Convites e confusões





Versão numero um dos fatos, que antecederam o baile em comemoração ao milésimo aniversario de Hogwarts.




Tempos depois, Rony ainda não conseguia se lembrar direito como é que entrou em toda aquela confusão.
Estavam em detenção com os marotos, e durante um jogo Lupin fez a pergunta.

- Vocês vieram realmente da Nigéria?
Ele abriu a boca para responder, mas nenhum som inteligível conseguiu sair de sua boca.

“ Her...Bom...Quer dizer...”

-“Responde logo Cara! – apressou Tiago - Está gaguejando por que?”

Mione se mexeu desconfortavelmente ao seu lado, Harry pigarreou e uma campainha estridente tocou bem alto na sua cabeça.
Levou um minuto ou dois e um dolorido cutucão de Hermione para perceber que o barulho não vinha de sua cabeça ,era o alarme que sinalizava o fim da detenção.

-“ A gente continua depois - disse Sirius com uma risada que mais lembrava um bocejo.”

-“Não nessa encarnação Black.- respondeu Mione com um falso sorriso puxando Harry e Rony para fora da sala”

Tiago e Remo continuaram sentados trocando um longo olhar que parecia dizer "Eu não disse que eles estão escondendo alguma coisa?”.
Não havia acontecido nada de mais, mas chegou bem perto.Eles começavam a levantar suspeitas.

Rony ficou nervoso o suficiente para concordar com Hermione quando ela afirmou que daqui por diante deveriam tomar o dobro do cuidado, nada de reuniões desnecessárias, e atos suspeitos, se fosse possível deviam evitar até mesmo conversar demais (todos sabiam que membros de casas diferentes não andam juntos ), e que, especialmente, ele, Rony, não devia chamar mais atenção principalmente porque estava na Grifinória.
E foi exatamente o que ele fez. Uma capa de invisibilidade não faria mais efeito. Rony ficou o mais quieto que pôde. Mal olhou para os marotos, nem sequer assistiu os treinos de Quadribol, se tornou praticamente uma peça de decoração da sua sala comunal.



E quando o maldito baile do Natal em comemoração ao milésimo aniversario de Hogwarts foi finalmente anunciado ele tinha dez motivos para não dar a mínima.



10- Sim, ele se lembrava perfeitamente do fiasco que fora o ultimo baile.


9- Ele não correria o risco de convidar alguém e levar um fora parecido
com o que levou de Fleur.


8-Como ele não estava falando com ninguém, convidar alguma garota seria impossível mesmo.

7- Mesmo se estivesse querendo convidar alguma menina ele não faria porque era péssimo neste tipo de coisa


6-Ir sozinho ao baile era suicídio social.Ele podia ser desajeitado com garotas, mas ainda nem de perto se parecia com Crabbe e Goyle.


5- Quem ele gostaria de convidar era supostamente sua prima, e isso ia pegar muito mal.

4- Não sabia dançar, e nem queria aprender.


3- Harry não estava ali para lhe arrumar um par.


2- Estava muito velho para que Harry precisasse lhe arrumar um par.


1- E a principal razão pela qual não pretendia por os pés no grande salão no dia do baile é que seus trajes de gala, comprados no inicio do ano eram parecidíssimos com os que ele usara no baile do torneio Tribuxo.Os terríveis babadinhos estavam na moda exatamente naquela época. E por nada nesse mundo ele apareceria vestido em público daquela maneira novamente.




Pareciam motivos bem sólidos. Ele estava decidido e conformado: no dia do baile iria roubar uma dúzia de tortinhas na cozinha. E depois de se empanturrar até quase vomitar, iria dormir mais cedo.

Rony estava na sala comunal se refestelando no sofá em frente à lareira com esses pensamentos reconfortantes quando tudo aconteceu.
Ele estava tão distraído que nem notou que alguém se aproximava.
“ Oi – disse uma voz feminina.”

“Hum... Oi – respondeu Rony olhando para a garota que tinha acabado de se sentar ao seu lado.”

“Você já tem par para o baile Weasley? – ela perguntou sem rodeios”
“ Não – respondeu inocentemente achando que ela só queria puxar conversa – Na verdade acho que não vou.”

“Ah vai sim – ela disse se levantando e andando em direção a escada – Nós vamos juntos, no dia do baile me encontre aqui às nove horas.”

Tudo aconteceu tão rápido que ele simplesmente não teve tempo para reagir. Ficou olhando boquiaberto para o local onde a garota estivera, tentando assimilar o havia acabado de acontecer: tinha se metido em uma enorme confusão.



Harry se viu numa enorme nuvem de algodão doce da Dedosdemel, e ao longe ele podia avistar alguns pontos coloridos que se aproximavam vagarosamente. Chamou por algumas vezes, mas os pontos continuaram a avançar lentamente, em velocidade constante. Harry os chamou mais uma vez, sem êxito. Correu então em direção às silhuetas com a varinha em punho, quanto mais corria mais parecia que os pontos se distanciavam, até que parou de supetão, assustado com os enormes monstros de doce que o olhavam com expressão feroz: um pirulito derretido com dentes afiadíssimos de pipoca de arroz; um esqueleto de gelatina que tremia violentamente; e um dragão minuciosamente montado com delícias gasosas que expelia fumaça negra de suas narinas. Todos olhavam para Harry sem pestanejar, e avançaram um passo. Depois outro. E mais um. Harry ergueu a varinha e gritou:




” Petrificus totalis! – e então acordou, e se sentiu envergonhado ao perceber a forma de Bellatrix Black parada perto de sua cama, carregando um cartão em forma de coração, formando por duas serpentes que se contorciam. “Ufa! Foi só um sonho!”, pensou. Pegou o cartão da mão da descabelada garota e começou a ler.



“Querido Harry.

Eu sei que quem deveria fazer isso é você. Mas com tantos treinos de quadribol acontecendo, acredito que esteja sem tempo. Estou colocando esse cartão debaixo do seu travesseiro para facilitar as coisas. Sim, eu aceito ir ao baile com você! Já sabia que você ia convidar mesmo, com toda a nossa aproximação e tudo mais.


Mil beijos verdes e pratea
dos para você, meu Harry.”





Harry engoliu a seco, sentiu seu estômago revirar. Agora era oficial: o baile seria um desastre. O que ela quis dizer com “meu Harry” afinal de contas? Olhou a garota parada perto da cama, a mão próxima a seu travesseiro e os pés apoiados nas pontas, provavelmente entrara de fininho e esperava que ele não a visse, acabou paralisando a garota sem querer. Como reverter o feitiço sem que uma cena constrangedora se seguisse? Colocou o cartão novamente na mão nodosa de Bellatrix, deitou e cobriu-se. Passou a ponta da varinha por baixo da coberta e disse o contra-feitiço baixinho, para que ela achasse ter sido uma ilusão de ótica. Harry espiou de viés, com os olhos ainda um pouco fechados, a garota ficar ereta, coçar a cabeça, e se curvar novamente, levantando delicadamente o travesseiro de Harry e colocando ali seu bilhete.

“ Perfeito! – disse ela baixinho, para si mesma. E deixou o dormitório, criando uma outra grande dúvida na cabeça de Harry: como ela entrara ali?”
Harry decidiu colocar o bilhete atrás da cama e fingir no dia seguinte que não viu, faria como se tivesse se virado na cama e derrubado o bilhete. Não haveria erros.

No dia seguinte Harry avistou Rony no corredor, rumando para a Torre Norte. Apertou o passo para alcançá-lo, fazia dias que não falava com ele, mas Bellatrix se colocou à sua frente, com os cabelos displicentemente arrumados.

“ Olá, Potter! – havia um doce em sua voz que fez Harry ter muito medo – E então?”

“ E então o quê? – respondeu, fazendo como quem vê uma linda montanha para além da pessoa que está à sua frente.”

“ O quê achou do meu bilhete? Facilitei as coisas, não foi?”

“ Bilhete? Não me entregaram ainda! – disse, dessa vez olhando para os olhos dela e fazendo uma cara de confuso – O eu dizia?”

”BURRO! BURRO!”, pensou, “Agora ela vai falar e você vai ter que ir ao baile com ela de qualquer maneira!”.

“ Nada. Hummm... Nada, não – falou Bellatrix, que parecia muito desapontada, deixando Harry muito aliviado – E os treinos, como estão indo?”

“ Estão indo muitíssimo bem, sabe? Na verdade, eu estava agora mesmo indo para o campo. Devem estar me esperando! Até dep...”

“ Potter – disse uma voz fria que vinha do fundo do corredor, que interrompeu o que Harry dizia. Era Snape.

– Encontrei isso debaixo da sua cama, enquanto procurava meu livro de Art... – interrompeu, fazendo Harry ter a nítida sensação de que diria Artes das Trevas – Aritmancia.”

Colocou o bilhete com as cobras em forma de coração nas mãos de Harry e saiu, ignorando o “muito obrigado, professor” que Harry proferiu, sem querer. Bellatrix olhou para ele ruborizada (o que fazia suas bochechas parecem dois sóis explodindo, tal o contraste com sua pele branca). Harry abriu e leu o tenebroso bilhete mais uma vez, e nenhum plano lhe veio à mente.

“ Claro – disse ele muito embaraçado. – Isso facilita muito as coisas. Erm... Obrigado.”

“ De nada. É pra isso que eu existo, Potter.”

A garota deu um beijo frio e úmido na bochecha de Harry, o que causou uma vontade enorme no garoto de puxar os cabelos de Bellatrix até que ela ficasse sem cabeça. Harry seguiu então o mesmo caminho de Rony, muito curioso. Não havia aula e nem nenhuma outra atividade na torre norte naquele dia.



“ RONY! – gritou Harry desesperado – O que você acha que está fazendo?”
Assustado com o grito, Rony escorregou do degrau. Tudo que se seguiu parecia estar em câmera lenta: Harry tateando os bolsos em busca da varinha. O corpo de Rony caindo da escada. Um grito de “Vingardium Leviosa” e o corpo do garoto ruivo flutuando inerte à poucos centímetros do limite da corda. Tiago e Sirius desceram a escada com caras de poucos amigos, proferindo mil palavras contra Harry, que quase matara Rony. Ou era Rony que iria se matar? Não sabia. Não escutou nada, estava hipnotizado pela cicatriz na testa do pai. Era como uma versão ruim do espelho de Ojesed.



“ O quê você estava pensando, Potter? Quase matou o Faiscante! – vociferou Sirius. E Harry voltou à realidade.”

“Achei que ele ia se matar!”

Tiago, Lupin e Rony (agora no chão, livre da corda) gargalharam.
“ Some daqui, Potter! – disse Tiago, apontando a varinha para Harry. – Se disser para uma só pessoa o que viu aqui, faremos você flutuar sem calças como o Ranhoso, certo?”

Harry mal escutou, só via o rosto de Rony rindo da sua cara, gargalhando. Deu as costas e saiu, mudo, pouco se importando com a situação. O que estava acontecendo? Os novos amigos eram tão melhores assim do que ele? Seu pai arrogante era melhor do que ele? Harry sentiu vergonha: estava com ciúmes do próprio pai. De qualquer forma Rony era um traidor. Um TRAIDOR.





Hermione esperava há dois dias que alguém a convidasse. Qualquer um. Haviam dezessete estudantes da Corvinal do sexto ano. Sete pares em potencial, e havia Judy Hillary, que era feia e comia demais, e ninguém a convidaria. Havia Travis Friederich Fhaa, o metido, que era muito popular na Sonserina e na Grifinória, e por isso talvez convidasse alguém da Lufa-Lufa para ficar famoso por lá também. E também havia Donald Hooch, que era simpático e tinha olhos brilhantes e amarelos. Hermione tinha certeza de que, se alguém a convidasse, seria ele. Mas, como até mesmo o maior nos navios naufraga, ela estava errada. Recebera oito convites, incluindo o de Travis F. Friederich. De todo o sexto ano, apenas Donald não a havia convidado. Qual convite aceitaria? Os corvinais levavam muito a sério essa história de inteligência. Toda a atenção deixou Hermione mais assustada do que contente, principalmente quando Hillary Tamus, da Corvinal, transformou o suco de abóbora dela em vermes vivos.



Um dia, entre a aula de Poções e Transfiguração, Hermione caminhava pelo corredor quando viu Travis e Hooch caminhando em sua direção, tentando evitar os dois garotos se virou para o outro lado e saiu correndo Quando passava pela curva, uma mão veio do corredor que cortava o outro e puxou Hermione para trás de uma estátua de um bruxo gordo segurando um ovo de dragão. Os pretendentes passaram direto. Atônita, Hermione viu a imagem de Sirius Black, com os cabelos negros cuidadosamente penteados. Antes que ela dissesse uma só palavra ou piscasse, ele tirou um papel muito amassado do bolso de trás e começou a ler muito embaraçado.



“ Eu sei que você não me conhece muito bem, mas eu acredito que o tempo possa corrigir isso. Às vezes posso parecer um pouco rado... Rudo... Rude! Isso! Rude. É que não entendo minha letra às vezes. – deu um sorriso amarelo e continuou – Às vezes posso parecer um pouco rude, arrogante, malando e inquieto, mas prometo corrigir todos esses meus defeitos por uma noite se você aceitar, mesmo que isso lhe pareça loucura, vir ao Bo... Be... Baile. Isso, baile. Se você vier ao baile comigo. – guardou o papelzinho no bolso novamente e olhou cheio de esperanças para a garota. – E então? Você aceita?”




Com toda essa história dos garotos da Corvinal , a melhor opção era aceitar o pedido de Sirius e ir ao baile com ele, que era da Grifinória, evitando que suas colegas da casa transformassem a situação em um campo de guerra .
“ Aceito sim! Mas com uma condição: nada de traquinagens com seus amigos impossíveis durante todo o baile.”

Sirius pareceu um tanto quanto nervoso. Levou a mão á gola da camisa e afrouxou a gravata.

“ Tudo bem... Quero dizer... Tudo bem, sabe? Tudo certo. Tudo bem. É. Tudo. Vou indo! Até o baile! Às sete no grande hall, certo?”

“ Certo! – disse ela.”

Neville foi convidado por duas garotas para ir ao baile, o que o deixou mais feliz do que o normal. Uma delas era Gina, é claro, e ele aceitou o pedido dela, pois não queria morrer num espeto ardendo em chamas. Gina andava muito irritada , e as Lufa-Lufas andavam a tratando pior ainda nos últimos dias.



O Grande dia chegara. Hermione desceu da torre da Corvinal as sete, em ponto, e rumou para o grande hall. Chegando lá, viu que mais de vinte casais já haviam se encontrado lá, entre eles, Harry e Bellatrix, Neville e Gina, Rodolpho Lestrange e Rita Ruddle (uma menina da Sonserina), dentre outros.

Aos pés da escada, Sirius a esperava, parecia nervoso. Vestia um traje de festa formal, completamente negro, com babados também negros que caíam de suas mangas. Usava uma camisa negra e uma gravata (surpresa) também negra. Seus cabelos negros estavam cuidadosamente presos num elegante rabo de cavalo, deixando seus olhos, mais claros do que nunca. Hermione desceu as escadas cuidando para não tropeçar com o salto. Seus cabelos estavam cacheados, usava um vestido azul claro com um xale branco, da cor das sandálias.

“ Você está linda. – disse Sirius de uma forma tão pouco espontânea que Hermione poderia jurar que ele tivesse preparando-se o dia todo para dizer isso.”

“ Você está muito elegante. – disse ela sorrindo, sendo simpática. Se havia algo que ela valorizava era o esforço dos outros. E Sirius, qualquer um, cego de um olho e surdo de um ouvido, poderia dizer, havia o feito, e muito.”
Dumbledore então surgiu de uma porta qualquer, vestindo um estrondoso traje dourado, com a barba bem escovada.

“ Vejo que muitos já chegaram. Ainda me lembro bem como é isso. Mal podem esperar para dançar a noite toda, não é mesmo? Nós, jovens, e nossa fascinação por festas! Que a nossa comece então.”

Com um sinal das mãos, as portas do Grande Salão se abriu e, entre gritos de “oh” e “ah”, Harry viu mais uma vez Hogwarts, em todo seu esplendor, preparada para um noite inesquecível.

As mesas de refeição haviam dado lugar à centenas de mesas redondas, com toalhas brancas e pratos dourados. No centro de cada mesa havia um brasão da escola, que flutuaram e acenderam uma luz leve, segundos após as portas terem sido abertas. Num dos cantos, uma grande mesa de buffet parecia fervilhar com todo o tipo de delícia que um bruxo poderia querer. Bem ao centro dela havia um bolo em forma de castelo, e o brasão de Hogwarts também flutuava em cima dele, o iluminando. Centenas de velas ajudavam na iluminação do lugar. O céu não estava magicamente decorado naquela ocasião, mas haviam sido pendurados nele todos os quadros que couberam ali. Harry teve certeza de que a intenção era de que até mesmo as pinturas pudessem aproveitar a festa. Faixas com as cores das casas, entrelaçadas, pendiam de parede à parede, e balançavam quando os fantasmas contentes voavam através delas. Havia um palco armado aonde costumava ser a mesa dos professores, e um letreiro luminoso dizia “ Os Dragões de Liverpool”. Provavelmente alguma grande banda antiga, porque todos os alunos gritavam “OS DRAGÕES DE LIVERPOOL ESTÃO AQUI” assim que viam a armação.



Estava tudo pronto. O lugar, as pessoas, o espírito de festa. Todos esperavam que fosse uma ótima noite. Menos Harry, que andava aos tropeços com Bellatrix, sem falar com Rony e Hermione há muitos dias, e sem nenhuma perspectiva de diversão pelas próximas vinte e quatro horas.
Foi quando teve a súbita visão de seu melhor amigo entrando no salão,acompanhado de uma garota vestida de marrom . Do outro lado do salão Rony olhava aflito para Harry.


A irritação dou outro dia havia passado completamente. Acenou discretamente para ele e recebeu em resposta um sorriso sem graça. Rony andava muito estranho ultimamente. E foi então que resolveu dar uma boa olhada no par de Rony. Sentiu o sangue todo subir para a cabeça e involuntariamente procurou a varinha dentro de suas vestes.
“Ronald Weasley você está tão morto “.







Versão numero dois dos fatos, que antecederam o baile em comemoração ao milésimo aniversario de Hogwarts





“ Potter, pela ultima vez: Eu não iria ao baile com você nem que a minha vida dependesse disso.”

“ O caso, Evans, é que eu sei que ninguém além de mim te convidou ainda para o Baile. E, com esse seu mau humor, duvido que alguém convide.- Ele respondeu irritado deixando Lílian na sala comunal da Grifinória.”

Ela teve de se segurar para não puxar a varinha e lançar uma azaração naquele garoto irritante. Sabia muito bem porque não a haviam convidado para o baile. Ninguém queria correr o risco de desagradar Tiago Potter. Era um complô. Mas ela não seria facilmente coagida. Nem que tivesse que convidar o primeiro que visse pela frente.

Um movimento suave no estofado em frente à lareira chamou sua atenção.Sem pensar no que estava deu a volta na sala comunal e se sentou ao no lado desocupado do sofá.



- Oi.

-Hum... Oi – respondeu o garoto parecendo surpreso com a presença dela ali.
- Você já tem par para o baile, Weasley? – ela perguntou sem rodeios.

- Não – respondeu parecendo desconfortável – Na verdade acho que não vou.

- Ah vai sim – ela disse se levantando e andando em direção a escada sem olhar para trás – Nós vamos juntos, no dia do baile me encontre aqui às nove horas.





Bellatrix o havia espreitado a semana toda. Sempre dava um jeito de esbarrar “sem querer” em Harry, pelos corredores e se sentar ao lado dele no café da manhã. Queria mostrar que estava disponível.
Ela saia com Lestrange era verdade, mas sentia uma atração irresistível pelo novo aluno.

Rodolpho já tinha percebido e prometera se vingar quando ela disse que não iria ao baile com ele. Mas ela não estava preocupada, isso não era problema dela. Só que Harry ainda não a havia convidado.Será que ele era tímido?




Sirius tinha se largado encima da cama e estava tendo uma irritante crise de riso.

“ Trocado pelo Faiscante, Pontas! Tsc Tsc você chegou ao fundo do poço, cara.”

Do outro lado do quarto Tiago soltou um palavrão e olhou desdenhoso para o amigo.

“ Caso tenha esquecido, você também não tem par, Almofadinhas.”

“ Eu posso ir com quem eu quiser –respondeu Sirius bem seguro de si.”

“ Isso é uma aposta? – perguntou Tiago sorrindo Sirius era geneticamente incapaz de resistir a um desafio.”

“ Claro – aceitou Sirius – É só dizer os termos.”

“ Eu escolho a garota.Você tem que levar a menina ao baile e ainda dar uns beijinhos. Ah, e em público. Quem perder faz uma declaração de amor para o Ranhoso na primeira aula da semana que vem.”

“ Ok . Escolha.Qualquer uma.- disse Sirius se sentando – Mas precisa ser bonitinha. Judy Hillary de jeito nenhum.”

“ Hum... Preciso pensar – falou Tiago coçando o queixo – Que tal a Granger da Corvinal?”

“ Apostado – falou Sirius apertando efusivamente a mão de Tiago.- E por falar no Baile eu tive uma idéia fantástica. Hoje à tarde me encontre na torre norte... Ah leve uma corda. Esse baile vai ser inesquecível...”


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