Don't Cry for Pain



Don't cry for pain

I've learned with my own mistakes. I don't think that I need anything else. You had the chance and you've blamed it. Sorry for you. I'm ok, now. I have someone to lean on. I don't cry for pain anymore.

O monitor deu uma passada de olhos pela sala, não chegando a ver os dois que brincavam junto à lareira, escondidos pelo encosto alto de um sofá.

— Ai, Tiago, pára! Não, é sério, pára! – Lucy começou a rir alto, enquanto o Maroto deitava-a no chão e a atacava com dedos ágeis.

— Paro, nada... – disse o moreno, continuando a fazer cócegas na menina.

— Olha, eu não vou aguentar isso calada...! – exclamou Lucy, encarando-o, tentando se manter séria.

— Não tenho culpa; você é que me provocou – replicou Tiago, segurando com uma das mãos os pulsos da garota e evitando que ela se debatesse.

— Não vale! Você é duas vezes maior.. Pára! Por favor! É sério, Tiago.. Não vou ficar quieta.. Eu vou gritar! – disse ela em tom de ameaça.

— Acho que você não está falando sério. – Ele ficou sério e parou por instantes, voltando a fazer cócegas nela logo depois.

— Páraaaaaaaaaaa! – gritou ela.

Remo, que até então não os tinha visto, foi até o local onde os dois estavam e presenciou uma cena que daria graças se não o tivesse feito: Tiago, segurando os pulsos de uma Lucy sorridente, praticamente sentado sobre o ventre da menina, tinha o rosto a poucos centímetros de distância da face da garota. Ele murmurava alguma coisa que Remo não podia discernir, e ela ria, um riso intenso e verdadeiro, alegre, melodioso. Tiago, aproveitando-se disso, soprava no ouvido de Lucy, fazendo-a se arrepiar e exclamar:

— Pára, Tiago, é sério... Ti, por favor... Já chegamos bem longe, não é? Olha, eu já até estou quente...

— Tá bem... Eu paro, com uma condição – falou ele.

— Ah, qual é! Eu sou sua amiga... Já é o bastante, não? – perguntou ela.

— Tudo bem, esquece a condição. É um pedido de amigo agora... Fica aqui comigo mais um pouco – pediu ele.

— Claro, né, seu bobo! Só que sem cócegas! Pelo amor de Merlin!

— Sabe... Você, assim... Percebeu que o que você disse antes... Há algum tempinho... Tem um tremendo duplo-sentido? – perguntou Tiago, num sussurro, sem se mover.

— Percebeu que, nessa posição, quase tudo o que podemos dizer tem duplo-sentido? – replicou ela no mesmo tom, virando o corpo e ficando em cima do Maroto.

— Se você não quer despertar comentários, não melhorou muito... – murmurou ele, sorrindo.

— Tiago, essa Sala Comunal está deserta, você está quentinho e, infelizmente, eu estou com preguiça demais pra ir lá em cima e pegar um cobertor – disse ela, deitando a cabeça no peito do moreno.

— Lucy...

— Nem vem, que daqui eu não saio! – exclamou ela, num tom muito baixinho.
Tiago sentia-se quase suando frio. Nunca estivera tão perto assim de qualquer menina a não ser que tivesse algum interesse em jogo. Merlin, eu estou desejando a Lu? Não, não pode ser... Se bem que ela é tão quentinha e linda...

— Você tá muito quieto – murmurou ela.

— Eu sou quieto... – respondeu ele, a centímetros do ouvido da garota, fazendo-a arrepiar novamente.

— Você prometeu... – começou ela.

— Não estou lhe fazendo cócegas...

Eles ouviram alguém desabar no sofá. Sobressaltada, Lucy ergueu-se, sentando no colo do moreno, e Tiago só ergueu o tronco, deparando-se com Lupin estatelado no sofá, incrédulo e duro de choque.

— Lupin, é uma indiscrição baita ficar assistindo a cenas privadas das pessoas... – disse ele, em tom de brincadeira. Lucy pousou a cabeça no peito do moreno. Ai, meu Merlin, essa menina é pior que a Lilian... Por que ela fica me dando chance?

— Eu só passei pra... Queria ver se Samantha estava aqui, e... – Lupin calou-se, com medo de atropelar-se nas palavras.

— Bom, garanto que ela não cabe entre mim e o Tiago – disse Lucy, desafiadora.

— É, eu percebi; acho que nada cabe entre vocês dois... – Ele se ergueu, se recompôs e foi saindo pelo buraco do retrato, quando, abruptamente, virou-se para os dois e completou. – A propósito... Eu e Lily começamos a namorar.

E saiu.

— Nem me deu tempo de dizer "parabéns"... – falou a garota.

— Lucy, você não é mais a mesma! – disse Tiago, incrédulo com a atitude da menina. Se fosse há algumas horas atrás, a morena iria chorar até inundar o colégio.

— Não mesmo. – Ela o empurrou, fazendo-o se deitar novamente e voltou a ficar deitada no peito do Maroto.

— Lucy... Eu sei que você continua sendo uma menina inocente em alguma parte desse seu novo ser... – Tiago sentia-se desconfortável com a situação; aquela nuvem de cabelos perfumados inebriando-lhe e dando-lhe vontade de puxar a garota contra si. – Lu, você sabe que eu não estou acostumado a agir passivamente tão perto de uma garota... Então, por tudo que há de mais sagrado, quer me dizer o que você pretende?

— Você já foi mais ágil com esse tipo de coisa, Ti... – sussurrou ela, apoiando o queixo no peito do rapaz.

— Mas eu não creio que você queira o que eu posso estar... – Ele baixou a voz, subitamente consciente de que era forte, e ele apenas mascarava esse querer – desejando.

*** Em algum corredor ***

Estava atordoado, como pudera ter dito aquilo? Agora já fora, já tinha feito a burrada, só precisava falar com Lilian.

Mas, poxa, minha ex-namorada e meu melhor amigo... juntos? É demais pra um só ser... Tenho que seguir a vida como eles... Ser feliz, ou pelo menos tentar...

Tropeçou em algo, mas se segurou na parede e olhou pra baixo pra ver o que era.

Merlin! O segundo de hoje!, pensou a "coisa" em que Remo havia tropeçado.

— Ah, é só uma gatinha... – falou ele.

***De Volta à Sala Comunal***

— Tiago, você não sabe o que eu quero... – murmurou a menina, a voz doce, parecendo novamente a antiga Lucy.

— Não, não sei, mesmo – replicou ele. – Eu sei muito bem o que eu quero, mas você está se tornando um mistério pra mim.

— Que tal você tentar me dizer o que é? – sugeriu ela, fitando-o.

— Lucy... – Ele estava desnorteado. Eu quero te puxar pra perto de mim, te beijar como nunca fiz com nenhuma garota... Merlin, eu vou morrer no inferno... - Eu não consigo resistir, Lu...

— Então não resista – concluiu ela, sorrindo.
O Maroto ia se aproximando lentamente dela, mas, de novo, foram interrompidos pelo retrato se abrindo. Dessa vez, para não serem pegos de surpresa, se sentaram e fingiram estar falando de algo relamente engraçado.

Por Merlin!, pensaram Tiago e Lucy.

— Hey, gente! – disse Liz, abraçada com Frank.

— Oi, Liz, Frank – respondeu Tiago.

— Bom, eu estou indo dormir, boa noite a todos – falou Lucy, dando um beijo no rosto de cada um e subindo para o dormitório.

Liz, Frank e Tiago seguiram o exemplo de Lucy e subiram logo depois.

Tiago caiu na cama, duro de cansaço, mas não tinha o mínimo sono. Seus pensamentos o alucinavam, matirizavam-no. Ela é uma menina tão inocente... Eu nunca poderia beijá-la como mais que um amigo, o que eu penso que estou fazendo? Lucy sempre esteva ao meu lado e agora eu quero me aproveitar dela? Talvez Lily tenha razão, e eu seja galinha, metido e arrogante... Parou por um instante, porque pensar em Lilian doía. Tiago Pontas Potter, você NÃO PODE ABUSAR DAQUELA MENINA! Mas, se ela quiser ficar comigo, não será abuso nenhum... Como é difícil gostar de uma amiga... Era diferente com aquela outra – Ele se recusava terminantemente a pensar em Lilian como sua ruivinha, agora –, porque ela não tinha nada em jogo, a não ser um orgulho besta e cheio de não-me-toques... Agora ela está com Lupin, e eu fiquei nessa situação com Lucy... E cadê Samantha, que nem pra me aconselhar não aparece? Ai, Merlin...

E o Maroto se virava e revirava na cama, mas não conseguia pegar no sono.

*** Dormitório Feminino do 7º ano, Grifinória ***

— Lucy, você nunca me escondeu nada... O que está rolando entre você e o Tiago? – perguntou Liz sem rodeios.

— Ah... Merecemos ser felizes e estamos o tentando – respondeu a outra. – Com licença, quero dormir, Liz, amanhã é outro dia e eu não tô nem um pouco a fim de ficar tagarelando contigo até tarde... Tô morrendo de sono e quero descansar... E outra, nem me acorde amanhã, pois é sábado!

— Tudo bem, Lu... Mas você não pode fugir para sempre... – E Alice sorriu para Lucy.

— 'Noite, Liz! – exclamou a outra, como quem diz "cale a boca e me deixa dormir".

— Boa noite.

Ok, faz meia hora que estou aqui me revirando e nem pra tentar dormir... Por que isso? Por que agora? Ah, Merlin, eu realmente não mereço...

... Isso que dá ser garota, ficar nessas confissões para quem sabe ler pensamentos, cara, ser adolescente é uma coisa tão... Estranha! E o pior é ter essas crises que eu tenho... Ah, melhor é eu tentar dormir!

Pouco depois das duas da manhã, quando Tiago finalmente conseguira resvalar para um cochilo inquieto e muito leve, Sirius adentrou o dormitório masculino, pé ante pé. Infelizmente, bateu a canela no baú de sua cama e, sem poder se conter, gritou cerca de dez ou doze palavrões consecutivos. Tiago, acordando, sobressaltado, viu o amigo massageando a canela e, raivoso, se ergueu, perguntando:

— Tá, qual foi a idiotice da vez, Almofadinhas?

— Porcaria de baú duro! – exclamou ele, atirando-se na cama.

— Onde você estava? – Tiago agora parecia realmente interessado.

— Onde mais? – resmungou ele, mau-humorado. – Procurando a Samantha, claro! – Ele pegou a Capa de Invisibilidade e atirou para o amigo. – Valeu, mas não achei aquela garota, de qualquer jeito.

— Seu cachorro tratante! Acredita que perdeu a novidade mais sem graça do mundo? Temos um novo casal de certinhos em Hoggy... Sim, eles mesmos, Lilian Evans e Remo Lupin... – falou Tiago, escondendo que tinha beijado uma amiga e também que ele e essa amiga ficaram abraçados e deu a parecer para Remo que estavam juntos... Merlin! Sirius era seu melhor amigo, mas não podia contar isso a ele...

— Ah... Essa é a pior... Mas, sabe, eu tropecei em uma gata quando estava vindo pra cá... Não uma gata de garota; um animal, mesmo.

— E por acaso ela era parecida com um tigre branco miniaturizado? – perguntou o outro.

— Sabe que era... Conhece ou sabe de quem é?

— Meu amigo... Acho que a Sammy não saiu do colégio – falou Tiago.

— Não... saiu? – repetiu Sirius, sem entender. – O que você quer dizer com isso?

Tiago abriu a boca para falar, mas um miado longo e melodioso à porta entreaberta o fez calar-se. Um gato branco, muito branco, rajado de um preto muito escuro, com grandes olhos verdes e garras afiadas, pulou para cima da cama de Tiago, esfregando a ponta do rabo em seu rosto.

Se esse gato não é humano, ele é super-dotado... Nunca vi bicho que rastreasse quando soubesse estar sendo citado em uma conversa! E... caramba, certeza que eu já vi esses olhos em algum lugar...

— Sammy, é você? – perguntou Tiago.

— Tiago... Não delira, cara! Não pode ser a Samantha! – disse Sirius dando risada, já que apenas ele, Tiago e Frank estavam no dormitório.

Logo o ser, que até então era uma gata, foi se transformando e ali, na cama de Tiago, surgiu aquela que até então estava sendo citada.

— Sa... Sa... Sammy? – Frank olhou incrédulo para ela.

— Não, eu sou Merlin!

— Samantha, cara... Não acredito! – falou Sirius.

— Ah, gente, qual é! O Tiago é o único que pensa por aqui? Sirius, você foi o terceiro – disse ela.

— Hã?! – indagou Sirius.

— Terceiro a tropeçar em mim, seu bobo!

— Ok, Sammy, você tem que me dizer por que o Lupin e a Evans estão namorando – falou Sirius.

— Primeiro: Lupin já a beijou três vezes. Segundo: Nenhum dos dois está compromissado. Terceiro: Bom... Eu sei de coisas que deixariam até vocês de cabelo em pé... Coisas sobre um certo Maroto... Que não é o Aluado...

— Falou de mim? – perguntou Sirius.

— As suas coisas não são segredo, Si, querido... – disse ela, rindo. – É... O outro maroto.

— Eu?! – Tiago parecia confuso.

— É, você e uma certa pessoa que, mesmo não olhando mais na minha cara, eu considero muito...

Tiago ficou pálido.

— Tiago... O que tem a me dizer? – perguntou Sirius, o encarando firmemente.

— Bem...EuLucybeijeia – falou ele.

— Hã? Cara, devagar... Conta até dez, respira... Mais calmo? – Sirius estava se aproveitando da situação do amigo.

— Só você que é lerdo Sirius... Ele acabou de dizer: Eu Lucy beijei a. É só montar isso e você sabe o que ele tem a dizer – disse Sammy, como quem explica a uma criancinha que 1+1=2.

O queixo de Sirius caiu como se estivesse solto. Frank fitava os dois como quem se isenta de uma culpa. Tiago afundou o rosto nas mãos e Samantha percebeu que ele estava corado.

— Ah, temos um veadinho tímido, aqui? – perguntou ela, quase cruel. – Bom, garanto que você estava muito mais à vontade na Sala Comunal... Mesmo depois de Remo ter aparecido...

— Você tava vendo tudo? – questionou-a Tiago, exasperado.

— Quem quiser saber mais detalhes, é só perguntar pros quadros – disse a garota. – Aprenda a tampá-los quando for fazer algo daquele tipo...

— Samantha, você é cruel garota! – falou Lucy, à porta do dormitório.

— Lucy! – A outra pulou da cama de Tiago e foi até Lu.

— Sammy... Não sabe como é ruim ficar sem você! – Uma lágrima rolou pelo rosto de Lucy, seguida por mais algumas.

— Ah, Lucy! Saiba que eu aprovo totalmente que você e o Tiago queiram ser felizes! – disse Samantha, com algumas lágrimas rolando pelo seu rosto.

As duas ficaram paradas uma em frente à outra, apenas aproveitando o momento, então, depois de alguns minutos, se abraçaram, e aí sim as lágrimas rolaram sem piedade.

— Hora de arranjarmos um barquinho... – disse Sirius, revirando os olhos.

— Mas o que você faz aqui, Lucy? – perguntou Tiago, tentando encobrir as risadas de Frank e as suas próprias com aquela pergunta.

— Eu... Vim ver se... Vim ver se... – Ela parou e não pôde continuar.

— Ela queria saber se você estava dormindo, Ti – disse Samantha. – Algo me diz que vocês tem um assunto inacabado...

— Então diga, Lu – pediu o Maroto.

— Ah, Tiago, deixa eu aproveitar a Sam um pouquinho! – Ela sorria, as lágimas correndo pelas faces, feliz.

— E lá se vão duas meninas pôr as fofocas em dia e deixar os namorados chupando o dedo dentro do barquinho a remos...

— Sirius, barcos, ok, mas remos, não, pelo amor de Merlin! – falou Tiago, fazendo todos rirem ao comentário

— Verdade... – disse o outro.

Mas eles não terminaram esse assunto, pois um Remo contrariado entrou no dormitório, murmurou boa noite para Sam e se deitou.

— Hora de ir à Sala Comunal... – comentou Tiago, descendo e sendo acompanhado por Sirius, Frank, Lucy e Sammy.

— Não tá faltando alguém nesse círculo, não? – perguntou Sammy, analisando cada um dos integrantes do grupo.

— É mesmo, a Liz! – exclamou Lucy. – Espera que eu vou buscá-la.

E saiu apressada para chamar a loira.

— Você nem pra perceber que era o único solteiro do grupo, né, Frank? – comentou Tiago. – É de uma competência e percepção de dar inveja...

— Ah, qual é! – exclamou ele, rindo. – Liz e eu não precisamos ficar grudados, galera...

— Sim, mas pra que tanto casal? – perguntou Sirius. – É um chá de vizinhos, uma suruba, o quê?

— Bom, Sirius, suruba eu tenho certeza que não, e chá de vizinhos é coisa da minha avó. Isso está mais para uma RNC – respondeu Tiago.

— RNC?! – perguntaram os outros dois.

— Reunião Noturna de Casais – respondeu Tiago.

— Você e suas siglas... – comentou Sammy, revirando os olhos, mas sorrindo depois.

— Então... conte-nos onde esteve e o que andou fazendo, dona Samantha Holmes Black – pediu Lucy, trazendo uma sonolenta Alice junto a si.

— Estive: por aí. Fazendo: bisbilhotando a vida alheia. – Ela sorriu e virou-se para Alice. – Não sentiu minha falta, Liz?

— Muito! – A loira se jogou nos braços de Sam, sorrindo, lacrimejando.

— Mais um barquinho... – comentou Sirius. Tiago o fitou e ele completou. – À vela, sem remos.

— Ué, qual é o problema dos remos? – perguntou Liz, sem entender.

— Ai, Liz... Você também está lerda... – falou Sirius. – Remos, Remo, Lupin... – Como se explicasse que uma poção polissuco te transformava na pessoa de quem você tivesse um fio de cabelo.

— Ah... – exclamou a loira.

— Está tudo muito bem, está tudo muito bom, mas, Lucy, queria falar comigo? - perguntou Tiago para a garota.

— É... queria, Tiago... Mas... – Ela parecia encabulada.

— "Adid Nocsea Tropai Alever", atrás da tapeçaria – disse Sirius, percebendo que Lucy não queria falar junto a eles.

— Obrigada. – Ela sorriu e empurrou Tiago para dentro da câmara em que Sam, Lily, Remo e Frank haviam ficado hospedados na noite anterior.

Tiago deixou-se sentar em uma poltrona e Lucy se ajoelhou junto a ele, pousando a cabeça no colo do Maroto.

— O que houve, Lu? – perguntou ele.

— Eu só... senti falta... do seu calor – murmurou ela, corando.

— Sabe... Você está ficando viciada... – brincou ele.

— Talvez... Mas se eu realmente estiver, é um bom vício.

— Lucy...

— Temos algo pra terminar certo? – perguntou ela se aproximando da boca do rapaz.

— Lucy... Você tem certeza de que é isso que você quer? Você conhece minha fama...

— E te conheço desde antes de ela se fazer, também – replicou a morena, os lábios quase colados aos do garoto.

— Lu...

E, jogando a cautela às favas, ele puxou-a para junto de si, colando nos dela seus lábios, sentindo o corpo frio se esquentar pouco a pouco, as mãos experientes apoiando a nuca delicada da menina. Ela puxou-o para baixo, e ele não resistiu, deixando que ela se aninhasse contra ele, as bocas ainda grudadas. Separaram-se, ofegantes, minutos depois.

*** Sala Comunal ***

— Hum... Frank, que tal deixarmos os pombinhos até então separados a sós? – sugeriu Liz.

— Uma boa idéia...

E os dois subiram, deixando ali, Sirius e Samantha.

— Sammy... Eu... Eu senti muito a sua falta – confessou ele.

— E... Era a intenção. – Ela sorriu.

— Sam, eu pensei nesses dias que não nos falamos e... Cheguei a conclusão de que eu... Eu... Eu... Te amo.

Samantha não reagiu à declaração, limitando-se a baixar a cabeça e esconder o rosto nas mãos.

— Sam, eu não estou brincando, eu... eu realmente... te amo... – Ele se aproximou alguns passos dela. – Não tinha noção da falta que você podia me fazer... Senti um aperto tão grande no peito, quando nós brigamos e você sumiu... Fiquei pensando em você por tanto tempo; cheguei a visitar seus pais, coberto com a capa da invisibilidade, para ver se você estava lá... Você me faz muita falta, muita mesmo, Sammy, e...

— Pára, Sirius! – exclamou ela, erguendo o rosto, as lágrimas se formando. – Pára de exagerar!

— Sam, não é exagero... Eu tô falando com todo o meu coração – falou o Maroto.

— É que se você continuasse, eu não poderia dizer que... Que eu também te amo Sirius.

— Samantha – Sirius se ajoelhou na frente dela –, você quer namorar comigo? – E mostrou duas alianças brilhantes.

A garota se ajoelhou em frente a ele.

— Não, Sirius. Não quero – respondeu ela.

— Não?! – perguntou ele.

— Não quero. Eu preciso! Preciso de você, Sirius. Mesmo que nós dois sejamos orgulhosos o bastante para isso, eu estou assumindo que preciso de você. Não quero ficar contigo só por que eu preciso também, quero ficar por que eu preciso, dependo e quero ficar junto com você.

*** Na Câmara Escondida ***

— Tiago... – Lucy fitou o Maroto, respirando rasamente, as mãos dele ainda em seus cabelos.

— Eu... Te assutei? – perguntou ele, afagando os cabelos da menina.

— Não... – Ela sorriu. – Agora eu sei porque fizeram a sua fama... Você realmente beija bem.

— E você não fica pra trás, Lu... – A menina pousou a cabeça no peito do rapaz, sorrindo.

— Sabia que nunca me disseram isso? – perguntou ela, brincando com uma ponta do seu cabelo.

— Nunca?! – repetiu ele.

— Nunca... Bem, o Lupin se preocupava demais com regras para me beijar, e quando acontecia ele nunca falava nada.

— Idiota! – resmungou Tiago. – Lucy, não sei como ele pôde deixar uma garota tão linda, tão meiga e que beije tão bem – Ela riu – como você pra trás.

— Talvez eu simplesmente não fosse a pessoa certa pra ele – conjecturou a garota.

— Eu não pretendo cometer o mesmo erro que ele... – Tiago envolveu Lucy em seus braços e beijou-a levemente.

— Não cometa, Ti... – Ela sorriu. – Eu não vou te esnobar como certas pessoas...

Eles riram, fatigados, mas de consciência limpa. Lucy, gelada no pijama curto de alcinhas que usava, se aninhou mais contra o corpo do Maroto, e, sentindo-a estremecer, ele conjurou um cobertor. Não sentia frio, apesar de estar sem camisa, e sabia que a menina logo esquentaria, mas sentia-se tão exausto e confortável que não queria se mover. Cobriu o corpo frágil e o seu próprio, murmurando então:

— Se importa de dormir aqui comigo, Lucy?

— Não. – Ela fechou os olhos e suspirou. – Hoje é sábado...

E, após algum tempo afagando os cabelos da menina, Tiago percebeu que ela adormecera. Um anjo doce e belo, pensou ele. Ela só precisava de alguém que gostasse mesmo dela. Não sei se sou o mais indicado para isso... Mas farei o meu melhor.

Pensando nisso como uma promessa, ele caiu no sono.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-Tiago/Lily - Samantha/Sirius - Lucy/Remo - Alice/Frank-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Traduzindo o título e o subtítulo do capítulo:"Não Choro de Dor"
"Eu aprendi com meus próprios erros. Eu não acho que eu preciso de qualquer coisa mais. Você teve a chance e você a desperdiçou. Sinto muito por você. Eu estou bem, agora. Eu tenho alguém em quem me apoiar. Eu não choro mais de dor."
Olá, pessoas!!! Muito mais tempo ainda, mas eo trouxe o novo capítulo!! Minha primuxa fez ele todinho comigo! Comentem!! Eo amo seus comentários!

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-Tiago/Lily - Samantha/Sirius - Lucy/Remo - Alice/Frank-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*


ana johnsson lyrics


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