Problemas Demais



Capítulo 10 – Problemas Demais


Julia correu castelo adentro. Tinha que encontrar a irmã. A segurança que Gabrielle transmitia-lhe era algo praticamente palpável, sem a qual ela sabia que jamais conseguira viver. Até o momento.

— Gabrielle! – disse ela ao encontrar a irmã.

— Oi, Ju! Tudo o.k.? – perguntou a loira.

— Tudo, sim, essa é sua amiga? – Apontou para a garota que estava com Gabi.

— Sim, sim, essa é a Tiffany Gentry. – Julia congelou por dentro. Ela. Murmurou um "depois falo contigo" e saiu, mas não sem antes ver o que a outra pensava.

Merda! Outra igualmente bonita? E pelo jeito não vai ser minha amiga... Ferrou, terei que aumentar a dose de poção no café do Josh..., pensava a garota de olhos turquesa.

Julia tinha quase saído do castelo quando foi cercada por dois cães – sendo que um deles era muito grande –, dois gatos e um... hamster. Podia ler os pensamentos dos animais, que lhe diziam claramente para sair. De alguma maneira, a garota sentia que conhecia aqueles animais, o que parecia estranho, pois não lembrava de tê-los visto. Acompanhou os bichinhos até o local onde estivera com os amigos antes. Percebeu que apenas Frank, Tiago e Lupin estavam ali, e fez a relação óbvia.

— Ótimo... Ah, só pra confirmar, sou mesmo mais bonita do que a tal Tiffany – disse Julia com um tom irônico, olhando para o cão grande.

Tiago e Remo riram, o hamster, o cão menor e as duas gatas se entreolharam.

Os cinco animagos se destranformaram atrás dos arbustos, e tropeçaram uns nos outros para sair, sendo que apenas Samantha caiu sobre Sirius. Imediatamente, como era de praxe, os dois se beijaram, e Lil, Liz e Lucy resolveram sair de perto do casal. Julia olhou para as três e perguntou:

— Então... Não confiavam em mim?

— Por que a pergunta? – replicou Lucy.

— Vieram atrás de mim – disse ela, simplesmente.

A garota suspirou e não conseguiu sorrir. Lilian, que se acostumara com o jeito sorridente de Julia, percebeu de imediato que algo estava errado. Sem dar satisfações para o grupo, ela puxou Ju de perto dos outros e perguntou:

— O que há, Ju?

— Eu... Nada. – Ela queria contar seus problemas, mas simplesmente não conseguia.

— Ah... Lil, deixa, ela não consegue falar – disse Remo.

— Tudo bem – disse Sammy. – Quando achar que está preparada, nos conte seus problemas, 'tá bem? Estaremos aqui pra tudo!

— Valeu, mas, olha, tenho algo a falar. – O grupo se entrolhou, sem entender. – Vocês não têm apenas duas gatas na “família” – comentou Julia, divertida, indo atrás do arbusto e se transformando em uma gata totalmente branca, de olhos azuis.

— Legal! – exclamou Tiago, incrédulo. – Beleza, quem é que falta ser animago? A McGonnagall?

— Pontas, a McGonnagall é animaga – disse Sirius, sarcástico.

— Anhé... – Ele passou a mão pelos cabelos, despenteando-os. – 'Tá ótimo, não falta mais ninguém.

— E os outros muitos seres do colégio são nada, não é? – perguntou Samantha, irônica.

— Bem... Mas 'pera aí! São quatro gatas! – exclamou Sirius.

— Quatro? – indagou Julia.

— A McGonnagall também é uma – explicou Lilian.

Todos se calaram, Tiago acabou esquecendo de que Julia era também legilimente.

Bem... A Lucy é melhor do que a Evans, com certeza! 'Pera, mas por que eu 'tô pensando nisso? Ele olhou para Julia, que sorria, maliciosa, e corou.

— Cem galeões pelos pensamentos do Tiago – disse Lucy.

— Nem vem – disseram Tiago e Julia.

Os dois desataram a rir.

— Legilimência não é banco de apostas, Lu! – censurou-a Lupin.

— Qual é a graça em ela saber o que todo mundo pensa e a gente não saber o que ela pensa que nós pensamos? – perguntou ela, emburrada.

— Oh, minha gatinha tá com ciúmes.... – disse Tiago, enlaçando a namorada.

— Talvez eu esteja...

— Mas tome mais cuidado com os pensamentos, Tiago – disse Julia, séria.

— Pode deixar – falou ele.

O silêncio mais uma vez tomou conta do local. Dessa vez, Remo foi a “vítima” de Julia.

Ela não me censurou por chamá-la de Lu... Caraca! REMO JOHN ALUADO LUPIN! Você namora a Lil, esqueceu? Julia riu e ele disfarçou o rosto corado.

— É tão divertido ler pensamentos... – comentou ela. – A Tiffany estava pensando no seguinte quando eu saí: “Merda! Outra igualmente bonita? E pelo jeito não vai ser minha amiga... Ferrou, terei que aumentar a dose de poção no café do Josh...” Não é Amorentia, pois ele não estava totalmente sob o controle dela, mas deve ser algo mais fraco.

— Sabia! – exclamou Sammy. – Só isso pra prender Josh àquela baranga da Tiffany...

— Kitty, ela não é baranga... – comentou Sirius, um tanto quanto malicioso.

— Sirius Almofadinhas Perfeito Black! – Ela arranjou lágrimas nos olhos azuis rapidamente e voltou a face para Sirius. – Então é isso? Você fica olhando para todas as garotas e tem a coragem de comentar a beleza de uma e de outra na minha frente?! – Samantha parecia muito magoada. – Me esquece, Sirius!

A garota começou a se afastar, o rosto afundado nas mãos, e Sirius, assustado, tratou de segui-la. Parou-a não muito longe do grupinho, e os dois começaram a conversar. Lilian ergueu uma das mãos, gesto esse que Tiago imitou, e os dois começaram a contagem regressiva:

— Cinco... Quatro... Três... Dois... Um... Zero.

Foi o tempo de eles falarem o zero e baixarem as mãos e Sirius e Samantha já se abraçavam e se beijavam novamente. Os outros olharam para Lily e Tiago.

— É a cara deles – justificaram os dois, em uníssono.

Julia não deixou passar o pensamento de prazer muito abafado que sentiu vir dos dois. Algo muito forte para ser extingüido e muito complicado para vir à tona.

Todos viram Sirius e Sammy voltarem juntos. Começaram a rir. Julia aproveitou para escapar. Foi até a Sala Comunal, mas encontrou Josh e Tiffany no caminho.

— Oi, O'Connor, olá, Gentry – cumprimentou ela.

— Vocês já se conhecem? – perguntou Tiffany.

— Amor, não é o que você está pensando... – começou Josh.

— Nós não nos conhecemos, meus amigos me falaram de vocês. – Julia sorriu.

Num flash de velocidade, a morena sentiu um contato sendo forçado. Percebeu que Josh tentava ler sua mente.

— Bem, Andrews, temos que ir – falou Tiffany, que não se convencera com o argumento de Julia, puxando Josh.

Julia ficou parada, fitando as costas do casal que se afastava. Josh hesitou ao virar o pescoço alguns imperceptíveis milésimos de centímetro, como se esperasse encontrar a morena que deixara para trás andando quase a seu lado. Ela, no entanto, suspirou.

— Eu, hein, legilimente de araque esse... – sussurrou para si mesma, quase uma mentira.

— Fugindo da gente, Ju? – perguntou Liz.

— Não... Eu só achei que ficar de vela não é minha cara – comentou ela, sorrindo

— Ah, acostume-se – disse Lilian, sorrindo também. Julia pôde perceber que Tiago amava o sorriso da ruiva. – Todo mundo aqui fica de vela uma vez ou outra... É normal. Ficaremos de vela tambem quando ele – Ela apontou para as costas de Josh – resolver ficar contigo.

— Gente, peraí... – Ela, pela primeira vez, enrubesceu mesmo. – Eu não tenho nada com Josh. Alôôôuu, eu mal o conheço.

— Como se isso importasse – disse Tiago, no que Sam concordou com a cabeça.

— Dããã, isso importa! – exclamou Julia, ainda corada.

— Lamento, Ju, mas esse foi ponto fora – disse Sirius.

— Eu sinceramente não acho que possa rolar algo entre nós... Aquela garota é mais possessiva do que o Filch é com a Madame Norra! – exclamou Julia.

— E o que te impede? – perguntou Remo. – Eu sei que você quer que role algo, Julia, e você sabe o que se passa com a garota, sabe que ela dá uma poção pra ele. Talvez se ela se atraísse por outro, ela desistiria do Josh... Sabe, no segundo ano ela teve um tombo pelo Seboso...

— Quem é o sem noção? – interrompeu Julia.

— Severo Seboso Ranhoso Entre Outros Snape – responderam Tiago, Sirius, Remo e Sammy.

— Belo nome – disse a garota, irônica. – 'Tá, prossiga.

— Ou seja, você gostou da idéia de tirarmos o Josh da Tiff, não é? – perguntou Sirius, maldoso.

— Sirius! – exclamou Julia. – Sério, eu nem tanho nada com ele... Nem quero ter, é só porque eu não suporto ver alguém manipulado dessa maneira.

— Você finge que é verdade e eu juro que finjo que acredito – disseram Liz, Tiago, Sammy e Sirius em uníssono.

Julia enrubesceu. Quem eram aquelas pessoas, e como conseguiam fazê-la ficar tão embaraçada?

— Esquece o plano! – replicou a garota, constrangida.

— Você que gosta do garoto e a gente é que leva bronca? – perguntou Tiago, impaciente. – E quem falou em plano? Essa parte quem inventou foi você!

Sim, ela havia perdido o controle da situação. Ela mesma havia inventado o “plano”.

— Ei! – disse Sirius. – Sei que eu sou o único Maroto aqui que você não leu a mente, o.k.?!

Ela tinha ficado tempo demais quieta, e isso o deixara preocupado.

— Não entrei na sua mente, Sirius, só acho que realmente perdi o controle da situação, deixei que vocês me confundissem. – Ela sorriu. – Mas é muito convidativo ver o que se passa no seu cerébro.

— Não foi um convite!!! – exclamou ele, exasperado.

— Se eu precisasse de convite, não teria graça – disse Julia, rindo.

— Nem vem!!

— Pode ir, Ju – disse Samantha. – Ele é meu e eu deixo.

— Ah, não! Minha própria namorada contra mim?!

Julia tentou entrar na mente do Maroto, mas, incrivelmente, não pôde. Sirius barrava seu avanço com uma habilidade grande demais para ter sido criada. Sirius era oclumente. Um oclumente natural. Abalada com a descoberta, mas não podendo falar disso com os outros, a garota sorriu, parou de tentar entrar na mente do rapaz e voltou-se para o grupo.

— E aí? – perguntou Sam.

— Como “E aí”? – replicou ela. – Não vou contar, é segredo.

— Ah, Julia! Conta outra! – disse Sirius, se gabando.

— Quer que eu diga no que você estava pensando? – perguntou ela, um sorriso maroto nos lábios.

— Melhor não – respondeu ele.

— Segredo meu e seu, o seu pensamento – disse Julia, dando uma piscadela para o Maroto, no que Sam fez uma cara feia e mostrou a língua para os dois.

Eles entraram na Sala Comunal. Estava totalmente vazia. Lucy e Tiago olharam para a tapeçaria, onde tinham se resolvido e sorriram. Julia aproveitou o momento e entrou na mente de Lucy.

Ali... Foi ali... Eu e o Tiago dormimos juntos, foi ali.

— Lucy, não irradie seus pensamentos com tanta força... – disse Julia, marota.

— Ei, ei, ei, ei, não é nada disso que você está pensando! – exclamou Lucy, corando furiosamente.

— Quem pensou foi você, não eu – replicou a outra.

— Lu, que pensamento foi esse? – perguntou Remo.

— Nada, nada – apressou-se ela a dizer.

Ela tem medo, pensou Julia. Ela não quer dizer para Remo porque gosta muito dele.

— Ah, Lu, qual é, fale! – insistiu Lupin.

Lucy ficou ainda mais vermelha e gritou:

— Me deixa, tá legal?!

Depois, saiu batendo pé, rumando para a tapeçaria que já não era mais tão secreta assim. Tiago, com um suspiro, foi atrás da garota.

— Lucy, que chilique foi aquele? – perguntou o Maroto, lacrando a tapeçaria.

— Ti... Ah, Tiago, eu não sei, não sei... – Ela lançou-se nos braços do rapaz e beijou-o com firmeza.

Era a primeira vez que Lucy tomava a iniciativa de um beijo tão violento. Tiago não resisitiu, comprimindo contra si o corpo frio da garota. Sentia a apreensão dela roendo seu corpo como um ácido poderoso. Deixou que ela o puxasse contra seu corpo, até que as costas da menina fizeram contato com a parede. Lucy tinha medo. Medo demais.

*~*~*~

— Eu hein... Ela nunca foi tão esquentadinha! – disse Remo, do lado de fora da tapeçaria.

— Talvez se você não tivesse insistido no pensamento... Oras, isso é muito pessoal! – exclamou Julia.

— Se fosse tão pessoal assim, você não teria o poder de os ler – falou Tiago.

— Bah... Eu os vejo, mas não os conto. Só eu e quem pensa sabemos – retrucou Julia.

— Qual o pensamento da pessoa mais inesperada que você viu? – perguntou Sammy, entusiasmada.

— Hum... Acho que o de Dumbledore... Afinal, não é todo dia que se vê pensamentos de um diretor e bruxo em um nível tão alto como o dele.

— Caraca! Sério? Leu o pensamento de um dos maiores bruxos do mundo mágico! – Lilian estava bastante assustada.

Todos se aquietaram, estavam muito cansados, e eram quase seis da tarde. Lilian suspirou. Estava com sono. Muito sono, e mal conseguia agüentar-se de pé.

— Ehr... Remo, me desculpe por ter falado daquela forma contigo... – desculpou-se Lucy, saindo da Tapeçaria abraçada a Tiago.

— Ah, não, que é isso, não foi nada – respondeu o monitor, um tanto atrapalhado.

— É, mas eu não tenho o direito de ser grossa com você... – murmurou ela, sorrindo ao final.

— Não tem problema – garantiu o rapaz. – 'Tá tudo bem. Mas acho que nós estamos todos meio cansados, não estamos?

— Pra falar a verdade? – perguntou Sirius. – Sério, eu me atiraria numa cama e apagaria de uma vez só sem nem querer saber o que foi que me acertou.

Samantha riu, a mente sonolenta vagueando. Acabou lembrando-se da promessa que o namorado fizera-lhe quando saíram pela primeira vez.

*~*~*~Flashback~*~*~*

Sirius puxou Samantha com uma das mãos, levando-a pelo corredor até uma sala aparentemente vazia. A garota, de olhos vendados, não tinha a menor noção do que o Maroto pretendia aprontar.

— Sirius, onde você está me levando? – perguntava ela, rindo. – Fizemos curvas demais para estarmos perto da Sala Comunal...

— Definitivamente estamos longe da Sala Comunal – brincou ele, guiando-a.

— Sirius Black! Não era para nos afastarmos tanto! – brigou ela.

— Ah, Kitty, nós não vamos para Hogsmeade – tornou Sirius.

— Não me interessa! – exclamou a garota, estacando no meio do caminho. – Leve-me de volta.

— Faltam... cinco, oito, dez... Doze passos! – exclamou ele, exasperado. – Por favorzinhozinhozinho, Kit, eu te imploro!

A garota suspirou e seguiu com ele. Doze passos depois, ela estava desvendada, dentro de uma sala gigantesca, decorada como um salão de baile, com direito a música lenta tocando, bebidas não (muito) alcoólicas e alguma comida. Sammy virou-se para Sirius, espantada e maravilhada. Eles sentaram-se e Sirius serviu a bebida para ela. Estava sendo um perfeito cavalheiro.

— Sirius... Ehr... Hum... Eu estou sem palavras! – Ela corou levemente, mas sabia que, desde seu terceiro ano, amava aquele garoto, então, resolveu dar-lhe uma chance.

— Não diga nada – sussurrou ele, com aquela voz um pouco rouca, fazendo-a arrepiar-se. – Eu te amo, Kitty.

Ela baixou os olhos, sem conseguir encará-lo por mais que um instante. Amor? O grande Sirius Black sentindo amor? Por ela? Não podia, não era real...

— É mentira, não pode ser sério... – murmurou ela, sem ter consciência de que falava audivelmente.

— Não, não é mentira, Kitty... Por favor, me dê uma chance. – Ele ajoelhou-se ao lado da cadeira da garota e pegou-lhe as mãos entre as suas, beijando-as com carinho. – Deixe-me provar que isso é real...

— Sirius... Eu... Eu esperei por tempo demais para ouvir isso de alguém... E minha maior esperança era de que esse alguém fosse você... Você jura que não é brincadeira?

Se fosse outra garota, qualquer outra, Sirius a teria beijado e simplesmente terminado com a dúvida, escapando à resposta. Mas não, não era uma garota qualquer, era Samantha, a sua Kitty, a garota com quem ele queria passar a vida inteira e mais ainda. Era fundamental que ela entendesse, que acreditasse.

— Eu juro, Kit, eu juro... Juro pelo que você quiser, juro sob o efeito de uma Veritaserum, na presença de um legilimente, até. Eu te amo, eu sei disso, e eu quero que você... Quero que você compreenda. Você entende, Kitty? Consegue entender que eu não sou nada enquanto você está longe de mim? Consegue entender que todas as garotas, mesmo as de quem eu gostei, nunca tiveram e nunca terão o significado que você tem pra mim?

Ela concordou com a cabeça. O amor podia ser tão cego quanto quisesse, mas era amor. Ele aproximou-se da garota e tocou-lhe os lábios com leveza, mais uma carícia que um beijo. Amava-a. E a amaria para sempre.

*~*~*~Fim do Flashback~*~*~*

— Julia, pode vir aqui um instante? – perguntou Sam. – Sirius, amor, vem também.

— O que houve? – perguntaram Julia e Sirius.

— Bem... Eu me lembro, muito bem, que você – Ela apontou para Sirius – jurou que me amava. Não que eu duvide, mas disse que jurava na presença de um, no caso uma, legilimente, se eu quisesse.

— Desculpem-me, mas, se for pensamento do Sirius, não o posso fazer. – Julia baixou a cabeça, corada.

— Por que, Ju? – perguntou Sam.

— Ahm... Bem, Sirius, você é oclumente – respondeu ela, com a cabeça ainda abaixada.

— Hã? Dessa nem eu sabia! Nunca treinei nada! – falou Sirius. – A menos que eu seja um...

— Oclumente natural – completou Julia. – Sim, você é.

— Bom... Então... – Sam estava desapontada.

— Calma, se ele pensar somente em você, eu posso tentar – tornou Julia, súbita.

— E se ele não pensar? – murmurou a garota, abalada.

— Lamento, mas terá jurado em vão – disse a morena, balançando a cabeça num gesto firme e suave. – Se ele não teme essa revelação, não erguerá as barreiras, ou seja, não me impedirá de entrar em sua mente.

Sirius concordou com a cabeça, ergueu o rosto de Sam e beijou seus lábios docemente. Não temia, não tinha por que temer. Amava Samantha e não tinha nenhuma dúvida disso. Depois, voltou-se para Julia, e a garota forçou o contato. Não foi repelida pela barreira oclumente, mas estava gastando muita energia. Ela leu os pensamentos de Sirius com as têmporas doendo do esforço, e sorriu ao revelá-los para Sammy:

— Você tem sorte, Sam. Ele te ama mais do que tudo.

Foi o tempo de eles piscarem e Julia tombara, desfalecida, no carpete escarlate da Sala Comunal.

*~*~*~*~*~*~*~*Tiago/Lily ~ Samantha/Sirius ~ Lucy/Remo ~ Alice/Frank*~*~*~*~*~*~*~*

Como vocês podem ver, os subtítulos não serão mais postados... Demoram demais para ser escritos e traduzidos, e talz, então deixamos sem, a partir de agora.

Por tudo que há de mais sagrado, comentem!

Nós damos duro p’ra fic ficar decente, e precisamos saber se está funcionando!!

Beijos, galeraaa!!

*~*~*~*~*~*~*~*Tiago/Lily ~ Samantha/Sirius ~ Lucy/Remo ~ Alice/Frank*~*~*~*~*~*~*~*


Tiffany Felicia Gentry

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