozinha” ela diz. Tudo isso só porque nós resolvemos comer alguns docinhos antes da festa...eles vão ser comidos de qualquer jeito! Não vejo porque tanta preocupação com esse detalhe. Se pelo menos Jorge não tivesse demorado tanto pra filar aquelas tortinhas de creme...” Fred agora caminhava debaixo de um corredor formado por arcos floridos “Parece que as garotas fizeram um bom trabalho por aqui! Mas podia ter feito alguma coisa mais engraçada que simples flores...como...”

“Como flores que gritassem se alguém tentasse arrancá-las... uau, Fred vai adorar isso! Mas é claro que ele nunca teria uma idéia tão genial... idéia genial mesmo seria assustar Gina com uma dessas... aposto que ela iria gritar mais do que nossa invenção!” E rindo de sua mais nova “Gemialidade”, acompanhava Fred pela trilha florida, que tinha pendurados por mágica vários retratos das duas famílias que agora iriam se unir.

– Olá! – disse o quadro de um homem que parecia com o Sr. Weasley uns vinte anos mais velho.

– Olá – responderam os gêmeos em uníssono.

– Já penduraram a família! – exclamou Jorge.

– É, elas não perdem mesmo tempo...

– Fred querido, as mulheres da família são assim – intrometeu-se o retrato de uma mulher rechonchuda com cabelos de fogo – E agradeça a isso sua boa educação! – disse ela apontando o indicador na direção do jovem.

– Não nos esqueceremos! – Falou Fred, já caminhando novamente. Quando os dois estavam mais afastados do quadro, Jorge resmungou:

– De que boa educação ela estava falando, Fred? – Os dois ainda andavam pelos arcos floridos quando Jorge disse:

– As flores são obviamente falsas...

– Poderá ser o amor verdadeiro quando nem as flores são? – Completou Fred fazendo caretas e imitando uma voz grave. Eles estavam tão encantados com a citação que nem perceberam que sua irmã menor se aproximava com pilhas de louças finas nas mãos.

– Vocês não deviam falar assim! – ralhou a garota empurrando a dupla enquanto abria caminho pelo túnel estreito – Gui e Fleur se amam! E se vocês esqueceram, ele é nosso irmão, e se casa hoje! – ela havia conseguido o efeito desejado, e assim sendo, deu as costas aos dois ainda perplexos. Fred e Jorge observaram ela até seus cabelos ruivos se incendiarem à luz do sol.

Quando ela já estava longe dali pode ouvir duas vozes gritando:

– Cada dia mais parecida com a mamãe!!

***

Hermione estava ajudando com a decoração. Seus feitiços eram certeiros e à sua volta flores, vasos, laços e tecido flutuavam graciosamente.

“Eu nunca vou conseguir fazer isso... Como será que ela sempre consegue?! Um dia ela vai ver. Vou ser tão bom com feitiços que nem Mione vai acreditar...Posso até ouvir ela falando... ‘Oh Rony, você é o máximo mestre da magia!’”

– Quer ajuda Mione?

– Pareço precisar de ajuda? – sem jeito ele respondeu indeciso:

– Err... não. Mesmo assim, ajuda nunca é demais! – nesse momento ela virou-se para encará-lo.

– Acho que tudo bem então – deu uma breve olhada em volta – Coloque aqueles vasos... – mas não pode terminar a frase, porque Rony deixara cair meia-dúzia de vasos.

– RONALD! – Ele ficou vermelho até a raiz dos cabelos, e rapidamente os dois se puseram a juntar os cacos.

***

Gina colocava com cuidado a “louça para ocasiões especiais” em cima da mesa que havia sido montada no jardim – uma mesa muito maior que qualquer mesa trouxa, afinal, essa fora aumentada por magia para acomodar os incontáveis pratos, doces, salgados e claro: o bolo.

– GINA! Venha ajudar na cozinha! – Molly Weasley corria de um lado para outro segurando taças, arrumando toalhas, ou simplesmente dizendo para todos o que fazer. No momento, ela estava indo apressada em direção À Toca. Gina foi atrás.

“Quando mamãe dá uma ordem, é melhor obedecer... principalmente se for durante o casamento de um dos filhos!”. Enquanto a caçula Weasley seguia a mãe, viu Harry no outro lado do jardim “Com quem ele está falando? OH NÃO! NÃO COM ELA! Carolinne Leblanc!... por que Tia Margot teve que vir mais cedo e trazer minha querida priminha?! Eu sabia que ela ainda era a mesma garota que implicava comigo! Esse rostinho angelical não me engana... Mas afinal, por que Herry ainda está conversando com ela? Que tanto assunto eles têm? No mínimo ela pediu um autógrafo...” Seus pensamentos foram cortados pela voz da Sra.Weasley chamando-a novamente:

– GINA! – dessa vez ela se apressou e chegou em poucos segundos. “Depois eu vou conversar com Harry...”

A cozinha d’A Toca nunca esteve assim antes, parecia que acontecera uma explosão de farinha lá dentro: tinha farinha no capacho, tinha farinha no teto, tinha farinha no fogão, tinha farinha até no cabelo de Molly! Sem falar dos livros de culinária espalhados por toda parte, abertos em receitas completamente diferentes – na verdade, parecia impossível mesmo com magia saber qual prato estava sendo feito. Portanto, é bem provável que a Sra. Weasley tenha confundido algumas receitas e criado novas delas.

No centro da mesa da cozinha estava ele: o majestoso bolo de cinco camadas (isso mesmo, cinco camadas!). Pequenas rosas brancas emolduravam a borda de cada “andar”, os quais certamente foram equilibrados por magia – exatamente como A Toca. No topo do bolo estavam os bonequinhos dos noivos, cada um com sua respectiva varinha. Mas a grande diferença era que eles se mexiam, acenado para os convidados e trocando beijos disfarçados quando ninguém olhava. Até as miniaturas não viam a hora de começar a cerimônia...

***

Incrivelmente, Hermione – quem mais poderia ser? – havia descoberto um feitiço para que todos que aparatassem no terreno dos Weasleys fossem “enviados” para a casa, mais precisamente para a sala, que por meio da magia já fora aumentada. Ou melhor, parecia já ter quase o tamanho de um campo de quadribol!

Neste instante, Harry e Rony estavam fazendo as honras da casa, já com as roupas para o casamento. Harry não conseguia entender como os Weasleys poderiam ter milhares de parentes (Harry não sabia se esses parentes eram mesmo milhares ou apenas centenas), talvez a impressão fosse causada por que Harry não tinha nenhum parente vivo! Sentiu uma dor no peito sufocando seu coração. “Não devo pensar em coisas tristes. O casamento. Devo me concentrar no casamento.”

No momento, estava ainda mais incomodado pelas pessoas darem mais atenção a ele ser igual a Tiago, com exceção dos olhos, do que a Rony, o irmão do noivo. Harry olhou para Rony por um momento. O garoto não parecia ter notado, pelo contrário, estava radiante, em parte por ter roupas de gala descentes dessa vez...

Quando chegou a hora do casamento, os convidados foram levados ao jardim pelo Sr. e Sra. Weasley, ficando apenas os padrinhos na sala. Quando Molly e Arthur voltaram, os padrinhos tomaram suas posições: os pais da noiva; seguidos pelos do noivo; uma amiga de infância de Fleur e seu namorado; Rony e Hermione; os padrinhos (de batismo) de Fleur; e Harry e Gina. Pouco a pouco os padrinhos saíam em direção ao jardim. A porta da casa estava ficando cada vez mais e mais próxima, Harry tinha certeza que faria alguma bobagem, ele não poderia ter ensaiado toda a semana sem erros!

A porta estava a um passo, Gina enganchou seu braço no de Harry, que levou um susto: estava imaginando como seria um casamento entre bruxos e se o de seus pais teria sido parecido. Gina olhou para ele: estava muito mais bonita que de costume, e ele tentou explicar o porque do susto, mas de sua boca só saíram ganidos inaudíveis.

– Não tenha medo, dará tudo certo! Estamos todos com você!

Coincidentemente eram essas as palavras de que Harry estava necessitado nos últimos dias, essas palavras deram um novo ânimo a ele, ele sentiu-se forte e confiante, poderia enfrentar qualquer um naquele instante. Sabia que todos em quem confiava estariam ao seu lado, e sem ele precisar chamá-los: eles estariam ao seu lado porque gostam dele e não por ele ser “o Eleito”!

***

Ao sair da casa, Harry quase congelou: o jardim d’A Toca estava muito maior do que de costume! Na verdade, estava do tamanho de um campo de quadribol!

Conforme ia caminhando pela trilha, rostos conhecidos e desconhecidos iam cumprimentando a todos, através dos quadros. Harry considerou no mínimo bizarro a sensação de ver a maioria dos convidados em quadros, mas adorou o seu quadro, pois seus pais estavam atrás dele!

Além de cumprimentar, os quadros comentavam a roupa, o modo de andar, ou qualquer coisa que valesse a pena comentar nos convidados – eles particularmente gostaram de um primo distante de Fleur que tinha uma perna de pau; só que, pelo obvio, elogiavam apenas os que respondessem, de forma alegre e sem brincadeiras; portanto surgiram constrangimentos como o quadro de Fred cumprimentar Jorge:

– Bom-dia Fred! – e receber como resposta: – EU sou o Jorge! Nem um quadro sabe distinguir nós dois! Onde o mundo foi parar!

– Mas o pior é ter o quadro da mamãe reclamando que estamos muito magros! – ironizou Rony.

***

Depois que todos os convidados estavam bem acomodados em seus lugares, e já haviam falado um pouco, o Sr.Weasley tomou o comando:

– Aham, ham... Boa tarde a todos vocês! – um zumbido de agradecimentos e retribuições correu pelos acentos – eu gostaria de informar que a noiva já está chegando! – visivelmente Arthur estava nervoso, como se ele fosse se casar novamente. Gotas de suor se formavam em sua testa e sua voz era vacilante quando falava. Ele fez um sinal para que a música começasse.

De algum modo, não era nada parecido com a famosa marcha nupcial. Era algo completamente diferente, muito mais alegre e, pensou Harry, muito mais apropriado.

– Harry, chegou a nossa vez de entrar. – cochichou Gina no seu ouvido. Então, lentamente, eles percorreram pela vigésima vez o conhecido caminho sob as flores. Porém parecia tudo estranhamente diferente, como um sonho: Gina estava radiante, as rosas exalavam seu perfume inebriante, os retratos sorriam e os raios de sol entravam pela abertura distante do túnel. Subitamente, Harry não se preocupava mais em estragar tudo. Ele deixou-se invadir pelo espírito de alegria do momento e por breves instantes, sua mente ficou vazia, por breves instantes ele esqueceu da ameaça constante de Voldemort, esqueceu da batalha que cada dia era mais iminente, esqueceu que era “o Eleito”.

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N/A: Agradecemos por todos que comentaram e votaram na nossa fic!

Esperamos que tenham gostado e se vocês comentassem e votassem (mais), nós agradeceríamos imensamente!!!

Enfim, Muitíssimo Obrigado!!!!!!

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