Tristeza



Seguindo as ordens da mãe Mel se sentou pra comer, mesmo que um pouco desanimada. McGonagall se sentou ao lado dela pra “fiscalizar”. Harry tinha sérias dificuldades de tirar os olhos da tia, mal acreditando que ela estava ali. Mal acreditando que ela sequer existia.

Sentindo-se meio que a “atração local”, já que as pessoas a observavam avidamente (Lupin ainda parecendo um pouco desconfiado) Mel levou uma colherada de comida à boca, e ia engolir a comida quando se engasgou de susto por ver a imagem que ela viu na janela:

- Angie! – ela ofegou quando se desengasgou observando a mulher acenar do lado de fora da janela.

A atenção de todos foi voltada pra lá. Mel se levantou em um salto e foi rumo a porta da cozinha, mesmo sob protestos.

Assim que saiu, Ângela estava em sua frente. Sorriu levemente ao encarar Mel:

- Parece que você se encontrou...

- Angie! – Mel se jogou contra ela num abraço. A outra lhe retribuiu

- Pensei que depois que você se lembrasse de seu passado você esqueceria o que viveu comigo, Vida...

- Não, eu ainda me lembro, como poderia me esquecer de você?

- Há algum tempo atrás você esquecia até o que tinha comido no almoço... – ela fez uma brincadeira, o que era muito raro.

- Como você me achou?

- Tenho meus truques... – ela manteve seu mistério como sempre. Afastou-se alguns passos – só queria saber se você está realmente bem.

- Bem. Eu desmaiei por quatro dias depois que soube quem eu era, mas agora estou bem.

- Tinha medo que poderia acontecer algo pior. – Ângela a encarou, novamente mantendo seu rosto sério – Quem é você, afinal?

- Bem... conhece Harry Potter...? – Ângela concordou com a cabeça – Eu sou tia dele. Irmã do pai dele. Meu nome é Melanie.

Ângela sorriu levemente. Como o mundo podia dar voltas...:

- Bem, acho que não devo te chamar de Vida mais... – ela deu as costas a Mel, andou alguns passos. Nunca tinha sido boa com despedidas e aquela seria uma despedida. – Eu estou feliz que você tenha encontrado seu lugar. E então o menino não perdeu realmente toda a família por causa de Voldemort... você se salvou.

Mel deu alguns passos atrás dela. Lembrou-se que Angie tinha seus próprios problemas e que ela tinha prometido ajudá-la. Era como uma dívida, por todos os anos os quais Ângela tinha cuidado de Mel, com toda paciência. Ela tocou o ombro de Angie:

- O que você fez todos esses dias? Descobriu algo que podia te ajudar?

- Isso não te interessa mais Vida. – Ângela não ia se desacostumar tão rápido de chamá-la assim. Virou-se pra encará-la, o rosto sério – Você tem problemas maiores pra se preocupar agora. A segurança do seu sobrinho por exemplo.

- Eu tenho uma dívida pra pagar a você, Angie. Você cuidou de mim todos esses anos e eu não vou te abandonar agora.

- Você fala como se fosse muito importante garota. – Ângela sorriu – Eu vivi anos pelo mundo sem você. Posso fazer de novo agora.

- É meu dever te ajudar Angie.

- Não é, você sabe que não é. E se você acha que tem alguma dívida comigo eu te liberto dessa dívida, Vida. – Mel sorriu por ouvir Ângela a chamando daquele jeito. Ângela percebeu isso – Eu te chamava assim porque vida foi o que eu pude te dar quando te tirei daquela floresta. E agora você é livre pra segui-la e fazer dela o que você quiser, Melanie. Acho que está na hora de você passar a usar seu verdadeiro nome: Melanie Potter.

Mel sorriu pra si mesma. Mais do que nunca aquela frase era verdadeira, Ângela não poderia nem saber o quanto. Ela nunca tinha usado o nome Potter, mas estava passando da hora de fazer isso. Abraçou Ângela:

- Mais uma vez você está certa minha amiga. – a soltou e a encarou. – Vai voltar ao Brasil ou ainda fica aqui?

- Estarei aqui por mais um tempo. – ela percebeu que Mel abriria a boca mais uma vez, pra oferecer ajuda – Não se preocupe, eu não preciso de você. Eu posso me virar sozinha. Só te peço uma coisa: não espalhe que eu estou no país. Seria inconveniente pra mim.

- Claro.

- Se precisar de mim, sabe como me encontrar.

- Eu sei, mas... – Mel fez um gesto na direção dela, como se fosse pedir pra ela esperar.

- Até mais Melanie.

- Angie!

Mas antes que Mel pudesse contestar ela havia sumido.

Entrou de volta na cozinha um pouco menos atordoada. Se sentou novamente na mesa. McGonagall a olhou, seu jeito rígido de sempre:

- Será que agora você poderia fazer o favor de se sentar e comer?

Mel a olhou e sorriu:

- Sim, professora McGonagall!




Depois de alimentada Mel se sentou na sala dos Weasley pra conversar com Remo. Ainda tinha muito o que ouvir, perguntar e resolver.

- ... Então, quando fomos fazer o enterro de James e Lily... – ele usava um tom de voz baixo e abafado enquanto comentava sobre os acontecimentos da noite em que Lily e James tinham morrido e suas conseqüências. Harry estava espreitando ali por perto e ele não queria que o menino ouvisse – Resolvemos fazer um enterro simbólico pra você, todos pensavam que você estava morta... Sirius já estava foragido quando isso aconteceu.

- Eu não consigo acreditar... – Ela murmurou de volta – Sirius passou anos em Azkaban...! E depois... – a voz dela morreu na garganta e ela pendeu a cabeça tristemente. – Eu acho que quero ir lá. Quero visitar os túmulos deles.

- Agora...?


- Se for possível. – ela consentiu com a cabeça – Agora mesmo.

- Eu vou com você... – Lupin se levantou.

- Eu também. – Harry se aproximou deles, com um olhar decidido.

- Harry, não é...

- Seguro? – Harry completou a frase que Lupin ia falar – Que lugar é seguro pra mim hoje em dia? Nenhum, eu acho.

Mel o observou depois olhou pra Lupin:

- Ele tem o direito de ir. É o túmulo dos pais dele. – ela se virou pra Harry – Você nunca foi até lá Harry?

- Não... – ele deu os ombros sem saber como explicar aquilo.

- Bem... agora que você está de volta Mel, a responsável por Harry é você... ele ainda está a dias de fazer 17. – Lupin deixou que ela resolvesse.

- Vamos então. – Mel consentiu com o desejo do menino. – Poderemos voltar antes do anoitecer.

E eles partiram.


Mel parou alguns instantes em meio às sepulturas. O cemitério era no povoado em que a casa de Anthony ainda existia. Ela passou os olhos sobre os nomes nas sepulturas: Lêda, Clarissa, Charlie, Elizabeth, Anthony... Seus olhos já estavam cheios de lágrimas. Parou na frente dos túmulos de Lily e James, Harry que estivera andando atrás dela deve ter perdido o rumo das coisas ao ver o nome dos pais ali, porque trombou com a tia. Mel olhou pra ele e passou o braço sobre os ombros do menino, o abraçando enquanto as primeiras lágrimas caíam de seus olhos.

Tantas lembranças afloraram...

Tantos acontecimentos felizes... Ela quase podia ouvir a risada de James em seus ouvidos, ver aquele jeito sem-vergonha que ele tinha enquanto bagunçava os cabelos negros ou se imaginar tacando alguma coisa nele quando ele enchia o saco.

Ela fechou os olhos e a imagem de Lily se formou instantaneamente na sua mente, com aquela expressão meio irritada, meio cômica que usava quando James fazia alguma besteira e sua risada alegre quando as duas se confidenciavam num quarto fechado.

As coisas ainda eram muito reais na mente dela. Era como se só uma noite de sono separasse o dia em que ela viu os dois pela ultima vez e aquele momento ali, em que ela estava parada, contemplando o nome deles escritos em lápides.

Acariciou a cabeça do sobrinho, imaginando como ele estaria se sentindo... ele era tão novo quando eles tinham morrido... ele tinha passado por tantas coisas praticamente sozinho depois que os pais tinham morrido.

Aquilo tudo era muito cruel pra ele. E Mel pensou se ele imaginava o quanto aquela situação era agoniante pra ela: ela que sabia o quanto Lily tinha se sentindo feliz, completa com o nascimento de Harry, ela que tinha visto o rosto da amiga se encher de uma alegria avassaladora com a simples menção do nome do menino. Ela que tinha presenciado James parar tudo e qualquer coisa que estivesse fazendo só pra brincar com Harry e fazê-lo sorrir, que se desdobrava em mil se fosse preciso pra fazer o garoto gargalhar. Ela tinha visto quanto amor os pais dele tinham pra lhe dar, e sabia que eles não tiveram tempo de aproveitar a presença do menino, sua risada doce, seu olhar expressivo antes de serem mortos por Voldemort. Era tão frustrante sentir aquilo, saber que eles poderiam ter tido toda uma vida juntos, tudo poderia ser diferente...

Mel limpou as muitas lágrimas que tinha no rosto.

Harry fungou, chamando sua atenção. Ela o olhou e percebeu que o menino parecia querer se esconder e se afastou, sabendo que ele preferia ficar sozinho. Remo estava alguns passos pro lado, na frente de outra sepultura. Nela se lia o nome de Melanie G. Potter.

- O que tem aí dentro...? – ela perguntou a ele com a voz rouca, ainda limpando os olhos.

- Era um enterro simbólico... então colocamos alguns dos seus objetos preferidos numa caixa e fechamos...

- O que exatamente...?

- Sua espada, a corrente com o camafeu, seu álbum de fotografias e o Espelho das Saudades.

Mel sorriu levemente enquanto tentava, de maneira inútil, limpar as lágrimas que cada vez mais caíam de seus olhos. Ela focalizou mais uma vez o túmulo e se ajoelhou na frente dele. Passou a mão sobre a pedra que o fechava e usando seus poderes ela levantou a pedra e a largou no gramado ao lado, que caiu com um estrondo, assustando Harry que ainda estava um pouco afastado dos dois.

Vendo o que Melanie estava fazendo, Harry se juntou a eles.

Mel se curvou sobre a cova e pegou uma caixa de madeira comprida, um pouco suja e carcomida, e a colocou sobre a grama. Depois a abriu.

Por um tempo ficou contemplando aqueles fragmentos do seu passado.

- O que é isso...? – Harry se manifestou

- Pertences da sua tia, que enterramos...

- É uma... espada? – ele observava Mel retirar a espada junto com a bainha de dentro da caixa.

- É... – Mel o olhou, enquanto colocava a bainha na cintura – ela amplia meus poderes... – ela explicou vagamente e acariciou o metal – e isso é algo que eu vou precisar muito daqui pra frente...

Ela se abaixou mais uma vez e tomou a corrente nas mãos. Abriu o camafeu muito lentamente. Ali estavam: Tony adormecido e do outro lado Sirius lhe sorrindo. Sua visão borrou totalmente por causa das lágrimas.

Reunindo forças ela se agachou mais uma vez e tomou o espelho nas mãos, junto com o álbum de fotografias. Guardou o espelho no bolso da capa e abriu o álbum. A primeira foto que viu foi uma de Sirius, quando eles ainda estavam no colégio... usando o uniforme de Hogwarts.

Ela abraçou o álbum como se abraçasse o próprio Sirius e deixou algumas lágrimas caírem. Respirou fundo muitas vezes, pra se acalmar.

- Isso dói tanto... – ela murmurou. Deu alguns passos e num impulso que ela não conseguia refrear abraçou Harry – como você pode suportar tudo isso...?

Ele não respondeu. Nem mesmo sabia que resposta dar, só se deixou abraçar.

Ela pediu a varinha de Remo emprestada e conjurou alguns ramalhetes de flores e espalhou pelas sepulturas de seus familiares. Por último colocou um ramalhete de lírios no tumulo de James, enquanto Harry fazia o mesmo no de Lily.

Eles ficaram lado a lado, contemplando as flores, até que Harry encarou a tia.

- O que é... aquilo? – ele apontou para um local que se erguia perto da lápide, era cilíndrico e comprido o bastante para guardar uma varinha.

- É costume entre algumas famílias de bruxos guardar em locais como aqueles as varinhas dos bruxos que morreram.... – ela respondeu, e olhou pra Lupin. – Vocês conseguiram reunir as varinhas deles depois do ataque de Voldemort a casa...?

- Conseguimos. – ele respondeu se aproximando – A de James estava em pedaços, mas os colocamos aí. A de Lily estava inteira.

Harry ficou olhando pro lugar por um tempo de maneira intensa. Mel fez o mesmo.

- Fizemos o mesmo com a sua Mel... – Remo completou, apontando pra ela o outro túmulo.

Ela foi até lá, quebrou o cantinho daquela estrutura cilíndrica e usando seus poderes retirou sua varinha de dentro:

- Acho que vou precisar dela.

Harry deu mais alguns passos pros lados, observando as outras lápides, os outros nomes. Mel o acompanhou.

- Seus avós... – ela disse apontando os nomes de Anthony e Elizabeth. Depois se virou pra olhar o povoado que estava a apenas alguns metros deles. – Eles moravam aqui. Eu e James moramos naquela casa... – Mel procurou um pouco e logo achou a antiga casa dos Potter, pra poder mostrá-la ao sobrinho. – Sirius morou conosco um tempo...

- Eu fiquei sabendo... – ele disse em tom baixo, observando a casa.

Resolveram deixar o cemitério e caminhar até o povoado.

Mel andava do lado do sobrinho, que estava muito calado e sério. E ela tinha o impulso de querer abraçá-lo e apertá-lo contra si para ter certeza de que ele estava vivo e inteiro, mas tinha medo de assustá-lo se fizesse isso.

Ela olhou pros lados quando se encontraram na praça principal do povoado. De um lado estava a antiga sorveteria que ela e James costumavam ir tanto nas férias. Do outro, o parque cheio de árvores onde Mel tinha pegado Sirius beijando Lindsay há tanto tempo atrás...

Ela deixou um pequeno sorriso escapar enquanto olhava a sorveteria:

- Nós costumávamos ir muito naquela sorveteria nas férias... – ela disse pra Harry, apontando o lugar – fizemos guerra de sorvete ali uma vez... lembra Aluado? Eu e você, contra o Sirius e o James...

- Lembro... – Lupin disse saudosamente – o dono da sorveteria nos expulsou... disse que não queria nos ver lá nem em um milhão de anos...!

- Mas também... o James entrou atrás do balcão e foi até a cozinha buscar um pote de cerejas em conserva pra poder nos atacar... – Mel viu Harry soltar um pequeno sorriso – tive que tomar uns três banhos pra tirar toda a cereja do cabelo... aquele caldo gruda pra caramba...!

- Cada dia o James arrumava uma pra aprontar... – Lupin começou a andar rua abaixo, em direção a antiga casa dos Potter.

- Uma vez ele resolveu acampar... – Mel disse, acompanhando Lupin e puxando Harry pela mão – e ao invés de levar as coisas pro parque, ele veio com as barracas e tudo mais aqui pra praça, fez uma fogueira no meio de todo mundo... uma loucura...!

- Mas por que na praça...? – Harry perguntou um pouco mais empolgado

- Pra ficar mais perto da lanchonete... – Mel apontou uma loja ali perto, com uma vitrine repleta de bolos e salgados chamativos – e ficar mais fácil de buscar o café da manhã...! – ela riu, pela lembrança – E claro, porque o James adorava chamar atenção...!

Andaram mais um pedaço em silêncio, cada um saboreando essas lembranças. Até que Mel parou, contemplando a casa.

A velha casa. Engraçado que nunca tinha sentido realmente que aquele lugar era seu, mas agora, vendo-a maltratada pelo tempo, as janelas quebradas, a pintura descascada, a varanda suja e cheia de folhas secas, sentiu-se triste. Lembrou-se que Anthony adorava aquele lugar, adorava vê-la cheia de gente, e agora ela estava vazia por anos.

Mel se lembrou de algo:

- Papai se certificou de enfeitiçar essa casa de maneira que, assim que ele morresse, ela se lacraria.

- Se lacrar...? – Harry perguntou tirando os olhos da casa e olhando a tia
- É, ela se trancou magicamente, de maneira que ela só se abre quando uma pessoa que tem o sangue da família Potter toca na maçaneta da porta. – ela suspirou – Mas ela continua lacrada desde que ele morreu. Eu e James nunca tivemos a intenção de voltar aqui...

- Por que não...?

- Seus avós foram mortos aí dentro. Assassinados por Comensais da Morte. Eu e James fizemos a investigação do caso e tudo mais... Só que desde que chegamos aqui e vimos os corpos deles no chão da sala nenhum de nós dois teve coragem de voltar a habitar o lugar. – ela olhou pra Harry – O que quer dizer que essa casa é sua agora... digo, você é o último dos Potter e seu avô adoraria que você vivesse aqui... adoraria te ver na casa, eu tenho certeza...

Ele olhou um pouco atordoado pra casa e depois pra tia:

- Eu não poderia... – murmurou rouco

- Eu entendo... – ela disse – mas talvez depois você mude de idéia... sabe... seu avô gostaria mesmo...!


- É a segunda casa que você herda e não quer habitar Harry... – Lupin murmurou, parecendo um pouco preocupado.

- A segunda...? – Mel perguntou

- A casa de Sirius... – Lupin explicou pra ela – Antes de morrer Sirius tinha deixado um testamento e tudo que era dele ficou pra Harry... quero dizer... ele achava que não tinha mais ninguém vivo, nem você, nem...

- Tony... – ela completou – ele sempre pensou que Tony está morto... Mas ele não está, Remo... meu filho não está morto!

- Mel... – Lupin murmurou, cansado. Ela tinha se lembrado de tudo realmente, até dessa obsessão em pensar que seu filho estava vivo.

- Filho...? – Harry perguntou antes de poder se refrear. Lupin tinha lhe contado resumidamente a vida de sua tia, como ela tinha integrado na família e tudo mais, disse que ela era “casada” com Sirius, então isso só podia dizer que... – Você tinha um filho com Sirius...?

- Eu tenho, Harry. Seu primo, Anthony Sirius Black.

- Mel, o Tony morr...

- Ele não morreu Remo, por favor não repita isso.– ela estava muito séria, olhando o amigo com severidade, depois encarou Harry, que ainda a olhava, incrédulo – Eu e Sirius tivemos um filho sim, ele era só um mês mais velho que você... só que... quando ele tinha dois meses... ele foi... raptado. Raptado por Bellatrix Lestrange e Regulus Black.

- O irmão de Sirius? – Harry ficou mais impressionado ainda. –Ele fez isso?

- Fez, em nome da família Black. – Mel disse, em tom amargo – Acho que Lupin já te explicou que eu não sou uma sangue-puro como seu pai Harry, eu sou mestiça, uma meio-humana. E assim, quando eu e Sirius tivemos um filho, ele era, conseqüentemente, um “sangue-ruim” como eles dizem... e os membros da família Black não suportaram ver que um sangue-ruim tinha o sobrenome Black. Então o raptaram...

- ... Pra matá-lo. – Lupin completou baixo

- Mas eu sei que eles não o fizeram. – Mel disse firme – Eu sei que não.

- Então eu tenho um primo...? – Harry perguntou muito lentamente, tentando entender aquilo tudo.

- Tem... – Mel disse tristemente – em algum lugar do mundo mas tem.

- Sirius nunca mencionou isso... – Harry murmurou, pasmo.

- Não era fácil pra ele falar sobre isso Harry... – Lupin explicou – ainda mais você tendo todos os problemas que já tinha...

Harry consentiu com a cabeça, pensando que também o tempo que ele tinha passado com o padrinho tinha sido tão curto...

- Sabe... acho melhor irmos... – Mel se manifestou, olhando o sol começar a se pôr – está ficando tarde.

- Olha só... – houve um barulho de passos atrás deles, e uma voz irritantemente conhecida soou entre eles – Harry Potter volta às origens!

Eles se entreolharam e assim que Harry se virou pra olhar quem havia falado, acompanhado de Mel que fez o mesmo do lado dele, meio que se pondo na frente do garoto ele viu o rosto de Rita Skeeter.

Um flash quase o cegou. Dessa vez, além da pena de repetição rápidaa jornalista trazia uma máquina fotográfica consigo, e não hesitou em tirar uma foto de Harry e de Mel.

Mas assim que Rita percebeu o rosto da pessoa ao lado de Harry ela paralisou. Chegou mais perto e analisou o rosto dela:

- Oras... eu vim aqui em busca de histórias do passado do menino Potter e me parece que eu encontrei o passado... vivo! Ou devo dizer ressuscitado? – ela tocou o rosto de Mel com a longa unha – É impressão minha ou você é Melanie Gray?
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\o/ Eh! Capitulo novo! Espero que gostem, é meio trsitinho, mas vá lá...! Rs...! E mais uma vez orbigada pelos coments! Os adoro, podem ter certeza...!

Kaká Nuss, guria, que coment enorme! Brigadu, eu fico aagradecida mesmo! E ainda bem que tu gostou do reencontro da Mel com a mamãe, por que eu pensei em vc quando escrevi... Assim como pensei em vc quando escrevi o encontro com o Sev! Rs... É guria, já tá escrito... mas pra postar demora um pouco! Então bjus!!!

Hannah E guria sumida, tudo bem?! Como se eu pudesse falar mto né? tbm tô sumida! rs... Anyway... Heheh... vc viu o Tony, foi? Tem certeza? Absoluta? Ai guria, "ainda bem" que não estamos nos falando muito por que senão já tinha contado todos os segredos pra ti!! Bjus...!

Ana Loks Brigada mesmo pelos elogios...e bem, o Nick... acho melhor eu não falar muito nele, sabe... se eu começo eu não paro... só posso dizer que AMO esse personagem! Rs... brigada de novo e bjus!

*** FeFa BlAcK *** QUe bom que tu gostou e aí tá atualização! prometo não demorar muito mais! A fic da Hannah é perfeita não? E eu tenho que a agradecer pelo "propaganda" da Lady Gray! Rs... BJUS!

Sally Owens Nuss, brigada pelo elogio e se vc puder ler a outra eu vou ficar feliz tbm e aí vc vai entender bastante coisas mesmo! Rs! Bjus!!!!

Jow Bem, aí está o 7! Espero que vc goste e brigada pelo coment na primeira parte da fic, ok?? E sobre o Tony... *se cocçando* Aiiii, eu não posso falar!! Rs...!!! Não posso por que eu sou mto tagarela e falaria tudo de uma vez! Rs... anyway... acompanhe e vamos ver onde vai dar!!!!! Brigada a vc e a Angel Evans, ok? Bjus!!

-=|k®¡§_Ëväñ§|=- E então, aí está o capitulo novo! Gostou?? Brigadu pelo coment!! bjus...

Milagre, eu respondendo os coments...! rs...! BJUSSS!

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